Deslizei na parede fria até o chão chorando copiosamente. O que fiz para merecer tanto sofrimento? E que tipo de acordo era aquele que meu pai fez? Nunca imaginei que ele pudesse estar tão envolvido com a máfia daquela maneira. Enxuguei as lágrimas, pensando quem me vestiu. Não tinha nada por baixo e se fosse um deles, tive o azar de verem meu corpo. Senti vergonha. Ainda era virgem e não queria ter minha intimidade exposta.
Desalentada, fiquei ali sem reação até ouvir um barulho na porta.
—Alicia! —A voz era de Stefano e gelei.
Não respondi me deparando com ele que parou me vendo na mesma posição.
—Levanta daí. E seja rápida, tenho pressa. —Ordenou
Por bem, levantei indo até o quarto vendo ele tirar sua camisa na minha frente. Engoli em seco ao ver a protuberância de seu tórax peludo e incomodada olhei para janela ficando de costas para ele.
—Você faz medicina, não é?
— S-sim. —respondi.
— Então, já deve ter visto um corpo nu antes.
Foi a resposta seca e maliciosa. Ele continuou tirando o restante da roupa, ficou de cueca e foi para o banheiro. Fiquei parada, sentindo as batidas do coração na garganta e decidi deitar na cama me cobrindo com o lençol.
Ele devia saber que sou virgem, toda a minha vida e não ia medir esforços para ter o que queria. Mesmo bonito, com corpo escultural não despertou-me interesse, já que o luto, a revelação e toda minha dor não permitiam pensar em nada.
Quando ele voltou, estava coberto pela toalha da cintura para baixo. Os músculos visíveis e umedecidos realçavam sua força, seguido de seu tônus perfeito. Ele foi até o frigobar onde preparou dois drinks e sentei na cama o vendo vir em minha direção.
—Beba. —Pediu entregando o copo.
Aceitei pensando que a bebida poderia relaxar e tomei tudo de uma vez, sentindo queimar a garganta, mas não fiz cara feia.
—Uau! Alguém aqui gosta de empinar. Espero que faça isso com seu traseiro bonito quando te foder.
Corei com o que ouvi tremendo de medo. Ele finalizou a bebida e se voltou para mim, ergueu o lençol com rapidez e me puxou pelas pernas em direção as suas coxas. Abriu o roupão, revelando meus seios e os acariciou de modo rude.
— É bom você saber que não sou gentil. E como é uma virgem, o único trabalho que terei é te fazer gozar. Então, não se atreva fazer nenhum movimento se não quer sentir muita dor.
Sua voz grave encheu-me de tremor. Os olhos predadores prestes a me devorar, foram o complemento de seu sorriso perigoso. Tudo culminaria em uma noite de prazer para ele, onde meu corpo seria sua satisfação. Lamentei não ler o documento, mas isso não ia valer a replicar qualquer coisa. Por ser adulta, recentemente completei vinte anos e seria presa daquele mafioso sem ter como exigir nada. Um bandido sem escrúpulos usufruindo minha inocência, como se fosse um prêmio ou menos que isso, talvez um acessório para sua coleção.
Para meu alívio e surpresa, seu telefone tocou e reparei que estava desarmado. Ele bufou ao atender com voz explosiva e irritada. Voltou ao closet, trocou a roupa em segundos e com um baque na porta desapareceu.
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Narração em terceira pessoa
—Inferno! Onde está Leviatã? — Fez Stefano irritado.
—Na frente. —Respondeu o outro.
Depois de um confronto entre a máfia rival, tiros e muita adrenalina, a equipe foi obrigada a relaxar um pouco. O lema ao qual Stefano se via compelido sempre: mulheres, bebida e prazer. A garota virgem era a promessa, que no momento não se inclinaria a recorrer. Ia domá-la de seu jeito, fodê-la quando quisesse. Tinha um plano sórdido em sua cabeça, acaso ela não correspondesse seus pedidos.
Indomável e sedento por sexo, se viu em êxtase a ver a fachada Peach Read. Havia tudo ali de que precisava. Lindas mulheres para gostos tão exigentes quanto o dele e de seus dois irmãos, milionários e armados.
Erick,o caçula, olhos azuis profundos, cabelos ondulados, músculos visíveis pela força empreendida no boxe as horas vagas. Seu braço direito, sempre cercado por mulheres, ousado e usuário de cocaína.
James, o do meio, compenetrado, rosto perfeito, um e noventa de altura, destacando elegância e um corpo atlético pela corrida e academia. Calado, algumas vezes, e como dizem muitos, -os calados são sempre os piores-, James temperamento festeiro, disputado pela ala feminina, era excelente atirador e amante.
Juntando a esses dois perigosos oportunistas, Stefano o mais velho, cabeça do clã era o mais perverso de todos. Não admitia perder, matando a sangue frio traidores e qualquer um que não cumprisse suas ordens. Muitos o chamavam de "Black Devil" devido a sua personalidade intensa e maquiavélica. Os três descendiam de uma família de mafiosos, que sucumbiu em meio à guerra de gangues rivais e brigas. Seu pai, fora um forte capo da máfia italiana, reunindo-se a Cosa Nostra. A linhagem exemplar dos Genovese trazia histórico de mortes, planos sórdidos e pedaços de um passado ruim, que foi lentamente apagado pela forma dura e imbatível de dirigir suas vidas.
—Não estamos falando de cinco milhões. São dez milhões de dólares. —Reforçou Stefano ao ouvir Erick protestar. —Mas ele terá o que merece e nós nossa grana de volta.
James, bebendo uísque quis saber:
—E a virgem? O que pretende fazer com ela?
—O que se faz com uma virgem senão fodê-la? Deu de ombros Stefano.
—Não me referi a isso. Ela vai servir de sua diversão por quanto tempo?
—Até quando eu quiser. —Respondeu o italiano indiferente.
Erick que terminou uma carreira de pó se meteu na conversa:
—Que tal, —Fungou com olhos vermelhos—um sorteio?
—Quê? —Fez James incrédulo.
—Claro, faça um sorteio entre nós três. —disse Erick, vendo Stefano o enviar um olhar entediado. —O ganhador terá sua virgindade como prêmio.
—Acho que você esqueceu que eu tenho plenos poderes sobre ela. O único homem que irá fodê-la sou eu. —Disse Stefano azedo.
—O que pode-se esperar de uma garota, que só conheceu um homem gay e teve uma família medíocre. Se prepare pois terá trabalho. —Afirmou Erick.
—Ela perdeu seus pais, e deve estar muito mal. Mas podemos ajudá-la a se recuperar. —Brincou James com um sorriso sacana.
—Deixem de se intrometer nas minhas coisas! Exclamou Stefano irritado. —Existe um monte de mulher dando mole por aí. Alicia é minha propriedade, eu faço dela o que bem entender.
—Então, porque não fez? —James gracejou —Ela ficou prontinha como você pediu.
—Acho que ele ficou penalizado. — Erick gargalhou e Stefano vendo fechou o punho sobre seus dedos.
—Filho da puta! —Fez entre dentes sentindo a dor e mexendo os dedos.
—Da próxima vez quebro a sua cara. —Avisou Stefano vendo ele com maxilar endurecido—E, agora saiam daqui! Quero aproveitar a noite.
Alicia
A bebida me fez relaxar e adormecer tendo um sono tumultuado com pesadelos inquietantes, que me fizeram acordar chorando. Lá fora o dia dava mostras de ensolarado e mesmo com minha dor, me animei por uns segundos indo até a janela. Avistei o grande jardim, a piscina extensa em um azul límpido e cada parte da área munida por seguranças. Estes, vestidos de preto e armados.
Eu estava cercada, não tendo ao menos chance de fugir, e tentando me animar, fui buscar uma roupa. O que me espera nesse lugar, não posso prever, mas um vislumbre sombrio me assusta tanto, como as sórdidas intenções de Stefano. E, para piorar tudo aquele maldito documento onde deixa aberto suas exigências. Só deve ser isso que há no papel, já que esse homem insisti em dizer que tem plenos poderes sobre mim.
Bateram na porta, e com medo, abri, vendo uma empregada que trouxe o café da manhã.
—Bom Dia. Me chamo Lila. Seu café da manhã está pronto. O Senhor Stefano deu ordens que a servisse. Quer vê-la lá embaixo assim que ficar pronta.
Ela saiu, e não tive tempo de perguntar nada, como mesmo formando em minha cabeça a ideia de que pudesse me ajudar, de nada ia servir. Eu só sabia pensar na morte de meus pais, tendo a chance de ser morta como eles, se negasse qualquer pedido de Stefano. Voltei para a travessa, onde havia suco, frutas e muitas delícias e comi com ansiedade. A noite passada não me alimentei e estava morta de fome. Depois, tomei um banho, escolhi um vestido verde não muito decotado, calcei sandálias e penteei os cabelos. Alguém bateu na porta de novo e fui guiada por um segurança, baixo e calvo que se apresentou:
—Me chamo Will. Serei seu orientador enquanto estiver aqui como ficarei de olho em você. Já sabe que nosso chefe não gosta de contrariedades, para seu bem, obedeça a tudo que ele pedir.
Apenas apertei os lábios em silêncio. Sinto ódio por essa situação, não me atrevendo a fazer perguntas. Descemos as escadas, passando por duas alas enormes, sala colossal de arquitetura rica com móveis finos e outra onde vi mais homens reunidos. Eles fumavam conversando e ouvi cochichos seguidos de risadas. Fui levada até a piscina onde vi Stefano nadando e sentei em uma das mesas com guarda Sol me sentindo assustada ao ver aquele monte de seguranças e empregados.
O chefe da máfia conversava com um dos seguranças dentro da água. Com covinhas no rosto pelo sorriso bem humorado, feliz e simpático, nem parecendo aquele da noite anterior movido a estupidez. Desfocando deles admirei a visão do jardim.Ele nadou vindo em minha direção e apoiou seus braços fortes na borda da piscina. Abriu um largo sorriso dizendo:—Gostou da sua nova hospedagem? —Por trás da expressão sedutora um forte ar de cinismo.Apenas afirmei com a cabeça.—Espero que tenha tido uma boa noite de descanso, vou precisar de você mais tarde. —disse e voltou a nadar. Senti um aperto no estômago. Ontem fui salva pelo telefone, hoje não sei se teria chance de escapar.Eu não tinha ânimo para nada, poderia ter desejo por um homem tão bonito como ele, mas ao contrário sentia ódio. Principalmente de meu pai ter permitido esse absurdo. Quando ele voltou, não consegui evitar a pergunta:—Pretende me deixar presa aqui quanto tempo?Ele mirou meu rosto surpreso, vindo mais perto e disse baix
—Alicia! —A voz grossa como um trovão, misturada ao som da música me fez tremer. Girei o pescoço sutilmente e atrás de mim vi Stefano. —Encontrou o meu querido irmão.James curvou a boca em um sorriso sínico.—Estava quase dizendo a ela sobre o cassino ao qual eu administro.—Nós administramos você quer dizer. —Replicou Stefano olhos fincado em James. O momento pareceu desconfortável, mas não me concentrei nos dois e sim em Will segurando o riso.Depois desse momento estranho, voltamos os três para a mesa vendo Erick no mesmo lugar. E, por seus olhos vidrados e rosto vermelho estava chapado.Como não pude sair dali, bebi mais do que devia. A seguir, fui obrigada a ir com Stefano ao cassino clandestino. Um lugar muito chique cercado por homens de terno que serviam bebida aos jogadores concentrados em suas mesas. Muitos, milionários que poderiam jogar altas quantias a maioria acompanhado por mulheres elegantes, charutos e joias impecáveis.Fiquei ao lado dele vendo fazer suas apostas e a
Meu coração bateu estridente, meu rosto expandiu calor e fiquei acuada. Seus olhos com um brilho obsceno, continuavam presos aos meus e engoli a saliva quando vi ele tirar a boxer revelando seu pau em riste e molhado. Aproximou-se e com a mão firme em meu ombro, empurrou-me bruscamente fazendo eu ficar de joelhos no chão. —Anda, chupa o meu pau. — Ordenou com frieza. —Mas eu...eu nunca fiz. —Declarei, falhando em minha voz. —Chupa, devagar e vai aumentando o ritmo. — Virei o rosto, mas ele o ergueu pelo queixo.— Olhando pra mim. Você tem que me olhar. Não desviei atenção, e ele acenou para baixo. Passou seu membro babado sobre meus lábios —Agora abre essa boquinha gostosa e me chupa. —disse ofegante acariciando-o em minha boca— E não passe os dentes estou avisando. Encontrei os olhos dele uma última vez e voltando atenção para seu pau o abocanhei com cuidado. Ele estava muito perfumado, eu procurei pensar em qualquer coisa, para não pensar na forma difícil que tudo acontecia e su
—Entra...na...porra...do carro. —Pontuou, engolindo a explosão.Entrei rápido, joguei a sacola na parte de trás e sentei. Ele fez o mesmo, bateu a porta com força e indagou:—Quem era ele?—Um colega de... faculdade.—Colega? E porque ele estava se agarrando em você?— Ele só venho me cumprimentar.Ele fechou o cinto e deu partida, respirando fundo. Meu Deus, que merda pensei, sentindo uma onda de aflição tomar conta de mim. Porque ele viu? Inferno!Tive vontade de sair correndo, mas olhei no espaço perto do freio de mão e avistei sua arma carregada. Ele passou a dirigir com tanta velocidade, ultrapassando carros, que tratei de pôr o cinto, em pânico por seu silêncio e os olhos de fúria, mordendo o punho ao olhar o retrovisor. Quando o sinal ficou verde, deu um murro no volante e saltei no acento de susto.<
Ela se voltou para Erick me deixando pensativa. Os dois continuaram a beber, e depois de um tempo, menos que uma hora achei melhor ir para o quarto. Até ouvir Erick dizer: —Bora, dar um passeio na praia. Vamos Alicia? —Acho melhor não. —Respondi cabisbaixa. —Vai ser divertido. —Salientou Bree que saltou no colo dele. —Um luau com direito a dança a em volta da fogueira, e muito champanhe. Você vai, não é James? —É claro que sim, esta noite está imperdível. —Declarou lançando-me um olhar malicioso. —Obrigada, mas estou cansada. —Ninguém vai transar na praia, se é isso que está preocupada, muito menos arrancar seu hímen. —zombou Erick. —Seja mais estúpido se puder. —Resmungou James e se colocou à minha frente. —Olha só borboleta, nós vamos apenas beber um pouco. É nosso direito, já que o chefão não está aqui. E não há nada além da praia, ou quaisquer outros perigos quando se tem muitos homens armados, incluindo eu. —
—Seu...—Gemi sentindo a corrente de dor quase me deixando sem ar. —Qual é Erick? —Isso é pra te dar um alerta caralho! Que merda fazia nesse quarto? —Eu só vim trazer Alicia, seu filho da mãe! E o maledeto, levantou a mão para desferir outro soco. —Chega, vamos parar por favor? —impediu Bree assustada com olhos de mim a Erick. —Você me paga Erick! — Ameacei, ainda com a mão sobre meu abdômen. Não valia a pena brigar com aquele chapado de merda. Por sua cara devia ter cheirado até os móveis da casa. Ele realmente queria me alertar, eu não sei o que me deu, mas não fiz nada que pudesse me prejudicar muito menos ela. Stefano Estes últimos dias têm sido aborrecidos e sem graça. Na verdade, estou com raiva. Eu sempre desejei essa garota, mas porque ela faz tudo o contrário que digo? Depois que nos beijamos e tentamos fazer sexo, tenho a plena certeza que ela foi feita pra mim. Ela tem por dever me obedecer, s
—Belo animal—Bree elogiou indo até ele e alisando seu pelo.—Tudo bem Brigitte? —Cumprimentou com um beijo em seu rosto.—Melhor agora que encontrei uma amiga. Essa linda mascote tem nome? -O cão abanou o rabo.—Se chama Kal. —Respondeu sorrindo.Seu olhar em direção a mim, ficou preso uns segundos e separei os lábios num sorriso fino.—Pensei que fosse voltar daqui alguns dias. Continuou Bree.—Ia, mas optei por vir antes. -Ele disse sem desviar o olhar de mim, e depois se voltou para entrada da casa com o cãoPermaneci um tempo conversando com Bree, nervosa e perdendo minha paz. Agora, estaria com ele novamente, sendo mais vigiada que nunca e refém de suas investidas.O dia passou tão rápido e entardeceu, quando subi ao quarto. Juro que pensei estar sozinha, mas encontrei o mafioso se vendo ao espelho exalando o maldito perfume. Fui ao banheiro rápido para não ficar perto dele e ouvi:—Ei, ei, sai fugindo de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa?Virei vendo seu rosto sério,
Arregalei os olhos, meu coração bateu na garganta misturado ao pavor de ouvir suas palavras.— Não aconteceu nada. — Afirmei com voz fraca. Bebi além da conta e não lembro se James entrou no quarto.— Da parte dele não. James não é louco pra encostar no que é meu. Agora você, estava bêbada.Baixei a cabeça com raiva de mim e ameaçando chorar.— Não...— Shiiit....calma. — Disse suavemente me enchendo de pavor — Eu nem fiz nada e já está com esse rostinho triste? Eu preciso te dar uma punição mabele.Ergui o rosto vendo seus olhos cruéis, que me encheram de medo processando o que seria sua punição.— Vem cá,— ordenou — senta na minha cara.Não me mexi e sua pegada em minha cintura, fez eu cair por cima dele sobre a cama. Seus braços se fecharam, fazendo nossos rostos encostar um no outro e um gemido curto escapou de minha boca quando senti sua ereção em minha barriga.— Isso. — Sussurrou, beijando meu p