Nova York/Coney Island
Andava pela praia de mão dadas com ele, meu futuro noivo. Sentia o cheiro de maresia, ondas quebrando na areia, a brisa dançando meus cabelos, o Sol beijando minha pele e eu radiante. Meu sorriso de orelha a orelha denunciava minha felicidade, enquanto meu coração batia tão descompassado que receava explodir dentro do peito.
Carlos, estava prestes a se formar na marinha, e eu iniciava meus estudos em medicina. Mesmo tendo uma diferença de idade de dez anos, fazíamos planos para o nosso casamento ansiosos e felizes.
—Mais um mês princesa e finalmente terei você nos braços. —Fez ele me dando um beijo e depois como um garoto levado rodopiou-me no ar.
Joguei a cabeça para trás e ri de felicidade. Parou com os lábios sobre os meu dizendo:
—Conto os dias e horas pra ter você. — retribui o carinho com uma carícia em seu rosto— Ele me colocou no chão e seguimos de mãos dadas.
—Agora, me conte como está sua mãe?
—Empolgadíssima. Mais ansiosa que eu. E meu pai, esse parece preocupado.
Ele ergueu uma sobrancelha.
—E porquê?
—Não sei. Deve ser coisa dele. Nervosismo talvez.
—Concordo que casar sua única filha deve ser uma preocupação, mas ele deve confiar em mim.
—É claro que confia. Senão, não permitiria esse casamento.
Ele me beijou mais uma vez, com desejo como seu eu fosse sua preciosidade. Carlos era o homem perfeito. Bonito, simpático, cabelos negros, olhos também, rosto bem desenhado. Corpo de um treinador, 1,80 de altura, esculpido de braços fortes e elegância. Mesmo com nossa intimidade de beijos e carinhos, prometemos esperar até o dia do casamento para ter minha primeira noite. Eu sei, os tempos são outros, mas quis assim. Vim de uma família conservadora, estudei em colégio de freiras e tive uma educação excelente. Romântica, sonhadora queria me entregar para o escolhido de meu coração. Não tinha dúvidas que Carlos tinha potencial. Sempre com profundo respeito e dedicação para comigo e eu com ele.
Por ser sua folga, o dia devia ser bem aproveitado. Coney Island nos permitia isso, além de seu parque de diversões. Como morava perto, toda a hora passávamos por ali. Andar pela orla, se deleitar em seu cenário paradisíaco ou contemplar o belo pôr do Sol e o azul profundo do mar quebrando a areia, tinham o efeito de uma terapia para nós.
Carlos entusiasmado, demonstrava em seus olhos. Como duas turmalinas não paravam de me admirar. Sentia o quanto era completo perto de mim. O vi olhar o relógio indicando hora de voltar. Fingi uma cara emburrada, as horas passaram tão rápido ao lado dele.
—Sem fazer birra mocinha. Falta tão pouco para estarmos juntos. —apertou-me contra seu peito. Me enrosquei nele, dando um longo beijo. Ele fez questão de me provocar, roçando sua dureza em meus quadris deixando-me corada.
—Safado.
—Aham. — fez com malícia—Não sou eu que deixo esse lindo corpo amostra pra me seduzir.
—Não faço isso de propósito, você sabe.
—Mas também, tocar nele não faz mal.
—Pschitt...—ri com meu indicador sobre seus lábios. —Seu doido. Como se eu pudesse fazer isso.
—É claro que aqui não, sua boba.
—Já chega. —protestei. —É melhor irmos, ou você pode se atrasar.
Quase anoitecia quando ele me deixou em casa. Uma passada rápida para dar um beijo em meus pais e me elogiar. Os dois eram só sorrisos quando viam Carlos. Quando ele saiu ouvi:
— Você fica mais bonita quando encontra Carlos. E porque ele não ficou para jantar? — Indagou o senhor de cabelos castanhos, rosto bondoso, acima do peso e olhos verdes. Esse era meu pai.
— Ele ia atrasar para pegar o ônibus, mas prometeu ver vocês no próximo fim de semana com mais tempo.
—Ótimo. —Respondeu satisfeito.
A senhora de seus cinquenta anos, nariz arrebitado por uma perfeita plástica, olhos castanhos e cabelos dourados, elegante piscou um olho. Não entendi. Mamãe tinha dessas. Acho que pensava que eu mentia sobre minha virgindade.
Fui para meu quarto, sonhando acordada. Sentei à frente da penteadeira e escovei os cabelos revoltos pela brisa do mar. Eram louros escuros com algumas mechas platinadas. O espelho, mostrou o quanto estavam longos e brilhantes. Sorri ao ver minha imagem bonita. Rosto bem tratado, lábios volumosos e realçados pelo gloss. Levantei com um giro, apreciei minha cintura fina, as coxas na medida ideal, firmes e bronzeadas e meus olhos verdes como duas esmeraldas, destacadas no lápis preto. Por Deus, que egocentrismo, mas nunca me senti tão cheia de poder e amada.
Essa vaidade, se deu depois de meus quinze anos. Isso porque, durante minha infância sofri bulling devido ao meu lábio leporino. Foi horrível inicialmente, mas graças a cirurgia, ficou tudo tão perfeito que ninguém ia suspeitar que tive o problema.
Agradeço ao cirurgião e a minha mãe vaidosa. Ela sempre foi adepta da beleza, exigente com seu corpo, tendo como único objetivo ficar linda e linda. Herdei seus traços, menos a altura. Já que ela tinha um e setenta e cinco, e eu um sessenta e cinco. Pele de pêssego e corpo elegante.
Depois do jantar onde conversamos, voltei para o quarto. Li, e antes de adormecer, dei um beijo no porta retrato onde a foto de meu noivo me fazia companhia no aparador.
Apaguei o abajur e virei para o lado fechando os olhos, mas nesse momento, ouvi um tiro. Sentei, na cama e ouvi outro. Assustada, levantei buscando entender se os tiros vinham debaixo. O som foi tão perto que fiquei nervosa. Caminhei até a porta e abrindo uma fenda ouvi vozes. Nesse instante, meu coração errou uma batida. Algo fez barulho como um objeto quebrado e ouvi passos na escada.
Seria um assalto? E meus pais? Tranquei a porta começando a tremer. Aconteceu algo muito grave lá embaixo e não quis dar ouvidos aos pensamentos horríveis de minha mente. Sentei na cama, coração na garganta, buscando raciocinar.
A casa foi invadida e inquieta, espiei pela janela tentando ver o que era. Dois homens armados de Glock e roupas pretas faziam guarda na casa. O portão da garagem aberto me deu a certeza de uma invasão.
Dei dois passos para trás e gelei quando a maçaneta da porta se moveu. Com olhos arregalados, vi a fechadura tremer e estalos de chutes. Um arrepio subiu minha espinha, quando a mesma se abriu e dois homens mal encarados e rifles, invadiram meu quarto.
— O que é isso? Quem são vocês?
Um deles puxou meu braço, enquanto o outro vasculhou tudo.
— Me solte! —Gritei sentindo sua mão me apertar com mais força.
Ele me ignorou e junto do outro fui arrastada até o andar debaixo. Eu usava somente minha roupa de dormir. Uma blusa fina de seda azul seguida de um short justinho.
Descemos as escadas com tanta pressa que quase caí. Minhas pernas tremiam, meu coração em velocidade em meio ao nervosismo não permitia pensar. E tudo ficou pior, quando ao passar pela sala, dois corpos jaziam em poças de sangue. Meu pai e minha mãe mortos, furados a bala.
Em desespero passei a gritar e a chorar pedindo socorro.
—Me solte!!— Continuei, tentando fugir das mãos daquele homem e sua força.
O mordi e o soquei na tentativa de me soltar, e consegui começando uma corrida dentro de casa. Eu não pensava na possibilidade de uma bala acertar minha cabeça, e foi inútil minha luta, quando outro deles apareceu e me segurou. Era mais forte que os outros, usava óculos escuros e me colocou em seu ombro como se eu fosse um saco de batatas.
—Me largue!! Seu filho da puta!! Animal!! - minha voz ficou fina de tanto gritar. Ele não sentia meus golpes e parecia rir do meu desespero.
Fui amarrada e levada aos trambulhões para dentro de uma vã preta. Onde fiquei no meio de outros dois homens mal encarados com armas em punho. Um deles soltou um risinho de deboche, enquanto o outro passou a língua nos lábios como se eu fosse um pedaço de carne.
Lágrimas de ódio, tristeza e dor rolaram mais uma vez. Eu não sabia descrever as sensações terríveis que preencheram meu peito quando a porta foi fechada, nem a explosão de revolta. Para onde estavam me levando?
Não era um bom lugar minha intuição respondeu. Como imaginava as piores coisas que iriam fazer comigo.
A van tomou velocidade e seu sacolejar entre os dois, serviu para piorar meu pânico. Um filme de terror passou pela minha cabeça, misturado às cenas da morte de meus pais. Minha vida por um triz nas mãos de homens perigosos faziam meu corpo tremer. Queria gritar, pedir ajuda e não consegui ter nenhuma sugestão. As armas em punhos carregadas, e suas caras horríveis só me davam a certeza de que iria morrer. Lágrimas incessantes doíam meu peito, e a custo tentei controlar com medo de sofrer um golpe. Então, o solavanco pela freada me fez pular do assento e tiros passaram acima de nossas cabeças. Do medo, passei ao alerta misturado ao pavor, entendendo a perseguição que se formava do lado de fora, principalmente ao ouvir o sinalizador da polícia. Lutei pra me soltar, porém o carro parou e a porta foi aberta. Fui puxada com estupidez por um deles e aos empurrões entramos em um prédio abandonado, cheirando a querosene com pilhas de pneus, lixo e mais três homens. Gritei quando o sangue a
Deslizei na parede fria até o chão chorando copiosamente. O que fiz para merecer tanto sofrimento? E que tipo de acordo era aquele que meu pai fez? Nunca imaginei que ele pudesse estar tão envolvido com a máfia daquela maneira. Enxuguei as lágrimas, pensando quem me vestiu. Não tinha nada por baixo e se fosse um deles, tive o azar de verem meu corpo. Senti vergonha. Ainda era virgem e não queria ter minha intimidade exposta.Desalentada, fiquei ali sem reação até ouvir um barulho na porta.—Alicia! —A voz era de Stefano e gelei.Não respondi me deparando com ele que parou me vendo na mesma posição.—Levanta daí. E seja rápida, tenho pressa. —OrdenouPor bem, levantei indo até o quarto vendo ele tirar sua camisa na minha frente. Engoli em seco ao ver a protuberância de seu tórax peludo e incomodada olhei para janela ficando de costas para ele.—Você faz medicina, não é?— S-sim. —respondi.— Então, já deve ter visto um corpo nu antes.Foi a resposta seca e maliciosa. Ele continuou tira
O chefe da máfia conversava com um dos seguranças dentro da água. Com covinhas no rosto pelo sorriso bem humorado, feliz e simpático, nem parecendo aquele da noite anterior movido a estupidez. Desfocando deles admirei a visão do jardim.Ele nadou vindo em minha direção e apoiou seus braços fortes na borda da piscina. Abriu um largo sorriso dizendo:—Gostou da sua nova hospedagem? —Por trás da expressão sedutora um forte ar de cinismo.Apenas afirmei com a cabeça.—Espero que tenha tido uma boa noite de descanso, vou precisar de você mais tarde. —disse e voltou a nadar. Senti um aperto no estômago. Ontem fui salva pelo telefone, hoje não sei se teria chance de escapar.Eu não tinha ânimo para nada, poderia ter desejo por um homem tão bonito como ele, mas ao contrário sentia ódio. Principalmente de meu pai ter permitido esse absurdo. Quando ele voltou, não consegui evitar a pergunta:—Pretende me deixar presa aqui quanto tempo?Ele mirou meu rosto surpreso, vindo mais perto e disse baix
—Alicia! —A voz grossa como um trovão, misturada ao som da música me fez tremer. Girei o pescoço sutilmente e atrás de mim vi Stefano. —Encontrou o meu querido irmão.James curvou a boca em um sorriso sínico.—Estava quase dizendo a ela sobre o cassino ao qual eu administro.—Nós administramos você quer dizer. —Replicou Stefano olhos fincado em James. O momento pareceu desconfortável, mas não me concentrei nos dois e sim em Will segurando o riso.Depois desse momento estranho, voltamos os três para a mesa vendo Erick no mesmo lugar. E, por seus olhos vidrados e rosto vermelho estava chapado.Como não pude sair dali, bebi mais do que devia. A seguir, fui obrigada a ir com Stefano ao cassino clandestino. Um lugar muito chique cercado por homens de terno que serviam bebida aos jogadores concentrados em suas mesas. Muitos, milionários que poderiam jogar altas quantias a maioria acompanhado por mulheres elegantes, charutos e joias impecáveis.Fiquei ao lado dele vendo fazer suas apostas e a
Meu coração bateu estridente, meu rosto expandiu calor e fiquei acuada. Seus olhos com um brilho obsceno, continuavam presos aos meus e engoli a saliva quando vi ele tirar a boxer revelando seu pau em riste e molhado. Aproximou-se e com a mão firme em meu ombro, empurrou-me bruscamente fazendo eu ficar de joelhos no chão. —Anda, chupa o meu pau. — Ordenou com frieza. —Mas eu...eu nunca fiz. —Declarei, falhando em minha voz. —Chupa, devagar e vai aumentando o ritmo. — Virei o rosto, mas ele o ergueu pelo queixo.— Olhando pra mim. Você tem que me olhar. Não desviei atenção, e ele acenou para baixo. Passou seu membro babado sobre meus lábios —Agora abre essa boquinha gostosa e me chupa. —disse ofegante acariciando-o em minha boca— E não passe os dentes estou avisando. Encontrei os olhos dele uma última vez e voltando atenção para seu pau o abocanhei com cuidado. Ele estava muito perfumado, eu procurei pensar em qualquer coisa, para não pensar na forma difícil que tudo acontecia e su
—Entra...na...porra...do carro. —Pontuou, engolindo a explosão.Entrei rápido, joguei a sacola na parte de trás e sentei. Ele fez o mesmo, bateu a porta com força e indagou:—Quem era ele?—Um colega de... faculdade.—Colega? E porque ele estava se agarrando em você?— Ele só venho me cumprimentar.Ele fechou o cinto e deu partida, respirando fundo. Meu Deus, que merda pensei, sentindo uma onda de aflição tomar conta de mim. Porque ele viu? Inferno!Tive vontade de sair correndo, mas olhei no espaço perto do freio de mão e avistei sua arma carregada. Ele passou a dirigir com tanta velocidade, ultrapassando carros, que tratei de pôr o cinto, em pânico por seu silêncio e os olhos de fúria, mordendo o punho ao olhar o retrovisor. Quando o sinal ficou verde, deu um murro no volante e saltei no acento de susto.<
Ela se voltou para Erick me deixando pensativa. Os dois continuaram a beber, e depois de um tempo, menos que uma hora achei melhor ir para o quarto. Até ouvir Erick dizer: —Bora, dar um passeio na praia. Vamos Alicia? —Acho melhor não. —Respondi cabisbaixa. —Vai ser divertido. —Salientou Bree que saltou no colo dele. —Um luau com direito a dança a em volta da fogueira, e muito champanhe. Você vai, não é James? —É claro que sim, esta noite está imperdível. —Declarou lançando-me um olhar malicioso. —Obrigada, mas estou cansada. —Ninguém vai transar na praia, se é isso que está preocupada, muito menos arrancar seu hímen. —zombou Erick. —Seja mais estúpido se puder. —Resmungou James e se colocou à minha frente. —Olha só borboleta, nós vamos apenas beber um pouco. É nosso direito, já que o chefão não está aqui. E não há nada além da praia, ou quaisquer outros perigos quando se tem muitos homens armados, incluindo eu. —
—Seu...—Gemi sentindo a corrente de dor quase me deixando sem ar. —Qual é Erick? —Isso é pra te dar um alerta caralho! Que merda fazia nesse quarto? —Eu só vim trazer Alicia, seu filho da mãe! E o maledeto, levantou a mão para desferir outro soco. —Chega, vamos parar por favor? —impediu Bree assustada com olhos de mim a Erick. —Você me paga Erick! — Ameacei, ainda com a mão sobre meu abdômen. Não valia a pena brigar com aquele chapado de merda. Por sua cara devia ter cheirado até os móveis da casa. Ele realmente queria me alertar, eu não sei o que me deu, mas não fiz nada que pudesse me prejudicar muito menos ela. Stefano Estes últimos dias têm sido aborrecidos e sem graça. Na verdade, estou com raiva. Eu sempre desejei essa garota, mas porque ela faz tudo o contrário que digo? Depois que nos beijamos e tentamos fazer sexo, tenho a plena certeza que ela foi feita pra mim. Ela tem por dever me obedecer, s