Nem bem entramos, Stefano deu dois passos e caiu.
—Ah não, não...! —Fui até ele com dificuldade. Passei a mão sobre seu rosto e depois toquei o pulso. Ele desmaiou provavelmente pela dor.
Sacudi sua cabeça, chamei e tentei repetidas vezes. Então, ergui suas pernas de modo a ficar à altura do coração. Em meus estudos, era comum usar esse gesto permitindo assim o refazimento. Após um tempo impreciso de minutos ele despertou assustado.
Tentou se erguer e apertou a mandíbula num gesto de profunda dor.
—Não se mexa. Você sofreu um desmaio. —Adverti, e ele deitou.
—O que... você...? -Balbuciou com a mão abaixo do peito.
—Usei o método que conheço para acordá-lo.
—Estou...
Não dormi, Stefano provavelmente também e decidi levantar. Não o encontrei e fui até a janela. A chuva cessara, podia-se ouvir o ruído intenso do mar, o Sol brilhando como antes, sem demonstrar qualquer resquício da tempestade da noite anterior.A curiosidade se apossou de mim em saber onde o mafioso podia estar, e ao buscar a saída, dei de frente com ele, levando um susto.—Bom dia bonitinha. Me procurando? —Não respondi vendo ele comer uma fruta.—Onde conseguiu isso? —Perguntei. Estava morrendo de fome, não comi nada desde que caímos na ilha.—Se orgulhe de mim querida mabele. Eu consegui achar a geladeira. Quebrad
Três dias longos e aborrecidos passaram e prosseguíamos na ilha, ouvindo o barulho do mar, e sentindo o Sol queimar a pele. Não haviam mais medicamentos, o mau humor de Stefano ficou pior e eu, me sentia cada vez mais sem esperança. Como não bastasse, os corpos. Dormir no que sobrou do avião, mesmo sendo extremamente desconfortável era o que podia ser feito. Ocorreu de jogá-los ao mar, comentei com ele, que irritado pela dor no braço ignorou e achei por bem não falar mais nada.Passei a molhar a perna ferida na água salgada, morrendo de dor e senti a mesma dar sinais de melhora. Enquanto processava encontrar uma solução, pensei o que mais poderia haver na ilha. Não ouvia ruído de civilização alguma, nada que pudesse ao menos dar mostras de nos vermos libertos. Quanto a mim, se encontrasse, poderia fugir, ligar para a polícia, pedir ajuda e sumir das vis
—Stefano! —Chamei olhando em volta só ouvindo o som dos pássaros e da cachoeira.O Sol escaldante, começava a arder a pele, pelo peso da roupa.Não tive resposta, seguindo a trilha olhando para os lados. Andamos bastante e constatei, por não vê-lo em lugar nenhum, que ele decidiu me deixar sozinha de propósito.— Por favor, responde!Tentei de novo e continuei dando passos um pouco mais rápido, já me arrependendo de minhas respostas estúpidas. Ele conseguia fazer-me sentir idiota e com raiva de mim a maioria do tempo.Fui indo não avistando nada, temendo tomar o trajeto errado. O ruído do mar ficava a poucos metros, e segui em sua direção deixando o medo de lado. Com mais três passos, ouvi um barulho e estremeci ao dar de frente com ele.—Meu Deus, seu idiota! —Levei mão no peito, coração a boca, enquanto ele abriu o sorriso mais sedutor que já vi.
—O que? —Minha voz tremeu e o pânico se instalou ao ver a luz como um ponto fixo diminuir cada vez mais.—Como você pode ser tão estúpida garota!—Eu não sabia...—Merda! —Fechou o punho com raiva. — Sem sinalizador não temos como sair daqui!Como pude fazer isso? Passei a mãos nos cabelos, andando de um lado a outro, lágrimas trazendo aperto a garganta. Aflito, ele se deixou cair sentado na areia e grunhiu de ódio.—Me desculpe...—Conciliei aproximando dele.—Sai.<
—Não faça nada comigo...—Sentenciei fracamente. A onda rebentando na areia quase nos alcançou e tentei levantar. —Sai de cima de mim Stefano, por favor! —Pedi apavorada com a situação. Eu não ia ceder nesses termos, podia estar gostando, mas não ia aceitar.O olhar, ardiloso o quase de uma serpente focado em meu rosto e seu cabelo caindo suavemente um mecha, me enrubesceu e o medo maior não era dele sobre mim, e sim do que sentia dos sentimentos que insistiam em me delatar, de cada parte de meu corpo o corresponder. Não era para ser assim, não era para eu permitir, e quanto mais lutava eu me sentia envolvida e em uma guerra vencida por ele.—Não fique corada, porque a única forma que sei lidar com isso é te
—Emboscada, traição...existe um traidor entre nós. —Lançou James, vendo Erick soltar um suspiro.—Sim, pode haver não discordo, mas nesse momento o que nos preocupa é Stefano. Precisamos saber dele. —Elucidou Erick —Vou dar uns telefonemas e volto mais tarde.Erick saiu para o exterior seguido de dois seguranças, tomou do carro refletindo sobre o que fazer. Algo dentre dele apertava seu peito e sabia ser o fato de estarem à mercê de seus inimigos, o sumiço do irmão e a garota. E afinal, se havia realmente um traidor, quem poderia ser? Todas as pessoas do lugar, eram altamente treinadas e investigadas. Ninguém iria atrever-se a meter um dedo onde não era chamado, muito menos ter a pretensão de desafiar os Genovese.Ilha FijiO dia nunca esteve tão quente aquela tarde. Mais uma dia se passou e com ele, a ansi
Stefano reagiu da mesma maneira, aprofundando cada vez mais o contato. Seu braço livre, apertou meu corpo mais a ele, deslizou a mão à onde queria chegar; infiltrando um de seus dedos dentro de mim.Naquele momento, eu não consegui pensar em nada, nem questionar o que fazia. Todos meus sentidos correspondiam somente a ele. A adrenalina percorrendo minhas veias, incendiando meu corpo por estarmos ali sozinhos, nus, em meio ao som da água.Talvez, o fato dele ser esse homem perigoso, temperamental, disposto a qualquer coisa por me ter, me deixavam lasciva, inconstante e o fato é que não queria parar. Porque a certeza que se aproximava completamente de mim, é que não levaria mais nenhum minuto para me entregar a ele ali mesmo.Então, eu sentei na pedra esquecendo o sangrar de meu joelho ou qualquer desconforto, e abri mais as coxas, prendendo as pernas em seus quadris e foi nessa hora que senti u
Coney IslandMeio da manhã. Erick e Bree nos braços um do outro conversavam, riam e se enchiam de beijos. A casa calma, toda em segurança podia se ouvir a brisa sobre a praia e seu farfalhar de ondas na areia.—Eu admito, depois que te conheci, não consegui ficar com mais ninguém.—Porque será que não acredito nisso...—Murmurou Bree. Erick ergueu os olhos para encará-la. Ela apertou os lábios e não conseguiu segurar a risada fina.—Ah qual é. —Fez ele ficando de costas para ela.—Está bem, dessa vez eu vou acreditar meu tes&at