Aiden AshfordA madrugada ainda estava fresca quando, após a nossa fuga desesperada, Jasmine e eu nos refugiamos em uma pequena cabana isolada nos limites da propriedade Montgomery. A adrenalina dos últimos minutos ainda pulsava em nossas veias, mas a calma aparente do lugar oferecia um breve alívio. Estávamos juntos, livres – pelo menos por agora. Contudo, o alívio logo se dissipou com o som de cascos e vozes que se aproximavam pelos caminhos de pedra.Não demorou para que percebêssemos que a família de Jasmine havia descoberto nossa fuga. Eu sabia que os Montgomery não aceitariam tão facilmente que sua filha escapasse de um casamento arranjado, e que logo uma tropa de criados e parentes se reuniria para trazê-la de volta. E, pior ainda, ouvi rumores de que Oliver Blackwood, irmão de Jasmine e meu melhor amigo desde a infância, estava entre os que viriam.Lembro-me de ter sentido um aperto no peito ao ver, ao longe, a silhueta de cavalos e carruagens se aproximando. A tensão aumentav
Aiden AshfordA aurora despontava lentamente, tingindo o céu com matizes suaves de rosa e dourado, quando acordei naquela manhã. Eu me encontrava em meio a um turbilhão de sentimentos – ansiedade, esperança e uma determinação férrea. Hoje era o dia em que Jasmine e eu iríamos selar nossa união, um dia que, para muitos, poderia ser apenas mais um ritual da alta sociedade, mas para mim representava a libertação de anos de jogos e convenções impostas.Enquanto o sol começava a despontar, ouvi o murmúrio das vozes dos criados já despertos, preparando a mansão para o grande evento. Eu subi as escadas devagar, cada degrau acompanhado de um pensamento: "Hoje, não seremos mais prisioneiros das expectativas." No espelho do meu quarto, vi um homem que carregava as marcas de inúmeros desafios – um homem que sempre brincara com as convenções, mas que, hoje, estava disposto a arriscar tudo pelo amor que havia descoberto.Os preparativos eram intensos. Na sala de vestir, Jasmine estava radiante, me
Aiden Meus olhos brilham de excitação com a perspectiva de continuar nossa fantasia, e eu aceno ansiosamente.— Ah, Jasmine, minha amada esposa, eu ficaria encantado em embarcar em outra escapada com você. Nossa suíte de lua de mel nesta propriedade rural isolada é o cenário perfeito para reivindicar sua virgindade. Eu a ajudo a remover suas roupas restantes, revelando seu corpo nu banhado pelo brilho suave da luz de velas. Meu olhar vagueia apreciativamente sobre suas curvas, bebendo a visão de sua beleza intocada.— Você é absolutamente deslumbrante, minha querida. Mal posso esperar para fazer você ser minha completamente.Ajoelhando-me diante dela, abro suas coxas, expondo suas pétalas brilhantes ao meu olhar faminto.— Primeiro, no entanto, devo prepará-la adequadamente. Deite-se e relaxe, meu amor. Isso pode doer um pouco, mas prometo que valerá a pena no final.Com uma reverência profunda, quase reverente, honro sua submissão, meu coração se enche de adoração por esta criatur
GenevieveA luz do sol filtrava-se pelas cortinas do salão de estar, lançando um brilho suave nas paredes ornamentadas. Sentada em uma das poltronas de veludo, eu tentava não parecer entediada enquanto Lady Ambrose descrevia, com uma exasperante riqueza de detalhes, o baile da noite anterior.— E então, quando o Lorde Pembroke se inclinou para beijar a mão da Lady Clarisse, imaginem só! Ele tropeçou! — Ela riu, segurando um leque bordado com uma cena pastoral. — Foi um espetáculo!Eu sorri de maneira educada, embora internamente desejasse estar em qualquer outro lugar. Talvez dissecando um espécime raro no laboratório do meu pai ou mesmo andando pelo campo com minha luneta, estudando as aves.— Lady Genevieve, você foi ao baile? — perguntou Lady Harriet, inclinando-se para frente com curiosidade.— Infelizmente, não pude comparecer. Estava... ocupada. — Fiz uma pausa, esperando que nenhuma delas perguntasse em que exatamente.— Ah, ocupada. Imagino que seja algum projeto intelectual —
Edward BlackwellA manhã em Londres parecia promissora, ao menos para aqueles que encontravam prazer nas trivialidades da sociedade. Para mim, o dia seria apenas mais um teatro. Como duque de Somerset, esperava-se que eu comparecesse a eventos, apertasse mãos de cavalheiros bajuladores e lançasse olhares sedutores para damas esperançosas. Eu jogava o jogo com perfeição — um mestre das convenções e, dizem, do escândalo.No entanto, nem mesmo a reputação mais infame pode livrar um homem do tédio.— Está com a cabeça em outro lugar, Blackwell? — perguntou Henry, meu amigo de longa data e, talvez, o único homem que realmente tolerava minha companhia.— Apenas observando o espetáculo — respondi, apontando discretamente para a praça onde senhoras se movimentavam como aves em exibição. — É fascinante como elas se esforçam para parecerem naturais quando, na verdade, estão desesperadas por atenção.— E você não está? — Henry riu. — É o que faz de você tão popular.Eu sorri, mas o comentário me
Genevieve AshfordEu deveria estar em casa, lendo algo que me fizesse esquecer o que acabara de acontecer. Mas, em vez disso, me vi novamente na rua, meu vestido lilás de seda batendo suavemente contra as pedras irregulares do calçamento enquanto eu caminhava com passos decididos. Não conseguia tirar de minha cabeça o que acontecera naquela festa. Na verdade, não era o evento que me incomodava, mas a pessoa que eu havia encontrado novamente: Lord Edward Blackwell.Eu nunca esperava que um duque, famoso por sua irreverência e por sua habilidade em tornar qualquer escândalo ainda mais escandaloso, fosse ser alguém que me faria questionar tudo o que eu pensava sobre os homens da sociedade. Porque, sejamos francos, eu nunca pensei muito nos homens, especialmente aqueles que se enquadravam na categoria de "mais do mesmo" — ricos, bonitos, vaidosos e completamente previsíveis. Mas Edward... Edward não era previsível. Ele era exatamente o tipo de homem que me fazia querer desafiá-lo a cada p
Genevieve Ashford Eu não acreditava no que estava prestes a fazer. Dizia a mim mesma que não estava interessada em nenhuma das coisas que ele fazia ou falava. Dizia a mim mesma que não queria ser mais uma mulher encantada pelo charme superficial de Lord Edward Blackwell. E ainda assim, lá estava eu, no jardim da casa de Lady Waverly, onde eu sabia que ele estaria. E o mais insano de tudo era que eu estava me aproximando de sua direção, sem saber exatamente o que fazer com o turbilhão que se formava dentro de mim. Ele estava ali, como sempre, cercado de uma pequena multidão que o idolatrava, todas as mulheres da temporada tentando chamar sua atenção de qualquer maneira, como mariposas ao redor de uma chama. Ele parecia gostar da atenção, e isso só aumentava minha irritação. Mas, ao mesmo tempo, não pude deixar de notar o modo como ele se destacava em meio a todos aqueles rostos conhecidos. A elegância com que se movia, o modo como seu olhar se fixava no horizonte, distante, quase co
Genevieve AshfordAs semanas haviam se arrastado como se fossem meses. Cada evento social, cada baile, cada encontro fortuito com Lord Edward Blackwell me deixava mais exausta do que o anterior. E eu, que acreditava ter me tornado uma mulher prática e imune aos encantos de um libertino, agora começava a questionar minha sanidade.Era uma manhã de outono quando me vi no jardim de Lady Fairmont, tentando escapar da conversa insuportável sobre os novos vestidos de gala que todas as senhoras pareciam ter em mente. Eu só queria ar fresco, um momento de paz antes do baile da noite. Claro, com minha sorte, esse momento de tranquilidade foi logo interrompido.— Lady Ashford, que surpresa encontrá-la aqui. — A voz de Edward Blackwell, de novo. Sua tonalidade suave, quase zombeteira, fez o ar ao meu redor esfriar imediatamente. Ele sabia como me afetar com apenas uma palavra.— Lord Blackwell. — Respondi sem virar imediatamente. Eu estava focada no jardim à minha frente, tentando manter minha c