Gustavo
Quinta feira de noite e mais uma vez viramos a noite trabalhando. Isso já estava ficando cansativo.
Quando pensamos em abrir uma empresa eu sempre pensei que eu seria o CEO de filmes, andando com carros esportivos, ternos, relógios caros, mulheres e tudo mais, mas a única coisa que fazemos agora é trabalhar mais do que antes.
— Vou dormir um pouco em casa. — Eu disse cansado olhando para o relógio que já marcava quase cinco da manhã.
Felipe e Rafael, meus dois sócios me olharam sem importância.
Felipe era meu amigo desde a primeira série, crescemos juntos e não vejo minha vida longe dele. Rafael nós conhecemos na época da faculdade e estamos junto até hoje.
Quando decidimos montar uma empresa de TI, pensamos que seria muito fácil, mas isso virou noites e noites trabalhando para entregar os projetos e pagar as contas.
Não tínhamos funcionários ainda, porque o dinheiro mal pagava as nossas despesas. Por isso também que eu dividia um apartamento com o Felipe e Rafael ainda morava com os pais.
— Gustavo, você também recebeu uma carta da nossa antiga escola? — Me perguntou Felipe quando me levantei para tomar uma água.
— Sim, parece que eles vão ter um dia de ex-alunos. — Dei de ombros desinteressado.
— Ex-alunos? Nunca vi isso no Brasil. — Comentou Rafael pensativo.
Estávamos no nosso escritório que estava de pernas para o ar. Rafael e Felipe estavam dividindo uma mesa e eu estava dividindo a mesa com as caixas.
Tínhamos que nos mudar logo e a nossa ideia era pegar algo mais bem localizado e que desse credibilidade ao nosso negócio.
— É um dia em que alguns ex-alunos vão falar como estão bem na vida para que os mais novos tenham esperanças de não morrer de fome. — Brincou Felipe nos fazendo rir.
— E vocês foram convidados para palestrar? — Perguntou nosso amigo incrédulo com a boca aberta.
— Não, mas alguns já aproveitaram isso para organizar um reencontro da turma. Vão dar uma festa. — Dei de ombros. Eu não tinha a menor vontade de ir.
Não tenho boas lembranças do ensino médio.
— E nós vamos, é claro. — Felipe disse confiante.
— Me exclua disso! — Pedi na mesma hora pegando meu casaco.
— Você vai. Têm muita gente ali que precisamos rever e esfregar na cara que temos uma empresa só nossa. — Felipe parecia doido por encrencas.
Eu teria que viajar para a nossa cidade natal para isso. Não temos nem tempo nem dinheiro.
— Uma reunião dessas deve ser divertido. — Rafael comentou animado. — Sempre me perguntei o que a galera do ensino médio se tornou na vida.
— Você pode vir conosco. — Felipe sugeriu animado.
— Eu não vou! — Eu disse mais uma vez.
— Claro que você vai. Alicia vai estar lá.
Alicia é uma prima do Felipe que eu dei uns beijos na época da escola e hoje está noiva de um mauricinho que estudava conosco. Um cara que não perdia uma oportunidade de nos zoar e nos tirar do sério.
— Faz anos que não vejo a sua prima.
— Exato. Ela te trocou pelo Pedro. — Ele reclamou com uma careta e Rafael parecia animado com a conversa.
Ele já tinha ouvido tudo sobre o Pedro, capitão do time de futebol da escola que tinha um pai rico. Ele só estava na escola pública, pois repetiu de ano na escola chique dele e o pai o colocou em uma pública para aprender uma lição.
— Você não pode deixar o Pedro pegar a sua garota. — Brincou Rafael se divertindo as minhas custas.
— Alicia nunca foi "minha garota". Só demos uns beijos no ensino médio e nem chegou a um mês. — Tentei explicar pela milésima vez.
Já tínhamos tido essa conversa antes e todas as vezes ela não terminava muito bem para mim.
— Ninguém beija um de nós e depois fica noiva de um mauricinho. Temos que dar uma lição neles. — Felipe insistiu.
— E a lição seria ir lá e dizer "Estou com várias dívidas e não consigo nem pagar o aluguel direito, mas uai, eu tenho uma empresa." — Brinquei fazendo os dois expressarem uma careta.
— Você pode aparecer com uma mulher bem bonita e esfregar na cara deles. — Felipe insistiu mais uma vez.
E o que isso iria resolver? Aliás, não tenho nada para me vingar ou querer mostrar alguma coisa para aquele idiota.
— E ainda pode usar isso para tirar seus pais do seu pé sobre o assunto. — Emendou Rafael animado com o rumo da conversa.
— Quantas vezes eu tenho que falar que namorar dá muito trabalho? Mulheres são confusas e você têm que ser romântico o tempo inteiro e ficar dando satisfação de tudo. — Resmunguei enumerando os problemas femininos.
— Você nunca achou a pessoa certa. Só isso. — Rafael me encorajou e revirei os olhos.
— Você pode arrumar alguém legal, sem compromisso. — Se apressou a dizer. — E podemos falar para a sua mãe que você está perdidamente apaixonado, assim vai finalmente parar de pensar que você é gay. — Felipe sugeriu.
— Não tenho problemas com ela pensando que sou homossexual. — Declarei. — Tenho dois amigos gays e ela gosta mais de vocês do que de mim. — Confessei e eles deram de ombros como se aquilo não fosse nada.
Eu não estava mentindo. Ela realmente gosta mais deles.
— Mesmo agora que ela começou a te apresentar os filhos das amigas? — Me lembrou Rafael e fiz uma careta.
Minha mãe acha que como nunca apresentei nenhuma namorada para eles, que eu sou gay e de uns tempos para cá ela começou a me apresentar os filhos homens das amigas dela. Acho que tentando me arrumar um encontro.
— Eu vou para casa dormir duas horas e já volto. — Dei o assunto por encerrado. — E nada de encontros. — Completei antes de sair e bater à porta atrás de mim e escutei a risada dos meus amigos.
Era para ser uma saída triunfal, mas foi mais para meus amigos rindo da minha cara e eu com uma careta lembrando do filho da vizinha que minha mãe me apresentou na Páscoa.
Assim que cheguei em casa me joguei na cama e dormi por três horas antes do relógio tocar e eu ir tomar um banho para voltar ao trabalho.
Nosso apartamento estava uma bagunça, acho que não limpamos a casa de verdade faz pelo menos duas semanas e já vejo cuecas do Felipe pelo chão.
Essa vida de CEO não está muito boa. Quando os carros esportivos e ternos caros vão chegar? Parar de pegar o metrô lotado no horário de pico já ajudava.
Corri para o centro da cidade, de metrô, porque não tenho dinheiro para um táxi e pagar estacionamento todos os dias fica muito caro.
Hoje tínhamos que fazer uma visita a um escritório na paulista, onde achávamos que o aluguel iria valer a pena trazendo mais clientes por causa da localização.
Quando cheguei no prédio Felipe já estava saindo e tirando a gravata parecendo desconfortável.
— Desculpe, dormi um pouco mais do que o previsto. — Me desculpei envergonhado, mas Felipe dispensou minhas desculpas com um gesto.
— Já vimos o escritório e gostamos. Vamos fechar. — Ele parecia animado com a informação e assenti.
Eles sabiam o que estavam fazendo e eu confiava totalmente neles para qualquer coisa.
— E Rafael? — Perguntei o procurando ao redor.
— Foi para uma reunião com um potencial cliente.
Fomos juntos almoçar em um restaurante bem simples e que a comida era tragável e barata ali perto, afinal, avenida Paulista é tudo muito caro ou fastfood e Rafael se juntou a nós quando estávamos terminando.
— Deu certo? — Perguntei assim que ele se jogou na cadeira ao nosso lado.
— Sim, mas o projeto vai ser puxado. — Ele respondeu e fiz uma careta desanimado antes de roubar uma batata frita do seu prato.
— Uma notícia boa sempre vem acompanhada de uma ruim. — Reclamei mais comigo mesmo do que com eles.
Prevejo mais e mais noites sem dormir em um futuro próximo.
— Nós temos uma notícia boa e que não tem notícias ruins envolvidas. — Felipe comentou animado e logo Rafael abriu um sorriso.
— Manda! — Pedi animado comendo a última batata.
— Arrumamos um encontro para você. — Felipe me respondeu animado e meu sorriso murchou na mesma hora.
Ele realmente disse mesmo a palavra "encontro"?
— Me diz que você está brincando. — Pedi frustrado olhando de um para o outro sem acreditar nos meus ouvidos.
— Ele não está brincando. Ele já até falou com a pessoa por mensagem de texto. — Rafael respondeu olhando o cardápio fingindo interesse e parecendo se divertir com aquela conversa.
— Vocês me inscreveram em um site de encontros? — Perguntei irritado.
Eles não tinham esse direito. Eu não quero mulher no momento. Já tenho muito com o que me preocupar.
— Claro que não. Você nos mataria se fizéssemos isso. — Felipe respondeu dramático ainda com um sorriso no rosto e me deixou mais aliviado. — Achamos um anúncio muito bom de encontro lá no prédio que visitamos e achamos que era a solução perfeita para o seu problema.
— Mas que merda de problema eu tenho? — Perguntei ignorando a parte de uma maluca que deixou um encontro em um prédio na avenida Paulista.
— Você não pode ir à festa da escola sozinho. — Felipe explicou como quem fala com uma criança.
E com essa frase me senti com quinze anos novamente, tentando arrumar alguém para a formatura porque a pessoa que eu queria levar não estava mais falando comigo.
— Eu não me importo. — Respondi sobre a festa. Eu nem queria ir. — Cancele com essa maluca. Que mulher em sã consciência iria se submeter a isso? — Perguntei mais para mim mesmo do que para eles.
— Uma com amigas tão malucas quanto nós. — Rafael respondeu com um sorriso malicioso e fiquei curioso. — Não tinha foto, nome nem nada sobre ela. Só um número de telefone.
— Estou falando com a amiga dela. — Felipe mostrou o celular em um perfil sem foto, mas não me deixou pegar para ver a conversa.
Ótimo que arrumaram uma maluca e com amigas que precisavam estar em manicômio.
Maluca ou desesperada. Prefiro pensar que é maluca, porque as desesperadas são as piores. Grudentas e só sabem falar do gato.
— Cancele! — Pedi mais uma vez tentando fazer minha pior cara. — Sem contar que quem iria querer sair daqui e ir passar o final de semana em outro estado para um encontro as cegas? — Perguntei não querendo olhar a conversa no celular dele.
— Ela disse que isso não vai ser um problema. — Felipe deu de ombros ignorando meu pedido. — Ela também não pediu seu nome e foto, então vai ser as cegas para todo mundo.
— Eu não vou sair com uma desconhecia que deve ser ou incrivelmente chata ou terrivelmente feia. — Reclamei jogando o guardanapo na mesa para fazer drama, mas só consegui fazer os outros dois rirem.
— Acho que você não tem mais escolha. — Rafael comentou abrindo a conversa do Felipe no celular e mostrando que eles já tinham combinado até mesmo o local e horário que iriamos nos encontrar.
Amigos como eles eu não preciso de inimigos.
Mariana Eu já estava saindo do trabalho quando me lembrei daquele bilhete infeliz que concordei por estar bêbada na noite passada. Passei no quadro de avisos do prédio e não tinha nada sobre encontro. Ufa! Espero que as duas estivessem tão bêbadas que não haviam se lembrado disso. Peguei o metrô para casa e a primeira coisa que fiz quando cheguei foi tomar um banho e ignorei as mensagens de Júlia e Sofia no celular. Sim, um banho era tudo que eu queria para relaxar quando chego em casa. Assim que coloquei meu pijama e me joguei no sofá, a primeira mensagem era de Sofia sobre uma festa na nossa antiga escola que eu definitivamente não queria ir. Ir visitar a minha mãe significava mais encontros ridículos com filhos de amigas que nunca vi na vida. Aposto que antes mesmo dela saber que estou indo já vai olhar no caderno qual rapazes ainda não me apresentou. Porque ela deve ter isso anotado em algum lugar e espero que os solteiros da cidade estejam chegando ao fim. Eu definitivame
Gustavo Como eu deixei Rafael e Felipe me convencerem a ir a uma festa do ensino médio? Não tem como isso acabar bem. Definitivamente vou ter que escutar como era o nerd da sala e sou um completo fracasso por uma noite inteira e ainda ao lado de uma completa desconhecida. Todo mundo sempre acha que o nerd da sala vai se tornar o próximo médico, advogado ou sei lá, ficar rico por ser inteligente. Até agora estou na fase de muito trabalho e pouco dinheiro. Me olhei no espelho mais uma vez e suspirei irritado. Terno e gravata para ir a uma festa da escola? Claro que Felipe iria me convencer a usar terno. Azul, para combinar com o vestido da minha acompanhante misteriosa. Se essa mulher for alguma daquelas patricinhas metidas eu juro que me escondo no banheiro até a noite terminar. Olhei para o meu quarto de infância mais uma vez. Definitivamente eu precisava arrancar aqueles posters de bandas da parede. Aquilo eram disquetes? Wow! Será que funcionam? Rafael e Felipe estavam prov
O sol da tarde banhava o pátio do colégio Excelência com sua luz dourada, enquanto os risos e brincadeiras das crianças preenchiam o ar. Entre os estudantes da quinta série, estavam Mariana Lima e Gustavo Martins, dois jovens cujas vidas estavam prestes a se entrelaçar de uma maneira inesperada. Em uma tarde ensolarada, durante o intervalo entre as aulas, Mariana estava sentada sozinha em um banco no pátio da escola, Sofia sua melhor amiga estava doente e não havia ido para a aula e ela estava sozinha, tentando não chamar atenção para si mesma. Ela estava encolhida sobre si mesma, tentando se esconder dos olhares cruéis e dos comentários maldosos dos outros alunos. Gustavo, acompanhado por seu melhor amigo Felipe, estava atravessando o pátio quando avistou Mariana. Ele notou imediatamente a expressão triste em seu rosto e os olhares maliciosos que ela recebia dos outros alunos. Um sentimento de compaixão e determinação se apoderou dele, e ele decidiu intervir. — Felipe, eu preciso
Mariana Depois que meus amigos entraram eu me vi sozinha esperando o dito cujo. Pensei algumas vezes em me esconder no banheiro ou algo assim e depois falar que o cara simplesmente não apareceu. Ninguém nunca iria saber, não é? Um vento gelado bateu nos meus braços me deixando arrepiada e olhei para o celular novamente. Dezenove horas em ponto. Ele definitivamente já estava atrasado. Aproveitei o tempo para enviar a foto que tiramos para a minha mãe. Ela ficaria feliz e provavelmente iria querer imprimir e colocar em um porta-retratos em casa. Era a cara dela fazer isso. A internet estava bem devagar e meu celular travou. Porcaria! Acho que soltei um palavrão. — Porcaria de celular. — Reclamei para o vento enquanto eu sacudia o aparelho tentando pegar sinal. Senti uma mão no meu ombro. Droga! Ele realmente veio. Dois minutos atrasado. Mais alguns e eu poderia ter entrado falando que ele não veio e ter me livrado disso. Tentei não demonstrar meu desapontamento por ele estar ali
Gustavo Procurei Felipe e Rafael por todos os lados e não me importei em disfarçar. Eu quero matar Felipe! Como ele me arruma um encontro com ela? — Vou pegar algumas bebidas. — Comentei para me livrar dela. — Claro. Estarei esperando aqui. — Ela comentou olhando para o outro lado do salão. Melhor assim. Ela correu para me zoar com as amigas e eu faço o mesmo e fingimos que isso nunca aconteceu. Me afastei tentando parecer estar desfilando por aí e sem pressa, mas assim que a vi correndo em direção a um pequeno grupo, não me importei. Saí correndo e chamando atenção de algumas pessoas que desviei no caminho. Quem se importa? Tenho que matar meu melhor amigo. — Mariana Lima! — Eu disse quando os alcancei e quase soltando fogo pela boca. Felipe esticou a cabeça para ver algo atrás de mim ainda sem tirar o sorriso debochado do rosto. — Já encontrou e destruidora de corações? — Ele me perguntou a procurando. — Você me arrumou um encontro com Mariana Lima. — Repeti o pegando p
Mariana — Por aí, mas de novo. Nunca gostei dela. Gente boa para conversar, mas depois que não tínhamos mais conversas eu estava só passando o tempo. — Passando o tempo se agarrando por aí? — Perguntei ofendida. Ele nunca quis passar o tempo comigo assim. Comigo era sempre jogando vídeo game, lendo juntos, estudando, até tomando sorvete, mas beijar a gordinha? Ninguém queria. — Se ela queria me agarrar e passar a mão por tudo isso aqui. — Ele apontou para o próprio corpo e eu revirei os olhos. — Então não sou eu que vou impedir. Enquanto eu não tiver outra pessoa, não me importo de ser usado. — E quando você soube do Pedro? — Perguntei curiosa tentando deixar minha raiva pelo passado de lado. — Depois de alguns dias que ela sumiu vi os dois juntos indo para casa no carro do pai dele e não precisei ser inteligente para somar dois mais dois. — E ninguém merece perder uma garota para o Pedro. — Comentei irônica e revirando os olhos e esperando-o confirmar. — Alicia não é grande
Gustavo Demoramos pelo menos uma hora falando com várias pessoas conhecidas ou não que viram a cena. Depois que as músicas lentas começaram, ficamos sozinhos novamente. — Isso foi divertido. — Eu comentei enquanto observávamos os casais na pista de dança. — Ele tem poder, você sabe. Poderia acabar conosco. — Ela comentou preocupada observando o casal de loiros dançando na pista. — Pedro só ladra, mas não morde. — Respondi despreocupado dando de ombros. Talvez isso fosse um problema para o Gustavo do futuro. Pedro nunca me prejudicou mais do que algumas palavras maldosas. Procurei desesperadamente algo para melhorar a noite e me lembrei que Mariana estava nisso para se livrar dos encontros que a mãe lhe arrumava. — Então vou ser seu namorado? — Perguntei com um sorriso enorme e ela revirou os olhos ainda olhando para a pista. — Vou mandar sua foto para a minha mãe e dizer como estamos completamente apaixonados. — E vamos casar e ter filhos? — Não me aguentei e perguntei rind
Os quatro amigos estavam imersos em seus estudos, cada um se esforçando para entender os conceitos complexos que estavam sendo revisados para as próximas provas. Apesar da pressão e do cansaço que pairava sobre eles, havia uma atmosfera leve e acolhedora no quarto de Mariana. As risadas ocasionalmente preenchiam o espaço, amenizando um pouco a tensão do momento. Felipe, com sua habilidade natural para explicar conceitos complicados de uma forma acessível, estava pacientemente guiando Mariana através dos problemas de matemática. Ele fazia questão de não apenas dizer as respostas corretas, mas também de explicar os passos necessários para chegar a elas, ajudando-a a compreender os fundamentos por trás das equações. — Então, é basicamente isso, Mariana. Você só precisa aplicar esse método toda vez que encontrar um problema semelhante. — Explicou Felipe, sorrindo encorajadoramente para ela. Mariana assentiu, sentindo-se grata pela paciência e dedicação de Felipe em ajudá-la a superar s