Confiantemente, Aline vestiu um biquíni minúsculo e se aproximou da borda da piscina onde Mattia relaxava. Seu coração batia com uma mistura de nervosismo e determinação enquanto ela se aproximava dele. Mattia, distraído em seus pensamentos, de repente levou um susto ao vê-la.
— Olá, Mattia. Cumprimentou Aline com um sorriso brilhante, seus olhos capturando os dele com uma intensidade sutil.
Surpreso com a aparição de Aline, Mattia respondeu com um sorriso educado, mas um tanto intrigado.
— Olá, Aline. Não esperava vê-la por aqui.
Aline se aproximou um pouco mais, sentindo a urgência de expressar seus sentimentos.
— Bem, eu estava pensando que poderíamos passar um tempo juntos nesta bela ilha. O que acha?
Mattia, acostumado com flertes superficiais, ficou surpreso com a abordagem direta de Aline. Ele a observou por um momento, capturando a determinação em seus olhos e a confiança em sua postura.
— Está flertando comigo? Começou Mattia. Havia indignação em sua voz. — Você enlouqueceu? Não deveria se comportar dessa forma.
Mattia saiu da piscina, caminhou até a espreguiçadeira e pegando o roupão vestiu cobrindo seu corpo.
Aline, porém, estava disposta a continuar com aquele jogo de sedução e caminhando até ele o abraçou por trás. Mattia sentiu uma fúria lhe dominar e segurando os braços dela disse:
— O que pensa que está fazendo? Aline sorriu de forma sedutora e mordeu o lábio inferior. Mattia pareceu surpreso com aquela atitude e olhando-a seriamente, disse:
— Aline, você é uma criança.
Após o incidente, ele reagiu de forma rápida, soltando-a imediatamente. Seu semblante denotava uma forte irritação, claramente incomodado com o que acabara de acontecer. Sem demora, ele se dirigiu à sua suíte, onde procurava encontrar um momento de paz e recolhimento para processar os eventos recentes. Ao entrar no quarto, sua expressão ainda carregada de tensão, ele começou a despir-se das vestes que cobriam seu corpo. Com gestos determinados, ele se aproximou do chuveiro, buscando refúgio sob o jato reconfortante de água quente. Ao fechar os olhos, ele tentava bloquear os pensamentos tumultuados que invadiam sua mente, especialmente aqueles relacionados à atitude irresponsável de Aline, que ainda ecoava em sua consciência. Enquanto os cabelos se molhavam e a água fluía por seu corpo, ele se esforçava para encontrar serenidade em meio aquele caos emocional que Aline provocou com sua atitude. Ele gostava dela, mas como irmã, afinal os dois foram criados juntos.
Após um banho demorado, durante o qual Mattia buscou encontrar um momento de tranquilidade e renovação, envolvendo seu corpo no conforto de uma toalha macia, ele se dirigiu calmamente em direção à cama onde sua mala repousava, vislumbrando um instante de paz após as tensões recentes. No entanto, seu movimento foi interrompido abruptamente pelo som da voz de Aline, que ecoou pelo quarto, fazendo-o virar-se imediatamente, sua expressão refletindo uma mistura de surpresa e cautela.
— Eu não sou uma criança Mattia e posso provar isso para você. Ela deixou que o roupão de seda deslizasse pelo seu corpo nu, até cair lentamente no chão.
Mattia respirou profundamente sentindo a fúria lhe dominar. Ele caminhou ferozmente até ela e a aprendeu contra a parede, ele a olhou por um breve momento.
Mattia achava Aline bonita. Ela tinha um corpo bem-feito, de seios pequenos, firmes e arredondados, mas ele não fez questão de tocá-la e ainda sério disse:
— Vista-se e saia daqui agora. Ele tentou controlar a fúria que se acendeu dentro dele. — Eu a considerava como uma irmã. Agora tenho nojo de você. A jovem estava olhando para ele, porém ao ouvi essas palavras ela o empurrou para longe e pegando o roupão de seda que estava no chão vestiu e saiu do quarto chorando. Mattia bateu à porta e voltou para o que antes estava fazendo.
Horas depois, enquanto se dirigia para a boate, Mattia exibia uma expressão totalmente diferente. Após todos se afastarem, Pietro se aproximou dele, curioso:
— Que aconteceu, cara? Mattia, mantendo a seriedade, respondeu:
— Não foi nada. Pietro não desistiu e elaborou outra pergunta, já sabendo da resposta.
— Foi Aline? Eu a vi saindo correndo da sua suíte mais cedo. Mattia suspirou, visivelmente indignado:
— Aquela garota virou uma obsessão. Você acredita que ela estava dentro da minha suíte completamente nua quando eu saí do banheiro?
Pietro tentou relativizar:
— Por que se surpreender? Não é a primeira vez que uma mulher faz isso com você, certo? Mattia balançou a cabeça, frustrado:
— Estamos falando da Aline. Pietro ponderou:
— Eu sei, mas pense bem. Você é um cara cobiçado e ela é uma das interessadas. Mattia tentou explicar:
— Crescemos juntos, ela era como uma irmã para mim, agora nem sei mais. Ele passou a mão nos cabelos. — Só sei que ela ultrapassou todos os limites.
Mais tarde, na sala exclusiva da Boate Tunnel Club, Marco olhou sério para seu sócio, Oscar Maroni:— Vai me contar o que realmente aconteceu em Nova Iorque? Oscar coçou a cabeça, desconfortável:— Bem, tem um indiano querendo fazer negócios com peças raras.Enquanto aqueles homens conversavam sobre negócios, Mattia permanecia visivelmente abatido, com a cabeça recostada no sofá. Aquele gesto, chamou a atenção de seu pai:— O que há com você, Mattia? Perguntou Marco. Mattia tentou disfarçar sua indignação:— Desculpe, meu pai, eu preciso dar uma volta. Marco concordou:— Você parece péssimo. Vá dar uma volta, mas não demore.Mattia saiu imediatamente da sala, caminhou pelo local, foi para o bar, sentou-se numa banqueta, em frente ao barman e logo foi servido de uísque. Quando ele segurou o copo, uma mulher se aproximou dele. Havia charme e elegância em suas palavras. Eles começaram a conversar e a beber juntos.No entanto, depois de alguns minutos, Pietro se aproximou. Mattia sabia qu
A nova vida de KalieNa cidade de Nova Jersey, a vida era um verdadeiro paraíso para a família Rochetti. Era um lugar onde viver, trabalhar e se divertir se fundiam em uma experiência harmoniosa. Eles amavam a cidade com seus parques arborizados, locais históricos e centros artísticos vibrantes. Realmente, Nova Jersey tinha de tudo. No entanto, tudo mudou após o diagnóstico de Aruna. Diante dessa reviravolta na vida da família, eles decidiram se mudar para Nova Iorque, mais especificamente para Manhattan. Raji, o patriarca da família, era um esposo esforçado e atencioso. Trabalhava no hospital geral Mount Sinai e no pronto-socorro Lenox Hill. A mudança para Manhattan facilitaria muito as coisas para eles.A filha de 17 anos, Kalie Rochetti, havia acabado de concluir o ensino médio e, após se inscrever em algumas universidades, aguardava ansiosamente por respostas. Quando a família chegou em Manhattan, o apartamento que encontraram não era muito grande, mas era um lugar lindo e aconche
Ao se despedir da família que a ajudou com as correspondências, Kalie seguiu em passos largos, determinada a chegar em casa antes de seu pai. No entanto, o céu começou a despejar uma chuva repentina, obrigando-a a acelerar o passo para evitar se molhar. Após comprar tudo o que precisava, ela saiu apressada do mercado e seguiu diretamente para casa. Ao entrar, depositou as correspondências na mesa e dirigiu-se à cozinha, sabendo que seus pais logo chegariam. Ainda estava na cozinha quando os ouviu entrando. Aruna foi direto para o quarto, enquanto Raji dirigiu-se à cozinha, onde encontrou Kalie. — O cheiro parece bom. Ele beijou a filha na testa e ela perguntou preocupada: — Como está minha mãe? Raji pareceu suspirar, mas sorriu para acalmar sua preocupação. — Hoje foi um pouco difícil, mas ela ficará bem. Kalie, então, compartilhou sua experiência do dia: — Conheci o senhor Radesh hoje. Ele mandou umas correspondências para o senhor. Raji agradeceu: — Obrigado, querida. Eu vou to
Naquela primeira semana de junho, Kalie estava radiante. Sua mãe havia melhorado bastante desde o último diagnóstico médico, que apontava uma doença cerebrovascular. Essa condição afetava os vasos sanguíneos do cérebro, podendo causar danos em sua estrutura e funcionamento. Kalie e seu pai dedicavam-se a marcar cada momento bom da vida de sua mãe e a relembrá-la quando ela começava a esquecer. Após passarem o sábado juntos no parque em família, Kalie sentia-se realizada. No domingo de manhã, ela partiu para o apartamento de sua amiga em Manhattan. O dia de primavera prometia ser proveitoso. Após um passeio de barco pelo sul da ilha, elas retornaram à noite e aproveitaram o tempo no terraço do apartamento, desfrutando de petiscos e conversando sobre o futuro. Enquanto Rani capturava momentos com sua câmera, Kalie caminhava de um lado para o outro, sorrindo. O vento suave balançava seus cabelos, criando uma atmosfera tranquila e serena. Naquele momento aparentemente comum entre amigas,
Algumas semanas após seu retorno, enquanto Mattia relaxava em seu ambiente familiar, foi interrompido por Antony, seu tio, que o informou sobre a chegada das mercadorias que ele tanto aguardava. Imediatamente, ele se dirigiu ao pátio para verificar pessoalmente as mercadorias, acompanhado por Antony. A presença de seguranças ao redor de sua casa evidenciava a importância e o valor das transações que estavam prestes a ocorrer. Após a verificação das mercadorias, elas foram levadas para um galpão adjacente à casa, onde passariam por uma avaliação detalhada antes de serem preparadas para um leilão programado para a semana seguinte. Consciente do valor significativo desses negócios, Mattia optou por manter em sigilo cinco peças raras, alimentando assim a curiosidade e o interesse dos potenciais compradores. No entanto, a proximidade do leilão foi marcada por uma reviravolta inesperada. Pietro, seu primo, recebeu uma ligação que o deixou indignado, levando-o a comunicar o problema direta
No dia seguinte, Pietro enviou alguém para espionar a família Rochetti. Enquanto isso, Kalie passou o resto da noite no hospital com o pai. Quando ele finalmente recebeu alta, todos seguiram para casa, pois sua mãe estava aos cuidados da vizinha. Aruna, apesar de jovem, tinha uma aparência envelhecida devido à sua saúde debilitada, e Kalie sabia que a mãe não duraria muito. Dois dias depois, enquanto preparava o café da manhã, Kalie olhou para o pai e perguntou com curiosidade: — Não vai me dizer o que realmente aconteceu? Eu estava esperando que o senhor me contasse por vontade própria. Raji olhou para ela incrédulo, como se não entendesse a pergunta, mas Kalie persistiu: — Desculpa, pai, mas eu ouvi a sua conversa com os policiais. Há quanto tempo anda envolvido nesse tipo de coisa? Raji, envergonhado, baixou a cabeça enquanto Kalie continuava: — Por que está mentindo? Se fosse dentro da lei, o Radesh não teria sido sequestrado. Você sabe que esses homens podem vir atrás de nós.
Mais de uma semana depois, quando Kalie e Rani regressaram, receberam a devastadora notícia de que Aruna estava no hospital em estado grave. Sem perder tempo, elas seguiram imediatamente para lá. Raji estava ao lado dela no quarto quando as amigas chegaram, e a atmosfera era carregada de tristeza e preocupação. Quando Kalie entrou no quarto, aproximou-se do pai com angústia evidente em seu rosto. — Como ela está? Perguntou, buscando alguma esperança nos olhos de seu pai. Raji olhou para a filha com ternura, mas sua expressão refletia a dor que estava sentindo. — Mal. Nem sei se passará desta noite. Sua voz estava embargada, carregada de emoção. Foi um momento extremamente triste para aquela família, enquanto Kalie segurava a mão do pai em um gesto de solidariedade. Nesse instante, um enfermeiro entrou na sala, interrompendo o momento de intimidade. — Senhor Rochetti, o doutor Miguel quer vê-lo. Me acompanhe, por favor. O profissional fez a sua solicitação com seriedade, indicando
Com passos deliberadamente calmos, Kalie subiu as escadas do prédio, sentindo o vento frio da noite acariciar seu rosto. Ao atravessar a porta de vidro e entrar no elevador, ela deixou escapar um suspiro, sentindo-se grata pela amizade de Rani e pelo conforto que sua presença sempre trazia. Enquanto o elevador subia lentamente até o terceiro andar, Kalie ponderava sobre como iniciar a conversa tão necessária com seu pai. Cada dia que passava parecia afastá-los ainda mais, transformando-o em um estranho aos seus olhos. Determinada a mudar essa situação, ela planejava cuidadosamente suas palavras. Assim que a porta do elevador se abriu no terceiro andar, Kalie respirou fundo e entrou em casa. Ela observou os cantos familiares da casa, mas seu pai não estava à vista. Sentindo uma mistura de frustração e determinação, dirigiu-se à cozinha e colocou o jantar na mesa. Foi então que seus olhos captaram um bilhete pregado na porta da geladeira, contendo as palavras escritas a mão: "Me espere