Ela está na estrada, há algum tempo, quando um carro a sua frente para bruscamente, sem dar sinal, que vai encostar, o carro dela b**e na traseira do carro a sua frente, a forçando a pisar no freio, a forçando a parar.
Desce do carro um homem, alto, musculoso, cabelos pretos, lisos curtos e pele morena, ele está vestindo camisa social rosa, com os punhos dobrados e calça jeans. O olhar dele é frio como gelo, caminha com a perícia de um leopardo, estudando os movimentos de sua presa, para a qualquer sinal de reação atacar e imobilizar sua presa.
Sob a camisa por fora da calça, na altura da cintura há um volume, que parece o cabo de uma pistola, ela sente o sangue correr frio em suas veias, sente que o perigo a ronda, aperta as mãos sobre o volante do carro, pensa em da re e fugir dali, mas está paralisada pelo medo, não consegue se mover.Olha o desconhecido de olhar de mau e com a voz tremula diz.— Você parou de repente, não dando tempo para o carro parar, eu usei o freio, mas foi inevitável o meu carro não se chocar com o seu, você foi o culpado que eu tenha batido na traseira do seu carro.
O homem com o olhar frio como gelo a olha e com voz fria, como uma lâmina cortante de aço. — Desça do carro! — Não vou descer, o que planeja fazer comigo? — Moça não me faça perder a paciência, que me resta, porque pode não gostar do que vai acontecer.Ele avança com passos rápidos, abre a porta do carro. – saia do carro ou quer que eu atire?Ela sente o sangue em suas veias gelar, ela não tem opção, a não ser obedecer, aquele homem frio, arrogante e aparentemente cruel.Ela desce do carro, ficando em pé ao lado do veículo, ele se aproxima, tira a chave da ignição a atira na vegetação ao longo da estrada e abrindo a porta do carro, que ele dirige diz. — Você vem comigo agora, entre no carro.Ela com a voz aterrorizada. — Para onde você vai me levar?— Moça, você prefere ficar aqui no meio do nada em uma estrada deserta? Não, acho que não prefere. Entre no carro, não quero ter que usar a força.Ela olha para os dois lados da estrada e não ver viva alma naquele fim de mundo, que é a estrada que leva cidade de Dunas e percebe, que não tem alternativa, terá que entrar no carro e ir com ele, mesmo com o medo tomando conta dela.O telefone celular dele toca, ele atende, mas não desgruda os olhos dela, ele conversa com alguém sobre um problema, ele usa códigos, e Ângela fica confusa sobre quem é aquele homem. — Feito! O seu problema não existe mais, ele olha para ela friamente e prossegue, sobrou pouca coisa para, que eu possa enviar, terá que acreditar no que digo. Minha palavra basta, no Morro, só tem uma palavra a minha, portanto se tem dúvidas posso fazer você acreditar, só me diga onde está, que vou aí.Nesse momento, ele faz sinal, para que ela fique em silêncio.Ele pronuncia cada palavra olhando para a moça, que está aflita, se aproxima, faz mais uma vez sinal para ela permanecer em silêncio, encerra a conversa secamente, desliga o telefone, olhando atentamente o rosto dela, diz.— Podemos ir agora moça. — Você não sabe quem sou, mas eu sei quem você é, e o que vou lhe dizer pode fazer você ficar mais assustada do que você já está, mas a parada brusca e você bater na traseira do meu carro foi planejado há dias, vinha seguindo você há meses, por todos os lugares, no supermercado, no shopping, no salão, na empresa, nas visitas a seus pais, no encontro com aquele seu namorado e você não percebeu em nenhum momento, que estava sendo observada de perto por um estranho, você precisa ser mais atenta para sobreviver na selva, que o mundo se tornou, pois a cada esquina pode haver alguém a espreitar.Ângela fica pasma e aterrorizada com as palavras do desconhecido, não tem reação, está atônita olhando para ele.
Ele respira fundo, dar uma pausa e continua a falar.— Você não está em apuros agora, porque vi sua foto e resolvi eu mesmo fazer o serviço, não costumo tomar a frente desse tipo de serviço, mas ao ver uma fotografia sua, não pude acreditar no que foi relatado a seu respeito ao pedirem o serviço.Se estou certo, quem encomendou o serviço, vai enviar outras pessoas para ter certeza, que o serviço foi executado, pois quem quer que você desaparece não confia nem na própria sombra e a essa hora está buscando meios de ter provas, que o mandado fazer está feito.Ficaremos por uns dias em minha casa na cidade de Deserta, mas logo terei que retornar ao morro, pois não posso abandonar minhas atividades de uma hora para outra, mas você terá que ficar escondida, por um tempo, até ver como vou resolver o seu problema.Ela aos gritos. — Que loucura é essa? Eu não tenho problema.— Moça você é o problema de alguém e esse alguém é astuto como uma raposa, não sei quem subiu o morro ou quem é o mandante, que pediu esse serviço, mas para manter você viva vou ter que descobrir, e eliminar o seu problema. — Eu não quero que você elimine ninguém, você está acostumado a matar, mas eu não sou uma assassina, meu Deus, preciso acordar desse pesadelo. Ele com a voz fria.— Eu não sou assassino, nunca matei um inocente ou mandei, ninguém que está no mundo, que habito é inocente moça.— Você é a pedra no caminho de alguém e esse alguém não está para brincadeira, ela veio encomendar que removessem a pedra do caminho e o serviço não foi feito, porque estudei você e sei, que é inocente.— No morro eu mando, mas sempre há os que esperam um vacilo para tomar seu lugar, então sempre estou em alerta, preciso manter você morta até descobrir, quem foi que pediu esse serviço, que você é a pedra a ser destruída e retirada do caminho dessa pessoa.Ela fora de si, aos gritos.— Isso é loucura, preciso avisar a meus pais, que estou bem, eles vão ficar preocupados.Ele segurando no cabo da arma a olha e diz.— Se a moça quer que o serviço seja feito, a moça ligue para seus pais, mas eu não posso garantir a sua segurança e nem a minha se alguém descobrir, que mentir ao dizer que fiz o serviço.Perderei o respeito dos meus homens e isso não posso permitir, você vem comigo, vai fazer o que eu mando e eu não costumo dar a mesma ordem duas vezes.Ela está do lado dele, que dirige com o olhar fixo na estrada, que foi tomada pela escuridão da noite.Ela com a voz tremula. — Eu não posso ficar longe por dias, sem comunicar a meus pais, o que está acontecendo.Ele com a voz fria, sem deixar transparecer qualquer emoção.— Eu não estou pedindo para você não se comunicar com seus pais ou com aquele seu namorado, moça, estou afirmando, que você não vai entrar em contato, com ninguém, para todo efeito você está morta e já providenciei deixar seu carro com marcas de violência, para que não haja dúvida do que ocorreu.Ela aterrorizada grita. — O que você fez? Meu Deus, eu preciso acordar desse pesadelo, isso não é real!Ela com as duas mãos segura o braço dele, que está sobre o volante e grita.— Pare esse carro! Quero que pare! Quero voltar, não vou morrer! — não seja louca, solte meu braço, vamos morrer os dois, se continuar a agir assim.Ele para o carro no acostamento da estrada deserta e escura, desce do carro, dar a volta, abre
Ângela sobe para o quarto e abrindo todas as portas do armário, começa a procurar algo que possa ajudá-la na fuga, que planeja fazer logo cedo na manhã seguinte.Mas o que ver no armário para sua surpresa são roupas do seu número, calças, bermudas, vestidos e abrindo as gavetas, arregala os olhos, roupas íntimas, calcinhas, sutiãs e camisolas, como se ela tivesse arrumado a mala, para aquela estádia indesejada naquela casa.Um arrepio percorre sua coluna e ela pensa, que ele podia facilmente te-la matado, no estacionamento deserto, em uma rua qualquer em quanto ela fazia sua corrida habitual de todas as manhãs, antes de ir para a empresa, durante aqueles meses, que ele vinha a seguindo.Ângela desce a escada, quase correndo tomada pelo medo, para acionar o alarme, pois sente, que o perigo a ronda, que corre risco real, e que seu salvador pode ser seu algoz.No quarto deitada na cama, dorme vestida com uma calça jeans e uma blusa de malha na cor branca, que encontrou junto as diversas
Ângela tenta gitar, tomada pelo pavor.— Fica quieta, os homens que estava procurando você estão no jardim.Ricardo com o celular na mão diz, veja.Ângela ver na tela do celular a entrada da garagem, a porta dos fundos da casa, o terraço e o jardim.Ricardo manuseia com as pontas dos dedos a tela, que muda para a sala de jantar, a sala principal, a cozinha a escada que leva para os quartos. — Eles estão chegando perto demais, vou ter que tirar você daqui.Ângela se dá conta da proximidade de Ricardo, que está deitado na cama com os braços em volta do corpo dela e com a voz tremula diz. — Eles já foram embora, você já pode voltar para o seu quarto. — Preste atençao ao que vou dizer, esses homens não brincam, eles matam, mas antes de matar eles fazem coisas, que as pessoas desejam serem mortas logo, então eu não vou deixar você só aqui, você vai comigo para o morro, mas preciso, que mude um pouco seu estilo de moça rica da cidade, para salvar sua vida e a minha, pois se de
Ricardo liga o carro e acelera na estrada, horas depois entrando em uma estrada de chão para o carro em frente a um casa de dois andares, mal conservada, precisando de uma boa reforma, Ricardo retomando sua frieza habitual, sem deixar transparecer nenhuma emoção.— Aqui é a pensão de uma amiga, ela vai ajudar você a se transformar em uma mulher comum, como qualquer mulher, que mora na comunidade, assim você não chamará a atenção e passará, despercebida no Morro. Vou deixa você aqui com ela, vou comprar umas roupas para você e volto quando dê. — Ela sabe quem sou? ela pode querer receber o valor pago por quem quer me ver ...Ricardo interrompe Ângela e com a voz fria diz. — Ela não vai entregar você a ninguém, só para mim, vamos entrar.Ricardo abre a porta do carro e carrega Ângela nos braços, quando chega a porta como automática a porta é aberta e uma mulher na faixa dos trinta e cinco anos abre a porta, ela é de uma beleza diferente, tem os cabelos longos pretos e olhos castanh
Ângela resolver olhar o que de fato fazem naquela casa e anda com cuidado com o pé machucado, devagar, indo em direção a escada, quando um homem alto e magro a segura pela cintura e diz.— Uma novata, Martina, quero essa!Nesse momento uma voz grave fala bem próximo.— Essa Rony, você não pode ter, essa é minha!A voz é de Ricardo, que carregando Ângela nos braços diz.— O rei não divide nada, que é seu, volte para o salão Rony, agora.E com Ângela nos braços entra no quarto, a coloca na cama e colocando os dedos sobre os lábios faz sinal para ela ficar em silêncio, se aproxima da porta e ouve Rony, perguntar a uma das mulheres.— Quem é a mulher de cheiro bom, que o rei é dono?Ricardo volta-se para Ângela e em voz baixa diz.— Acho, que vamos ter, que fazer alguns barulhos aqui, para convencer, o Rony, que estamos nos divertindo.Ângela diz.— o quê? Ricardo diz, finja querida, que estamos em uma linda noite de amor.Ângela diz, não vou fazer isso.Ricardo diz, você já assistiu mui
Passam horas e nada de Tom ou Ricardo voltar, Ângela está ansiosa e com o coração apertado, sente que aconteceu algo terrível com Ricardo, as horas se arrastam, quando a madrugada já invade a noite Tom entra em casa carregando Ricardo com mais dois homens, Tom fala com a voz ríspida, busquem um médico agora e não voltem aqui, sem cumprir a ordem,Tom está visivelmente abalado, Ângela assiste a toda cena, com aparente calma, mas por dentro está tensa, aflita com o coração acelerado.Um dos homens retorna e diz, não encontramos nenhum médico, o que vamos fazer, se levarmos ele para o hospital ele será preso, um dos homens diz, com a voz grave, mas se não o levarmos para o hospital ele morrerá, ele está perdendo muito sangue.Ângela diz, coloquem o em cima da mesa, tragam soro, éter, solução... vou fazer o possível com o que temos aqui.Tom olhado fixamente para Ângela e diz, você sabe o que está fazendo?Ângela diz, sei, você quer tentar salvá-lo ou deixar ele morrer?Tom diz, salve-
Ângela diz, vamos Tom me fale o que Ricardo fez para salvar minha vida, preciso saber? Tom diz, está bem vou contar para você desde do início o que aconteceu. O Valadão estava no bar da comunidade com uma foto nas mãos dizendo, que tinha um serviço para fazer, mas antes de fazer o encomendado ia se divertir um pouco, com a bela moça. Ricardo estava no bar ouviu quando o Valadão, falou que ia fazer um serviço, mas que antes ia se divertir com a mulher. Ricardo foi até a mesa, que o Valadão estava e pediu a foto para ver, quem era a encomenda. Ricardo diz, ao Valadão, que ia ele mesmo ia fazer o serviço, que precisava, que ele fizesse uma viagem, para resolver um problema que estava causando prejuízo aos negócios da comunidade. Valadão pediu maiores explicações sobre o problema, que teria que resolver, Ricardo disse, que ele receberia todas as informações no hotel onde se hospedaria na cidade a qual séria seu destino. O Valadão viajou e Ricardo esperou, que ele chegasse a cidade e
Tom saia do quarto, diz, vou pedir para a Rita trazer o café da manhã para vocês.Tom saia do quarto, fechando a porta, deixando Ângela e Ricardo a sós.Ricardo diz, obrigado, Ângela por ter cuidado de mim, você salvou a minha vida.Ângela diz, você salvou minha vida algumas vezes, fiz o que tinha que ser feito, fiz por você e faria por qualquer outra pessoa.Passa uma sombra pelos olhos de Ricardo, ele diz, então estamos quites, eu salvei sua vida e você salvou a minha. Obrigado.Ângela diz, por que tentaram matar você?Ricardo olha para Ângela e com a voz arrastada, pois ainda sente dor, diz, aqui é uma selva, mas diferente, dos animais os homens matam por poder, ganância, vingança, por território, entre outros tantos motivos, o Rony quer o meu território, mas para ele conseguir ter que me matar, então ele vai fazer qualquer coisa para me tirar do caminho dele.Acredite essa foi a primeira de muitas tentativas que ele fará, até me tirar do caminho dele, ele não vai desistir de ser o