A FUGA

Ângela sobe para o quarto e abrindo todas as portas do armário, começa a procurar algo que possa ajudá-la na fuga, que planeja fazer logo cedo na manhã seguinte.

Mas o que ver no armário para sua surpresa são roupas do seu número, calças, bermudas, vestidos e abrindo as gavetas, arregala os olhos, roupas íntimas, calcinhas, sutiãs e camisolas, como se ela tivesse arrumado a mala, para aquela estádia indesejada naquela casa.

Um arrepio percorre sua coluna e ela pensa, que ele podia facilmente te-la matado, no estacionamento deserto, em uma rua qualquer em quanto ela fazia sua corrida habitual de todas as manhãs, antes de ir para a empresa, durante aqueles meses, que ele vinha a seguindo.

Ângela desce a escada, quase correndo tomada pelo medo, para acionar o alarme, pois sente, que o perigo a ronda, que corre risco real, e que seu salvador pode ser seu algoz.

No quarto deitada na cama, dorme vestida com uma calça jeans e uma blusa de malha na cor branca, que encontrou junto as diversas peças, que encontrou no armário, preparada para acordar cedo e não perder tempo, após horas rolado na cama adormece.

Na manhã seguinte acorda aos primeiros raios do sol, levanta, escova os dentes, pega um casaco, amarra na cintura e desce as escadas, entra na cozinha, coloca em uma sacola de mercado umas frutas, uma garrafa de água e caminha em direção a porta.

Caminha por algumas horas pela estrada estreita de chão, chegando a pista de asfalto, deduz, que está próximo da cidade, quando ouve passos se aproximando e escuta vozes, um dos homens diz.

— Se ela estiver viva e por perto, nós vamos encontrá-la e antes de fazer o serviço a gente pode se divertir um pouco com ela.  

O outro homem que acompanha, dar uma gargalhada.

— Não me divirto com quem não quer diversão comigo, mas você faça o que quiser.

Ângela fica aterrorizada e entra na mata para se esconder, ficando imóvel  esperando os homens se distanciarem, resolve voltar para a casa no alto do penhasco, de onde pode ver toda a estradinha de chão e lá ela estará, pelo menos por enquanto protegida, pois não sabe, o que o maldito, que a levou para aquele fim de mundo fará, quando voltar.

Ângela começa a caminhar tomando a estrada de volta, quando volta a escutar passos, ficando desesperada, resolve deixar a estrada e retornar para a casa pelo mato, caminha por algumas horas, quando pisa em falso e rola pela ribanceira, indo parar a alguns metros de onde estava, tenta levantar, mas sente que seu tornozelo está com uma fratura, senta e contendo-se para não gemer de dor, tira  a bota e ver que o pé aparenta está quebrado.

Nesse momento um homem forte coloca os braços em volta dos seus ombros e colocando uma das mãos sobre sua boca e diz quase sussurrando, não grite.

— Sou eu Ricardo, estudei todos seus movimentos durante muito tempo, para saber que ia tentar fugir, não errei quando coloquei o sistema de monitoramento em tempo real na casa toda.

— Desgraçado, maldito, você estava me vigiando o tempo todo, desde que saiu da casa. 

 — Graças a eu está vigiando você, vou poder levá-la de volta à segurança.

Já é noite, e o escuro tomou conta da mata, eles ficam ali sentados, por horas, até, que os homens desaparecem, tomando outra direção no meio do mato.

  — Vou ter que carregar você ou você prefere ficar aqui esperando a visita dos animais noturnos, ou a volta dos homens, que estão caçando você, como a um animal, que ele querem abater?

Ângela, agradece mentalmente por está escuro, pois está quase feliz por Ricardo ter voltado, ficando em silêncio, procurando se conter para não dizer nada, que possa contrariar o rei do morro.

Ricardo a levanta nos braços.

— Será, que você pode fazer o esforço mínimo de ajudar colocando os braços em volta do meu pescoço?

Ângela, a contra gosto, coloca os braços em volta do pescoço de Ricardo.

— você é teimosa demais para aceitar ficar em um lugar contra a sua vontade, mas vou lhe dizer, se não aceitar minhas ordens você vai morrer e eu não  vou poder fazer nada para evitar esse triste desperdiço de uma vida tão bela, mas se desejar eu posso entregar você para aqueles homens, então para a sua sobrevivência aceite minhas ordens.

Ângela com raiva, para não admitir, que foi salva mais uma vez por seu algoz.

 — Você não me amedrontar, não vou ficar presa, vou tentar fugir de novo, assim que tiver oportunidade.

Entram em casa e ele diz, vou buscar uma bolsa de gelo para colocar em seu pé, essa luxação  vai ficar roxo e inchado, se não colocar logo gelo.

Ângela, que andou por horas, está cansada e com fome.

— Estou com fome e com sede.

Ricardo voltando da cozinha, com uma bolsa de gelo nas mãos.

— Você tem tudo aqui, para ficar confortável até eu resolver seu problema, mas prefere se arriscar a ser morta, que ficar aqui quieta.

Sem dá tempo para Ângela retrucar, volta para cozinha.

 — Vou buscar algo para você comer.

Ângela, fica de cara amarrada, e aos gritos.

 — O que foi que fiz, para merce isso?  Quero voltar para minha casa, para minha vida.

Ricardo, voltando da cozinha com uma bandeja nas mãos com sanduíches, suco e frutas, coloca na frente dela, na mesa de centro próximo ao sofá, que ela está deitada com o pé imobilizado.

 — Ângela, você está com saudades do almofadinha, do insosso?

— o Danilo não é almofadinha, ele é um homem educado e gentil, muito diferente de você, que é um grosso, sem educação e não sabe ser gentil.

Ricardo senta com rapidez ao lado dela no sofá.

— Muito bem, vou mostrar para você, que posso ser esse homem grosso e mal-educado, que não tenho sido até agora.

Tirando o sanduíche da mão de Ângela, o j**a sobre a bandeja e a segurando pelos cabelos e colocando uma das mãos em sua nuca, aproxima os lábios em direção aos lábios dela, respira fundo, para por alguns minutos escutando a respiração ofegante dela.

 — Não é desse jeito, que quero seu primeiro beijo, não vou forçar você me beijar.

— Não vou forçá-la a nada, pois não sou esse tipo de homem, o beijo que quero dos seus lábios e contato mais íntimos, vai acontecer, quando você confessar que deseja isso tanto quanto eu. 

Ângela levanta, com dificuldade, devido ao pé, que machucou na tentativa de fuga e o empurra com as palmas das mãos.

— Você está louco se pensa, que vou desejar um beijo seu ou qualquer outro contato com você.

Ricardo passando as mãos nos cabelos e a olhando nos olhos.

 —  Posso fazer você dizer o contrário em poucos minutos, mas não vou fazer isso, não agora e moça lhe digo seu ódio vai se transformar em amor, pois você vai conhecer um homem e não um...

Ângela aos gritos interrompe Ricardo.

— O Danillo não é um almofadinha insosso, é um homem que me realiza como mulher, eu jamais vou sentir por você o que sinto por ele, eu o amo.

Ricardo levanta do sofá e saindo da casa.

— Antes que eu deixe meu sangue quente responder por mim, vou caminhar,  ver se os homens, que estão caçando você, ainda estão por perto.

Ângela fica paralisada, não têm reação, pois pensou que ia acontecer o pior com ela, que ele ia usar de violência com ela, mas de repente ele muda e sai para caminhar, como para se afastar dela.   

Ângela fica sozinha com seus pensamentos, medos, olha para o pé e fala em voz alta.

— Agora é que não vou poder fugir mesmo, que droga.

 Ver o sanduíche jogado na bandeja, que Ricardo tirou das mãos dela e diz em voz alto.

— Rei do morro, você é um grosso mal-educado.

Depois de horas Ricardo, encontra Ângela dormindo no sofá, ele leva a bandeja vazia para a cozinha e voltando para a sala a olha e fala em voz alta.

 — você  vai me querer como eu a quero, eu juro moça.

Ricardo se curva e a levanta nos braços, a carregando para o quarto.

Ângela sonolenta abre os olhos.

— O que está fazendo?, me coloca no chão!

— Vou colocar você na cama e não adianta pedir para coloca-la no chão, porque eu não costumo obedecer ordens.

Ângela se dar por vencida, sabe, que não adianta e contra o que o Rei do Morro determina.

Ricardo a coloca na cama, se afasta indo em direção a porta, para e olha para e ela por alguns minutos.

 — Se precisar é só gritar.

Sai fechando a porta, deixando Ângela sentada na cama olhando para a porta fechada.

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