KHALIL IVANKOV ÖZÇIVIT -Sim. - responde contrariada. -Khalil, você aceita Nefertari como sua legítima esposa, prometendo ser fiel, amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da suas vida. Até que a morte os separe? - nessa hora minha mente me faz pensar na Mine, era para ser ela aqui. Engulo em seco, merda não é hora para pensar nisso. Olho para a Nefertari. -Sim. - respondo firme e ouço meu avô, minha mãe e pai suspirarem aliviados. -Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. - finaliza, coloco as mãos em sua cintura e a beijo, nada muito grandioso, foi mais parecido com um selinho, todos presentes batem palmas. *** NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVIT Após a cerimônia na igreja, nos direcionamos para a recepção que é na mansão da família. Está tudo bem decorado, não escolhi nada, fiquei completamente inerte a tudo isso. Além da recepção, aqui também vai acontecer o juramente, sem ele é
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVIT Enfim a festa termina, não aguentava mais acenar e parecer feliz, com um sorriso estúpido no rosto. Eu não via a hora de tudo isso acabar e ver o Formiga, odiei cada minuto que fiquei longe dele. Continuo na mansão, no meu quarto, subi para trocar de roupa, tirar meu lindo vestido preto. Shantal e Jasmim vieram para me ajudar e claramente para fofocar, minha cunhada é a primeira a falar. -Devo admitir que você enganou a todos muito bem. - comenta olhando para o outro vestido que se encontra da mesma forma que o deixei de manhã, o contraste de cor dos vestidos chega a ser engraçado, um tão branquinho, parece que vai sujar se encosta em qualquer coisa. -Só deu pena que esse belo vestido não foi usado. -Eu tive um baita susto quando te vi, não só eu. -Uma entrada memorável? E quanto ao vestido, posso doá-lo. -Sem dúvida alguma. - respondem ao mesmo tempo, rimos. -Agora me diz uma coisa, os votos do Khalil deu a entender que vocês já se co
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVIT -E-eu, quantos anos ele tem? E qual é a história dele? - questiona realmente interessado, sua reação até que está sendo melhor que imaginado, e isso me deixou de certa forma... feliz? Não que sua opinião ou reação importasse, ninguém me impediria de adotar meu pequeno e criá-lo perto de mim. -Vou te contar tudo, mas antes vou pegar uma bebida, estou com a garganta seca. - me levanto indo até uma pequena adega presente na sala. Não seria minha casa se não tivesse pelo menos uma adega. -E antes que eu esqueça, tenho uma coisa para te entregar, aqui está. - diz retirando minha arma de sua cintura. - Sua Glock. - a coloca sobre a mesa de centro. -Obrigada. - agradeço, encho dois copos com uísque, e o entrego um, me sento e aliso minha querida arma. -Cuidei muito bem dela. - comenta e bebe um pouco da sua bebida. -Não fez mais que sua obrigação.- sorrimos, mas depois fico séria. Hora de contar tudo sobre o Formiga, e só de imaginar sinto um a
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVIT -Tia Tari! A senhora demorou. - me aproximo dele e nos abraçamos. Se pudesse ficaria um bom tempo assim, abraçá-lo se tornou uma das minhas coisas preferidas. -Oi ragazzo (garoto). Você está bem? - sento-me ao seu lado, Khalil fica um pouco distante, apenas observando. Acho que não sabe muito bem como agir, o que imagino se normal. -Sim, o tio Apolo e a tia Jasmim me trouxeram café na cama. - comenta animado.- veio em uma bandeja e tudo, tinha bolo, frutas, tinha até um negócio lá que eu não lembro o nome, mas era muuuito gostoso. - dá ênfase no muito. - Nunca ninguém tinha me tratado assim, parece até que eu sou alguém importante. - sorri. - conversamos bastante, eles me avisaram que a senhora estava vindo. E o tio Apolo me ajudou a tomar banho. -Tio Apolo e tia Jasmim? Vejo que já gostou muito deles. - aperto seu nariz de leve em um gesto de brincadeira. -Muuuito! Mas não fique com ciúmes, a senhora continua sendo minha preferida. - Acho
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV OZIÇIVIT Desde que descemos do carro o Formiga olha encantado para tudo, é engraçado sua expressão. Vou ao seu lado e o Khalil vai empurrando sua cadeira, a casa já está toda adaptada para ele. -Essa é sua casa Formiga. - digo abrindo a porta, entramos e ele sorri animado olhando para a sala de estar. -É enorme! Igual dos filmes.- comenta, mas então seu olhar vai até as escadas, e imagino o que passa em sua cabeça. -Aqui tem elevador, não será necessário se preocupar com as escadas. - ele arregala os olhos. -Isso é incrível, obrigado por me adotarem. -Não me agradeça por isso.- peço alisando seu cabelo. - Seu quarto ainda não está decorado, porque quero que escolha cada detalhe.- explico empurrando sua cadeira de rodas até o elevador. -É muito chique.- comenta quando as portas do elevador se fecham. - Tem perigo de cair? - Não pense nisso garoto, é seguro.- responde bagunçado o cabelo dele, que ri gostando da interação. A interação deles é natura
Nojo. Raiva. Tristeza. É tudo uma mistura, aqueles malditos acabaram com tudo que eu tinha, levaram desde a minha virgindade até minha vontade de viver. Malditos, eu preferia estar morta. Limpo as malditas lágrimas que insistem em escorrer pelo meu rosto, mesmo não querendo mais chorar, é como se eu não conseguisse parar, é como se meus olhos sangrassem, mas em vez de sangue, são lágrimas, é como uma dor latente. Os desgraçados, que me desgraçarão, devem pagar, mas não perante a lei, não é suficiente, eu sei que meus irmãos estão atrás deles, mas acho que nem isso é suficiente. Pego a esponja e esfrego todo meu corpo pela quinta vez, o hilário é que me sinto ainda mais suja. Observo meu corpo, minha pele está toda avermelhada, esfrego ainda mais. As lágrimas ficam mais intensas, grito, choro, passo minhas unhas pela pele com tamanha força que sinto a ardência da pele ferida, mas não me importo. Ainda sinto o toque deles. Ouço suas vozes, como se ainda sussurrassem em meu ouvido. "Sua v
NEFERTARI AMBROGETTI Seguro com as mãos trêmulas de raiva os papéis que mudam drasticamente meu futuro, estou possessa de puro ódio, como ele pode fazer isso comigo? Ah babbo, como pode fazer isso comigo? Eu o amo, mas isso! Isso foi demais. Foi o estopim, me sinto... traida, decepcionada. O Apolo fala mais algumas coisas, entretanto não dou a mínima, ele foi nem teve a decência de me dizer o que tinha feito enquanto estava vivo. -Quanto tempo faz que você sabe disso?.- pergunto ficando de pé e balanço a m*****a folha, todos estão em silêncio agora.- Não me diga que todos já sabiam? -Sim sabíamos.- Hades é o primeiro a falar, sua voz é calma. E calmaria agora só me dá mais raiva. -Quanto tempo?- questiono e o Apolo intervém. -Isso não tem relevância.- diz passando a mão no cabelo. -Óbvio que tem, vamos diga. -Já faz um tempo, mas isso não é relevante.- responde Hades e abre um pacotinho de amendoim. -Eu vou matar vocês!.- digo e ele coloca um amendoim na boca, e isso só
NEFERTARI AMBROGETTI Novamente me encontro no lugar que mais detém minha agonia, não sei como agir com tantas crianças, apesar de ter meus sobrinhos. Mamma pediu ao motorista para passar no instituto antes de irmos à empresa, hoje decidi não dirigi, sem contar que às vezes é bom ficar um tempo com a mamma, ela se torna mais suportável quando o assunto não é casamento, e falando em casamento, eu continuo a adiar o meu, é empolgante ver a raiva que estou a causar, está sendo uma ótima lição para o conselho e para os Özçivit, sou eu quem mando, mesmo quando pareço sem opções. Mamma, entrou no instituto enquanto eu optei novamente em ficar aqui fora. Olho em volta e vejo o local que a última vez me sentei, desta vez há um bambino lá, mas não é qualquer bambino, é o pobre ragazzo solitário. Ele olha com ar triste para as outras crianças, e faço uma coisa que não compreendo, meus pés me levam até ele. Cazzo (porra). Aproximo-me e assim que ele nota minha presença ele sorri, um sorriso in