Capítulo 7 - Primeiro encontro

*Capítulo retirado do livro do APOLO (livro 1)

1 ano e alguns meses antes em LAS VEGAS:

NEFERTARI AMBROGETTI

Passo um batom vermelho, e vejo meu reflexo no espelho. Estou pronta. Pego minha Glock e coloco em minha coxa. Estou com um vestido vermelho que possui uma fenda e um decote em V.

Ajeito meus seios no decote, hora do show, já sinto a adrenalina correr em minhas veias, amo isso, que os jogos comecem. Saio do meu quarto, fecho a porta e ando vagarosamente pelo corredor indo até o elevador, adoro o fato que um vestido longo e um belo decote pode trazer quase uma nova identidade.

Chego no corredor, aperto o botão e aguardo. Entro, seleciono o térreo, quando as portas estão fechando uma mão impede. Ergo minha sobrancelha direita quando as portas se abrem e um homem elegante entra. Não só elegante, ele exala luxúria e sexo, e pelo cabelo bagunçado aposto que era isso que estava fazendo. Ele me olha e sorri de lado, continuo seria.

-Boa noite.- devolvo o cumprimento com um sorriso de lado. Reparo que ele me observa, ignoro, não demora muito e as portas se abrem, quando ele faz menção de falar saiu rapidamente, estou sem tempo para flertes. Me dirijo para entrada do hotel, que está bem movimentado, Las Vegas, a cidade que nunca dorme, é como um jovem em busca de adrenalina.

-Senhorita. - Me chama Ethan se passando por taxista, ele abre a porta do táxi e entro.

-O rato já chegou no esgoto? - questiono assim que ele da partida.

-Sim, e com três amiguinhos.

-Apenas três? Tem certeza?

-Sim. O Yan já está lá.

-Ótimo. Fique por perto.

Cinco minutos depois, chegamos ao casino Venetian. O Ethan abre a porta, desço. O local já tem bastante gente, pessoas estúpidas que acreditam que ficaram ricos, para nós é óbvio que isso não ocorrerá, tudo aqui é controlado, inclusive os ganhadores.

Entro sem nenhum problema, as máquinas já estão ligadas e as apostas já foram iniciadas. Vou até o bar e peço conhaque. Bebericando a bebida eu observo os jogados, em especial Ichiro Kobayashi. Vejo que ao seu lado está o Samuel, um dos meus. Ele conversa com o Ichiro, que olha em minha direção, sorriu sedutora e levanto meu copo em sinal de brinde. Ele sorri malicioso. Me viro para o bar e espero, eles sempre fazem o mesmo.

-Senhorita?- um garçom me chama.

-Sim?

-O Sr. Kobayashi. - diz apontando para o Ichiro. - Gostaria que a senhorita se juntasse a ele, para que assim o desse sorte no jogo.

-Claro, será uma honra.- termino meu drink, deixo o copo sob a bancada e me direciono ao Ichiro, que em nenhum momento desvia seu olhar de mim, isso mesmo querido.

-Ichiro Kobayashi, é um prazer.- diz segurando minha mão e deposita um beijo na mesma. Sorriu.

-Afrodite D'angelo. - minto, ele sorri animado.

-Afrodite, você é belíssima, deusa da sedução.- diz e as apostas se iniciam, fazendo com que ele volte sua atenção para a mesa. - me diga uma cor. - olho para as cores disponíveis.

-Preto, como a escuridão de uma noite sem luz. - ele me olha.

-Você não é como as outras. Gosto disso. Preto, 100 fichas.- faz sua aposta

-Não é alto para a primeira aposta? - finjo uma preocupação, eles adoram.

-Confio no seu palpite. Deseja beber alguma coisa?

-Estou bem, já bebi o suficiente.

-Preto. - anuncia

-Parece que estou com sorte. - sorriu e ele me olha encantado, isso mesmo se encante.

-Um ponto para mim, ganhei um ponto com você também?-indaga pegando novamente minha mão e a beija sem desviar o olhar do meu. Me aproximo dele até seu ouvido e sussurro.

-Pode-se dizer que sim, Ichiro.- deposito um beijo perto de seu ouvido.

◆◆◆

Após os flertes e apostas, tenho toda sua atenção de fato para mim, nos embalamos em um beijo, ele deixa claro o que quer. Mas preciso levá-lo daqui.

-Vamos para algum lugar. - sussurro suave parando o beijo.

-Não sei.- responde rindo e voltando a me beijar. Estamos em uma sala mais privada.

-Aqui não me parece um bom lugar, por favor, em outro lugar teremos mais tempo.- digo colocando minha mão por baixo de sua camiseta.

- O que eu poderia fazer com você? És tão forte, alto. - finjo inocência enquanto passo minhas mãos em seus braços, e beijo seu pescoço. Ouço sua risada.

-Acho que consigo me defender de você senhorita Afrodite.- cede colocando seu braço ao redor da minha cintura e me puxando para si. Sorriu maliciosa, mas por dentro queria sacar logo minha arma.

-Deixe-me cuidar de você, querido.- sussurro em seu ouvido.

-Vamos sair daqui.- responde apressado, sorriu. O homem tá quase se desfazendo na calça, seguro minha vontade de revirar os olhos.

-Sim, por favor. - falo ansiosa.

***

Entramos no carro, Ichiro está tão envolto em mim que não se dá conta que não é seu motorista que está a dirigir, ocupado demais beijando meu pescoço. Quando tomamos distância suficiente do cassino, eu o afasto de mim.

-O que foi doçura?- pergunta sem entender, sorriu de lado e retiro minha arma da coxa.

-Só quero te apresentar a minha Glock, ela não é linda?- Não o deixo responder e o pegando de surpresa dou uma coronhada e ele cai sobre mim. Reviro os olhos e jogo seu corpo para o banco.

-Tudo certo? - pergunta Ethan, sem desviar seu olhar da estrada.

-Acelere. - respondo olhando para o verme ao meu lado.

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