NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZIÇIVITNão demorou muito e o Khalil aparece no quarto. Sabia que deveria ter ido para outro canto, mas estava frio lá fora. Ele me olha sério e fecha a porta do quarto.- Qual o seu passado, Nefertari? O que meu avô disse para que lhe desse um tapa? Você é geralmente controlada, mas hoje... - cruza os braços, o que isso agora? Um interrogatório? Cazzo.- Eu não tenho sangue de barata, posso ser fria, calculista, mas tenho limite, tenho sentimentos, e seu querido avô ultrapassou o meu limite, mas não se preocupe, já estou controlada. - sento-me na cama. - E sobre meu passado, ele não é da sua maldita conta.- Aí que você se engana, você é minha esposa, se seu passado que me oculta, voltar? Somos uma família agora, temos um filho, eu preciso saber das coisas, se meu avô descobriu sobre seu passado, outra pessoa também pode, e poderá usá-lo contra você. - sorriu sem humor.- Quanto a isso, não se preocupe, quem morreu não volta. - digo sentindo a dor em meu
- Dois meses depois, eu descobri que aquele inferno ainda não tinha acabado... eu estava grávida. - as palavras saem como chamas, e as memórias querem vir a todo custo, fecho os olhos, balanço a cabeça negativamente e abro os olhos - Eu ia abortar, fiquei a beira de um colapso quando descobri, mas aí... eu ouvi o coração dele, batia tão rápido, parecia assustado… assim como eu, não consegui abortar, então optei em ter e depois iria colocá-lo na adoção, mas não foi preciso. - sinto minha voz ficar embargada.- O que aconteceu? - questiona e ainda de mãos dadas eu aperto suas mãos, ele retribui o aperto.- Eu não gostava de ir nas ultrassons, então não ia. Sentia agonia quando ele chutava, quando se mexia, mas com o passar dos dias eu percebi que quando ele ficava quieto, não se mexia... eu sentia falta, teve uma vez que fiquei preocupada e pela primeira vez falei com ele, e tive um chute em resposta, ali eu chorei. E então, pela primeira vez pensei que talvez pudesse dar uma chance par
Meu corpo reage a cada toque de sua mão, a cada palavra dita e sussurrada em meu ouvido, e sua voz mostra que seu corpo compartilha do mesmo desejo ardente que o meu, está rouca e desejosa.Nossos corpos se unem, como se fossem um só. Compartilhando os mesmos movimentos e em busca dos mesmos prazeres, despidos, soados e ofegantes.Olhando em seus olhos vejo o momento em que seu êxtase é alcançado, e seu olhar é como o reflexo do meu, entorpecido de prazer e completamente entregue a luxúria da relação. Tudo anterior a isso é esquecido.***KHALIL IVANKOV ÖZÇIVIT AMBROGETTIAlláh. Essa mulher vai me enlouquecer, divago enquanto à observo, ela dorme serenamente, nem parece que acordada é mandona e sarcástica. Sorriu de lado. Noite passada foi... intensa. E não digo apenas pelo fato dela ter me contado de seu passado. Mas só de lembrar de suas palavras sinto meu sangue ferver, pensar em tudo que ela passou me deixa fora do eixo. Tenho vontade de matar cada um deles, apesar de todos já es
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVITJá era quase onze horas da manhã quando o Khalil voltou para casa. E nosso filho foi logo lembrá-lo que ele tinha prometido passeios. Aquiles está feliz de está aqui, está sendo muito mimado pelos avós! E eu amo isso. Amo ver o carinho deles.- O conselho adiou para amanhã o jantar de apresentação do Aquiles. - avisa e fico tensa, por que mudaram?- Isso é bom ou ruim? - questiono sem esconde minha tensão, ele segura minha mão.- Eu não sei. Está tudo muito quieto.- Como são eles?- Na maior parte do tempo são justos. - responde pensativo.- Isso já é um começo. - respondo e minha sogra vem até nós.- Querido? Eu gostaria de fazer um pedido aos dois. - começa e olha para nossas mãos juntas e sorri.- Pode dizer, mãe. - chama sua atenção, ela desvia o olhar de nossas mãos, retiro sua mão da minha.- Contei ao Aquiles sobre alguns lugares que você adorava ir quando criança, e ele ficou muito animado, eu e seu pai gostaríamos de levá-lo. Seria uma ta
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVITImpaciente espero no carro. É o cúmulo esperar eles conversarem. Suspiro irritada. Já se passaram 4 minutos! Coloco a chave e ligo o carro, talvez o deixar aqui seja uma opção. Penso, e o stronzo (idiota) aparece, sua cara não é das melhores, reviro os olhos, não espero que ele se aproxime, com o carro ligado, canto pneus para longe do restaurante, mas ainda consigo ver sua reação quando o carro passa por ele. Sorriu de lado. Ligo o som do rádio. Carry on wayward son. Preenche o carro.Siga em frente, meu filho rebeldeCarry on, my wayward sonHaverá paz quando você tiver terminadoThere'll be peace when you are doneRepouse sua cabeça cansadaLay your weary head to rest...Acelero ainda mais, obviamente a rua está vazia, não está em horário de pico. Aumento o som.Uma vez, eu me levantei acima do barulho e da confusãoOnce, I rose above the noise and confusionPara vislumbrar o que está além desta ilusãoJust to get a glimpse beyond this illusionE
KHALIL IVANKOV ÖZÇIVIT AMBROGETTIChego em casa depois de pedir um táxi, ainda não acredito que ela me deixou lá. Sem contar que saiu dirigindo como uma doida e ainda me deixou com sua bolsa. Meus pais ainda devem estar no passeio com o Aquiles.- Sulan, por favor poderia chamar minha esposa, e avisá-la que estou a esperando no escritório. - peço a empregada que me olha engraçado.-A Sra. Nefertari não está em casa, ela saiu mais cedo com o senhor, mas ainda não voltou.- responde confusa.- Estranho, obrigado Sulan. - onde diabos essa mulher se meteu? Ela não conhece nada por aqui, será que se perdeu? Do restaurante para cá ela sabia o caminho, até porque está salvo no GPS. Onde diabos você se meteu Nefertari?***NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVIT-E é por isso que nós mulheres vivemos mais que os homens. - digo e bebo um pouco do meu refrigerante.- Engraçado dizer isso, não foi um homem que eu detive mais cedo por que estava dirigindo loucamente. - sorriu de lado, os rapazes riem
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVITChegou o dia, hoje vai acontecer o jantar de apresentação, e a sensação que levo não é boa, me sinto ansiosa, temerosa, ter esse misto de sentimos me faz sentir vulnerável, e eu não gosto disso. Mais cedo eu e o Khalil conversamos com o Aquiles, falamos o que ele deveria dizer, e como se comportar. Ele ficou um pouco confuso, mas aceitou.Com sorte ontem ainda cheguei antes do Aquiles, que chegou todo sorridente falando do passeio, ele amou realmente a tarde com os avós.- Pensativa. - comenta minha sogra. - Gostaria de um chá?- Não, grazie (obrigada). Só estava com o pensamento longe. - comento e suspiro.- Sobre ontem? O Khalil comentou. - linguarudo, mandei ele não comentar.- Não, aquilo não foi nada.- Tem certeza?- Absoluta, além disso, não foi de todo mal. - ela ri.- Se você diz. E quanto ao jantar, prudência sempre é aceitável, o Aquiles foi bem estruído, sairá tudo bem.- Eu sei. - confio no Aquiles, sei que ele vai responder e vai se c
Após a reunião, ocorreu o jantar, onde os conselheiros se dirigiram mais ao Khalil do que a mim, odeio isso, era como se não estivesse ali. Fora isso o jantar transcorreu bem e sem infortúnios, alguns olhavam com curiosidade para o Aquiles, era como se eles quisessem desvendar o que está por vim, quais surpresas o Aquiles pode trazer, outros o olhavam com pena. Fui obrigada a ser grossa com alguns, outros eu apenas dei meu melhor olhar de assassina e eles saíam de perto.- Então, acabou tudo bem. - comenta Nyrat, acabamos de chegar, Khalil subiu com o Aquiles para ajudá-lo no banho.- Está esperando um agradecimento? - questiono quando ele fica parado me encarando.- Não, sei que nunca faria isso, e mesmo que duvide eu ajudei.- Não é que eu duvide, só é dificil de acreditar visto suas últimas declarações sobre meu filho.- O conselho não discorda de mim. Se essa criança continuar nessa cadeira de rodas será um inútil, ou melhor, continuara sendo.- Diferente de você eles depositaram