NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVITImpaciente espero no carro. É o cúmulo esperar eles conversarem. Suspiro irritada. Já se passaram 4 minutos! Coloco a chave e ligo o carro, talvez o deixar aqui seja uma opção. Penso, e o stronzo (idiota) aparece, sua cara não é das melhores, reviro os olhos, não espero que ele se aproxime, com o carro ligado, canto pneus para longe do restaurante, mas ainda consigo ver sua reação quando o carro passa por ele. Sorriu de lado. Ligo o som do rádio. Carry on wayward son. Preenche o carro.Siga em frente, meu filho rebeldeCarry on, my wayward sonHaverá paz quando você tiver terminadoThere'll be peace when you are doneRepouse sua cabeça cansadaLay your weary head to rest...Acelero ainda mais, obviamente a rua está vazia, não está em horário de pico. Aumento o som.Uma vez, eu me levantei acima do barulho e da confusãoOnce, I rose above the noise and confusionPara vislumbrar o que está além desta ilusãoJust to get a glimpse beyond this illusionE
KHALIL IVANKOV ÖZÇIVIT AMBROGETTIChego em casa depois de pedir um táxi, ainda não acredito que ela me deixou lá. Sem contar que saiu dirigindo como uma doida e ainda me deixou com sua bolsa. Meus pais ainda devem estar no passeio com o Aquiles.- Sulan, por favor poderia chamar minha esposa, e avisá-la que estou a esperando no escritório. - peço a empregada que me olha engraçado.-A Sra. Nefertari não está em casa, ela saiu mais cedo com o senhor, mas ainda não voltou.- responde confusa.- Estranho, obrigado Sulan. - onde diabos essa mulher se meteu? Ela não conhece nada por aqui, será que se perdeu? Do restaurante para cá ela sabia o caminho, até porque está salvo no GPS. Onde diabos você se meteu Nefertari?***NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVIT-E é por isso que nós mulheres vivemos mais que os homens. - digo e bebo um pouco do meu refrigerante.- Engraçado dizer isso, não foi um homem que eu detive mais cedo por que estava dirigindo loucamente. - sorriu de lado, os rapazes riem
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVITChegou o dia, hoje vai acontecer o jantar de apresentação, e a sensação que levo não é boa, me sinto ansiosa, temerosa, ter esse misto de sentimos me faz sentir vulnerável, e eu não gosto disso. Mais cedo eu e o Khalil conversamos com o Aquiles, falamos o que ele deveria dizer, e como se comportar. Ele ficou um pouco confuso, mas aceitou.Com sorte ontem ainda cheguei antes do Aquiles, que chegou todo sorridente falando do passeio, ele amou realmente a tarde com os avós.- Pensativa. - comenta minha sogra. - Gostaria de um chá?- Não, grazie (obrigada). Só estava com o pensamento longe. - comento e suspiro.- Sobre ontem? O Khalil comentou. - linguarudo, mandei ele não comentar.- Não, aquilo não foi nada.- Tem certeza?- Absoluta, além disso, não foi de todo mal. - ela ri.- Se você diz. E quanto ao jantar, prudência sempre é aceitável, o Aquiles foi bem estruído, sairá tudo bem.- Eu sei. - confio no Aquiles, sei que ele vai responder e vai se c
Após a reunião, ocorreu o jantar, onde os conselheiros se dirigiram mais ao Khalil do que a mim, odeio isso, era como se não estivesse ali. Fora isso o jantar transcorreu bem e sem infortúnios, alguns olhavam com curiosidade para o Aquiles, era como se eles quisessem desvendar o que está por vim, quais surpresas o Aquiles pode trazer, outros o olhavam com pena. Fui obrigada a ser grossa com alguns, outros eu apenas dei meu melhor olhar de assassina e eles saíam de perto.- Então, acabou tudo bem. - comenta Nyrat, acabamos de chegar, Khalil subiu com o Aquiles para ajudá-lo no banho.- Está esperando um agradecimento? - questiono quando ele fica parado me encarando.- Não, sei que nunca faria isso, e mesmo que duvide eu ajudei.- Não é que eu duvide, só é dificil de acreditar visto suas últimas declarações sobre meu filho.- O conselho não discorda de mim. Se essa criança continuar nessa cadeira de rodas será um inútil, ou melhor, continuara sendo.- Diferente de você eles depositaram
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇVITTermino de organizar as malas do Aquiles, chegou a hora de voltar para casa, graças a Dio. Não vejo a hora de chegar em casa e finalizar o assunto pendente.- Mamma?- Sí, amore?- Vamos demorar para voltar? - sorriu e me sento ao seu lado na cama, ele logo me abraça.- Não sei, mas a sua avó e seu avô não tardam em nos visitar na Itália.- E meu biso? - suspiro. - Ele vai também?- Não sei, você ia gostar se ele fosse? - pergunto surpresa por ele perguntar pelo Nyrat.- Não sei, ele não parece gostar muito de mim.- Não ligue para ele, está velho e gagá. - ele ri. - Será que eu posso me despedir dele?- pergunta, queria muito que ele simplesmente ignorasse aquele velho, mas sei que não vai, suspiro, e concordo mesmo contrariada.- Claro, eu vou com você.- Mamma, eu quero falar sozinho, quero que ele goste de mim, e para isso ele tem que me conhecer. - responde parecendo um adulto, e sinto um bolo na garganta.- Figlio... ele não está em um bom dia
NYRAT IVANKOV ÖZÇIVITEle realmente me perguntou isso? Engulo em seco, que fedelho petulante, o que respondo? Suspiro, se eu falar o que penso ele vai chorar? Se o fizer chorar, meu neto não vai me perdoar, nem minha filha, e isso só vai gerar mais reclamações, mas que merda, ele não podia simplesmente ir embora? Por que tinha que vir aqui? Só para me perturbar.- Por que diz isso? Quem disse que eu não gosto de você? - questiono o óbvio, ele da de ombros.- Ninguém disse, mas o senhor parece não gostar, mamma diz que é porque o senhor já é de idade.- Devia ouvi-lá. - ele faz uma careta, demonstrando que é esperto demais para acreditar nisso.- Mas eu acho que não é isso, por isso vim perguntar ao senhor, se foi algo que eu disse, peço desculpas. - diz agora me olhando nos olhos, um olhar profundo, desvio o olhar.- Não precisa se desculpar. Você não disse nada de errado, pelo contrário.- Então o que foi? - pergunta com o olhar curioso.- Aquiles, eu não o vejo como meu bisneto.- dig
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVITE essa agora? Do nada, Nyrat passa a aceitar o Aquiles. Será uma nova tática? Mas com que propósito?- Eu sei no que está pensando, só tenta não ficar neurótica, se é que é possível. - diz e sorri de lado. Stronzo. Já estamos no jatinho, Aquiles está dormindo.- O que chama de neurose, eu chamo de cuidado.- Ele caiu em si. Simples, ele não fará mal ao nosso filho. - diz parecendo relaxado.- Eu não disse nada. - finjo demência.- Mas pensou, Nefertari, eu conheço meu avô, ele não estava fingindo, óbvio que ele não aceitou 100%, mas ele está cedendo, já é um começo.- Sim, pode até ser, mas prefiro continuar com um pé atrás. - talvez com a morte se aproximando ele tenha caído em si. Pelo menos eu espero, não permitirei que ninguém use meu filho, que brinque com seus sentimentos.***Uma semana depois:Hoje finalizamos um assunto inacabável, a tia do Aquiles não será mais um problema e isso me gera o sentimento de alívio.Suspiro e me acomodo na pol
— Ele dormiu. — avisa Khalil entrando na sala. Pego o copo que servi com uísque e estendo para ele que pega e sorri em agradecimento.Chegamos da mamma faz uns 30 minutos, Aquiles estava morrendo de sono, aí o Khalil o levou para o quarto, o garoto adorou passar a tarde lá.— Ele estava todo contente com meus irmãos. — comento feliz.— Ele adora os tios.— Sim, e eu amo isso.-digo com a voz carregada de emoção.- Meu sonho de criança era ter irmãos, mas não foi o desejo de Alláh.- Acho solitário ser filho único. - bebo um pouco de uísque.- Hm, então já temos planos para aumentar a família?- sorri malicioso, reviro os olhos.- Pode desfazer esse sorrisinho, mas falando sério agora, eu não sei como seria minha vida sem meus irmãos, e nem quero imaginar.- É bonita a relação de vocês, a forma como se preocupam, se protegem.- diz e bebe sua bebida, a bebe com gosto, escorre até um pouco de seu lábio e desce pelo seu pescoço, cruzo as pernas e vejo o caminho que a gota faz até desaparece