My Pleasure
My Pleasure
Por: Katy Shneyder
Prólogo

𝑸𝒖𝒂𝒕𝒓𝒐 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔.

        – É agora gata, é a sua vez de agir. – Alexander me dizia enquanto acendia um cigarro de maconha com um sorriso irônico no rosto. Estávamos em um quarto escuro onde pessoas condenadas no que o jornalismo sensacionalista chama de 'tribunal do crime' eram assassinadas.

          Ali em minha frente, um estuprador em potencial, mais de 30 casos de estupro incluindo crianças e adolescentes. Apesar do nojo que eu sentia dele naquele momento, não sabia se queria fazer aquilo, não sabia se queria mesmo carregar o peso de um assassinato nas minhas costas, eu realmente já não me reconhecia mais. Tentei mirar em seu peito, minhas mãos tremiam e eu podia sentir o suor em minha testa escorrendo por meu rosto até cair no chão, pude até mesmo ouvir o barulho da gota toca-lo. Não sabia se era paranoia da minha cabeça ou se eu estava ficando louca. Sentia um forte odor como de enxofre naquela sala escura, a única coisa que iluminava o ambiente era uma luz amarelada piscando sobre a cabeça do estuprador amarrado na cadeira, era como um filme de terror, podia sentir o peso de todos as mortes que já aconteceram ali e isso me causavam calafrios. Queria sair correndo dali, me esconder, sair dessa vida mas era tarde demais para isso.

        – Tic tac, tic tac, tic tac. – Alexander imitava o som do ponteiro do relógio rapidamente me mostrando que estava com pressa e minhas mãos começaram a tremer ainda mais. Senti meu coração acelerar bruscamente, 120bpm, 150bpm, quem sabe. Resolvi acabar logo com aquilo segurando firmemente a arma com minhas duas mãos, fechando os olhos enquanto apertava o gatilho. Um estrondo ecoou pela sala fazendo meus ouvidos doerem e o coice da arma empurrou meus braços para trás quase me fazendo solta-la. – Foi um belo tiro, mas não o suficiente para mata-lo. – Pude ouvir ele falar caminhando em minha direção. Abri meus olhos vendo a barriga do homem sangrar e levei minhas mãos à boca sentindo o vômito subir até a úvula. Corri até o canto da sala pegando uma garrafa d’água tomando-a desesperada. Quando me virei novamente, Alexander pegou a arma com a mão direita atirando na cabeça dele. Desta vez não pude conter o asco e vomitei ali mesmo. Alexander me encarava rindo com desprezo. Por mais que meu tiro não tivesse sido fatal, não podia deixar de pensar que naquele momento, morria um estuprador e nascia uma assassina.

______________________________________

*NOTAS DA AUTORA*

O intuito dessa história é apenas entreter. Não estou incentivando nenhum tipo de uso de substâncias tóxicas.

Nada do que está aqui deve ser ou foi praticado. Tudo aqui é fictício.

______________________________________

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo