– NÃO! – Sinto o suor frio escorrer meu rosto enquanto um calafrio percorreu todo meu rosto. Que tipo de pesadelo havia sido esse? – O que foi Eva? - Jared acorda assustado, vendo eu colocar as mãos em meu rosto e começar a chorar ele me consola me abraçando. – Você teve um pesadelo? – Foi horrível, eu via você morrendo em uma explosão, depois um cara atirava em uma garota e quando eu ia socorrer ela eu via que ela era eu. – Eu respirava fundo, tentando acalmar-me mas parecia inútil. – Por fim esse cara atirava na minha cabeça, foi tão sinistro. – Foi só um sonho, não se preocupe. Volte a dormir, sim? São cinco horas da manhã ainda.
Saímos do escritório naquele Lamborguine Urus que me fazia delirar, o ronco do motor e a suavidade dele me encantavam. Jared dirigiu por mais alguns minutos até pararmos em frente sua mansão e era além do que eu imaginava. Um enorme muro a envolvia e à nossa frente um portão preto automático enorme junto a alguns seguranças. O portão se abre e nós entramos passando por aquela imensidão de árvores. Jared para o carro e nós descemos, sem precisar caminhar muito chegamos a frente da casa e logo de cara já é possível ver um enorme jardim com uma fonte em seu centro. Olhando para cima e vejo uma enorme sacada, embaixo, muitas janelas de vidro. – Uau! Que coisa mais cafona. – Ironizei, levantando uma sobrancelha para ele vendo-o me olhar perplexo. – Engraçadinha. Vem, quero te mostrar uma coisa, mas é surpresa. – Ele começa a tirar uma fa
– Como assim doutor? Isso é sério? – Pergunto-lhe ainda sem acreditar. O meu transe ainda não havia passado, as lágrimas estavam marejadas em meus olhos, o mundo parecia estar em câmera lenta e minhas mãos ainda tremiam muito. – Infelizmente sim Eva. Eu não gostaria de dar-lhe essa notícia mas infelizmente não tive escolha. – Entendo. – Nesse momento as lágrimas que até então estava contendo, começaram a escorrer por meu rosto e eu podia ver o olhar de piedade do médico pairar sobre mim. – Posso te pedir um favor? – Se estiver ao meu alcance. – Eu te peço que em nome do seu sigilo médico você não conte sobre o câncer ao Jared. Vou contar à ele apenas sobre a gravidez. – Ao falar isso, vejo-o pensar por um instante apoiando seus cotovelos na mesa, cruzando suas mãos para apoiar seu queixo. – Tudo bem, eu não irei contar – Eu f
– Pai eu senti tanto a sua falta. – Marina diz chorando correndo ao pai para abraça-lo. Aquela cena emocionava até mesmo quem passava por perto. – Minha filha, você está tão grande e tão linda. – Ele dizia isso passando a mão pelo seu longo cabelo castanho ondulado. A Marina realmente havia se tornado uma garota linda. – Eva! Que saudades! – Ela veio em minha direção me abraçando com ternura e eu por minha vez retribui da mesma forma. – Também senti muito a sua falta minha linda. – Solto-me lentamente de seus braços pegando em suas mãos, olhando aqueles seus profundos olhos castanhos. Marina sempre fora uma menina doce e inocente e essa inocência transbordava por seu olhar. Era estranho imaginar que, aparentemente, nesses seis anos ela havia sido a única à não mudar nem um pouco. – Seu pai te cont
SETE MESES DEPOIS - Respira amor, você consegue. Eu to aqui. - Jared dizia não aguentando mais me ver naquele estado. - Força Eva, um dos bebês já coroou. - Dizia a enfermeira me incentivando a continuar. - Quando a contração vier você faz toda a força que puder. - O médico dizia sério acompanhando o parto. Eu já estava a 38 horas naquele hospital em trabalho de parto, sem dormir e sem comer. Estava fraca, com minhas forças praticamente esgotadas. O câncer já havia tirado metade das minhas forças e a outra metade o parto exaustivo estava acabando de tirar. - Eu não consigo mais... - Eu dizia entre dentes, não aguentava mais, não tinha mais forças para tamanha dor que eu estava sentindo. Eu só queria salvar meus bebês, Alicia e Rhavi. Só queria que eles vivessem. Mais uma contração veio e e
CINCO ANOS DEPOISNARRAÇÃO - MINNA- Rhavi para de dar besteiras para o cachorro comer. - Via Marina correr atrás do Rhavi que jogava salsichas para o zeus.- Minna essas crianças são impossíveis. - Marina dizia vindo em minha direção com os restos de salsicha em sua mão.- Calma meu amor. - Eu ria abafado.Nos havíamos crescido a nossa família, além do casal de gêmeos adotamos mais uma criança de oito anos, o Arthur. Adotamos também dois gatos e um cachorro, se tinha uma coisa que nossa casa não tinha era sossego, mas estávamos muito felizes. As vezes Marina ainda lembrava da morte de seu pai e ficava meio abalada, era normal, mas a seu modo ela seguia a vida sempre com aquele sorriso lindo que iluminava meu dia. Estamos noivas a três anos e todos os dias eu fazia questão de mostrar o quanto eu a amava.Todos nós passamos uma barra quando aquilo aconteceu, mas estamos
Após a morte de Eva e Jared, Marina tem ficado cada vez pior. Eu por minha vez tento fazer de tudo para agrada-la e melhorar seu humor mas ultimamente tem sido em vão. Depois do sonho de Alicia, ela e Ravhi não param de falar nos pais e em como queriam que eles estivessem aqui e isso tem abalado muito a Marina, que apesar de ser irmã dos gêmeos, senria-se mãe deles. Eu tento conversar com eles mas, bem são crianças, não entendem os sentimentos dos adultos e tão pouco fazem por mal. Mas o grande problema começou há quatro dias atrás quando eu cometi o maior erro da minha vida. 20 de dezembro Vi Marina sentada abatida em frente à chaminé, não podia deixar de sentir meu coração se partir em pedaços em vê-la dessa forma. Os anos que se passaram fizeram ela ficar cada vez mais cabisbaixa.
Depois de sair do Pub eu resolvo me hospedar em um hotel ali perto mesmo. Quando chego no quarto, jogo minha mala ao lado da cama, me deitando em seguida. Não demora muito até que eu pegue no sono, visto que eu estava medianamente embriagada. " Sinto a leve brisa que vinha em minha direção seguido pela sensação de bem estar com a bela vista à minha frente. Um campo florido das mais diversificadas flores, algumas pétalas voavam em minha direção e pude pegar uma de rosa branca. Caminho descalço sentindo meu pé tocar o gramado fresco, era indescritível a paz que aquele lugar trazia. Pude ver um banco branco à frente onde havia uma pessoa sentada. Seus cabelos curtos voavam com o vento e eu comecei a me aproximar. – Não pode ser ela... – Murmurei baixo para mim mesma. Ela se vira para mim com aquele sorriso que só ela tinha e me chama com a mão. Me apresso sem passos rápidos até chegar ao