– Pai eu senti tanto a sua falta. – Marina diz chorando correndo ao pai para abraça-lo. Aquela cena emocionava até mesmo quem passava por perto.
– Minha filha, você está tão grande e tão linda. – Ele dizia isso passando a mão pelo seu longo cabelo castanho ondulado. A Marina realmente havia se tornado uma garota linda.
– Eva! Que saudades! – Ela veio em minha direção me abraçando com ternura e eu por minha vez retribui da mesma forma.
– Também senti muito a sua falta minha linda. – Solto-me lentamente de seus braços pegando em suas mãos, olhando aqueles seus profundos olhos castanhos. Marina sempre fora uma menina doce e inocente e essa inocência transbordava por seu olhar. Era estranho imaginar que, aparentemente, nesses seis anos ela havia sido a única à não mudar nem um pouco. – Seu pai te cont
SETE MESES DEPOIS - Respira amor, você consegue. Eu to aqui. - Jared dizia não aguentando mais me ver naquele estado. - Força Eva, um dos bebês já coroou. - Dizia a enfermeira me incentivando a continuar. - Quando a contração vier você faz toda a força que puder. - O médico dizia sério acompanhando o parto. Eu já estava a 38 horas naquele hospital em trabalho de parto, sem dormir e sem comer. Estava fraca, com minhas forças praticamente esgotadas. O câncer já havia tirado metade das minhas forças e a outra metade o parto exaustivo estava acabando de tirar. - Eu não consigo mais... - Eu dizia entre dentes, não aguentava mais, não tinha mais forças para tamanha dor que eu estava sentindo. Eu só queria salvar meus bebês, Alicia e Rhavi. Só queria que eles vivessem. Mais uma contração veio e e
CINCO ANOS DEPOISNARRAÇÃO - MINNA- Rhavi para de dar besteiras para o cachorro comer. - Via Marina correr atrás do Rhavi que jogava salsichas para o zeus.- Minna essas crianças são impossíveis. - Marina dizia vindo em minha direção com os restos de salsicha em sua mão.- Calma meu amor. - Eu ria abafado.Nos havíamos crescido a nossa família, além do casal de gêmeos adotamos mais uma criança de oito anos, o Arthur. Adotamos também dois gatos e um cachorro, se tinha uma coisa que nossa casa não tinha era sossego, mas estávamos muito felizes. As vezes Marina ainda lembrava da morte de seu pai e ficava meio abalada, era normal, mas a seu modo ela seguia a vida sempre com aquele sorriso lindo que iluminava meu dia. Estamos noivas a três anos e todos os dias eu fazia questão de mostrar o quanto eu a amava.Todos nós passamos uma barra quando aquilo aconteceu, mas estamos
Após a morte de Eva e Jared, Marina tem ficado cada vez pior. Eu por minha vez tento fazer de tudo para agrada-la e melhorar seu humor mas ultimamente tem sido em vão. Depois do sonho de Alicia, ela e Ravhi não param de falar nos pais e em como queriam que eles estivessem aqui e isso tem abalado muito a Marina, que apesar de ser irmã dos gêmeos, senria-se mãe deles. Eu tento conversar com eles mas, bem são crianças, não entendem os sentimentos dos adultos e tão pouco fazem por mal. Mas o grande problema começou há quatro dias atrás quando eu cometi o maior erro da minha vida. 20 de dezembro Vi Marina sentada abatida em frente à chaminé, não podia deixar de sentir meu coração se partir em pedaços em vê-la dessa forma. Os anos que se passaram fizeram ela ficar cada vez mais cabisbaixa.
Depois de sair do Pub eu resolvo me hospedar em um hotel ali perto mesmo. Quando chego no quarto, jogo minha mala ao lado da cama, me deitando em seguida. Não demora muito até que eu pegue no sono, visto que eu estava medianamente embriagada. " Sinto a leve brisa que vinha em minha direção seguido pela sensação de bem estar com a bela vista à minha frente. Um campo florido das mais diversificadas flores, algumas pétalas voavam em minha direção e pude pegar uma de rosa branca. Caminho descalço sentindo meu pé tocar o gramado fresco, era indescritível a paz que aquele lugar trazia. Pude ver um banco branco à frente onde havia uma pessoa sentada. Seus cabelos curtos voavam com o vento e eu comecei a me aproximar. – Não pode ser ela... – Murmurei baixo para mim mesma. Ela se vira para mim com aquele sorriso que só ela tinha e me chama com a mão. Me apresso sem passos rápidos até chegar ao
Depois que Minna foi embora, o dia com as crianças foi longo e tudo que eu queria era um pouco de paz. Me sentei em frente a lareira que havia se tornado minha melhor amiga nos dias frios e fiquei olhando uma foto minha com meu pai. Apesar de ter ficado ausente eu sempre senti que ele estava ali, que ele iria voltar e ele realmente voltou mas agora era diferente, meu pai nunca mais ia voltar, ele se foi para sempre. Coloco as crianças para fazerem sua higiene bucal noturna e depois os coloco para dormir. Vou até meu quarto tentando fazer o mesmo, o que não é dificil já que eu estava exausta. Me deito na cama sentindo o peso do dia cansativo sobre minhas costas. Pego meu celular pela primeira vez naquele dia e vejo uma foto minha com a Minna. Abro a galeria passando as fotos e acho uma com meu pai, eu sentia tanto a sua falta. Bloqueio a tela do celular sentindo as lagrimas quentes cairem e fecho os olhos tentando dormir. "Sinto um forte ch
– Oi meu amor, você poderia me desculpar? – Fiquei ali sem jeito esperando alguma reação da Marina e para minha surpresa ela vem em minha direção e me abraça com força. – Sou eu quem tenho que pedir desculpas meu amor, eu fui uma idiota por dizer aquelas coisas para você. Você não tem culpa de nada e agora eu sei disso. – Ela se afasta um pouco apenas para que sua boca venha de encontro à minha. Nós duas nos prendemos em um beijo apaixonado enquanto ela acariciava minha nuca e eu apertava levemente sua cintura. Ali eu percebi que estava exatamente aonde eu deveria estar. – Eu te amo muito e nunca mais quero te ver ir embora. – Ela completava após separar nossas bocas me encarando com aquele seu sorriso inocente que me derretia inteira. Nos entramos e vamos para o quarto, eu guardo minha mala me deitando na cama com ela fazendo um carinho leve em seu rosto. – Eu ti
𝑸𝒖𝒂𝒕𝒓𝒐 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔. – É agora gata, é a sua vez de agir. – Alexander me dizia enquanto acendia um cigarro de maconha com um sorriso irônico no rosto. Estávamos em um quarto escuro onde pessoas condenadas no que o jornalismo sensacionalista chama de 'tribunal do crime' eram assassinadas. Ali em minha frente, um estuprador em potencial, mais de 30 casos de estupro incluindo crianças e adolescentes. Apesar do nojo que eu sentia dele naquele momento, não sabia se queria fazer aquilo, não sabia se queria mesmo carregar o peso de um assassinato nas minhas costas, eu realmente já não me reconhecia mais. Tentei mirar em seu peito, minhas mãos tremiam e eu podia sentir o suor em minha testa escorrendo por meu rosto até cair no chão, pude até mesmo ouvir o barulho da gota toca-lo. Não sabia se era paranoia da minha cabeça ou se eu estava fica
Eva estava confusa, atordoada, não sabia o que pensar nem como agir. Jamais imaginara que aquilo poderia acontecer. Seu coração palpitava e suas mãos tremiam mas era durona demais para correr o risco que alguém à visse naquele estado de fragilidade então andou pelo estacionamento o mais rápido que pode até chegar à porta do elevador do pequeno residencial. Se perdeu enquanto olhava os números dos andares passando pela pequena tela do elevador com o nome “residencial sonhos” em seu topo. Estava se sentindo presa ali, claustrofóbica, só queria sair o mais rápido possível para buscar o ar que ali já não tivera mais para ela. Desceu no oitavo andar caminhando em passos rápidos até achar a porta de seu apartamento, adentrando-o e batendo a porta atrás de si tomando fôlego, inspirando profundamente. Eram tantos os sentimentos que tinha ali naquele momento que mal podia descrever todos eles.