Com a moto estacionada no último andar daquele lugar, Apollo tirou o capacete dando uma breve olhada ao redor. Estava em território inimigo e de forma alguma queria ser reconhecido. “ser reconhecido” riu de canto sabendo que seu segredo estava prestes a se acabar. Ivy poderia até ter contado apenas para aqueles quatro idiotas funcionais, mas a partir daquela noite, todos saberiam a sua real identidade porque segredos não se guardam naquele apartamento. Com isso em mente, Apollo mostrou um sorriso grande assim que adentrou as portas da boate. A música ainda estava baixa, alguns garçons indo para seus lugares, e as garçonetes terminavam de se arrumar. Se aquele não fosse o lugar mais frio cheirando a sexo que Apollo conhecia, iria se surpreender com o que tinha por aí. Avistou sua madrasta de longe, tomando uma taça de vinho branco toda de uma vez, colocou no balcão pedindo para o garçom servir mais como se fosse água. Dannae podia beber a noite toda,
Dormir com uma mulher por dinheiro. Nem iria reclamar, pois recebeu muito bem por aquilo. Se iria repetir? Claro que não. Não teve amor, nem prazer, desejo, parecia um robô em cima daquela cama enquanto a mulher gemia alguma coisa, ou apenas pedia para continuar. Se fez um bom trabalho? Não sabia, mas se ela estava sorrindo, bagunçada e dizendo que valeu cada centavo, então tinha sim, indo bem em seu primeiro e único trabalho como um homem sem valor… Ou com um valor alto. Dinheiro nenhum pagava aquela agonia, o desespero de terminar logo. Não entendia como seus colegas de trabalho conseguiam trepar com mulheres todas as noites e ainda sair rindo. Quando voltou ao camarim, agradeceu por não encontrar ninguém, nem Ivy, nem Dannae, nem mesmo Misy. Sua noite já estava uma droga, a vergonha o atingindo dos pés a cabeça, mas havia uma coisa boa no meio de toda a confusão que foi aquela noite. Não precisaria mais voltar a aquela boate para trabalhar, ou vi
Após ser expulsa da cozinha, e uma batida de ombro, Apollo subiu as escadas com o coração agitado, no entanto, sabia desde o momento em que saiu por aquela porta que tinha dado merda em toda sua vida. Poderia ter dito não? Poderia, mas porque continuar naquele lugar se podia parar de uma vez? Com o dinheiro que tinha poderia viver para sempre dentro de um apartamento quieto e muito bem equipado apenas jogando e dormindo com uma garota… Com a Ivy? Não, ela não, porque certamente aquela conversaria terminaria em cada um para o lado. A porta do quarto dela estava aberta, então, claramente, a conversa seria bem ali. Entrou de uma vez empinando o nariz. Naquele momento, precisaria apenas ser firme e manter a cabeça no lugar. A avistou tirando os brincos, e depois os sapatos e então ela o olhou. Levantou da cama com as mãos na cintura empinando o nariz, cheia de si. — Oi. Achei que demoraria mais. O colar está me deixando com alergia - Andou a
Naquela manhã de quarta-feira, a chuva parecia querer descer do céu com toda força do mundo, mas para a sorte da garota sorridente que terminava de colocar o último casaco dentro da mala e fechá-la, aquela seria talvez a última chuva que pegaria na cidade onde nasceu e cresceu ao lado de seus pais e seu irmão mais velho que provavelmente chegaria atrasado para sua despedida, o que não era nada assustador.Encarou o quarto agora vazio, já tinha ouvido que sua mãe transformaria aquele espaço num glorioso closet. Do seu pai que montaria uma academia para não ter que sair de casa, e do seu irmão que transformaria em uma sala de jogos. O importante de tudo isso é que ela não estaria aqui quando os três descobrissem que fizeram planos para o mesmo espaço.Colocou seu top dos sonhos se olhando no espelho. Gostou do viu. Os seios medianos ficavam mais expostos, além da tatuagem que fez no último dia de aula com seus amigos realçava bem entre os seios apenas para lembrar o quanto f
O voou durou quase cinco horas e a viagem foi glamorosa; dormiu e acordou, postou em todas as redes socais sobre sua linda viagem e pousou de madrugada na cidade dos seus sonhos onde o sol já nascia.A cada passo que dava pelos corredores do aeroporto, o coração acelerava, a ansiedade de gravar cada momento e nunca mais esquecer era inevitável. Quando as últimas portas se abriram, avistou várias pessoas com placas e até casais se encontrando. Certeza que aquela cidade era mais do que amada por todos.Logo avistou seu nome numa placa, conhecia bem aquele rosto de todas as fotos que recebeu. Foi se aproximando devagar admirando a beleza de Madison Diaz que pessoalmente era duas, três até umas dez vezes mais linda.Correu para abraçar a mulher que fora recebida da mesma forma. Conversava com Madison há um tempo e foi uma das pessoas que mais lhe deu forças para viajar desde que soube da faculdade. Estudariam juntas direito.— Finalmente você chegou. Confesso que estava tão ansiosa. Pare
Ivy concordou e contou novamente o quanto estava animada para viver cada coisa com calma. Trouxe suas malas para o quarto com ajuda de Amber e Madison que não desgrudaram de si nem por um segundo. Teve ajuda das garotas para arrumar suas roupas e alguns acessórios que acabou trazendo, como quadros de fotos de sua família e suas maquiagens que não era poucas.Quando ela pensou em fazer mudança, sabia que não podia levar tudo do seu quarto, mas pelo menos metade das coisas ela fez questão de socar dentro de seis malas e trazer. Suas roupas ela não deixaria, sapatos que chorou meses para seu pai comprar muito menos.Tudo virou uma questão de colocar dentro de uma mala. Ali, aproveitou para conhecer o quarto das garotas que eram claramente mais equipados, depois de anos vivendo ali, claro que tudo estaria perfeito. Prometeu fazer a mesma coisa. O aluguel do apartamento era baixo e tinha amigos e tudo mobilhado.Seus pais pagariam o primeiro ano e enquanto eles não desistiam disso, guardar
Atravessou todo o restaurante que tinha achado bonito, tinha o mesmo cheiro da casa da vizinha. Achou que poderia ir ali mais vezes quando sentisse saudades de casa, nem em um milhão de anos ele imaginaria ver Ivy sentadinha naquela cadeira com seu cabelo jogado para o lado mostrando aqueles peitos bonitos. — Se concentra - mandou para si mesmo. A encontrou do lado de fora, escrevia alguma coisa no celular. Apollo riu se aproximou o suficiente para lhe tomar o aparelho e conseguir aqueles olhos verdes em sua direção. — Perdeu garota!— Ah não. - Ivy bateu o pé virando para o outro lado. Não queria ter que olhar para ele. — Porque você sempre estraga tudo? Quando meu Deus, eu vou parar de ser castigada por esse filho do demônio? ESSA PRAGA!— Eu não sou tão ruim assim, garota - Ivy virou para ele rapidamente. — Me desculpa! Mas eu não sabia que encontraria você por aqui, e se estamos com as mesmas pessoas, certamente estamos também no mesmo apartamento, e prédio e faculdade. - Cruzou o
— Então é ela? - Jones perguntou pela terceira vez enquanto olhava o rosto do novo amigo no banco de trás. Abriu um sorriso passando o cinto pelo corpo e voltou a Apollo, poderia ver o rosto sem o brilho da manhã quando chegou cheio de esperança, e agora estava emburrado e estressado. — É sério, é a sua garota? - Olhou para fora vendo que as garotas também ainda não tinham saído do lugar.— Ela não é a minha garota. - Murmurou descontente encarando ao longe os olhos verdes da menina que particularmente o irritava só de estar no mesmo espaço, o irritava porque ela era a única que não queria nada com ele. — Ela não é a minha garota. - Repetiu.— Tá. Engraçado que você mencionou o nome dela quatro vezes desde que chegou e falou que sentiria falta da garotinha que deixou na sua cidade antiga porque gostava de irritar ela ao máximo e vê-la surtar ao seu lado. - Jones sorriu ligando o carro — A melhor parte é saber que você gosta dela, mas ela não sabe disso, o que te custa contar a verdade