Aurora Evans. Sou acordada ao sentir um delicioso cheiro no ar, percebi que a porta do nosso quarto estava aberta, por isso o cheiro chegou até aqui. Sem conseguir me manter no lugar, me levantei da cama e fui saindo do quarto sem me preocupar em colocar uma sandália. Desci as escadas e não os encontro na sala, então caminho rapidamente para a cozinha encontrando os dois de costas para mim. São tão lindos quando estão concentrados. — Bom dia, baby. — Tomei um susto quando o Alex me cumprimentou sem se virar. Sorri e fui me aproximando do Tom.— Bom dia, meus alfas. — Abracei o Tom e beijei suas costas, depois fiz o mesmo com o Alex. Os dois se viraram e beijaram as minhas bochechas com carinho. — Dormiu bem, princesa? — Tom perguntou.— Sim, eu sempre consigo dormir bem quando estão comigo. — Sorriam. — E vocês? Conseguiram dormir bem? — Claro que sim, tendo a nossa ômega ao nosso lado é a melhor coisa. — Tom respondeu me fazendo sorrir. — E o seu delicioso cheiro sempre nos a
Aurora Evans.10 anos depois. ― Mame! O James não quer me deixar jogar! ― Minha linda garotinha veio até mim com seus olhos cheios de lágrimas.Meu Deus! Eu sou muito fraca para esses olhos fofinhos. ― James! Deixe de ser implicante, seus pais compraram esse videogame para todo mundo usar. ― Digo indo até o meu filho mais velho. Mas mamãe, esse jogo é somente para meninos. ― Revirei os olhos com o seu comentário. ― Não comece com isso garotinho. Todo mundo pode jogar o jogo que for, independente se for para meninos ou não. Seus pais compraram para todo mundo jogar, até eu posso. ― Ele me olhou com um bico. ― E sem bico. ― Certo, mamãe. ― Ensine a sua irmã mais nova como se joga, seja um bom irmão para ela. Pode ir jogar com o seu irmão, Hilary. ― Ela beijou a minha barriga e foi correndo até o seu irmão. Durante esses dez anos a minha vida tem sido maravilhosa, tenho um filho alfa lúpus que puxou aos seus pais, de fato, James tem a cor dos olhos do Tom e o formato do seu rosto
Aurora Evans.Nunca imaginei que iria sofrer tanto no meu primeiro cio. Tenho dezoito anos e meu cio tem sido atrasado por um longo tempo por causa da minha mãe. Ela é uma mulher muito protetora comigo e também é louca, isso eu confesso. Me forçou a tomar remédios para evitar o meu cio desde quando eu tinha doze anos, a desculpa dela é que eu não deveria passar esse período sofrendo de dor sozinha. — Mas isso é normal, todo mundo já passou por isso. Mas infelizmente a minha dor seria muito forte por causa que eu sou uma ômega lúpus. Nosso cio é bastante intenso e bem pior do que um cio de um ômega normal. — Se o meu período tivesse vindo normalmente, eu não estaria sofrendo as consequências agora. Porque o médico disse que os medicamentos que eu estava tomando, ele estava dando efeitos colaterais no meu corpo, não só me afetando, como também a minha loba. Ela tem dormido muito por causa dos remédios, e eu tenho vomitado bastante. A cor da minha pele é morena, mas por causa dos reméd
Aurora Evans. — Como não sabia? A escola toda já está sabendo disso. — Me encarou muito surpresa. Revirei os olhos.— Eu não me importo com isso, Laura. E também eu não gosto de ficar me metendo na vida dos outros, é o povo dessa escola que já faz isso. — Agora foi a vez dela de revirar os olhos. — Você é muito certinha, Aurora. — Bufei. — Enfim, entrou dois lindos novatos, o primeiro se chama Alex Miller, um alfa lúpus. — A encarei muito surpresa. Um lúpus entrou na escola? Eu nunca encontrei um alfa lúpus na minha vida. — Nossa, essa vai ser a minha primeira vez me encontrando com um lúpus. Já que são considerados bem raros. — Ela acenou com a cabeça. — Isso mesmo. E não vai ser só um alfa lúpus, amor. — A encarei sem entender. — Ele tem um irmão, e ele também é um alfa lúpus.— Um irmão? — Como caralhos ela sabe disso? — Tem sim. O seu nome é Thomas Miller, dizem que ele é o mais velho. — Estou bem surpresa.— Esse povo realmente me surpreendeu com essa investigação. — Ela r
Aurora Evans. Quarta-Feira.Fiquei bastante surpresa quando a bola veio na minha direção. Se não fosse pelo irmão do Thomas, eu com certeza teria levado uma bolada na cara. Quando ele agarrou a bola, eu reparei que ela veio com muita força. Eu estaria muito ferrada.Olhei para ele com vergonha. — Muito obrigada. — Agradeci com bastante vergonha. Ele sorriu.Que sorriso lindo, chega a derreter a pessoa. — Não precisa agradecer. Que voz linda da porra! Chega a deixar as minhas pernas feitas gelatina. E eu ainda estou sentindo que a minha loba está bastante inquieta. Será que ela está acordando? Já que ela vive dormindo muito por causa dos efeitos dos remédios. Enfim, é melhor eu me concentrar no jogo, antes que eu seja acertada. Percebi que a Jennifer, uma ômega, está me encarando muito. Reparei que seus olhos ficaram azuis. O que eu fiz para essa garota? Quer dizer, o que eu fiz para essa gente toda? Só porque o novato falou comigo? Sério isso? Ela jogou a bola na minha direçã
Aurora Evans. Resolvi ficar em silêncio. Acabamos de chegar na enfermaria e ele abriu a porta sem problema algum. Vimos a doutora Andressa na sua mesa, ela se virou e nos olhou sem entender. — O que aconteceu? — Perguntou sem demonstrar nenhuma preocupação. — Ela acabou levando uma bolada na sua barriga. — Alex responde a sua pergunta, mas ele está bem sério. Nem parece o mesmo de antes. — Coloque ela em cima da cama. — Apontou para a cama. A enfermaria é um lugar bem espaçoso, tem cinco camas no local, um enorme armário para os remédios, um freezer com soros e bolsas de sangue, uma grande mesa para a doutora colocar suas coisas, como o notebook, sua bolsa, alguns arquivos dos pacientes. Também tem uma estante com bastante livros sobre enfermagem. Ele me carregou até a cama e me colocou com cuidado, a doutora se aproximou com um saco de gelo, ergui um pouco a minha camisa e soltei um gemido de dor assim que fez contato com a minha pele. Ainda está doendo bastante. — Depois do
Aurora Evans.Quarta-Feira.O caminho para casa foi bastante difícil para mim, eu tive que ficar parando o tempo todo por causa da dor na barriga. Eu ainda não consigo acreditar como alguém pode ser tão maldoso por causa de homens. Eu não tive culpa se os novatos estavam me dando um pouco de atenção, mas isso não significa que eu tenho que ser vítima de bullying. Já não estou aguentando mais, se não é na escola, fico passando sufoco em casa com os meus pais. Principalmente com a minha mãe. O engraçado é que ela sempre vem falar comigo como se nada tivesse acontecido. Claro que eu respondo gentilmente ela, mas eu jamais irei perdoá-la, pelo o que ela fez comigo. Eu sempre amei me transformar em lobo. A minha primeira transformação foi quando eu tinha nove anos, eu estava brincando no quintal de casa, quando eu vi um coelho. Comecei a correr atrás dele e quando eu percebi, já estava na minha forma de lobo. Eu sinto tanta falta de sair correndo por aí, de sentir o vento no meu rosto, s
Aurora Evans. Fui caminhando para o banheiro. O meu banheiro é bem simples, as cores das paredes também são azuis, tem um box e uma pequena banheira. O piso também é cerâmica de madeira, tem uma pia um pouco grande e um espelho. Vou retirando as minhas roupas e senti a minha loba começar a despertar. ‘’ Não tome banho. O cheiro dele é muito bom. ‘’— Você acordou, eu fico feliz. Já estava ficando preocupada. Enfim, infelizmente eu tenho que tomar banho. Minha mãe não gostou do cheiro. Escutei o rosnado dela assim que mencionei a minha mãe. ‘’ Essa vadia! Por culpa dela eu estou bastante fraca e muito sonolenta. Ela não é digna de se chamar de mãe. Porque o que ela fez conosco é algo imperdoável. ‘’— Eu sei. Eu não consigo perdoar e sinto que nunca vou conseguir.‘’ Ela quase nos matou, Aurora. Aqueles remédios só podem ser tomados uma vez, somente uma vez. Mas ela te forçou a tomar esses remédios por seis anos, seis anos.’’Suspirei e resolvi entrar no box, liguei o chuveiro e