Aurora Evans.
Quarta-Feira.
O caminho para casa foi bastante difícil para mim, eu tive que ficar parando o tempo todo por causa da dor na barriga. Eu ainda não consigo acreditar como alguém pode ser tão maldoso por causa de homens. Eu não tive culpa se os novatos estavam me dando um pouco de atenção, mas isso não significa que eu tenho que ser vítima de bullying. Já não estou aguentando mais, se não é na escola, fico passando sufoco em casa com os meus pais. Principalmente com a minha mãe.
O engraçado é que ela sempre vem falar comigo como se nada tivesse acontecido. Claro que eu respondo gentilmente ela, mas eu jamais irei perdoá-la, pelo o que ela fez comigo. Eu sempre amei me transformar em lobo. A minha primeira transformação foi quando eu tinha nove anos, eu estava brincando no quintal de casa, quando eu vi um coelho. Comecei a correr atrás dele e quando eu percebi, já estava na minha forma de lobo.
Eu sinto tanta falta de sair correndo por aí, de sentir o vento no meu rosto, sentir aquela sensação de liberdade. Infelizmente eu jamais voltarei a ter isso.
18:15 — Residência dos Evans — EUA — Nova York.
Entrei dentro de casa, somente ao entrar nesta casa eu já me sinto sufocada.
— Cheguei! — Aviso.
Laura entrou com a cara fechada e eu fechei a porta.
— Oi, minha filha. — Vejo a minha mãe saindo da cozinha com um sorriso.
— Oi, mãe. — Respondi sem ânimo.
Ela olhou para a Laura, que está ao meu lado.
— Olá, Laura. — Sorriu gentilmente para ela.
— Olá, senhora Evans. — A cumprimentou com um sorriso mais falso.
— Como foi na escola hoje, querida? — Ela vem andando na minha direção.— Não foi muito bem. — Respondi sem encará-la.
— O que aconteceu?
Não consegui responder, ela está muito perto.
— Ela acabou levando uma bolada na barriga. — Laura respondeu por mim.
— Sério? Você está bem? — Passou a mão no meu braço.
Eu rapidamente me afastei.
— Eu estou bem, mãe. Somente com uma pequena dor. — Ela me encarou fixamente.
Isso me deixou incomodada.
— Porque eu sinto cheiro de alfa em você? — Senti o meu corpo congelar. — Sabe que eu não gosto que você fique perto de alfa, não sabe?
Seu olhar sério me deixou assustada.
Eu odeio quando ela faz isso, sempre tentando me controlar e o pior de tudo, é que eu só tenho que ficar suportando isso. Já que eu ainda não encontrei o meu companheiro. Nunca que um ômega lúpus iria sobreviver sozinho nesse mundo.
— Um colega alfa me levou para a enfermaria, por isso eu estou com o cheiro. — Ela me olhou desconfiada.
— Somente isso?
— Sim, só foi isso.
Nunca que irei contar que na verdade esse colega é um alfa lúpus. Ela me retiraria da escola rapidamente.
— Muito bem, vá tomar um banho para tirar esse cheiro horrível, que eu irei levar uma bolsa de gelo para você.
Como ela pode dizer que o cheiro é horrível? O pai também é alfa. Eu realmente não entendo ela.
— Não precisa de gelo, eu já passei quando estava na escola, e também já tomei o remédio para dores.
— Com qual dinheiro? Porque eu não te dei nenhum hoje.
— Eu comprei para ela, senhora Evans. — Laura entregou os remédios para a minha mãe.
Ela olhou dentro da bolsa e depois voltou a prestar atenção na Laura.
— Obrigada, Laura. Você vai ficar para o jantar?
— Se não for incômodo, senhora Evans.
— Incômodo nenhum, querida. Eu fico muito feliz em saber que você é amiga da minha filha. Então, você é sempre bem-vinda aqui.
— Obrigada. — Minha mãe sorriu.
— E não precisa ficar me chamando o tempo todo de senhora Evans, querida. Pode me chamar de Amélia.
— Claro… Amélia.
Ela sorriu e foi para a cozinha, nos deixando sozinhas novamente.
— A sua mãe é assustadora demais. — Sussurrou no meu ouvido.
— Infelizmente. Enfim, vamos para o meu quarto.
A minha casa é uma casa de dois andares, no andar de cima estão os quartos, os banheiros e o escritório do meu pai. Já no andar de baixo fica a cozinha, sala de estar, tem uma mini biblioteca, no lado de fora tem piscina e um jardim lindo demais. A minha mãe não trabalha, quem nos sustenta é o meu pai. Ele é empresário, trabalha com carros luxuosos. Então, nós vivemos bem.
Fomos subindo para o meu quarto.
— Se a sua mãe soubesse que esse cheiro que está no seu corpo é de um alfa lúpus, com toda certeza ela surtaria. — Suspirei.
— Não só isso, ela me retiraria da escola com muita urgência.
— Eu não entendo o porquê da sua mãe ser tão… Louca. — Dei de ombro.
— Se você não sabe, imagina eu. Nunca entendi isso.
Entramos no meu quarto.
O meu quarto é bem simples. É um pouco espaçoso, tem uma cama de casal, um guarda-roupa grande, uma escrivaninha para eu estudar, em cima dela tem o meu notebook e meus livros. O chão é cerâmica de madeira, eu gosto do cheiro da madeira é tão bom. Eu escolhi a cor azul escuro para as paredes do meu quarto, eu amo azul.
Sentamos na minha cama e ficamos alguns minutos sem falar nada.
— Enfim, porque você não vai tomar um banho, enquanto isso, eu vou tentar ajudar a sua mãe na cozinha.
— Boa sorte. — Ela riu de leve.
— Tenho ficar do lado legal dela. Imagina se ela não me quiser mais aqui? Tenho que ser legal com ela.
— Tenta não comer tanto assim. — Brinco a fazendo rir.
— Não prometo nada.
— Você não presta.
— E quando foi que eu prestei? — Isso me fez rir.
— Nunca.
— Exato. — Rimos.
Ela se levantou e foi saindo do quarto, me deixando sozinha.
— Bom, infelizmente está na hora do banho. — Falei comigo mesmo.
Aurora Evans. Fui caminhando para o banheiro. O meu banheiro é bem simples, as cores das paredes também são azuis, tem um box e uma pequena banheira. O piso também é cerâmica de madeira, tem uma pia um pouco grande e um espelho. Vou retirando as minhas roupas e senti a minha loba começar a despertar. ‘’ Não tome banho. O cheiro dele é muito bom. ‘’— Você acordou, eu fico feliz. Já estava ficando preocupada. Enfim, infelizmente eu tenho que tomar banho. Minha mãe não gostou do cheiro. Escutei o rosnado dela assim que mencionei a minha mãe. ‘’ Essa vadia! Por culpa dela eu estou bastante fraca e muito sonolenta. Ela não é digna de se chamar de mãe. Porque o que ela fez conosco é algo imperdoável. ‘’— Eu sei. Eu não consigo perdoar e sinto que nunca vou conseguir.‘’ Ela quase nos matou, Aurora. Aqueles remédios só podem ser tomados uma vez, somente uma vez. Mas ela te forçou a tomar esses remédios por seis anos, seis anos.’’Suspirei e resolvi entrar no box, liguei o chuveiro e
Aurora Evans.06:25 — Residência dos Evans — Quarto — EUA — Nova York.Quinta-Feira.Comecei a me remexer na cama ao sentir uma claridade em meu rosto, isso me fez abrir os olhos e percebi que eu esqueci de fechar as cortinas ontem. Sentei na cama e soltei um bocejo, espreguicei o meu corpo e escutei alguns ossos estralarem. Nossa, eu devo ter dormido feito uma pedra ontem. Logo o meu despertador começou a tocar em um volume bastante alto, rapidamente o desliguei, porque o som machuca meus ouvidos. Levantei da cama e vou indo em direção ao banheiro ainda bocejando, me aproximei da pia e vi o meu reflexo. — Minha nossa, eu estou parecendo um zumbi.‘’ E olha que dormiu muito bem. ‘’ Sorri ao escutar a voz da minha loba. — Bom dia. ‘’ Bom dia, Aurora. Está preparada para hoje? ‘’Fiquei confusa.— E o que vai ter hoje? ‘’ Garota, iremos ver os alfas gostosos hoje. ‘’— Meu Deus, não comece com isso, ainda é muito cedo.Ela não disse mais nada. Então eu resolvi tomar um banho. R
Aurora Evans. Olhei para o céu e suspirei. É tão bom estar do lado de fora, me sinto mais viva e menos sufocada. Vou andando em direção a escola e vejo muitos casais felizes e sorridentes. Ah, como eu queria ter o meu alfa comigo agora, mal posso esperar para tê-lo ao meu lado, eu tenho certeza que serei a mulher mais feliz do mundo. ‘’ Logo, logo iremos encontrar o nosso companheiro. ‘’Senti o meu coração acelerar. — Tem certeza? — Questionei em um tom baixo. ‘’ Eu sinto que ele está perto, mas eu não sei quem ele é. ‘’Suspirei. Ah, tudo por causa da minha mãe, se não fosse por ela, eu com certeza já teria encontrado o meu companheiro. ‘’ Não se preocupe, Aurora. Mesmo que eu não consiga encontrá-lo, ele vai nos encontrar.’’Isso me fez sorrir. — Eu espero que ele nos encontre logo, assim podemos sair daquela casa e viver com o nosso alfa. — Falei toda feliz. ‘’ Mas temos um grande problema.’’Parei de andar na hora. — Qual problema? ‘’ Seus pais. ‘’Isso me fez suspir
Aurora Evans. 11:30 — Escola — Sala de aula — EUA — Nova York. Quinta-Feira.— Bom dia, alunos. — Nos cumprimentou como sempre faz.— Bom dia, professor. O professor de arte é um beta de trinta e sete anos, ele é alto, moreno, ele não é musculoso, tem um corpo normal, a cor dos seus olhos são azuis claros, a cor dos seus cabelos é um preto azulado. Eu gosto desse professor, ele é muito legal, sempre me ajuda quando eu tenho alguma dúvida. — Enfim, alunos. A professora de inglês faltou hoje, então vamos juntar a turma dela com a de vocês. Podem entrar! A porta foi aberta pelos alunos entrando, percebi também que essa é a turma das as ômegas mais desejada da escola. Eu mereço isso, tenho total certeza que elas vão dar em cima deles dois. — Podem escolher os seus lugares, se não tiver mais cadeira, podem pegar na sala de vocês. — Falou e todo mundo acenou com a cabeça. Reparei que as patricinhas entraram na sala já se achando.Porque elas acham que são o centro das atenções? Eu n
Aurora Evans.Sorri com o comentário da minha loba. Soltei um suspiro e resolvi prestar atenção na aula, percebi que todo mundo também começou a prestar atenção na aula. Confesso que eu me senti muito bem pelo o que acabou de acontecer, mas eu ainda estou preocupada com o meu cio, ele deve está chegando. Será que eu realmente devo passar o meu cio com eles? ‘’ Você ainda está pensando no que eles falaram? Sobre passar o cio com você? ‘’— Sim. — Falei em um tom baixo. — Mas eu não sei o que devo fazer. ‘’ Eles são uma boa alternativa, vão nos ajudar muito. Porque o cio da gente vai ser muito intenso. ‘’— Nem me fale. — Suspirei. Eu tenho total certeza que se meus pais souberem disso, vão me tirar dessa escola e com certeza irão se mudar. Já que não me querem perto de alfas normais, imagina lúpus. Resolvi prestar atenção no que o professor estava escrevendo, quando do nada senti uma enorme dor na minha barriga. — Aí! — Apoiei a minha mão na minha barriga e logo soltei outro gem
Aurora Evans. Quinta-Feira.O Thomas me carregou para um quarto, eu não parava de beijar o seu pescoço, eu quero muito eles. — Se acalme, ômega. — O lobo do Thomas falou no meu ouvido, isso causou um arrepio pelo meu corpo. — Alfa. — Ele sorriu. — Você vai nos ter, ômega. Seja paciente. Entramos no seu quarto e ele me colocou no chão, o lobo que está no controle do corpo do Alex fechou a porta do quarto. Os dois me olharam com seus olhos vermelhos. Eu me contorcia todinha sob o olhar deles dois. — Retire suas roupas. — Falou o Thomas. Eu rapidamente retirei a minha jaqueta e joguei no chão, depois puxei o meu vestido para cima, sem me importar com os meus peitos para fora. Os dois rosnaram e isso me excitou demais, puxei a minha calcinha para baixo e fiquei totalmente nua. — Alfas, por favor. Meu corpo está tão quente. — Os dois rapidamente vem até mim.Alex me pegou no colo e me carregou até a cama e me colocou nela. — Não se arrependa depois, ômega. — Observei os dois retir
Aurora Evans.10:30 — Residência dos irmãos Miller. — EUA — Nova York. Sexta-Feira. Sete dias depois. Sou acordada ao sentir a claridade do sol no meu rosto, soltei um gemido de dor ao me mexer na cama, o meu corpo está todo dolorido. Eles realmente pegaram pesado comigo durante esses sete dias, mas confesso que eu gostei bastante de passar o meu cio com os meus companheiros. Eu finalmente encontrei meus companheiros, quem diria que seriam dois alfas, eu realmente tenho dois alfas. Isso é uma loucura total, mas eu estou feliz, posso viver confortavelmente com os meus alfas. Sentei na cama e soltei mais um gemido de dor, puta merda, tudo dói. Minha boceta está bastante dolorida, acho que vou ficar um bom tempo sem sexo. Realmente o meu cio foi muito doloroso, as pontadas que eu estava sentindo era algo tão intenso, tudo por causa dos meus pais. Eu me pergunto, será que devo contar a eles sobre o que meus pais fizeram comigo? Porque eles devem achar estranho eu não ter percebido q
Aurora Evans.— Obrigada. — Ele beijou a minha testa. — Você não tem que me agradecer por isso, princesa. Somos seus alfas, o nosso trabalho é cuidar da nossa ômega. — Beijei seus lábios em um selinho demorado. — Eu me sinto tão confortável aqui. — Fechei os olhos apreciando o conforto. — Você é sempre bem vinda aqui. Se quiser morar aqui, pode vir. — Abri os meus olhos rapidamente. — Isso é sério? Posso mesmo? — Ele riu e beijou minha bochecha e depois meu ombro.— Claro que pode, princesa. Você é nossa ômega, você está carregando a nossa marca, pode vir morar aqui quando quiser. — Obrigada. — Princesa, você não precisa ficar me agradecendo por tudo. Como eu já falei, esse é o nosso dever como alfa. Proteger, cuidar e amar a nossa ômega, é o nosso trabalho. — Certo. — Agora me deixe cuidar de você. Ele começou dar banho em mim com muito cuidado, passou a esponja com muita delicadeza nos meus ombros, isso me fez suspirar. — Dói? — Perguntou preocupado.— Só um pouco, mas não