♥ Capítulo 2 ♥

Aurora Evans. 

— Como não sabia? A escola toda já está sabendo disso. — Me encarou muito surpresa. 

Revirei os olhos.

— Eu não me importo com isso, Laura. E também eu não gosto de ficar me metendo na vida dos outros, é o povo dessa escola que já faz isso. — Agora foi a vez dela de revirar os olhos. 

— Você é muito certinha, Aurora. — Bufei. — Enfim, entrou dois lindos novatos, o primeiro se chama Alex Miller, um alfa lúpus. — A encarei muito surpresa. 

Um lúpus entrou na escola? Eu nunca encontrei um alfa lúpus na minha vida. 

— Nossa, essa vai ser a minha primeira vez me encontrando com um lúpus. Já que são considerados bem raros. — Ela acenou com a cabeça. 

— Isso mesmo. E não vai ser só um alfa lúpus, amor. — A encarei sem entender. — Ele tem um irmão, e ele também é um alfa lúpus.

— Um irmão? — Como caralhos ela sabe disso? 

— Tem sim. O seu nome é Thomas Miller, dizem que ele é o mais velho. — Estou bem surpresa.

— Esse povo realmente me surpreendeu com essa investigação. — Ela riu.

— Somos todos detetives. — Falou brincando. 

São um bando de invasores de privacidade, isso sim. 

Entramos na nossa sala de aula, logo eu senti dois cheiros bastante deliciosos no ar. Rapidamente comecei a procurar em volta os donos dos cheiros, foi quando meus olhos encontraram os deles. 

Minha nossa!! 

O primeiro alfa é bastante alto, a cor da sua pele é morena, seus cabelos são platinados, o deixando muito sexy. E o que destaca são seus olhos azuis claros, reparei também que ele tem piercing nos lábios, no nariz e na orelha. E o formato do seu rosto é quadrado, o deixando com um ar de bad boy. 

Desviei o meu olhar para o segundo alfa. A cor da sua pele também é morena, seus cabelos são cinza escuro, o fazendo ser bem sexy. E o que também destaca nele são a cor dos seus olhos azuis escuros, muito escuro. Notei que o mesmo tem uma tatuagem no pescoço, uma piercing também nos lábios, o formato do seu rosto é triangular.

Puta merda! Esses dois são os alfas mais lindos que eu já vi na minha vida. 

Eu não conseguia desviar o olhar, e percebi que eles também não. Isso me fez morder os lábios de nervosismo. 

— Amiga, você está muito vermelha. — Comentou rindo de mim. 

— Cala a boca. — Desviei o olhar rapidamente. 

Seguimos em direção aos nossos lugares de sempre, mas eu conseguia sentir os olhares deles sobre mim enquanto eu andava. 

Eu estou tão nervosa que nem consigo andar direito, sinto que eu desaprendi a andar. 

Me sento no meu lugar que é perto da mesa do professor, e como sempre a Laura senta atrás de mim. Coloquei a minha bolsa em cima da mesa e fui retirando o meu material, colocando em cima da minha mesa. 

— Ei, me empresta uma caneta. — Olhei para ela. — Eu esqueci.

— Como sempre. Você tem esquecido suas canetas faz dois anos. E ainda não devolve as minhas. — Ela simplesmente sorriu. Soltei um suspiro. — Você não presta.

— Você me ama. 

— Infelizmente. 

Peguei uma caneta azul e entreguei a ela.

— Aproveita e fica com você, porque eu já sei que nem vai devolver. — Ela riu. 

— Que amiga mais inteligente que eu tenho. — Bagunçou meus cabelos.

Choraminguei irritada, porque demorei bastante para alisar o meu cabelo, e ela ainda vem desarrumar. 

Escutei um rosnado e isso fez o meu sangue gelar na hora. Virei o meu rosto para o lado rapidamente e percebi que os dois estavam me observando. Fiquei em choque ao notar que as cores dos seus olhos se tornaram dourados.

Porque eles estão assim? 

— Nossa, já conquistou os novatos? — Notei seu sorriso malicioso. 

Senti minhas bochechas esquentarem de vergonha. 

— Ficou louca!!? — Falei um  pouco alto por causa do nervosismo. 

— Sei… Me engana que eu gosto. 

— Nada a haver, Laura. Pare com isso. — Falo bastante envergonhada a fazendo rir. 

Virei para frente com o meu coração batendo rapidamente. Eu tenho a sensação que esse ano vai ser bem interessante. 

A porta foi aberta pelo professor de história.

— Bom dia, alunos. — Nos cumprimentou como sempre faz. 

O professor é um homem de quarenta e cinco anos, ele é um homem baixo, tem barba branca, a cor dos seus olhos são castanhos escuros, ele é um homem calvo. Eu gosto dele, um homem muito gentil que sempre está nos ajudando. 

Ele é um beta e é casado com a professora de ciência, que também é uma beta. 

— Peguem seus livros e abram na página cinquenta. — Falou assim que colocou suas coisas em cima da mesa. 

Peguei o meu livro e abri na página dita. 

— Quero que leiam esse texto e me escrevam o que vocês entenderam, isso está valendo ponto. 

Muitos alunos começaram a reclamar. 

— Não me importo com suas reclamações, estou fazendo isso para ajudá-los. Porque quando vocês forem mal na prova, esses pontos vão salvar a pele de vocês. Então parem de reclamar.

Por isso que eu gosto desse professor. 

Eu tentei focar no texto, mas eu não estou conseguindo por causa daqueles dois alfas. Eu tenho um ótimo sexto sentido, e nesse momento estou sentindo que os dois estão me olhando fixamente e isso está me deixando incomodada demais para prestar atenção no texto. 

Eu não sei o porquê deles estarem tão interessados na minha pessoa, eu não sou alguém tão especial assim. Será que estão me olhando tanto assim por eu ser uma ômega lúpus? Será que eles já encontraram outros ômegas lúpus? Porque isso não está fazendo sentido para mim, minhas costas estão queimando com os olhares deles sobre mim. 

— Ei. — Laura me cutucou. — Qual é o problema? — Perguntou sussurrando.

— O que? Não tem nenhum problema. — Sussurrei de volta para ela.

— Não tem? Você nem está focando no texto. Me fale, o que está te incomodando? 

São esses novatos!! Eles que estão me incomodando. Eu nem consigo me concentrar direito por causa dos seus olhares, e também nem tenho coragem de olhar de volta para eles. 

— Não é nada, você não precisa se preocupar. Eu estou bem. — Sorri de leve para ela.

Ela me olhou desconfiada.

— Tudo bem, irei acreditar em você. — Suspirei aliviada quando ela voltou a prestar atenção no seu livro.

Engoli seco e olhei para o lado, rapidamente senti meu rosto ficar vermelho ao me deparar com os dois ainda me encarando. 

Puta merda! Meu coração quase saiu pela boca. Porque caralhos eles não param de me olhar? Isso é tão vergonhoso. Eu preciso focar na minha atividade. Se eu conseguir. 

*****

Hoje as aulas se passaram tão rápido que estou surpresa, nesse momento estou no vestiário me trocando para a m*****a aula de educação física.

Eu odeio educação física, porque toda vez que vamos jogar algum jogo, eu sempre sou marcada por todos. E principalmente por alfas arrogantes, a sorte é que eu sou ótima em me esquivar, se não fosse por isso, eu estaria muito fodida. Porque eles não tem pena de mim, sempre lançam as bolas com bastante força em minha direção. Por muita sorte eu consegui me esquivar dessas bolas, porque senão, eu estaria no hospital. 

— Vamos, Aurora. Todos já estão na quadra. — Laura falou me puxando. 

— Vai você, Laura. Eu não quero jogar. — Tento me afastar dele, mas é impossível. 

— Vamos lá, Aurora. Nós duas somos uma boa dupla. — Isso me fez revirar os olhos pelo seu chororô. 

Mas, infelizmente ela está certa. Não estou querendo me gabar, de fato, nós duas somos uma boa dupla nos jogos. 

— Tudo bem. — Ela sorriu e foi me puxando para a quadra. 

Nesse momento eu queria um buraco para me enterrar, porque todo mundo na quadra se virou para nos encarar. 

— Se você não quisesse passar vergonha assim, você deveria ter vindo quando todo mundo entrou. — Não respondi nada.

Porque é capaz de eu mandar ela fechar o cu.

— Enfim, tirem pedra, papel e tesoura, para decidir o time. — Falou o professor Carlos. — Porque o jogo de hoje vai ser queimado. 

Ele é um alfa. O professor Carlos tem trinta e cinco anos, ele é bastante alto, a cor da sua pele é morena,  a cor dos seus olhos são verdes escuros, a cor dos seus cabelos é castanho claro. 

Observo um dos novatos se aproximando do idiota do Taylor, o capitão do time de futebol. Eu ainda nem sei como ele se chama, não sei se ele é o Alex Miller ou o Thomas Miller. 

— Pedra, papel e tesoura!! — Taylor colocou pedra e o novato colocou papel. 

— Thomas, você pode escolher. — Falou o professor. 

Ah, então esse é o Thomas. Ele é realmente tão lindo com essas tatuagens. 

Thomas olhou na direção do seu irmão, que logo veio na sua direção. 

— Sua vez, Taylor. 

— Eu fico com a Laura. — Ele sorriu na direção dela. 

Percebi que a Laura ficou muito puta com essa escolha. 

— Filho de uma puta!! Desgraçado do caralho! — Ela foi na direção dele xingando, isso me fez segurar a risada.

Por isso que eu amo essa mulher, ela me faz rir com coisas simples. 

Reparei que todas as ômegas no local começaram arrumar seus decotes, deixando quase seus seios amostra. Tudo isso para ser escolhido pelo Thomas. 

Fiquei um pouco nervosa quando ele olhou na minha direção. 

— Eu escolho ela. — Ele sorriu.

Meu Deus!! Que voz é essa? A voz dele é tão grave, isso deixou minhas pernas um pouco bambas. Senti também a minha loba ficar um pouco inquieta dentro de mim.  

Respirei fundo e fui andando na sua direção, acabei ficando ao lado do seu irmão Alex. 

Que cheiro bom! O cheiro dele está me deixando embriagada, o que eu mais queria nesse momento, é enterrar o meu rosto em seu pescoço e ficar sentindo o seu delicioso cheiro. Eu preciso me acalmar. 

Os minutos foram passando e o Thomas escolheu mais homens para o time, já o Taylor escolheu mais mulheres para o seu time. 

— Todos vocês já conhecem as regras, nada de jogarem as bolas fortes. Isso pode acabar machucando os ômegas e as betas. — Avisou o professor. — Podem começar. 

Isso vai ser um inferno, porque todas as garotas não param de me fuzilar pelos olhos de tanta raiva. 

Estou ferrada.

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