Aurora Evans.
Quarta-Feira.
Fiquei bastante surpresa quando a bola veio na minha direção. Se não fosse pelo irmão do Thomas, eu com certeza teria levado uma bolada na cara. Quando ele agarrou a bola, eu reparei que ela veio com muita força. Eu estaria muito ferrada.
Olhei para ele com vergonha.
— Muito obrigada. — Agradeci com bastante vergonha.
Ele sorriu.
Que sorriso lindo, chega a derreter a pessoa.
— Não precisa agradecer.
Que voz linda da porra! Chega a deixar as minhas pernas feitas gelatina. E eu ainda estou sentindo que a minha loba está bastante inquieta. Será que ela está acordando? Já que ela vive dormindo muito por causa dos efeitos dos remédios. Enfim, é melhor eu me concentrar no jogo, antes que eu seja acertada.
Percebi que a Jennifer, uma ômega, está me encarando muito. Reparei que seus olhos ficaram azuis.O que eu fiz para essa garota? Quer dizer, o que eu fiz para essa gente toda? Só porque o novato falou comigo? Sério isso?
Ela jogou a bola na minha direção e eu consegui me esquivar com maestria a fazendo ficar muito irritada. O Thomas agarrou a bola dela e me entregou com um lindo sorriso.
Deus me ajude para não pular nele.
Ele se aproximou de mim e estendeu a bola.
— Aqui. — Sorri sem jeito para ele.
— Obrigada.
Virei para frente e lancei a bola na direção dela, ela conseguiu se esquivar e a bola acertou uma das suas amigas.
— Merda! — Falou a Bruna muito irritada.
— Tenta queimar eles de volta. — Jennifer falou para ela, mas depois me olhou com muita raiva.
Eles não, e sim, eu. Eu mereço isso, pelo amor de Deus, garota! O que foi que eu te fiz?
A Bruna veio para atrás da nossa linha e rapidamente jogou a bola na minha direção, mas uma vez eu consegui me esquivar. Tomei um susto quando vi que o Taylor agarrou a bola, ele lançou e a bola passou bem perto de mim, que senti até o vento.
Puta merda! Se essa bola tivesse pegado em mim, eu com certeza teria sido mandada para a enfermaria ou o hospital.
— Taylor!! Olha a sua força, garoto! — Repreende o professor muito sério.
— Foi sem querer professor, acabou sendo forte. — Ele falou soando bem inocente, mas eu conheço a peça que ele é.
Assim que o professor desviou o olhar dele, o mesmo me encarou com um ódio terrível.
E a pergunta que eu estou me fazendo muito é, o que eu te fiz? Porque essa escola me odeia tanto assim? Será que é só porque eu sou a única ômega lúpus daqui? Porque está sendo bem difícil entender essas pessoas, eu nunca fiz nada com ninguém. E também, eu nem falo com ninguém dessa escola a não ser a Laura.
Prestei atenção no jogo e vejo o Taylor jogar a bola na direção do irmão do Thomas, fiquei com medo dele se machucar, mas a minha preocupação foi em vão. Porque ele agarrou a bola como se fosse uma bolinha de papel, isso me fez sorrir aliviada. Ele lançou a bola com tanta força na direção do Taylor que tentou agarrar, mas foi impossível. Porque ele logo caiu no chão gemendo de dor.
— Olha a força rapaz. — O professor mais uma vez repreende alguém pelo uso de força.
O Alex olhou para ele com um pequeno sorriso.
— Ah, foi mal, professor. Eu aumentei a minha força sem querer, me desculpe. — Isso me fez segurar a risada.
Eu confesso que foi muito bom de ver isso, ele mereceu essa humilhação. Eu nunca gostei dele por ser tão arrogante e sempre ficar se achando.
O Taylor se levantou do chão ainda gemendo de dor e foi caminhando em direção às arquibancadas, já que não conseguia jogar mais.
— Mandou muito bem, irmão. — Falou o Thomas e os dois fizeram um toque entre si.
Reparei nos sorrisos deles dois, e notei que eles têm sorrisos iguais, mesmo não sendo gêmeos. Como isso é possível? Enfim, fiquei babando tanto neles que nem percebi a bola vindo na minha direção, só fui perceber quando eu senti a bola na minha barriga. O impacto foi tão grande que eu caí no chão.
— Aurora!!! — Gritou a Laura correndo na minha direção. — Amiga, você está bem?
Eu nem conseguia formar uma palavra de tanta dor que eu estou sentindo. Tive que ser acertada logo na barriga?
— Amiga? — Percebi a enorme preocupação nos olhos dela.
— Irei levá-la para a enfermaria. — Falou o irmão do Thomas, o Alex.
Fiquei muito surpresa quando ele me pegou nos braços. Se eu não estivesse com tanta dor, eu com certeza ficaria muito envergonhada.
— Você sabe onde fica a enfermaria? — O professor perguntou se aproximando.
— Eu posso encontrar sem nenhum problema. — O professor acenou com a cabeça.
— Muito bem.
Eu apoio as minhas mãos na minha barriga e respiro fundo, encostei a minha cabeça no peitoral dele, já que ele é bem alto. Ele me carregou para fora da quadra.
— A enfermaria é daquele lado. — Consigo falar, mas em um tom baixo.
— Obrigado, princesa. Mas não se esforce em falar. — Senti meu rosto pegar fogo com esse apelido.
Como ele pode me chamar assim tão facilmente? E o mais importante é esse delicioso cheiro, parecia morango, é tão gostoso.
Fiquei tão embriagada no seu cheiro, que sem perceber eu acabei cheirando o seu pescoço.
Que cheiro gostoso.
— Você gostou do meu cheiro, princesa? — Eu rapidamente recobrei a consciência e me afastei com muita vergonha.
— M-M-Me desculpa… Eu. — Sou interrompida pela sua linda risada.
Meu Deus! Eu estou parecendo uma louca apaixonada! Porque tudo nesses garotos eu acho lindo.
— Não precisa se preocupar com isso, pode sentir o meu cheiro a vontade se você quiser.
Minha senhora do céu!! Eu só passo vergonha, meu Deus! Queria um lugar para enterrar o meu rosto agora, e aproveitar para me enterrar também. Essa vergonha toda me fez esquecer a dor na minha barriga.
Aurora Evans. Resolvi ficar em silêncio. Acabamos de chegar na enfermaria e ele abriu a porta sem problema algum. Vimos a doutora Andressa na sua mesa, ela se virou e nos olhou sem entender. — O que aconteceu? — Perguntou sem demonstrar nenhuma preocupação. — Ela acabou levando uma bolada na sua barriga. — Alex responde a sua pergunta, mas ele está bem sério. Nem parece o mesmo de antes. — Coloque ela em cima da cama. — Apontou para a cama. A enfermaria é um lugar bem espaçoso, tem cinco camas no local, um enorme armário para os remédios, um freezer com soros e bolsas de sangue, uma grande mesa para a doutora colocar suas coisas, como o notebook, sua bolsa, alguns arquivos dos pacientes. Também tem uma estante com bastante livros sobre enfermagem. Ele me carregou até a cama e me colocou com cuidado, a doutora se aproximou com um saco de gelo, ergui um pouco a minha camisa e soltei um gemido de dor assim que fez contato com a minha pele. Ainda está doendo bastante. — Depois do
Aurora Evans.Quarta-Feira.O caminho para casa foi bastante difícil para mim, eu tive que ficar parando o tempo todo por causa da dor na barriga. Eu ainda não consigo acreditar como alguém pode ser tão maldoso por causa de homens. Eu não tive culpa se os novatos estavam me dando um pouco de atenção, mas isso não significa que eu tenho que ser vítima de bullying. Já não estou aguentando mais, se não é na escola, fico passando sufoco em casa com os meus pais. Principalmente com a minha mãe. O engraçado é que ela sempre vem falar comigo como se nada tivesse acontecido. Claro que eu respondo gentilmente ela, mas eu jamais irei perdoá-la, pelo o que ela fez comigo. Eu sempre amei me transformar em lobo. A minha primeira transformação foi quando eu tinha nove anos, eu estava brincando no quintal de casa, quando eu vi um coelho. Comecei a correr atrás dele e quando eu percebi, já estava na minha forma de lobo. Eu sinto tanta falta de sair correndo por aí, de sentir o vento no meu rosto, s
Aurora Evans. Fui caminhando para o banheiro. O meu banheiro é bem simples, as cores das paredes também são azuis, tem um box e uma pequena banheira. O piso também é cerâmica de madeira, tem uma pia um pouco grande e um espelho. Vou retirando as minhas roupas e senti a minha loba começar a despertar. ‘’ Não tome banho. O cheiro dele é muito bom. ‘’— Você acordou, eu fico feliz. Já estava ficando preocupada. Enfim, infelizmente eu tenho que tomar banho. Minha mãe não gostou do cheiro. Escutei o rosnado dela assim que mencionei a minha mãe. ‘’ Essa vadia! Por culpa dela eu estou bastante fraca e muito sonolenta. Ela não é digna de se chamar de mãe. Porque o que ela fez conosco é algo imperdoável. ‘’— Eu sei. Eu não consigo perdoar e sinto que nunca vou conseguir.‘’ Ela quase nos matou, Aurora. Aqueles remédios só podem ser tomados uma vez, somente uma vez. Mas ela te forçou a tomar esses remédios por seis anos, seis anos.’’Suspirei e resolvi entrar no box, liguei o chuveiro e
Aurora Evans.06:25 — Residência dos Evans — Quarto — EUA — Nova York.Quinta-Feira.Comecei a me remexer na cama ao sentir uma claridade em meu rosto, isso me fez abrir os olhos e percebi que eu esqueci de fechar as cortinas ontem. Sentei na cama e soltei um bocejo, espreguicei o meu corpo e escutei alguns ossos estralarem. Nossa, eu devo ter dormido feito uma pedra ontem. Logo o meu despertador começou a tocar em um volume bastante alto, rapidamente o desliguei, porque o som machuca meus ouvidos. Levantei da cama e vou indo em direção ao banheiro ainda bocejando, me aproximei da pia e vi o meu reflexo. — Minha nossa, eu estou parecendo um zumbi.‘’ E olha que dormiu muito bem. ‘’ Sorri ao escutar a voz da minha loba. — Bom dia. ‘’ Bom dia, Aurora. Está preparada para hoje? ‘’Fiquei confusa.— E o que vai ter hoje? ‘’ Garota, iremos ver os alfas gostosos hoje. ‘’— Meu Deus, não comece com isso, ainda é muito cedo.Ela não disse mais nada. Então eu resolvi tomar um banho. R
Aurora Evans. Olhei para o céu e suspirei. É tão bom estar do lado de fora, me sinto mais viva e menos sufocada. Vou andando em direção a escola e vejo muitos casais felizes e sorridentes. Ah, como eu queria ter o meu alfa comigo agora, mal posso esperar para tê-lo ao meu lado, eu tenho certeza que serei a mulher mais feliz do mundo. ‘’ Logo, logo iremos encontrar o nosso companheiro. ‘’Senti o meu coração acelerar. — Tem certeza? — Questionei em um tom baixo. ‘’ Eu sinto que ele está perto, mas eu não sei quem ele é. ‘’Suspirei. Ah, tudo por causa da minha mãe, se não fosse por ela, eu com certeza já teria encontrado o meu companheiro. ‘’ Não se preocupe, Aurora. Mesmo que eu não consiga encontrá-lo, ele vai nos encontrar.’’Isso me fez sorrir. — Eu espero que ele nos encontre logo, assim podemos sair daquela casa e viver com o nosso alfa. — Falei toda feliz. ‘’ Mas temos um grande problema.’’Parei de andar na hora. — Qual problema? ‘’ Seus pais. ‘’Isso me fez suspir
Aurora Evans. 11:30 — Escola — Sala de aula — EUA — Nova York. Quinta-Feira.— Bom dia, alunos. — Nos cumprimentou como sempre faz.— Bom dia, professor. O professor de arte é um beta de trinta e sete anos, ele é alto, moreno, ele não é musculoso, tem um corpo normal, a cor dos seus olhos são azuis claros, a cor dos seus cabelos é um preto azulado. Eu gosto desse professor, ele é muito legal, sempre me ajuda quando eu tenho alguma dúvida. — Enfim, alunos. A professora de inglês faltou hoje, então vamos juntar a turma dela com a de vocês. Podem entrar! A porta foi aberta pelos alunos entrando, percebi também que essa é a turma das as ômegas mais desejada da escola. Eu mereço isso, tenho total certeza que elas vão dar em cima deles dois. — Podem escolher os seus lugares, se não tiver mais cadeira, podem pegar na sala de vocês. — Falou e todo mundo acenou com a cabeça. Reparei que as patricinhas entraram na sala já se achando.Porque elas acham que são o centro das atenções? Eu n
Aurora Evans.Sorri com o comentário da minha loba. Soltei um suspiro e resolvi prestar atenção na aula, percebi que todo mundo também começou a prestar atenção na aula. Confesso que eu me senti muito bem pelo o que acabou de acontecer, mas eu ainda estou preocupada com o meu cio, ele deve está chegando. Será que eu realmente devo passar o meu cio com eles? ‘’ Você ainda está pensando no que eles falaram? Sobre passar o cio com você? ‘’— Sim. — Falei em um tom baixo. — Mas eu não sei o que devo fazer. ‘’ Eles são uma boa alternativa, vão nos ajudar muito. Porque o cio da gente vai ser muito intenso. ‘’— Nem me fale. — Suspirei. Eu tenho total certeza que se meus pais souberem disso, vão me tirar dessa escola e com certeza irão se mudar. Já que não me querem perto de alfas normais, imagina lúpus. Resolvi prestar atenção no que o professor estava escrevendo, quando do nada senti uma enorme dor na minha barriga. — Aí! — Apoiei a minha mão na minha barriga e logo soltei outro gem
Aurora Evans. Quinta-Feira.O Thomas me carregou para um quarto, eu não parava de beijar o seu pescoço, eu quero muito eles. — Se acalme, ômega. — O lobo do Thomas falou no meu ouvido, isso causou um arrepio pelo meu corpo. — Alfa. — Ele sorriu. — Você vai nos ter, ômega. Seja paciente. Entramos no seu quarto e ele me colocou no chão, o lobo que está no controle do corpo do Alex fechou a porta do quarto. Os dois me olharam com seus olhos vermelhos. Eu me contorcia todinha sob o olhar deles dois. — Retire suas roupas. — Falou o Thomas. Eu rapidamente retirei a minha jaqueta e joguei no chão, depois puxei o meu vestido para cima, sem me importar com os meus peitos para fora. Os dois rosnaram e isso me excitou demais, puxei a minha calcinha para baixo e fiquei totalmente nua. — Alfas, por favor. Meu corpo está tão quente. — Os dois rapidamente vem até mim.Alex me pegou no colo e me carregou até a cama e me colocou nela. — Não se arrependa depois, ômega. — Observei os dois retir