♥ Capítulo 3 ♥

Aurora Evans. 

Quarta-Feira.

Fiquei bastante surpresa quando a bola veio na minha direção. Se não fosse pelo irmão do Thomas, eu com certeza teria levado uma bolada na cara. Quando ele agarrou a bola, eu reparei que ela veio com muita força. Eu estaria muito ferrada.

Olhei para ele com vergonha. 

— Muito obrigada. — Agradeci com bastante vergonha. 

Ele sorriu.

Que sorriso lindo, chega a derreter a pessoa. 

— Não precisa agradecer. 

Que voz linda da porra! Chega a deixar as minhas pernas feitas gelatina. E eu ainda estou sentindo que a minha loba está bastante inquieta. Será que ela está acordando? Já que ela vive dormindo muito por causa dos efeitos dos remédios. Enfim, é melhor eu me concentrar no jogo, antes que eu seja acertada. 

Percebi que a Jennifer, uma ômega, está me encarando muito. Reparei que seus olhos ficaram azuis. 

 O que eu fiz para essa garota? Quer dizer, o que eu fiz para essa gente toda? Só porque o novato falou comigo? Sério isso? 

Ela jogou a bola na minha direção e eu consegui me esquivar com maestria a fazendo ficar muito irritada. O Thomas agarrou a bola dela e me entregou com um lindo sorriso. 

Deus me ajude para não pular nele. 

Ele se aproximou de mim e estendeu a bola. 

— Aqui. — Sorri sem jeito para ele. 

— Obrigada. 

Virei para frente e lancei a bola na direção dela, ela conseguiu se esquivar e a bola acertou uma das suas amigas. 

— Merda! — Falou a Bruna muito irritada. 

— Tenta queimar eles de volta. — Jennifer falou para ela, mas depois me olhou com muita raiva.

Eles não, e sim, eu. Eu mereço isso, pelo amor de Deus, garota! O que foi que eu te fiz?

A Bruna veio para atrás da nossa linha e rapidamente jogou a bola na minha direção, mas uma vez eu consegui me esquivar. Tomei um susto quando vi que o Taylor agarrou a bola, ele lançou e a bola passou bem perto de mim, que senti até o vento.

Puta merda! Se essa bola tivesse pegado em mim, eu com certeza teria sido mandada para a enfermaria ou o hospital. 

— Taylor!! Olha a sua força, garoto! — Repreende o professor muito sério. 

— Foi sem querer professor, acabou sendo forte. — Ele falou soando bem inocente, mas eu conheço a peça que ele é. 

Assim que o professor desviou o olhar dele, o mesmo me encarou com um ódio terrível. 

E a pergunta que eu estou me fazendo muito é, o que eu te fiz? Porque essa escola me odeia tanto assim? Será que é só porque eu sou a única ômega lúpus daqui? Porque está sendo bem difícil entender essas pessoas, eu nunca fiz nada com ninguém. E também, eu nem falo com ninguém dessa escola a não ser a Laura. 

Prestei atenção no jogo e vejo o Taylor jogar a bola na direção do irmão do Thomas, fiquei com medo dele se machucar, mas a minha preocupação foi em vão. Porque ele agarrou a bola como se fosse uma bolinha de papel, isso me fez sorrir aliviada. Ele lançou a bola com tanta força na direção do Taylor que tentou agarrar, mas foi impossível. Porque ele logo caiu no chão gemendo de dor. 

— Olha a força rapaz. — O professor mais uma vez repreende alguém pelo uso de força. 

O Alex olhou para ele com um pequeno sorriso.

— Ah, foi mal, professor. Eu aumentei a minha força sem querer, me desculpe. — Isso me fez segurar a risada.

Eu confesso que foi muito bom de ver isso, ele mereceu essa humilhação. Eu nunca gostei dele por ser tão arrogante e sempre ficar se achando. 

O Taylor se levantou do chão ainda gemendo de dor e foi caminhando em direção às arquibancadas, já que não conseguia jogar mais. 

— Mandou muito bem, irmão. — Falou o Thomas e os dois fizeram um toque entre si. 

Reparei nos sorrisos deles dois, e notei que eles têm sorrisos iguais, mesmo não sendo gêmeos. Como isso é possível? Enfim, fiquei babando tanto neles que nem percebi a bola vindo na minha direção, só fui perceber quando eu senti a bola na minha barriga. O impacto foi tão grande que eu caí no chão. 

— Aurora!!! — Gritou a Laura correndo na minha direção. — Amiga, você está bem? 

Eu nem conseguia formar uma palavra de tanta dor que eu estou sentindo. Tive que ser acertada logo na barriga? 

— Amiga? — Percebi a enorme preocupação nos olhos dela. 

— Irei levá-la para a enfermaria. — Falou o irmão do Thomas, o Alex. 

Fiquei muito surpresa quando ele me pegou nos braços. Se eu não estivesse com tanta dor, eu com certeza ficaria muito envergonhada. 

— Você sabe onde fica a enfermaria? — O professor perguntou se aproximando. 

— Eu posso encontrar sem nenhum problema. — O professor acenou com a cabeça.

— Muito bem.

Eu apoio as minhas mãos na minha barriga e respiro fundo, encostei a minha cabeça no peitoral dele, já que ele é bem alto. Ele me carregou para fora da quadra.

— A enfermaria é daquele lado. — Consigo falar, mas em um tom baixo.

— Obrigado, princesa. Mas não se esforce em falar. — Senti meu rosto pegar fogo com esse apelido. 

Como ele pode me chamar assim tão facilmente? E o mais importante é esse delicioso cheiro, parecia morango, é tão gostoso. 

Fiquei tão embriagada no seu cheiro, que sem perceber eu acabei cheirando o seu pescoço. 

Que cheiro gostoso. 

— Você gostou do meu cheiro, princesa? — Eu rapidamente recobrei a consciência e me afastei com muita vergonha. 

— M-M-Me desculpa… Eu. — Sou interrompida pela sua linda risada. 

Meu Deus! Eu estou parecendo uma louca apaixonada! Porque tudo nesses garotos eu acho lindo. 

— Não precisa se preocupar com isso, pode sentir o meu cheiro a vontade se você quiser. 

Minha senhora do céu!! Eu só passo vergonha, meu Deus! Queria um lugar para enterrar o meu rosto agora, e aproveitar para me enterrar também. Essa vergonha toda me fez esquecer a dor na minha barriga.

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