Isis Carvalho pegou as roupas com um olhar irritado e resmungou:— Você vive sozinha aqui, como é que eu ia imaginar que, de repente, ia ter um homem na sua casa?Enquanto ela se vestia no banheiro, dei de ombros para Rebecca, tentando mostrar que eu não tinha culpa nenhuma na história. Não foi minha intenção espiar.Aproveitei que Isis estava ocupada e me aproximei de Rebecca, com um sorriso travesso, pedindo para ela me ajudar a desamarrar os cadarços.— Desamarra pra mim? — Murmurei em tom manhoso.Rebecca respondeu baixinho, olhando para o banheiro com preocupação:— Desamarra você mesmo. Se a Isis te ver assim, vai ser difícil explicar.Sem paciência para discutir, segurei o rosto dela e a beijei com força:— Vai desamarrar ou não? Porque, se não for, eu não paro de te beijar.O rosto de Rebecca ficou vermelho como um tomate. A mistura de vergonha e excitação era evidente, especialmente porque a amiga dela estava no banheiro e podia sair a qualquer momento. Ela sentia uma adrenali
Eu pensei: "Grandes são, mas não maiores do que os peitos seus." Pelo tamanho, deviam ser um D. "É claro que eu ia olhar. Nunca vi seios tão grandes assim, e ainda mais quando você sai sem roupa na minha frente. Como é que eu não ia olhar?" Mas essas palavras ficaram só na minha cabeça. Jamais teria coragem de dizer algo assim em voz alta.— Chico, peça desculpas para a Isis agora. — Disse Rebecca, com um tom de leveza.Eu não hesitei e, tentando soar o mais sincero possível, falei:— Desculpa, Isis, eu não fiz de propósito.Isis permaneceu em silêncio, o rosto ainda frio.Rebecca, porém, continuava rindo daquela situação:— Isis, o Chico tem umas mãos mágicas pra massagem. Ele é ótimo nisso! Por que você não deixa ele fazer uma massagem em você também?— Eu não quero! — Isis respondeu secamente.— Ah, deixa de ser teimosa. Você vive reclamando das dores nos ombros. Deixa o Chico tentar. Vai que ajuda? — Insistiu Rebecca, enquanto a empurrava gentilmente para que ela se sentasse no sof
Claro que eu não ia dizer nada. De certa forma, era até divertido ver as duas escondendo suas verdadeiras intenções, cada uma com sua máscara bem colocada.— Isis, você tá brincando comigo, né? Só pode estar brincando. — Falei, fingindo não entender nada.Isis me beliscou de repente, e eu quase gritei de susto.— Isso mesmo, tô só brincando com você. — Respondeu Isis, com aquele sorriso maroto.De repente, Isis se levantou e, com as mãos delicadas, agarrou minha camisa pelo colarinho, aproximando o rosto dela do meu:— Minha cintura tá doendo também. Vamos pro quarto, e você me faz uma massagem direitinho.Meu coração disparou. "Caramba, essa Isis gosta de ir longe, hein?" Mas, mesmo assim, tentei manter a pose de alguém hesitante:— Não sei se é uma boa ideia… E se a Rebecca vier atrás da gente?— Ah, deixa de ser bobo. É só uma massagem. Se ela vir, que veja. Qual o problema?— Bom... tá certo, então.Segui Isis até o quarto de hóspedes. Ela entrou primeiro e, sem nenhuma cerimônia,
— Isis, shhh! — Fiz um gesto rápido pedindo silêncio, tentando desesperadamente que ela diminuísse o volume. Com aqueles gemidos, nem a música alta ia conseguir disfarçar.Mas Isis estava completamente entregue, os olhos semicerrados e um sorriso provocante no rosto.— Não consigo me controlar... Chico, vem logo, eu tô morrendo de vontade! — Disse Isis, com a voz ofegante.Eu estava dividido entre o desejo e o medo. Nunca tinha me sentido tão encurralado. Peguei a fronha do travesseiro e a coloquei na boca dela, tentando abafar os sons."Talvez assim ela pare de fazer tanto barulho." Então, comecei a beijá-la. O corpo de Isis era absurdamente sensível, se movendo como uma cobra d’água debaixo de mim. Mesmo com a fronha na boca, ela ainda conseguia emitir aqueles sons sensuais, que pareciam penetrar diretamente nos meus pensamentos.Por mais que estivesse assustado, a adrenalina do momento tornava tudo ainda mais excitante. Eu só queria acabar logo com aquilo e tomar Isis para mim. Mas,
— É exatamente porque ele é todo certinho que isso me cansa. Sempre os mesmos dois jeitos na cama, já tô de saco cheio. Você sabe como sou, minha vontade é muito maior do que ele pode dar conta. — Disse Isis.— Mas isso não te dá o direito de fazer algo contra ele. — Rebecca respondeu, franzindo o cenho.— Eu não tô fazendo nada contra ele! — Isis rebateu de imediato, com um tom defensivo. — Eu não estou pedindo divórcio, nem dizendo que vou aparecer grávida de outro e deixar ele criar o filho. Só que, se eu não procurar o que preciso fora de casa, vou acabar insatisfeita. E, se isso durar muito tempo, a gente termina se separando de qualquer jeito.Rebecca suspirou, revirando os olhos:— Você tem uma resposta pra tudo, né? Tá bom, não vou mais discutir com você. Só toma cuidado, tá? Hugo não pode desconfiar dessas coisas.— Pode deixar! — Isis respondeu, sorrindo.As duas deixaram o quarto juntas. Nesse momento, eu estava terminando uma ligação com minha cunhada.— Rebecca, minha cunh
— Cunhada, quando eu começar a trabalhar e ganhar meu próprio dinheiro, vou te comprar roupas bem bonitas. — Falei, com toda sinceridade. Meu irmão e minha cunhada sempre me ajudaram muito, e eu realmente queria retribuir de alguma forma.Ela sorriu, contente, e deu um tapinha no meu ombro:— Vou esperar por esse dia, hein, Chico.Depois de nos prepararmos, saímos juntos. Minha cunhada dirigiu direto até o Hospital Salvador. Assim que chegamos, ela pegou o celular e ligou para Rodrigo.Rodrigo disse que já estava no andar de cima e pediu para irmos direto ao escritório. Segui minha cunhada até um corredor amplo e bem iluminado. Paramos em frente a uma porta com uma placa onde se lia "Vice-Diretor". Pelo vidro da porta, dava pra ver Rodrigo, sentado dentro do escritório, conversando animadamente com o vice-diretor. Eu não fazia ideia de que Rodrigo tinha esse tipo de contato. Conhecer o vice-diretor do maior hospital da cidade? Isso não era pouca coisa.Assim que nos viu entrar, Rodrigo
Minha cunhada ajeitou minha roupa com cuidado antes de eu entrar na sala para a entrevista. Com os documentos em mãos, respirei fundo e segui sozinho para o setor de ortopedia.A ortopedia estava quase deserta. A entrevista seria conduzida diretamente por um médico do setor, um senhor de mais de 60 anos que, quando entrei, estava distraído mexendo no celular.— Olá, vim para a entrevista. — Cumprimentei educadamente.Ele usava óculos apoiados no nariz e me lançou um rápido olhar por cima da armação.— Sente-se. — Disse ele, seco, sem tirar os olhos do celular.Sentei-me na cadeira ao lado da mesa dele e, com cuidado, peguei meus documentos e o diploma para entregar. Mas, antes que pudesse estender os papéis, ele levantou a mão, me interrompendo:— Não precisa me entregar nada agora. Primeiro me diga: alguém te indicou pra esta vaga?Recolhi os documentos e respondi:— Não, eu vi o anúncio de vocês na internet e resolvi me candidatar.O velho arqueou as sobrancelhas, como se não estives
O velho médico me olhou com evidente desagrado assim que me viu entrar novamente:— Não te mandei ir pra casa esperar o telefonema? O que tá fazendo aqui de novo?Eu já estava irritado com aquela situação, então fui direto:— E como você vai me ligar, se nem pegou meu número?Ele ficou sem resposta por um momento, claramente desconcertado, mas logo sua expressão se transformou em raiva:— Acho que você não é adequado pra nossa equipe. Pode ir embora.Aquilo me deixou ainda mais irritado:— Eu sou formado pela melhor faculdade de medicina de Cidade J, muito melhor que aquele cara de agora há pouco, que veio de uma universidade de terceira categoria! Ele conseguiu ficar, por que eu não posso?O velho médico, já vermelho de raiva, me encarou com dureza:— Porque não pode e ponto final! Não tem mais conversa. Agora sai daqui!— Não vou sair. Estou aqui para uma nova entrevista.— Você já perdeu a chance! Fora!— Eu tenho chance, sim! Eu conheço o Dr. Adam.Assim que mencionei o nome do Dr.