— Rebecca, eu tenho só 23 anos. Tô no auge da minha forma física. — Comentei, com um sorriso maroto.— Mesmo assim, é muito. Meu marido, na sua idade, não era assim tão... potente.Ouvindo-a mencionar Rodrigo, senti uma pontada de curiosidade:— Como vocês se conheceram?— Éramos colegas de faculdade, da mesma turma.— Com essa beleza toda sua, aposto que foi ele quem correu atrás de você.Rebecca assentiu:— No começo, eu não sentia nada por ele. Mas Rodrigo foi muito persistente, me cortejou por dois anos. Acabei me comovendo com a sinceridade dele e aceitei namorar.Exatamente como eu imaginava. Rodrigo era um homem de aparência comum, quase apagado sem um terno. Já Rebecca, mesmo com seus trinta e poucos anos, era deslumbrante. Em sua juventude, devia ser uma deusa. Rodrigo não a merecia. Homens assim geralmente só têm uma tática: insistir, insistir, até a mulher se cansar e ceder. Rebecca, com sua natureza ingênua, acabou se deixando levar pela suposta devoção de Rodrigo.— E quan
— Chico, você está de novo com isso? — O rosto de Rebecca escureceu instantaneamente. — Você vive falando mal do meu marido na minha frente. O que você quer, afinal? Está tentando fazer a gente se separar para ter uma chance comigo? Balancei a cabeça com tanta força que parecia um brinquedo de mola:— Rebecca, não é isso que eu quis dizer...— Chega. Não quero mais ouvir você falando essas coisas. — Interrompeu ela, com firmeza, mas sem me repreender. Sua voz tinha um tom paciente, quase como se estivesse tentando me fazer entender algo. Ela não reagiu como eu esperava, mas esse momento me revelou algo precioso: Rebecca, de alguma forma, se importava comigo.Assenti rapidamente, fingindo arrependimento: — Certo, dessa vez eu entendi. Prometo que nunca mais vou falar isso. Rebecca terminou de lavar minha calça e a colocou para secar na varanda. De repente, ela virou o rosto para mim com um sorriso travesso nos lábios: — Já que eu lavei sua cueca, você não acha justo lavar a mi
— Rebecca, com a roupa não dá pra ver direito. Não dá pra você tirar pra eu enxergar melhor?Eu sentia que, depois de já ter contemplado o corpo de Rebecca, tocar por cima da roupa parecia perder toda a graça. Então, continuei tentando convencê-la.Rebecca piscou algumas vezes, como se estivesse despertando de um devaneio, e então exclamou:— Ah, seu Chico! Eu confiei tanto em você, e você me engana desse jeito?Soltei uma gargalhada e me joguei em seus braços.Rebecca riu junto, com aquele som gostoso que fazia meu coração disparar.No meio da brincadeira, o celular dela tocou. Rebecca imediatamente fez um gesto pedindo silêncio.— Psiu! Fala baixo, é o meu marido ligando.Meu bom humor foi embora na mesma hora. Rodrigo, sempre atrapalhando. Eu desejava, do fundo do coração, que ele desaparecesse para sempre da vida de Rebecca.Mas, pelo jeito dela ao atender, estava claramente feliz em falar com ele.— Rodrigo, como foi lá com os investidores? Eles ficaram chateados? — Perguntou Rebe
Minha cunhada me ensinou tantas coisas que eu jamais teria coragem de perguntar a outra pessoa. Era como uma professora para mim. E agora, mesmo assim, eu mentia para ela.Cunhada fez sinal para que eu me sentasse. Coloquei minhas coisas de lado e me acomodei na cadeira em frente à dela:— Chico, como assim você demorou tanto? Foi a Rebecca que complicou as coisas de novo?Balancei a cabeça rapidamente, negando.Cunhada franziu o cenho, intrigada:— Então o que foi? Chico, o que aconteceu de verdade?— Cunhada, não precisa saber disso...Eu não fazia ideia de como explicar. Soltei essa desculpa qualquer, mas ela não desistiu.— Ah, assim não dá. Se você não me contar, eu vou perguntar direto para a Rebecca.Imediatamente segurei o braço dela:— Não vai!Ela segurou minha mão e deu dois tapinhas suaves no dorso, como se quisesse me tranquilizar:— Chico, eu sou sua cunhada. Se você não confiar em mim, vai confiar em quem? Olha, mesmo que estejamos usando você para algumas coisas, não qu
Rebecca ainda não tinha respondido.Minha cunhada começou a bombardear mensagens:[Responde! Fala logo! Anda…]Foram umas dez mensagens seguidas com [Fala logo!].Finalmente, Rebecca cedeu à pressão e respondeu:[Hum.]— Hum? O que é hum? Essa Rebecca, pra responder é um parto! — Reclamou minha cunhada enquanto digitava outra mensagem. — Eu não quero um “hum”. Quero que você seja clara: você se importa comigo ou não?Mesmo sem vê-la, eu sabia que Rebecca devia estar morrendo de vergonha.Depois de uma longa pausa, a mensagem chegou:[Eu me importo, Chico. Eu me importo com você.]Minha cunhada estalou os dedos com um sorriso vitorioso e devolveu o celular para mim:— Pronto, Rebecca finalmente cedeu. Agora é sua chance, continua provocando ela!Quando li a mensagem de Rebecca, um calor subiu no peito, e todo o desconforto anterior desapareceu como fumaça. Sorri para minha cunhada:— Cunhada, vou pro meu quarto.— Vai lá.Peguei o celular e fui direto para o quarto. Deitei na cama, radi
Rebecca:[Tá bom, meu amor, mas você não pode ficar fazendo isso o tempo todo, sabia? Não é bom para o corpo, tem que aprender a se controlar.]Fiquei tão animado que me sentei rapidamente.Eu:[Repete o que você acabou de falar, mas agora me chama de marido de novo. Eu quero ouvir.]Rebecca não hesitou dessa vez e enviou uma mensagem de áudio dizendo as mesmas palavras.Ouvir Rebecca me chamando de amor dessa forma me deixou completamente satisfeito.Enviei vários emojis de beijo para Rebecca.Depois de algum tempo conversando com ela, Rebecca disse que precisava preparar o jantar. Pedi para ela tirar uma foto da comida pronta e me mandar.“Não posso comer, mas pelo menos posso desfrutar vendo, né?” pensei, sorrindo.Quando terminamos de conversar, saí da cama cheio de energia.Minha cunhada me viu saindo do quarto e, percebendo minha expressão, perguntou sorrindo:— E aí, resolveu tudo? O que a Rebecca disse no final?— Ela me chamou de amor. — Eu estava tão orgulhoso que não pude ev
— Chico, seu irmão disse quando vai voltar? — Perguntou minha cunhada, toda animada.Como eu poderia contar a verdade para ela?Percebi que ela ainda se importava muito com meu irmão, mas ele estava se comportando dessa maneira.Eu só consegui responder, sem muita confiança:— Cunhada, meu irmão falou que está muito ocupado e tem que trabalhar, pediu para não esperar por ele.O sorriso no rosto dela desapareceu na hora.— Mais uma vez! Ele trabalha tanto, está sempre exausto, como é que sobra energia para ele? — Ela disse, soltando um suspiro. — Ah, deixa pra lá, vamos comer.— Cunhada, posso te ajudar?Eu percebi que ela estava um pouco chateada, então pensei que se eu ajudasse, ela não ficaria tão pensativa e poderia relaxar um pouco.— Tá bom, vai lá e descasca o alho.— Certo, onde está o alho?— Está lá dentro.A cozinha era bem pequena, e minha cunhada estava ocupada perto do fogão, então eu só pude me aproximar por trás dela.Ela estava com a bunda um pouco virada para fora, e,
A culpa era toda minha. Eu sabia que não deveria ter feito aquelas coisas com minha cunhada repetidas vezes. Foi por isso que ela ficou chateada comigo.Terminei de comer sozinho, em silêncio, e depois lavei a louça. Deitado na cama, não conseguia dormir. Virei de um lado para o outro, inquieto, enquanto minha mente não parava de pensar.Decidi que precisava pedir desculpas a ela. Não suportava a ideia de deixá-la aborrecida por minha causa.Respirei fundo, reuni toda a coragem que tinha e fui até o quarto da minha cunhada. Bati na porta. Ela não respondeu.Pensei comigo mesmo: “Será que ela já dormiu? Se fosse o caso, talvez fosse melhor deixar para depois.”Mas, quando estava prestes a ir embora, ouvi um som estranho vindo de dentro do quarto. Era uma respiração ofegante.Depois do que aconteceu com a Rebecca, minha mente imediatamente assumiu o pior. Será que minha cunhada também estava passando mal?Fiquei desesperado. Sem pensar duas vezes, empurrei a porta, que estava apenas enco