— Chico, chega! Vista-se, vamos. — Rebecca tentou me conter, a voz carregada de um misto de repreensão e excitação.Acariciei sua cintura, colando meu corpo ao seu:— Não quero. Quero ficar assim, abraçado com você. Rebecca... posso dormir com você esta noite? — Perguntei, ousado.— De jeito nenhum! E se sua cunhada perguntar onde você está?— Digo que saí com uns amigos. Ela nem vai desconfiar.— E se ela resolver aparecer aqui?— Relaxa, ela não tem tempo pra isso. Rebecca, por favor... deixa eu dormir com você. Quero te abraçar a noite toda.Mantive-me firme em meu abraço, sentindo seu corpo vibrar contra o meu. Rebecca corou, visivelmente perturbada com meu pedido.— Não! Me solta, Chico. Eu preciso sair daqui. — Tentou se ela desvencilhar.Num impulso, a ergui nos braços.Assustada, ela gritou:— Chico! Me põe no chão!— Fica quietinha. — Sussurrei em seu ouvido, sentindo o calor de seu corpo junto ao meu. — Quanto mais você grita, mais excitado eu fico. Sabia que seus gritos, ju
— Deixa eu ficar abraçadinho com você, só um pouquinho. Não vou fazer nada, prometo. — Insisti, fazendo minha melhor cara de pidão.— Nem pensar! Vá se vestir, Chico. Se não, vou ficar brava de verdade.Vendo que Rebecca estava realmente começando a se irritar, resolvi me comportar. Antes de sair, roubei um beijo rápido em seu rosto e corri de volta para o banheiro.Rebecca, entre risos e falsa indignação, me lançou um olhar fulminante, mas não conseguiu esconder o sorriso que teimava em aparecer.Vesti a camiseta e a cueca nova que ela havia me dado, mas a calça de Rodrigo me causava repulsa. Detestava aquele homem, e tudo que lhe pertencia.Voltei ao quarto:— Rebecca, você lava minha bermuda pra mim?Já de pijama, ela revirou os olhos:— Por que não lava você mesmo?— Queria que você lavasse. Sei lá, parece que fica diferente quando você lava.Sem responder, Rebecca foi até o banheiro, o rosto corado:— Chico... você não está de cueca?— Não.Respondi sem hesitar. Minha cunhada havi
— Rebecca, eu tenho só 23 anos. Tô no auge da minha forma física. — Comentei, com um sorriso maroto.— Mesmo assim, é muito. Meu marido, na sua idade, não era assim tão... potente.Ouvindo-a mencionar Rodrigo, senti uma pontada de curiosidade:— Como vocês se conheceram?— Éramos colegas de faculdade, da mesma turma.— Com essa beleza toda sua, aposto que foi ele quem correu atrás de você.Rebecca assentiu:— No começo, eu não sentia nada por ele. Mas Rodrigo foi muito persistente, me cortejou por dois anos. Acabei me comovendo com a sinceridade dele e aceitei namorar.Exatamente como eu imaginava. Rodrigo era um homem de aparência comum, quase apagado sem um terno. Já Rebecca, mesmo com seus trinta e poucos anos, era deslumbrante. Em sua juventude, devia ser uma deusa. Rodrigo não a merecia. Homens assim geralmente só têm uma tática: insistir, insistir, até a mulher se cansar e ceder. Rebecca, com sua natureza ingênua, acabou se deixando levar pela suposta devoção de Rodrigo.— E quan
— Chico, você está de novo com isso? — O rosto de Rebecca escureceu instantaneamente. — Você vive falando mal do meu marido na minha frente. O que você quer, afinal? Está tentando fazer a gente se separar para ter uma chance comigo? Balancei a cabeça com tanta força que parecia um brinquedo de mola:— Rebecca, não é isso que eu quis dizer...— Chega. Não quero mais ouvir você falando essas coisas. — Interrompeu ela, com firmeza, mas sem me repreender. Sua voz tinha um tom paciente, quase como se estivesse tentando me fazer entender algo. Ela não reagiu como eu esperava, mas esse momento me revelou algo precioso: Rebecca, de alguma forma, se importava comigo.Assenti rapidamente, fingindo arrependimento: — Certo, dessa vez eu entendi. Prometo que nunca mais vou falar isso. Rebecca terminou de lavar minha calça e a colocou para secar na varanda. De repente, ela virou o rosto para mim com um sorriso travesso nos lábios: — Já que eu lavei sua cueca, você não acha justo lavar a mi
— Rebecca, com a roupa não dá pra ver direito. Não dá pra você tirar pra eu enxergar melhor?Eu sentia que, depois de já ter contemplado o corpo de Rebecca, tocar por cima da roupa parecia perder toda a graça. Então, continuei tentando convencê-la.Rebecca piscou algumas vezes, como se estivesse despertando de um devaneio, e então exclamou:— Ah, seu Chico! Eu confiei tanto em você, e você me engana desse jeito?Soltei uma gargalhada e me joguei em seus braços.Rebecca riu junto, com aquele som gostoso que fazia meu coração disparar.No meio da brincadeira, o celular dela tocou. Rebecca imediatamente fez um gesto pedindo silêncio.— Psiu! Fala baixo, é o meu marido ligando.Meu bom humor foi embora na mesma hora. Rodrigo, sempre atrapalhando. Eu desejava, do fundo do coração, que ele desaparecesse para sempre da vida de Rebecca.Mas, pelo jeito dela ao atender, estava claramente feliz em falar com ele.— Rodrigo, como foi lá com os investidores? Eles ficaram chateados? — Perguntou Rebe
Minha cunhada me ensinou tantas coisas que eu jamais teria coragem de perguntar a outra pessoa. Era como uma professora para mim. E agora, mesmo assim, eu mentia para ela.Cunhada fez sinal para que eu me sentasse. Coloquei minhas coisas de lado e me acomodei na cadeira em frente à dela:— Chico, como assim você demorou tanto? Foi a Rebecca que complicou as coisas de novo?Balancei a cabeça rapidamente, negando.Cunhada franziu o cenho, intrigada:— Então o que foi? Chico, o que aconteceu de verdade?— Cunhada, não precisa saber disso...Eu não fazia ideia de como explicar. Soltei essa desculpa qualquer, mas ela não desistiu.— Ah, assim não dá. Se você não me contar, eu vou perguntar direto para a Rebecca.Imediatamente segurei o braço dela:— Não vai!Ela segurou minha mão e deu dois tapinhas suaves no dorso, como se quisesse me tranquilizar:— Chico, eu sou sua cunhada. Se você não confiar em mim, vai confiar em quem? Olha, mesmo que estejamos usando você para algumas coisas, não qu
Rebecca ainda não tinha respondido.Minha cunhada começou a bombardear mensagens:[Responde! Fala logo! Anda…]Foram umas dez mensagens seguidas com [Fala logo!].Finalmente, Rebecca cedeu à pressão e respondeu:[Hum.]— Hum? O que é hum? Essa Rebecca, pra responder é um parto! — Reclamou minha cunhada enquanto digitava outra mensagem. — Eu não quero um “hum”. Quero que você seja clara: você se importa comigo ou não?Mesmo sem vê-la, eu sabia que Rebecca devia estar morrendo de vergonha.Depois de uma longa pausa, a mensagem chegou:[Eu me importo, Chico. Eu me importo com você.]Minha cunhada estalou os dedos com um sorriso vitorioso e devolveu o celular para mim:— Pronto, Rebecca finalmente cedeu. Agora é sua chance, continua provocando ela!Quando li a mensagem de Rebecca, um calor subiu no peito, e todo o desconforto anterior desapareceu como fumaça. Sorri para minha cunhada:— Cunhada, vou pro meu quarto.— Vai lá.Peguei o celular e fui direto para o quarto. Deitei na cama, radi
Rebecca:[Tá bom, meu amor, mas você não pode ficar fazendo isso o tempo todo, sabia? Não é bom para o corpo, tem que aprender a se controlar.]Fiquei tão animado que me sentei rapidamente.Eu:[Repete o que você acabou de falar, mas agora me chama de marido de novo. Eu quero ouvir.]Rebecca não hesitou dessa vez e enviou uma mensagem de áudio dizendo as mesmas palavras.Ouvir Rebecca me chamando de amor dessa forma me deixou completamente satisfeito.Enviei vários emojis de beijo para Rebecca.Depois de algum tempo conversando com ela, Rebecca disse que precisava preparar o jantar. Pedi para ela tirar uma foto da comida pronta e me mandar.“Não posso comer, mas pelo menos posso desfrutar vendo, né?” pensei, sorrindo.Quando terminamos de conversar, saí da cama cheio de energia.Minha cunhada me viu saindo do quarto e, percebendo minha expressão, perguntou sorrindo:— E aí, resolveu tudo? O que a Rebecca disse no final?— Ela me chamou de amor. — Eu estava tão orgulhoso que não pude ev