Nossos olhares se cruzaram, e ambos ficamos mais vermelhos do que tomates maduros. Eu queria sumir, desaparecer no ar.Mais uma vez, Rebecca me pegou fazendo... isso. Que situação mais constrangedora, meu Deus! E, para piorar, foi na casa dela, na cama dela, coberto pelo mesmo cobertor que ela tinha usado minutos antes. Eu estava pronto para ser xingado até perder o rumo, mas, estranhamente, Rebecca não disse nada.Isso só me deixou mais nervoso, com o coração martelando no peito. As palavras saíam todas embaralhadas:— Rebecca, por favor, não fica brava. Eu... eu não sabia o que fazer, estava impossível de aguentar! Me xinga, me bate, faz o que quiser, mas, pelo amor de Deus, não me expulsa daqui. Eu imploro!Queria me levantar e pedir desculpas, mas... naquela situação, sem estar vestido? Nem pensar! O que Rebecca faria comigo se visse tudo assim? Eu ficaria sem dentes. Então, fiquei ali, aflito, totalmente sem saída.E Rebecca? Para minha surpresa, dessa vez ela não gritou comigo. O
Rebecca puxou a mão rapidamente:— Chico, o que você está fazendo?— Deixa você me bater, assim você desconta a raiva e não fica brava comigo. — Falei com todo cuidado, escolhendo cada palavra.Rebecca, com o rosto corado, respondeu:— Quem disse que eu estou brava com você?Eu a encarei, surpreso. Não esperava por isso, nem em mil anos. Rebecca... não estava brava? Era quase inacreditável. Meu coração quase saltou do peito enquanto, sem pensar, segurei a mão dela novamente.— Rebecca, você não está brava mesmo? Que alívio, isso é ótimo!Rebecca sentiu o aperto firme da minha mão na dela. O coração dela disparou. Aquela força masculina, aquela energia... reacenderam algo que ela vinha tentando ignorar.Os olhos dela baixaram, e, sem querer, pararam no meu peito. Mesmo através da camiseta, ela podia ver os músculos definidos. Uma corrente quente percorreu o corpo dela, e a vontade de se entregar a mim ficou ainda mais forte.— Chico... — Murmurou Rebecca, com a respiração pesada, os olh
— Rebecca, o que você acha do meu físico? — Perguntei, com a audácia crescendo dentro de mim.Ela lançou um olhar rápido, mas logo desviou o rosto, com as bochechas tingidas de vermelho:— Você tem coragem, hein, de brincar comigo assim. Quer que eu te expulse daqui agora mesmo?Eu sorri, provocando:— Não vai me expulsar, Rebecca. Você não teria coragem.— Quem disse? Vou te colocar para fora agora, pelado mesmo, para ver a vergonha que vai passar!Rebecca deu um passo em minha direção e segurou meu braço, mas sua força era insignificante comparada à minha. Decidi brincar um pouco mais com ela, puxei-a de leve, mas acabei escorregando. A porta do banheiro se abriu de repente, e Rebecca caiu para dentro, direto nos meus braços.Meu corpo ficou rígido no momento em que a senti contra mim. E ela? Ela estava tão vermelha que parecia que ia explodir.A água do chuveiro ainda caía forte, molhando nós dois rapidamente. A camisola fina de seda que Rebecca usava ficou completamente grudada em
Minhas mãos se tornaram cada vez mais ousadas. Rebecca, por sua vez, parecia ter cedido àquela dança proibida, entregando-se a um prazer inconfessável. Seus braços, num gesto involuntário, envolveram minha cintura. Ela me correspondia.Encorajado por sua resposta, rasguei sua roupa. A brancura de sua pele me ofuscou a visão. Seus seios, agora completamente expostos, me fizeram tremer. Pressionei-a contra a parede, o coração batendo forte... Mas, quando estava prestes a penetrá-la, Rebecca me empurrou com todas as forças.— Chico, não! — Implorou Rebecca, com os olhos arregalados de pânico.— Por quê? — Perguntei, a voz embargada pela frustração.— Não tem porquê. Eu simplesmente não posso. — Respondeu ela, com a voz trêmula.— Mas já chegamos até aqui... Qual a diferença agora?— Tem diferença, sim. Se você não me penetrar, tecnicamente eu não traí o Rodrigo. Mas se fizer... Chico, eu já me sinto culpada o suficiente. Não consigo ir até o fim.Eu não conseguia entender sua lógica. Está
— Chico, chega! Vista-se, vamos. — Rebecca tentou me conter, a voz carregada de um misto de repreensão e excitação.Acariciei sua cintura, colando meu corpo ao seu:— Não quero. Quero ficar assim, abraçado com você. Rebecca... posso dormir com você esta noite? — Perguntei, ousado.— De jeito nenhum! E se sua cunhada perguntar onde você está?— Digo que saí com uns amigos. Ela nem vai desconfiar.— E se ela resolver aparecer aqui?— Relaxa, ela não tem tempo pra isso. Rebecca, por favor... deixa eu dormir com você. Quero te abraçar a noite toda.Mantive-me firme em meu abraço, sentindo seu corpo vibrar contra o meu. Rebecca corou, visivelmente perturbada com meu pedido.— Não! Me solta, Chico. Eu preciso sair daqui. — Tentou se ela desvencilhar.Num impulso, a ergui nos braços.Assustada, ela gritou:— Chico! Me põe no chão!— Fica quietinha. — Sussurrei em seu ouvido, sentindo o calor de seu corpo junto ao meu. — Quanto mais você grita, mais excitado eu fico. Sabia que seus gritos, ju
— Deixa eu ficar abraçadinho com você, só um pouquinho. Não vou fazer nada, prometo. — Insisti, fazendo minha melhor cara de pidão.— Nem pensar! Vá se vestir, Chico. Se não, vou ficar brava de verdade.Vendo que Rebecca estava realmente começando a se irritar, resolvi me comportar. Antes de sair, roubei um beijo rápido em seu rosto e corri de volta para o banheiro.Rebecca, entre risos e falsa indignação, me lançou um olhar fulminante, mas não conseguiu esconder o sorriso que teimava em aparecer.Vesti a camiseta e a cueca nova que ela havia me dado, mas a calça de Rodrigo me causava repulsa. Detestava aquele homem, e tudo que lhe pertencia.Voltei ao quarto:— Rebecca, você lava minha bermuda pra mim?Já de pijama, ela revirou os olhos:— Por que não lava você mesmo?— Queria que você lavasse. Sei lá, parece que fica diferente quando você lava.Sem responder, Rebecca foi até o banheiro, o rosto corado:— Chico... você não está de cueca?— Não.Respondi sem hesitar. Minha cunhada havi
— Rebecca, eu tenho só 23 anos. Tô no auge da minha forma física. — Comentei, com um sorriso maroto.— Mesmo assim, é muito. Meu marido, na sua idade, não era assim tão... potente.Ouvindo-a mencionar Rodrigo, senti uma pontada de curiosidade:— Como vocês se conheceram?— Éramos colegas de faculdade, da mesma turma.— Com essa beleza toda sua, aposto que foi ele quem correu atrás de você.Rebecca assentiu:— No começo, eu não sentia nada por ele. Mas Rodrigo foi muito persistente, me cortejou por dois anos. Acabei me comovendo com a sinceridade dele e aceitei namorar.Exatamente como eu imaginava. Rodrigo era um homem de aparência comum, quase apagado sem um terno. Já Rebecca, mesmo com seus trinta e poucos anos, era deslumbrante. Em sua juventude, devia ser uma deusa. Rodrigo não a merecia. Homens assim geralmente só têm uma tática: insistir, insistir, até a mulher se cansar e ceder. Rebecca, com sua natureza ingênua, acabou se deixando levar pela suposta devoção de Rodrigo.— E quan
— Chico, você está de novo com isso? — O rosto de Rebecca escureceu instantaneamente. — Você vive falando mal do meu marido na minha frente. O que você quer, afinal? Está tentando fazer a gente se separar para ter uma chance comigo? Balancei a cabeça com tanta força que parecia um brinquedo de mola:— Rebecca, não é isso que eu quis dizer...— Chega. Não quero mais ouvir você falando essas coisas. — Interrompeu ela, com firmeza, mas sem me repreender. Sua voz tinha um tom paciente, quase como se estivesse tentando me fazer entender algo. Ela não reagiu como eu esperava, mas esse momento me revelou algo precioso: Rebecca, de alguma forma, se importava comigo.Assenti rapidamente, fingindo arrependimento: — Certo, dessa vez eu entendi. Prometo que nunca mais vou falar isso. Rebecca terminou de lavar minha calça e a colocou para secar na varanda. De repente, ela virou o rosto para mim com um sorriso travesso nos lábios: — Já que eu lavei sua cueca, você não acha justo lavar a mi