Esperança

Após os disparos da arma, os gritos e o terror deram espaço para  o silêncio e a inércia. A equipe de enfermagem estava estática, evitando fazer barulhos para não denunciar a posição.

Os monitores cardíacos estavam desligados, apenas o respirador permanecia com seu chiado. Yara franziu o cenho e começou a morder o tubo que garantia a sua respiração. 

A Enfermeira notou, se aproximou da cama e se debruçou para falar no ouvido dela.

— Senhora Yara, por favor não morda o tubo, se você continuar fazendo isso irá ter pouco oxigênio nos pulmões — ela explicou com delicadeza.

Os olhos de Yara se i

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