Escuridão

O motor do carro roncava cada vez mais alto conforme Leo pisava com força total no pedal do acelerador da viatura.Um sorriso silencioso surgia nos lábios dele, a cada solavanco que os pneus passavam por cima e Yara gemia baixinho por causa da dor.

— É exatamente isso que você merece — ele vociferou enquanto girava o volante para fazer uma curva acentuada — quando chegarmos, você vai lamentar ter me feito de trouxa.

Yara arfava sem parar, pressionava as duas mãos no tórax para tentar diminuir a sensação de peso a cada respiração. A cada curva, sentia que o corpo era jogado de um lado para o outro, como se estivesse em uma batedeira.

— Por favor, me deixe sair daqui…— e

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