Fabi— Dois dias. — Devo estar com uma cara impagável, porque ele está segurando o riso. — Algum problema, futura senhora Fox? — Meus olhos se engrandecem com o meu nome associado ao seu sobrenome e engulo em seco. Não havia parado para pensar. Deus, Vou me casar! Vou me casar com o homem que é tudo para mim! O coração dispara no peito. — Ei, o que foi? — Ouço sua voz meiga perguntar. Seu polegar toca o meu rosto e seca uma lágrima, só então percebo que estou chorando.— Você — balbucio, mas as palavras não vêm.— Eu o quê?— Você me pediu em casamento — falo o óbvio. Ele sorrir em meio a ruga de preocupação no meio da sua testa.— Sim, eu pedi. E você me disse sim. — O abraço forte e Alex me aperta em seus braços. — Fabi, o que está acontecendo? — pergunta enquanto afaga as minhas costas.— Não é nada. É só, que… — Afasto-me dos seus braços e procuro os seus olhos. — Eu pensei que isso nunca ia acontecer para mim e agora estou noiva de um homem lindo e perfeito, que me ama. — Ele me
FabiNão largamos as mãos um do outro e só quando entramos na água, Alex mergulha fundo e eu faço o mesmo. Ele se aproxima, me puxando para um beijo debaixo d'água e emergimos abraçados, perdidos em um beijo para lá de envolvente. Suas mãos escorregam por minha pele molhada e escorregadia, enquanto a sua boca me devora.— Nossa, como eu te amo, Fabi! — rosna rouco, segurando os meus cabelos com força e aprofunda ainda mais o beijo, se é que isso é possível. O beijo faminto, devorador e intenso não deixa espaço para respiração. — Sou louco por você, quero você. Deus, como eu quero! — fala, deixando a minha boca e me puxa para o seu colo, abocanha o meu seio com avidez. Automaticamente, minhas pernas enlaçam a sua cintura e eu jogo a cabeça para trás. Sinto o seu membro deliciosamente rígido me penetrar sem aviso prévio e Alex começa a se mexer, enquanto aperta firme a minha bunda. Ele solta um seio e começa a sugar o outro. Não há mais palavras, os sons dos nossos gemidos se sobressaem
AlexAlguns dias…— Levanta a cabeça, Fabiana. — Alex pede rudemente. Estou cansada, exausta, na verdade. —Isso, agora erga os braços, porra! — esbraveja.— Não dá, Alex, não aguento mais! — reclamo, pensando em desistir. Ele puxa levemente a respiração e com passos calmos se aproxima, erguendo uma mão e carinhosamente leva-a ao meu queixo me fazendo olhá-lo nos olhos.— Fabiana, você escolheu entrar nessa guerra e disse com todas as palavras querer que Olavo pague por tudo que fez. Se baixar a guarda dessa maneira, morrerá — fala sem fazer rodeios. Engulo em seco. — Querida, se for para ser assim, é melhor desistir de tudo agora e ficar aqui com Anita. — Prendo a respiração ao ouvir suas palavras duras. Minha vontade agora é de chorar, mas, decido que não é essa atitude que devo ter agora. Então, olho para Alex com determinação, me afasto e volto a posição de ataque como me pediu. Ele respira fundo e assente. Meu coração dispara no peito quando percebo o quão está orgulhoso de mim.—
Alex — Faça o seguinte, querida. Tome um banho relaxante, demore o tempo que precisar. Farei um chá e levarei para você no quarto e então conversaremos. O que acha? — Forço um sorriso para ela.— Acho que te amo ainda mais! — sibilo e beijo a sua bochecha.Como sugeriu, sigo para as escadas, entro no quarto principal da casa e assim que entro no banheiro livro-me das minhas roupas, e largo no cesto de roupas sujas. Regulo a água para morna porque o frio do final de tarde já se aproxima. Debaixo d'água penso no encontro dessa noite. Eu não me lembro dessa parte da família. Helena e Magno são como estranhos para mim e não faço ideia de qual será a reação deles quando me vir. Fecho os olhos e tento me desligar um pouco. Contudo, o toque macio e repentino das mãos grandes e firmes de Alex me faz abri-los outra vez. Logo sinto os seus beijos em minha nuca e ombros, e é incrível como o meu corpo reagi aos seus estímulos. Sim, estou relaxando apenas com essa simples demonstração de carinho.
AlexOlho o lugar com um suspiro reprimido. Nunca estive em um lugar assim antes. É obscuro demais, frio e impessoal. Um galpão velho e abandonado no meio do nada. Folhas secas, ferrugens e uma poeira escura toma conta do ambiente. O telhado de zinco tem alguns furos por conta do tempo que o desgastou. Os homens da segurança estão a porta, todos armados e atentos a qualquer movimento. Aqui está frio pra caramba e escuro também. Lá dentro tem uma luz amarelada que nos permite perceber um ambiente amplo e vazio, ou quase vazio. Helena está confortavelmente agasalhada por conta da noite fria, assim como o seu filho, mas ambos estão amarrados em uma cadeira com cordas grossas. A maquiagem borrada da mulher mostra que ela chorou, provavelmente com medo e por não saber o que está realmente acontecendo. Os olhos irritados de Magno recaem sobre mim e Alex. Atrás dos nossos reféns estão Jordan e Hermes. Danilo está em um canto a parte, observando o movimento do lado de fora através de uma brec
AlexHoras depois…No carro, não consigo me abster de nada, não choro, não lamento, não converso. Estou com o meu botão desligado e ajo no automático. Os homens conversam sobre algo que não estou prestando muita atenção. A minha mente parece vazia agora. O leve toque do polegar de Marrento nas costas da minha mão me mantém cativa ao seu lado. Eu só queria poder gritar, correr para muito, muito longe até os meus pulmões inflamarem e reclamarem da exaustão. Queria pôr para fora toda a raiva e mágoa que ainda estão trancados dentro de mim. Olavo Rios é um filho da puta desgraçado! Não senti nem sequer o carro correr pela pista molhada, só percebi quando parou em frente à casa e eu nem esperei que Alex abrisse a porta para mim e saí dali como um raio.— Fabi? — Anita tenta dizer algo, porém, não paro e não lhe dou atenção. Sigo rapidamente para as escadas e depois para dentro do quarto. O que estou sentindo dentro de mim parece que vai me partir ao meio, me fulminar, me destruir. Um forte
Momentos antes do sequestro…Por Alex.— Podemos conversar um pouco? — pergunto para Danilo, aproximando-me dele no canteiro de crisântemos. O homem parece distante enquanto mexe nas flores. Ele ergue a cabeça para mim e me olha por debaixo da aba do grande chapéu.— Claro. — Olho de um lado para o outro da casa.— Aqui não. Vamos sair um pouco.— Tudo bem! — Observo o meu homem de confiança em quem projetei a figura imponente de um pai tirar as luvas grossas das mãos e largá-las junto as ferramentas de jardinagem dentro de uma maleta de ferro azulada, e com as mãos nos bolsos ele faz sinal para caminharmos. Quando nos aproximamos do carro, Jordan chega perto e aceno sutilmente para ele. Danilo e eu nos acomodamos no banco de trás. Jordan começa a dirigir.— Para onde, senhor Alex? — Dou de ombros.— Só dirija, Jordan — ordeno. — Está na hora de pôr o nosso plano em prática — falo com aflição. Danilo apenas assente calado.— Essa noite? — Com um suspiro audível, faço sim, com a cabeça
Alex— Como eu te disse, você não tem nada para me oferecer. — Observo a sua respiração ficar extremamente ofegante e as pupilas dilatam ainda mais. — Nada pessoal rapaz, mas preciso de algo que faça o seu pai entender o quão isso é sério, o quão estou disposto a ir longe para conseguir o que eu quero.— Não por favor! Não faça isso! — Ele suplica, debatendo-se como pode.— Relaxe, Magno, serei rápido. — Seguro a sua orelha esquerda onde tem uma bela argola dourada e a decepo, ouvindo os gritos doloridos do rapaz em seguida. — Sabe o que fazer — digo para Jordan, largando o membro decepado em um saco de plástico transparente. Ele segura, assentindo e se afasta imediatamente. — Limpe essa bagunça! — ordeno para Hermes e vou para perto da mulher. Agacho-me diante dela, observando o seu choro e relutante, ela olha nos olhos. Contemplo os olhos verde-esmeralda inchados e vermelhos. — A culpa é do seu marido, Helena. Quando voltar para casa verifique o cofre atrás da estante móvel. É lá qu