Mônica Sampaio
Olá, acho que dá para começar assim, não é? Então vamos lá. Eu sou Mônica Sampaio, tenho 24 anos e atualmente estudo na Universidade Federal do RJ. Eu faço o curso de Direito e estou no meu último ano e no meu último período, também trabalho como estagiária na G & G Advogados. Uma empresa familiar, uma sociedade entre Gisele Albuquerque e Guilherme Albuquerque — que são casados. Aqui todos são da mesma família. Tem marido e mulher, irmãos, primos e até noivas dos primos trabalhando. Apenas eu não faço parte da família. Sou assistente da doutora Gisele Albuquerque, uma das sócias majoritária do lugar. Eu sou uma garota de família humilde. Trabalho para sustentar a minha família e garantir a minha faculdade. Desde muito cedo comecei a cuidar do meu pai, que mesmo sendo novo ainda, é motorista aposentado. Mas o seu salário só dá para os seus remédios. Meu pai descobriu há dois anos que tem uma doença congênita no coração, o tratamento é caro e melindroso, mas não tem cura, ou seja, esse tratamento só lhe garantirá mais algum tempo de vida. Há, ainda a Isabelly, minha sobrinha. Ela é um bebê de apenas nove meses, e é a minha vida. É linda, o meu xodó. Isa foi abandonada recém-nascida pela minha irmã mais velha, Sandra que fugiu de casa na calada da noite, uma semana após o nascimento da filha. Eu nunca vi a pessoa, mas ouvi dizer que ela fugiu com um homem muito rico, dono de uma empreiteira nos Estados Unidos. Desde então, nós nunca mais tivemos notícias e ela nunca mais entrou em contato conosco, nem mesmo pra saber da própria filha.Bom, agora deixa eu falar de mim em outro aspecto, para que vocês me conheçam melhor. Eu sou negra, assim como minha mãe Anabelly. Minha mãe morreu quando eu tinha 15 anos de idade e desde então tive que assumir as responsabilidades dentro de casa. Minha irmã Sandra, é diferente de mim, ela é branca como o meu pai. Eu tenho cabelos cacheados na altura dos ombros e meus olhos são castanhos escuros, sou alta, tenho 1,80m de altura. E amo curtir a vida. Adoro dançar, beber com meus amigos para relaxar, e não há nada melhor do que uma boa noite de sexo. Compromisso? Namorados? Nem pensar! Nada de compromissos. Tenho exemplos claros de que isso não nos leva a nada. Eu prefiro ser livre. Ser dona do meu próprio nariz... E há também toda essa minha bagagem... Meu pai, minha sobrinha e tudo mais. É algo meu e acho que ninguém tem obrigação de resolver os meus problemas. Aprendi desde cedo a enfrentá-los sozinha. Sem essa de viver chorando pelos cantos, a vida é curta de mais pra viver se lamentando. É isso aí gente, tá aí um pouco de mim pra vocês, beijo no coração que agora tenho que trabalhar.Marcos AlbuquerqueMeu nome é Marcos Albuquerque. Sou sócio e melhor amigo de Luís Renato Alcântara. Trabalhamos juntos em uma das maiores redes de hotéis e construtoras do Brasil e com reconhecimento internacional. O Caravelas & Hotelaria, é um grande empreendimento que tanto eu quanto o Luís demos o nosso sangue para alavancar e com ela, temos grandes negócios e investimentos nacionais e internacionais. Gosto da minha vida do jeito que ela é. Sou um homem livre e desimpedido que gostar de alçar voos, de curtir uma vida louca e sem pensar no amanhã. Beber com os amigos nos finais de semana é uma deliciosa rotina. Sair com garotas lindas e gostosas, fazer sexo como coelhos e sem pensar no amanhã. Não há coisa melhor!Então, pensem comigo. Para quê? Há coisa melhor do que isso? Você pode estar pensando, esse cara tem algum trauma amoroso. Não, não mesmo! A verdade é que eu nunca tive um compromisso sério com nenhuma garota desde que me entendo por gente. Mas tenho alguns exemplos de co
Mônica SampaioHoje é sexta-feira e já estamos quase no final do expediente. Minhas amigas Clara, Alexia e Jordana já enviaram mensagens no grupo de WhatsApp, um grupo criado especialmente para nossas farras de final de semana. Estamos combinando de ir para a boate Mix Nigth está noite, que fica no centro do RJ. Claro que eu vou, né? Não perco essa por nada! Depois de uma semana corrida dentro desse escritório, e de noites mal dormidas cuidando de Isabelly e do meu pai, eu mereço essa folga. Ligo para Juliana, a babá de Belly e para Mariana, a enfermeira do meu pai, avisando que chegarei tarde essa noite e tudo certo.— Mônica minha querida, você pode levar esse caso e estudá-lo em casa por favor? Quero saber o seu parecer sobre o assunto. — Doutora Gisele Albuquerque pede assim que sai da sua sala. Rapidamente largo o celular em um canto da minha mesa e me ponho de pé.— Claro, doutora Gisele. Sabe que não tenho o menor problema em fazer isso para a senhora — digo. Ela sorri.— Ótimo
— Então, Moniquinha, pronta para mais uma noite? — Alexia aparece animada na sala. Abro um largo sorriso.— Prontíssima, Alex! Só preciso dar uma passada em casa e dá uma caprichada no meu visual. Nos encontramos na boate certo? — digo arrumando alguns documentos importantes no arquivo.— Certo, até lá então! — Alex sai da sala e eu termino de arrumar os documentos em seus devidos lugares. Pego o material que a doutora Gisele me entregou e o guardo dentro da minha pasta. Por fim, desligo o computador e guardo alguns arquivos na minha gaveta, passando a chave em seguida. Olho rapidamente a minha mesa para ter certeza de que não esqueci nada e pego a minha bolsa. Depois de fechar o escritório com chave, sigo para o elevador. Estou muito ansiosa por essa noite. Quero beber todas, dançar todas e pegar um cara gostoso para finalizar a minha noite. Alcanço a garagem e vou direto para o meu velho "Tigrão". Tigrão é o meu carro. Um Chevrolet vermelho dos anos 80 que foi da minha mãe. Ele está
Marcos Albuquerque— Cara eu estou acabado! Hoje o dia foi forçado viu? Mais uma reunião dessa e eu morreria na beira do mar!— Deixa de exagero Marcos! — Luís fala rindo da minha cara.— Não é exagero não, cara! Estou dizendo, eu preciso de sexo urgente. Muito sexo para extravasar o estresse — digo quase exacerbado.— Você é doente sabia? — retruca. Sorrio amplamente.— Não sou não! Sou prático meu amigo. Que tal passarmos no bar para beber alguma coisa no final do expediente?— Não estou a fim cara. Vou levar a Ana para jantar hoje. — Eu o encaro surpreso.— A secretária? — inquiro surpreso.— Sim, por quê? — Luís me faz uma cara inocente. Eu o olho especulativo. A quanto tempo eu tento fazer esse cara sair com uma das minhas amigas?— Como? Por quê? Faz três anos que te chamo para sair comigo, com os amigos, curtir umas garotas e você sempre me diz um não. Aí do nada você vai sair com sua nova secretária? Fala sério! O que está rolando entre vocês? — pergunto curioso. Ele dá de omb
— Que tal uma dança, Marcos? Eu estou afinzona de dançar com você. — fala com um tom arrastado, manhoso e ao pé do meu ouvido. Passando os braços pelo meu pescoço. Eu olho por cima do seu ombro e vejo a garota que estava comigo a poucos minutos me acompanhando, ela vem em nossa direção e para bem trás da Alexia. A loira olha a ruiva da cabeça aos pés e sorri maliciosa. Eu retribuo o sorriso deixando que a minha mão passe por baixo do vestido da garota que está abraçada a mim. Logo entendi o que a loira estava pensando.— Estou acompanhado, ruivinha. — sussurro ao pé do seu ouvido e aponto com a cabeça para a loira atrás dela e continuo. — A não ser que você não se importe em dividir — digo sugestivamente sem concluir a minha frase. A ruiva olha para a loira e se afasta de mim e em seguida assisto a garota se aproximar da outra e elas começam a se beijar bem na minha frente. Puta que pariu! Sinto o meu pau pulsar como louco dentro das minhas calças imediatamente. Eu me viro para o bar
Marcos AlbuquerqueAcordo com meu telefone tocando incessantemente em cima do criado mudo e rosno um palavrão, quando uma dor de cabeça infernal começa a latejar. Me forço a abrir os olhos e a dor parece aumentar consideravelmente. Olho a tela do celular e respiro fundo fechando os meus olhos para tentar suportar as cobranças da dona Laura.— Oi mãe! — Minha voz soa ainda rouca de sono.— Como assim, oi mãe? — Ela cobra com voz firme. — Seu irmão te deu o recado? — retruca autoritária e eu bufo me sentando na cama e levando a mão a testa tentando aplacar a dor.— Que recado? — pergunto passando a mão no rosto tentando despertar. Porra! Me sinto atordoado. Se brincar não sei nem que dia é hoje. Resmungo internamente.— Semana que vem eu e o seu pai vamos viajar, Marcos. Ele precisa descansar um pouco, sair daquele escritório agitado. Portanto, vamos nos reunir no restaurante da família, para nos despedir. — Eu bufo em resposta.— Mãe, eu não posso...— Tento falar, mas ela me corta impa
— Deixe-me adivinhar — Gisele me corta irônica. — Você vai dormir o dia todo, vai acordar lá pelas cinco da tarde, depois jogar vídeo game, comer muitas besteiras e bagunçar todo o seu apartamento mais do já bagunçou e depois de tudo vem uma noitada com os amigos e muita bebida e por fim, terminar a sua noite com alguma vagabunda na sua cama. Acertei? — Da pra sentir o poder da ironia da mulher só no olhar dela, imagina na voz? Reviro mais uma vez os olhos para ela e nem chego a dar uma resposta à altura, porque a Amanda começa com as suas especulações logo em seguida.— Papai, o que é uma vagabunda? — Ela pergunta abrindo um par de olhinhos curiosos, e faz uma cara inocente e os seus pais a olham completamente sem ação e com os olhos bem arregalados. Segurando uma boa gargalhada, eu olho para Guilherme e faço sinal para que ele explique a palavra para menina.— É, como eu posso te explicar isso, filha? É, — Ele gagueja e eu me encosto na cadeira, segurando a gargalhada, fechando a mã
Mônica SampaioO mês passou rápido demais. E esses dias tenho andado bastante ocupada com o escritório de advocacia e com a faculdade também. Como é meu último ano na faculdade e eu tenho acompanhado a doutora Gisele em algumas audiências, quase não tenho tempo para respirar. Mas isso tem me dado algumas experiências interessantes, e tem me ajudado bastante na conclusão do meu curso. Estou em minha sala quando recebo um telefonema de um número desconhecido. E antes de atender, fico olhando o celular por um tempo, na dúvida se atendo ou não? Decido atender.— Alô? — Deixo transparecer o meu receio e me repreendo por isso.— Mônica Sampaio? — A voz máscula, de um timbre rouco e ao mesmo tempo grave me deixa arrepiada. Eu respiro fundo e me forço a falar alguma coisa.— Sim é ela. Quem é?— É o chefinho. — Ele faz uma pausa mínima. — Tudo bem? — PUTA MERDA! — Xingo mentalmente, fechando os olhos e seguro a ponta do meus nariz, respirando fundo. Estou morta de vergonha. Respiro fundo mais