Mônica SampaioRedonda... É exatamente assim que eu estou me sentindo nesse momento. Redonda e pesada. Iago é um garoto muito calmo, muito tranquilo. Tão tranquilo que eu já completei nove meses e três dias e nada. Marcos não tem ido trabalhar desde que completei meus nove meses de gestação. Ele não quer perder nenhum minuto da chegada do nosso filho. Sinto nosso bebê mexer e depois sinto uma pequena pontada incômoda e faço uma careta. Marcos está logo em cima de mim.— Está sentindo alguma coisa, o bebê já quer nascer? — Ele pergunta numa afobação só.— Não, meu amor, nosso bebê apenas se mexeu e incomodou um pouco, só isso — digo calmamente. Ele relaxa um pouco, beija a minha barriga e me beija em seguida. Isabelly está com tia Lupi e com a Juliana fazendo um passeio pela cidade. Isso mesmo. Minha tia se mudou para o Rio logo depois do meu casamento e vendeu tudo o que tinha em Maceió, para ficar aqui definitivamente. Ela comprou um apartamento bem próximo da minha casa, assim poder
— Obrigado, morena, ele é lindo! — diz, sorrindo em meio às lágrimas— Eu te amo, garotão! — sussurro cansada e sonolenta.— Eu te amo mais! — Marcos fala com a voz embargada por causa do choro.*** Não sei exatamente quanto tempo levou até que os médicos terminassem os seus procedimentos, mas eu acordei em um quarto de hospital, que mais parecia um miniapartamento luxuoso. Marcos estava acomodado confortavelmente em uma poltrona, admirando o bebê que parece resmungar algo. Ele ergue a cabeça encontrando o meu olhar e sorri.— Acho que alguém está com fome — diz baixinho. Ele pega o Iago no colo e acaricia o rosto minúsculo com a ponta do nariz, de uma forma lenta e delicada.— Tá com fome, papai? — pergunta para o nosso filho de um jeito tão meigo que me derrete. Ele me entrega o bebê com cuidado e me ajuda a expor o seio para alimentá-lo e atenciosamente, se senta ao meu lado, enquanto amamento nosso bebê. Alguém bate na porta e em seguida ela se abre e adeus sossego. O quarto é in
Felicidade não se compra.Marcos AlbuquerqueNão sei descrever pra vocês o tamanho da minha felicidade. Se eu soubesse que me casar, ter uma mulher e filhos me proporcionaria a felicidade que eu tenho hoje, já teria me casado a muito mais tempo. Bobagem pensar que dá pra ser feliz sozinho. Quando vi o Iago nascer e chorar a todos pulmões nos meus braços, como se gritasse aos quatro ventos "cara eu estou aqui, cheguei no pedaço!" o meu pobre coração quase saltou pela boca. Segurar aquele grãozinho em meus braços me fez transbordar com um amor... Como posso dizer? Grandioso, puro, soberano, divino. É quase que inexplicável o que eu sinto por ele, pela Belly. O mais interessante nisso tudo, é que não há diferenças porque eu os amo por igual. Eu sou pai! Cacete, eu sou pai! Pai de um garoto forte e sadio e de uma linda princesinha.Ver meus filhos. Participar da vida deles de perto. Vê-los crescer debaixo dos meus olhos me enche de satisfação de orgulho. Sou um pai do tipo coruja, possess
Seis anos depois... Mônica Sampaio de Albuquerque.Como o tempo passa rápido! De repente os meus bebês já não são tão pequenos. Já não é preciso mais trocar fraudas, nem passar noites acordadas. Não há mais choros noturnos e nem febres de madrugada. Mas nem por isso, eles deixaram de serem os meus bebês. Sempre serão os meus pequeninos. Hoje Iago faz seis aninhos e junto com o Nicolay, o filho da Gisele e do Guilherme e o Caio, filho caçula da Ana e do Luís também. Eles nasceram um mês depois do Iago e mesmo com a diferença de trinta dias, resolvemos juntar as festas e fazê-la com o tema de fantasia. Sair as compras com as meninas como sempre foi uma zoeira só. Passamos uma tarde inteira para encontrarmos as fantasias perfeitas para a gurizada toda e até mesmo para nós adultos. Escolher entre princesas, príncipes, piratas entre outras fantasias foi uma loucura, mas demos conta do recado. Como eu estava dizendo, nossos bebês cresceram, alguns até já estão independentes das mamã
Mônica SampaioOlá, acho que dá para começar assim, não é? Então vamos lá. Eu sou Mônica Sampaio, tenho 24 anos e atualmente estudo na Universidade Federal do RJ. Eu faço o curso de Direito e estou no meu último ano e no meu último período, também trabalho como estagiária na G & G Advogados. Uma empresa familiar, uma sociedade entre Gisele Albuquerque e Guilherme Albuquerque — que são casados. Aqui todos são da mesma família. Tem marido e mulher, irmãos, primos e até noivas dos primos trabalhando. Apenas eu não faço parte da família. Sou assistente da doutora Gisele Albuquerque, uma das sócias majoritária do lugar. Eu sou uma garota de família humilde. Trabalho para sustentar a minha família e garantir a minha faculdade. Desde muito cedo comecei a cuidar do meu pai, que mesmo sendo novo ainda, é motorista aposentado. Mas o seu salário só dá para os seus remédios. Meu pai descobriu há dois anos que tem uma doença congênita no coração, o tratamento é caro e melindroso, mas não tem cura,
Marcos AlbuquerqueMeu nome é Marcos Albuquerque. Sou sócio e melhor amigo de Luís Renato Alcântara. Trabalhamos juntos em uma das maiores redes de hotéis e construtoras do Brasil e com reconhecimento internacional. O Caravelas & Hotelaria, é um grande empreendimento que tanto eu quanto o Luís demos o nosso sangue para alavancar e com ela, temos grandes negócios e investimentos nacionais e internacionais. Gosto da minha vida do jeito que ela é. Sou um homem livre e desimpedido que gostar de alçar voos, de curtir uma vida louca e sem pensar no amanhã. Beber com os amigos nos finais de semana é uma deliciosa rotina. Sair com garotas lindas e gostosas, fazer sexo como coelhos e sem pensar no amanhã. Não há coisa melhor!Então, pensem comigo. Para quê? Há coisa melhor do que isso? Você pode estar pensando, esse cara tem algum trauma amoroso. Não, não mesmo! A verdade é que eu nunca tive um compromisso sério com nenhuma garota desde que me entendo por gente. Mas tenho alguns exemplos de co
Mônica SampaioHoje é sexta-feira e já estamos quase no final do expediente. Minhas amigas Clara, Alexia e Jordana já enviaram mensagens no grupo de WhatsApp, um grupo criado especialmente para nossas farras de final de semana. Estamos combinando de ir para a boate Mix Nigth está noite, que fica no centro do RJ. Claro que eu vou, né? Não perco essa por nada! Depois de uma semana corrida dentro desse escritório, e de noites mal dormidas cuidando de Isabelly e do meu pai, eu mereço essa folga. Ligo para Juliana, a babá de Belly e para Mariana, a enfermeira do meu pai, avisando que chegarei tarde essa noite e tudo certo.— Mônica minha querida, você pode levar esse caso e estudá-lo em casa por favor? Quero saber o seu parecer sobre o assunto. — Doutora Gisele Albuquerque pede assim que sai da sua sala. Rapidamente largo o celular em um canto da minha mesa e me ponho de pé.— Claro, doutora Gisele. Sabe que não tenho o menor problema em fazer isso para a senhora — digo. Ela sorri.— Ótimo
— Então, Moniquinha, pronta para mais uma noite? — Alexia aparece animada na sala. Abro um largo sorriso.— Prontíssima, Alex! Só preciso dar uma passada em casa e dá uma caprichada no meu visual. Nos encontramos na boate certo? — digo arrumando alguns documentos importantes no arquivo.— Certo, até lá então! — Alex sai da sala e eu termino de arrumar os documentos em seus devidos lugares. Pego o material que a doutora Gisele me entregou e o guardo dentro da minha pasta. Por fim, desligo o computador e guardo alguns arquivos na minha gaveta, passando a chave em seguida. Olho rapidamente a minha mesa para ter certeza de que não esqueci nada e pego a minha bolsa. Depois de fechar o escritório com chave, sigo para o elevador. Estou muito ansiosa por essa noite. Quero beber todas, dançar todas e pegar um cara gostoso para finalizar a minha noite. Alcanço a garagem e vou direto para o meu velho "Tigrão". Tigrão é o meu carro. Um Chevrolet vermelho dos anos 80 que foi da minha mãe. Ele está