Durante o comam...Marcos AlbuquerqueSinto o meu corpo inteiro cansado e dolorido, estou sonolento e o meu corpo simplesmente não corresponde as minhas expectativas, quero abrir os meus olhos, mas as minhas pálpebras estão pesadas demais. Eu me esforço, mas simplesmente não consigo. Ouço algumas vozes ao meu redor, parecem conhecidas, mas não sei distinguir de quem são. Não entendo o que dizem, são palavras sussurradas e distantes. Estou tão cansado, muito cansado. O meu corpo reclama, não luta. Então me entrego a sensação de paz e de tranquilidade e a escuridão logo me abraça e as vozes vão sumindo aos poucos, até que não as escuto mais.***Algumas semanas depois...Final do comam.Não sei exatamente onde estou ou porque me sinto preso, amarrado, sem poder me mexer. Ao longe sons de bipes me chamam a atenção, mas não faço ideia do que seja. Há uma escuridão incomoda e eu me sinto só. Quero chamar por alguém. Pedir que me tirem daqui. Seja lá de onde for, mas a minha voz não sai. E
— A quanto tempo estou aqui, doutor?— Quase trinta dias, completa depois de amanhã para ser mais exato.— Um mês aqui? — questiono surpreso.— O que aconteceu foi muito grave, meu jovem, mas ainda não está totalmente recuperado, ainda inspira alguns cuidados e eu recomendo que descanse bastante. O senhor será monitorado de vez em quando, uma enfermeira virá verificar o senhor a cada duas horas. Agora vou deixá-los à vontade. — O médico sai do quarto e minha morena vem em minha direção sorridente.— Quer dizer que a senhorita me ama? — pergunto enlaçando a sua cintura e a trazendo pra mim. Ela apenas balança a cabeça divertida em sinal positivo. — Será que pode repetir para mim, bem aqui? — Aponto para minha orelha com o meu dedo indicador. — Bem pertinho? — Ela se aproxima mais um pouco, se inclina para sussurrar em meu ouvido.— Eu te amo, meu amor! Amo seu jeito, — Ela beija a minha orelha me fazendo fechar os olhos mediante com o prazer do toque quente e suave na pele sensível. —
Mônica SampaioQuando chego em casa, me dou conta de que estou arrasada de cansaço. Marcos tinha razão. A dias que eu não sei o que é dormir direito. Obediente, eu entro no meu pequeno banheiro e tomo uma ducha demorada com água quente e logo o meu corpo relaxa, ponho um pijama leve e sigo para a cozinha, mas não tenho coragem de fazer nada, então tomo apenas um copo de suco e volto para o meu quarto e quando me deito na minha cama, penso em Marcos e sorrio feito uma boba. Ele acordou... Finalmente acordou. A sensação que eu tive ao ouvir o som da sua voz depois de dias de silêncio. Meu Deus! Não pude segurar as lágrimas. Não me contive e cheia de saudades, o enchi de beijos incansáveis. Dizer que o amava foi um alívio. É como se eu estivesse presa e fosse automaticamente liberta. Meu coração parecia livre para bater descompassado ou da maneira que quisesse. Finalmente meus olhos começam a pesar e logo adormeço em minha cama. Meus sonhos são dominados pelo terror. O som da música ambi
— Mônica, não quero que se arrisque mais. Você é apenas uma advogada e não um detetive, tão pouco uma policial, deixe isso pra eles — me repreende com um tom baixo e exasperado. Provavelmente para não acordar o Marcos. Dou uma olhadinha rápida na direção da cama e constato que ainda está dormindo. Então encaro a minha chefe.— Eu só quero que o peguem logo. Não me sinto segura com ele solto por aí — resmungo pra ela no mesmo tom.— Meu amor? — Marcos me chama e a conversa é encerrada. — Pensei que não vinha mais. Você demorou a voltar. — Ele se senta na cama fazendo uma careta de dor e eu vou até ele, deixando Gisele para trás. O beijo levemente na sua boca e faço um carinho em seu rosto.— Como está se sentindo hoje, querido?— Eu estou bem! Só não aguento mais essa cama. Quero voltar para o meu trabalho, para minha casa e para minha mulher — resmunga me fazendo rir.— E você vai meu amor, não vai demorar muito, prometo. — O beijo novamente.— Eu já vou indo. — Gisele fala e eu lanço
Ainda no mesmo dia...Marcos AlbuquerqueDepois de fazê-la comer alguma coisa a convenço a deitar-se ao meu lado na cama do hospital. Não demora muito e ela adormece nos meus braços e é exatamente como eu havia previsto, ela não havia dormido direito. Esse caso maldito está tirando a sua estabilidade emocional e a sua paz. Mônica é uma advogada que trabalha muito além da sua mesa e isso me preocupa muito, porque ela corre muitos riscos para defender o seu cliente. Fecho meus olhos para tentar relaxar um pouco. Já estou cansado de hospitais, de camas de hospitais. Eu preciso sair daqui. Não aguento mais tudo isso. Meus pensamentos me levam para o dia do seu resgate. Me lembro de alguém gritar, "corram para os carros agora!" Me lembro de voltar para o local onde a deixei desacordada e de pegá-la em meus braços e de seguir para um dos carros. Caralho! O filho da puta atirou em mim! Me lembro de ouvir o primeiro disparo, de sentir o meu peito queimar na hora. Eu olhei para a direção de on
As duas da tarde estou fora daquela maldita cama, daquele maldito hospital e de volta ao meu doce, doce lar e para a minha surpresa, a minha família já está me aguardando, Luís e Ana também.— Ele chegou! — Minha mãe diz ao abrir a porta. Eu saio dos braços da Mônica e abraço a minha mãe, beijando carinhosamente o topo da sua cabeça e logo estou no centro da minha sala, rodeado por todos eles.— Sente-se aqui, filho. — Meu pai pede apontando o sofá atrás dele. Gisele sai da cozinha com lanche e suco para todos. A tarde foi alegre e divertida, regada a sucos de laranja, já que eu não podia beber e muita conversa boa. Em algum momento me sinto cansado e peço licença a todos para ir para meu quarto. O pessoal entende e se despedem. Enfim estamos sós. Penso mais animado. Deus do céu! Pensei que eles nunca iriam embora. Seguro a mão da Mônica, assim que ela fecha aporta e volta a sala e seguimos juntos para as escadas.— Posso te pedir uma coisa? — falo quando me deito cuidadosamente na ca
Alguns meses...Mônica Sampaio.— Doutora Mônica, temos novidades. — Capitão Rogério fala assim que atendo o telefone. Eu puxo a respiração bem devagarinho, enchendo os meus pulmões de esperanças.— Até que enfim! Pode falar capitão.— Sophia resolveu fazer um acordo conosco. Em troca ela entrega Lancaster, e os outros pontos de tráfico e de prostituição.— O que ela quer em troca? — pergunto. Me sinto empolgada com a notícia. Agora sinto o vento soprar ao nosso favor.— Redução de pena, nova identidade e prisão fora do estado.— Você pode fazer isso?— Está brincando? Faço isso de olhos vendados. Ela só quer garantir a sua própria vida e nós queremos o chefão, então tudo certo! Só temos um problema. — Reviro os olhos. É claro que temos. Penso irônica.— Qual? — Não acredito nisso.— Para tirarmos o rato da toca, precisamos de uma ratoeira e do queijo.— O que isso quer dizer?— Sophia falou que ele quer a Mariana. Parece que ele tem uma obsessão pela garota e, — Ele hesita. — Ele que
— Não aguentava mais essa distância entre nós, minha menina — sussurra sôfrego. A respiração pesada, a boca em todos os lugares. Ele dá uma sequência abrasadora de mordidinhas na minha pele que... Puta merda! Estou completamente derretida, esparramada, enlouquecida.— Que saudades dessa pele macia! — rosna dando leves chupadas, como se degustasse o meu sabor.— Aaah! — Não seguro o gemido que estava preso em minha garganta. Solto um gemido alto, agarrando os seus cabelos, o puxando mais para mim, quando Marcos une as nossas bocas, em um beijo avassalador, devorador, dominador... Meu Deus! Como eu amo esse homem! Em um minuto somos apenas mãos, bocas, respirações descompassadas e um desejo cru dominando a nós dois sem nenhum pudor. Eu o quero e ele me quer e não há nada que se possa fazer para mudar isso.— Que tal irmos para o nosso quarto, minha morena gostosa? — pede. Na verdade, ele grunhe a indagação e eu não tenha a menor condição de falar agora... Não mesmo.— Uhum! — consigo di