Cecília não desvia os olhos de mim enquanto apresenta nosso trabalho de ciências política. Não consigo parar de observa-la, optei em ficar no fundo da sala. Sei que minha presença tão perto dela, a deixa nervosa. Estou recostado numa mesa vazia e de braços cruzados, meu semblante está sério, mas por dentro sinto meu corpo pegando fogo. Ela disfarçadamente aperta as coxas, dá para notar pois o tecido da saia vez ou outro se prende entre suas pernas, sei que está excitada e pensar nisso faz meu pau pressionar com força contra o tecido jeans, ao ponto de me deixar desconfortável. Agradeço o fato das luzes estarem apagadas e da atenção de cada aluno estar sob o palco, na mulher que a poucas horas atrás estava gemendo embaixo de mim. Mordo o interior da bochecha, tentando abafar o gemido ao me lembrar do que fizemos na minha caminhonete. Ela está linda, os cabelos estão soltos, descendo em pequenas ondas até sua cintura. Ela coloca atrás da orelha, uma das mechas que teima em cair so
Destranquei a porta do apartamento e dei passagem para que ela entrasse. Cecília caminhou calmamente até o centro da sala, observando tudo, como uma criança curiosa, seu olhar era curioso, mas sua postura era... Serena. Era como se ela se sentisse em casa. Cecília caminhou lentamente até a bancada de inox que dividia a cozinha com a sala e passou delicadamente os dedos por ali, como se avaliasse alguma coisa. Ela mordeu o lábio inferior, então eu soube. Ela estava imaginando como seria transar ali em cima. — Posso te mostrar a sensação. — sussurrei. Ela se assustou e soltou um riso tímido. Como uma criança que fora pega no pulo, aprontando. Caminhei até ela e coloquei uma mãe de cada lado do seu corpo, pressionando meu pau entre sua bunda. Ela gemeu e apertou a bancada. Abaixei meu rosto e raspei a barba entre sua nunca, a fazendo suspirar alto. — Posso te deitar nessa bancada — Mordi sua pele quente, provocando outro suspiro. Cecília jogou a cabeça para trás, apo
Theo desliza para dentro e fora de mim, numa lentidão torturante. É como se ele quisesse gravar cada sensação de tudo isso. Seus olhos me observam, varrem meu corpo de cima a baixo e suas mãos passeiam por cada centímetro de pele, ele deixa um rastro de fogo por todo meu corpo, me sinto queimando de dentro para fora.Em combustão.Melhor, me sinto uma fênix, finalmente renascendo das cinzas.Ele me faz sentir completa, única e perfeita.Me beija com paixão, com calor, como se nunca mais quisesse parar e eu sinto meu coração dobrar de tamanho com tantos sentimentos.Estou completamente apaixonada por ele.Acho que sempre estive, desde o momento em que meus olhos caíram sobre ele no primeiro dia de aula.Seu sorriso fácil, humor acido e provocações me fizeram gostar dele de primeira.Ele é realmente a primeira pessoa que me entende.A conversa com ele é fácil, fluida e gostosa de ter.Seus beijos me instigam, me queimam a pele, exatamente como está acontecendo agora. Ele beija entre o v
Estou completamente apaixonado por essa mulher.E isso me apavora!Ceci está tomando banho nesse exato momento. Ela me convidou para acompanha-la, com aquela voz rouca e o olhar doce. Sabia que queria mais do que uma simples chuveirada, mas não consegui. Recusei com educação, inventando que estava com fome e iria preparar alguma coisa para nós.Ele desconfiou, dava para ver em seu olhar que sabia que tinha algo errado, mas optou por não insistir e eu agradeci mentalmente por isso.Só consigo lidar com uma coisa de cada vez.E nesse exato momento estou fazendo nossos lanches, no piloto automático enquanto sinto minha cabeça girar.Apoio as mãos na pia e abaixo a cabeça, respirando fundo, me concentrando em sentir o ar entrar e sair dos meus pulmões.— Não precisa surtar. — a voz dela me assustou.Não tive tempo para raciocinar antes de sentir suas mãos me abraçando por trás e pousando na minha barriga. Senti ela apoiando a cabeça em meu peito e beijando minha pele.Estava sem camisa e
Despertei numa enorme cama vazia. Apalpei onde antes estava deitado um homem e só encontrei o gelado dos lençóis, vazios.Por algum motivo, desconhecido, meu coração resolveu acelerar e mil coisas se passaram pela minha cabeça.Ele deve ter se arrependido de ontem.Mas ele foi simplesmente embora? Me deixando sozinha na casa dele?Não é possível, ou era?!Senti o sangue ferver e me joguei para fora da cama. Peguei meu celular na mesa de cabeceira e acendi o visor, o relógio marcava 6h30 e o sol já queimava através das persianas fechadas.Disquei o número dele, mas desisti de ligar assim que avistei o aparelho dele em cima da escrivaninha do quarto.O filho da puta não levou nem o celular!Balancei a cabeça, incrédula que isso realmente estava acontecendo.Andei furiosa pelo apartamento procurando minhas roupas, encontrei algumas delas no chão da cozinha e foi novamente para o quarto para me trocar.— Como ele pode sair assim? — Bufei, de raiva. — Ele só foi embora?! Me deixando sozinh
Cecília está terminando de se arrumar no quarto. Já eu, estou na varanda da sala, fumando um cigarro.Não é muito habitual me ver com o cigarro na mão, mas estou precisando me distrair com algo, que não seja ela.Chegar depois de quase 2 horas de academia e vê-la desorientada, querendo ir embora, porque achou que eu tivesse ido embora, me deixou desnorteado o resto do dia. Não achei que tinha passado essa impressão.Não sou esse tipo de cara, nunca fui na verdade. Nunca brinquei com os sentimentos de ninguém e nunca fui o típico mulherengo, nunca gostei desse estereótipo.Sexo nunca foi algo que girou em torno da minha vida. Claro que eu gosto de transar e muito. Sei que não sou inexperiente no assunto. Mas não vivo em função disso. Consigo passar um bom tempo sem transar.Estarei mentindo, se disser que não me abalei ao notar que ela pensou dessa forma em relação a mim. Não posso culpa-la. Afinal, ela acordou numa cama vazia e sem sequer uma explicação plausível para isso, por mais q
Theo pousa a mão carinhosamente na minha coxa, trilhando um caminho imaginário com o polegar em minha pele, me causando pequenos arrepios. Ele está concentrado na estrada, a mão que pousa no volante batuca lentamente em sincronia com a música que toca baixo no rádio.Por mais que sua postura esteja relaxada, sei que ainda está pensativo e sinto um comichão dentro de mim, dobrando o tamanho, por não saber o real motivo disso.Sei que não posso pressiona-lo com isso, ele não funciona dessa forma, na hora que se sentir à vontade ele vai falar.Ou, não.Acabamos nos atrasando quase 20 minutos, devido a nossa brincadeira no banheiro. Mordo o lábio inferior ao me lembrar do sexo que tivemos a alguns minutos atrás.Ele me pressionou na bancada do banheiro e me fodeu enquanto olhava meu reflexo pelo espelho. Em nenhum momento desviou os olhos dos meus e me forcei a não fazer o mesmo com ele.Seus olhos, por mais profundos que fosse as cores, conseguia enxergar claramente os sentimentos que te
É hoje.E eu só me dei conta quando vi a data no visor do celular.Passei o caminho todo até o restaurante pensando, perdido em lembranças e memórias, como todos os anos, desde que eles morreram.Não havia contado tudo para ela e nem sei se algum dia conseguiria reviver essas lembranças. As únicas pessoas que sabiam de tudo era; o Arthur e meus padrinhos, no caso, pais dele.Não consegui contar para mais ninguém.Não conseguia admitir em voz alta tudo que ocorrerá, por mais que todos dissessem que não era minha culpa. Que não fizera nada de errado.Não havia um único maldito dia em que eu não me culpava por perde-los.E hoje faziam exatos 7 anos desde que os perdi.Ainda doía como um inferno. Todo ano sentia meu coração se despedaçar um pouco mais e a culpa criar cada vez mais raiz dentro de mim.Arthur sabia bem como era essa data para mim e por isso todos os anos, desde que eles morreram a gente sempre saia, na verdade; ele sempre me forçava a sair de casa.Se não fosse por ele, já