Anne
— Acho que o seu doce queimou — digo extremamente ofegante, após ser agraciada pelo melhor orgasmo da minha vida. Não quero me desfazer dos orgasmos anteriores, mas esse... merece um Oscar.
Desperto dos meus devaneios bobos quando escuto o som da sua risada.
— Eu prefiro esse doce bem aqui em cima desse balcão.
— Seu bobo! Pode desligar o fogão antes que ponhamos fogo nesse apartamento inteiro?
— Sim, Senhora! — Ele resmunga com diversão, beija a minha boca e faz o que eu peço. Depois, vai até a dispensa e volta com uma lata na mão.
— Eu não acredito! — resmungo quando ele abre a lata de brigadeiro.
— O que? Você me deixou com vontade, minha querida esposa. — Não seguro uma boa risada. — Fica rindo aí, que eu vou me esbaldando aqui.
— Nada disso, eu també
Anne— Não, você não disse. — Solto o ar pela boca. — Eu posso te contar uma coisa?— Você sabe que sim.— Promete que não vai contar isso para ninguém?— Fala, o que está acontecendo, Anne? — exige. Respiro profundamente e me ponho a falar.— Eu estou grávida, Kim. — A minha declaração soa quase como um lamento, porém, a minha amiga expressa uma alegria explosiva, me abraçando e me beijando. No entanto, ela para a sua comemoração para me avaliar.— Isso é bom, não é? — Respiro fundo outra vez.— Eu... não sei.— Como assim, não sabe?— Eu... estou amando essa sensação de ter um bebê crescendo dentro de mim.— É realmente horrível, não é? Você
LucasO mundo as vezes parece ser injusto, mas injustiça mesmo é você assistir em silêncio o seu pai ser acusado de algo que não fez e a sua família ter que pagar por isso. Edgar Brasão sempre foi um homem bem-sucedido, dotado de grandes posses e dinheiro nunca foi um problema para ele. Entretanto, quando menos se esperava a nossa mansão foi invadida por homens da federal e tudo que tínhamos foi confiscado do dia para noite. O meu pai foi jogado em uma prisão, ode ele se suicidou e a minha mãe foi obrigada a ir morar em um bairro de classe baixa, e ainda trabalhar como empregada nas casas dos figurões.Revoltante, não é?Foi por esse motivo que estudei direito. Eu precisava recuperar o que havia perdido e isso inclui a ruína de Vidal Mazza, o homem responsável pela desgraça da minha família. A princípio tudo parecia fácil dema
Vlad— Vladmir, preciso fazer uma viagem de dois dias para Miami, mas preciso de um advogado lá comigo. O Artêmis está preso em um caso importante e a Bárbara não pode viajar de avião agora. — Athos fala invadindo a minha sala.— Então...— Você e eu seremos imbatíveis nesse processo.— Quantos dias?— Dois.— E para quando é essa viagem?— Para ontem! Quero que vá para casa e que arrume a sua mala. Nos vemos no aeroporto em uma hora.— Fala sério, Athos! — resmungo contrariado.— Você pediu para ser um dos sócios.— Em minha defesa, eu recebi um convite.— Mas você aceitou, não aceitou? — Sorrio.— Babaca!— Você tem uma hora!— Ok, eu vou ligar para Anne para avisá-
VladUm ambiente agradável, uma música suave, as pessoas rondando o grande salão enquanto conversam e bebericam as suas bebidas. No entanto, não consigo relaxar, tão pouco me divertir. Não com tantos marmanjos de olho na minha mulher.— Que cara é essa, Vladmir? — Artêmis questiona. Só então percebo que estou pressionando demasiadamente o copo de vidro entre os meus dedos e isso só porque ela abriu a porra de um sorriso cordial para um homem que está ao seu lado, falando sabe Deus sobre o que. — Desmancha essa cara, Mazza. Até parece que vai fulminar o pobre coitado apenas por olhar para ela. — Ele brinca e eu esvazio o meu copo, pegando outro na bandeja do garçom que passa bem na minha frente.Respiro fundo.— Quando acaba o trabalho dela? — Procuro saber, olhando para o relógio no meu pulso.— Em
Vlad— Eu não sei... eu não... consigo respirar.— Anne? — A chamo quando ela simplesmente apaga e a sua cabeça pende sobre o meu ombro. — Anne, o que foi, querida?! Anne?!Porra, ela não me responde! Imediatamente me levanto da cadeira e a seguro nos meus braços, saindo com pressa no meio dos convidados.— Peça o meu carro, rápido! — ordeno para Athos e ele sai correndo para o lado de fora.— Deixe que eu dirijo. — Ele avisa quando a ponho no banco de trás e na sequência me acomodo do seu lado, atraindo para mim.— Anne, abre os olhos, querida. Fale comigo — peço entrando em desespero. — Por que ela não fala comigo, Athos? Por que ela não abre os olhos?— Já estamos chegando no hospital, Vlad. Tente manter a calma.De repente tudo passa dentro da minha cabeça c
VladA um segundo atrás pensei que o meu coração ia parar de tanta ansiedade de poder está perto dela, mas ao passar pela porta e vê-la tão frágil, e indefesa em cima de uma cama de hospital desabei em lágrimas sentindo-me um nada.Eu não consegui protegê-la. Simplesmente não consegui evitar que os meus inimigos não a tocassem.Respiro fundo, bem fundo mesmo para engolir o meu choro e finalmente me aproximar da cama. Contudo, ao chegar bem perto dela os meus olhos param em cima da sua barriga por um longo tempo e por algum motivo me sinto fraco ao ponto de me ajoelhar bem ali. As lágrimas retornam silenciosas e eu ergo a minha mão para tocá-la.— Me desculpa! — peço sofregamente, sentindo a minha voz embargar miseravelmente. — Me desculpa por não te proteger, meu filho!Deus, é como se a tocasse pela
Vlad— Ocorreu no ano dois mil. Edgar Brasão era o CEO de um dos maiores laboratórios do país e do mundo, dono de uma marca multimilionária e um dos homens mais aclamados pela mídia.— Esse é o pai do Lucas? — inquiro ainda avaliando os documentos.— Isso.— O que aconteceu com ele?— Edgar foi denunciado por seu sócio e melhor amigo Altan Aydin.— Turco? — Ambos meneiam a cabeça em concordância.— Uma investigação foi aberta a partir da denúncia e descobriram que Edgar explorava vidas humanas com seus medicamentos ainda em fase de estudos. As causas e os efeitos eram produzidos diretamente nos moradores de rua. — Athos explica.— Além disso, tinham a negligências nos pagamentos dos impostos e a lavagem de dinheiro. Vidal conseguiu provar cada ato ilícito e Edga
Vlad— Que merda! — Artêmis rosna adentrando a sala e chega perto tentando ajudar de alguma forma. O olho com os meus olhos embaçados de lágrimas.— Faz alguma coisa, Athos? — imploro. Imediatamente ele se livra do seu terno e o estende para Artêmis.— Pressione o local do ferimento com força, Artêmis. Eu vou chamar uma ambulância. — Athos avisa, pegando o celular no bolso.— Vai ficar tudo bem, pai! — digo para acalmá-lo, mas incrivelmente ele sorri de mim para o meu irmão que está ajoelhado do seu lado.— Eu sonhei tanto com esse dia. — Vidal fala enquanto respira com dificuldade. — Sonhei com o dia que os veria trabalhando juntos assim.— Pare de falar, Senhor Vidal. — Artêmis pede com fingido descaso.— Eu amei a sua mãe, sabia? E hoje posso dizer que a amei até o