Quando Clara despertou , já passava das oito horas. A primeira coisa que fez foi ligar para o hospital para saber de seus pais. Ao ver que tudo estava na mesma, ela se levantou e começou a se arrumar. Estava pronta, passou uma maquiagem para disfarçar o rosto inchado de tanto chorar, soltou o cabelo e vestiu um vestido tom de nude com preto rodado bem elegante. Ao chegar na cozinha deu de cara com Sabrina. -Bom dia moça? Está melhor? -Oi Clara, me desculpa por ontem. Minha cabeça dói muito.-Sabrina aparentava ter sido surrada, estava descabelada e exalava um forte cheiro de álcool.-Cadê a mamãe e o papai? Cheguei e até agora não os vi.-A mamãe e o papai estão internados no hospital Central Sede desde ontem. Nossa mãe está com um diagnóstico seríssimo e se não tratar ela pode morrer. E o nosso pai passou mal , por sua culpa, -Clara deu ênfase na palavra culpa. - Ele estava preocupado e aflito e você na gandaia bebendo. Eu vim para descansar só hoje, pois como a minha querida irmã
-Não Claro que não.. - Clara negou ao mesmo tempo com a cabeça. -E então? -Então é que não era isso que eu sonhava para a minha vida. -Eu também não sonhava que minha empresa iria enfrentar essa crise tão grave e aqui estamos nós, temos razões diferentes porém objetivos iguais e a prioridade agora seria resolvermos nossos problemas. - Alberto se sentia impotente. Qualquer outra mulher daria pulos de alegria com o seu pedido de casamento. Mas Clara, esta mulher parada a sua frente relutava e arrumava desculpas para não fazê-lo. Clara permaneceu calada. Alberto vendo que ela não tinha nenhuma intenção de pronunciar o simples "sim” e seguia relutante em aceitar, ele deu um ultimato. -Muito bem senhorita Clara Mendez, me dê a sua mão em casamento e hoje mesmo o dinheiro estará disponível para você. Caso contrário não haverá acordo nenhum. Clara hesitou por alguns segundos. Isso é uma chantagem audaciosa. No final, sem opções ela acabou concordando. -Sim, tudo bem, eu aceito ser
Assim que Clara entrou no quarto os olhos de Barbara se encheram de lágrimas. Seu pai que estava sentado ao lado dela se levantou para observar o homem diferente que entrou também. -Filha… -Oii mamãe .. não faça esforço - Clara a impediu de tentar se levantar - Como você está? Está se sentindo bem? -Oh minha filha, estou melhor agora com a minha família pertinho de mim, só faltava você. - Barbara parou de falar e fitou o bonito rapaz atrás de Clara. Clara percebeu que eles o olhavam intrigados. -Papai e mamãe esse é o Alberto. Ele é meu… Clara mal conseguiu falar e Alberto a interrompeu rapidamente estendendo as mãos para Arthur. -Olá Sr e Sra Méndez, sou Alberto Aranttes o namorado de sua filha Clara. Eles ficaram boquiabertos se entreolhando. -Filha , o que significa isso? Porque nunca nos disse nada? - Arthur olhava para Clara com uma expressão interrogativa. -Papai eu estava esperando o momento adequado, as coisas foram acontecendo naturalmente, porém com o acú
Clara tinha sido pega de surpresa. Ninguém falou que ela teria que viajar e com ele, seu noivo. -Bahamas, é o nosso paraíso fiscal escolhido, você vai comigo. -Só nós dois? .-Clara começou a corar. -É. - Alberto logo tratou de explicar -Mas calma você vai gostar de lá, não precisa ter medo.- Ele fez uma pausa e colocou as duas mãos em seu bolso.-Olha Clara, eu preciso resolver isso rápido, os Cortesi estão me pressionando, você me entende? -Sim , claro senhor… - ela se corrigiu - digo Alberto. -Ja conversei com o Fernando e ele já está providenciando tudo! … e você tem passaporte? -Tenho sim. -Ótimo , melhor ainda . Quando voltarmos dessa viagem, aí já será o nosso casamento. Tudo estava acontecendo muito rápido e uma onda de adrenalina aumentava no interior de Clara. Por um momento ela se sentiu lisonjeada por está casando com um bom partido, atraente e que ainda fora totalmente atencioso com a sua família. Mas depois uma angústia a invadiu. “Pena que tudo iss
No dia seguinte a família Méndez estava em clima de comemoração.Dona Barbara receberia alta do hospital.Clara estava com um sorriso de orelha a orelha.Ao chegarem e se acomodarem em casa , ouviram o barulho da campainha e Clara foi atender. -Ah oi?! É você?- O sorriso de Clara se desfez no momento em que viu Alberto parado ali na frente dela, e seu coração acelerou. - O que faz aqui?-Como o que faço aqui? - Alberto deu de ombros já entrando e avistando todos sentados no sofá. - Vim ver a minha amada noiva e ver como está a minha querida sogra.-Bom Dia? Espero não estar interrompendo! Mas eu só passei aqui para ver de perto como a senhora estava.- Alberto olhou sorridente para Bárbara. Todos esboçaram um enorme sorriso quando avistaram Alberto, que foi recíproco também.-Oh! Meu filho venha cá. Eu estou melhor agora que você chegou.Barbara falava enquanto passava a mão nos cabelos com o intuito de arrumá-los para transparecer uma fisionomia melhor diante de Alberto.Enquanto Al
A postura de Alberto fez com que ganhasse a simpatia de seus futuros sogros. Ele emitia uma imagem cuidadora, protetora, provedora e emanava muita segurança e isso influenciou para que a mentira soasse convincente. Ele planejava dar a notícia do casamento assim que voltasse.Primeiro ele queria resolver a questão da abertura de uma nova firma em nome de Clara.-Eu sei que minha filha estará em boas mãos. - Sr Arthur concordou, mal sabendo que estava entregando o cordeiro para o lobo.-O senhor pode confiar em mim, eu amo a sua filha e jamais permitiria que qualquer coisa a acontecesse. Será uma viagem rápida, em três dias estaremos retornando.Clara trazia o café que preparava enquanto os outros conversavam na sala.-Aqui está um cafezinho pronto na hora.- Clara se aproximou com a bandeja servindo Alberto primero e logo em seguida seus pais.-Seu café está delicioso. - Alberto elogiou olhando para Clara com um olhar sedutor, que fez com que ela se arrepiasse toda. -Que isso meu amor
O vôo durara treze horas e às três da manhã Clara e Alberto já pisavam em solo Bahamense. A viagem foi tranquila, tiveram algumas conexões como normalmente ocorrem. Clara tinha ajustado a poltrona para dormir enquanto Alberto lia e relia papeis e mais papeis, checando um monte de documentos. Ao saírem do aeroporto um carro os aguardava para levá-los ao hotel. Na recepção do hotel Clara ficou sabendo que Alberto só havia reservado um enorme quarto duplo de casal. A conversa com Samanta veio em sua mente. “Samanta tinha razão.” Pensou ela. -Mas onde eu vou dormir?-Clara perguntou desconfortável. -Comigo.- A resposta de Alberto soava ambigua. -Como assim? Não foi isso que você prometeu.- -Calma, lá tem duas alas, duas camas e dois banheiros, se você está preocupada por isso, não precisa, vamos subir que eu vou te mostrar.- Ao ouvir isso Cara ficou mais tranquila. Seguiram o funcionário que levava as malas. Ao entrar na suite, Clara se deu conta que Alberto falava a verdade. Era
-Hi, good morning mr.Aranttes!(Oi, bom dia Sr Aranttes!.)-Hi Justin, this is Clara Méndez. She is the one who is going to open a firm.(Oi Justin, está é a Clara Méndez. É ela quem vai abrir uma empresa.)-Vem Clara vamos entrar, é ele quem vai começar os trâmites da abertura da sua empresa.Clara e Alberto sabiam falar o inglês e praticamente ficaram boa parte do dia conversando com Justin.Tiraram dúvidas e assinaram acordos. Tax havens preserve the secrecy of all banking operations, data on partners and owners, in addition to having various tax benefits. In this case, businesspeople who want to improve the economic results of their companies and exclude tax expenses, look for these countries, as they offer these conditions. Therefore, when a businessman opens an offshore company, he attracts more profits, business expansion and obtains a lower tax burden. (Os paraísos fiscais preservam o sigilo de todas as operações bancárias, dados dos sócios e proprietários, além de possuíre