-De quê?- Samanta quase se engasgou com a própria saliva.. -O tratamento custa quatrocentos mil reais e não sei de onde vou levantar todo esse dinheiro. -Meu Deus… - Samanta não tinha palavras para confortar a amiga. -Sami eu vou desligar, depois eu te ligo, eu ainda estou tentando localizar Bina, ela ainda não sabe, preciso dar a notícia. -Sim , claro eu entendo… Clarinha saiba que em que eu puder ajudar você pode contar comigo, tudo bem? -Tudo bem. -Isso é só uma fase, vocês vão superar isso é sua mãe se curará.- Samanta confortava a amiga, pois a entendia perfeitamente bem. Ora ela também perdeu a sua mãe, e sabia o que era a falta de uma mãe. Assim que Samanta desligou, Fernando surgiu surpreendentemente por trás dela e perguntou -Falava com Clara? -Sim senhor. - Samanta se recuperava do susto e respondia ao mesmo tempo. -E aí? Tem notícias? Ela disse alguma coisa? -Más notícias senhor. - Samanta abaixou a cabeça. E o telefone da recepção tocou. - Com licença Sr. Fern
Quando Clara se deu conta o dia já amanhecia. Estava sentada em uma poltrona quebrada e assim que mexeu sentiu uma dor bem forte na coluna.Sentia como se tivesse sido espancada.Ao se levantar notou que o seu pai ainda dormia.Pegou o seu telefone para ver que horas eram e percebeu que estava desligado.Sem carga. Droga. Tentou arrumar um carregador emprestado para o seu telefone e conseguiu um que carregava lentamente. Depois de alguns minutos ela conseguiu ligar o celular, que não parava de tocar e vibrar com tantas notificações. Ela abaixou o volume do telefone e aguardou alguns momentos até acabar as notificações. -Dezesseis chamadas perdidas !!! Vamos ver , vamos ver , só a Samanta me ligou nove vezes -Clara não pode evitar de sorrir. - Fernando me ligou uma. Quando ela viu que tinha duas chamadas de Alberto pensou. “Crápula, como tem coragem de me ligar?” Depois ela percebeu que tinha quatro ligações de Sabrina. “Ah muito bem mocinha, vamos ver agora onde é
Quando Clara despertou , já passava das oito horas. A primeira coisa que fez foi ligar para o hospital para saber de seus pais. Ao ver que tudo estava na mesma, ela se levantou e começou a se arrumar. Estava pronta, passou uma maquiagem para disfarçar o rosto inchado de tanto chorar, soltou o cabelo e vestiu um vestido tom de nude com preto rodado bem elegante. Ao chegar na cozinha deu de cara com Sabrina. -Bom dia moça? Está melhor? -Oi Clara, me desculpa por ontem. Minha cabeça dói muito.-Sabrina aparentava ter sido surrada, estava descabelada e exalava um forte cheiro de álcool.-Cadê a mamãe e o papai? Cheguei e até agora não os vi. -A mamãe e o papai estão internados no hospital Central Sede desde ontem. Nossa mãe está com um diagnóstico seríssimo e se não tratar ela pode morrer. E o nosso pai passou mal , por sua culpa, -Clara deu ênfase na palavra culpa. - Ele estava preocupado e aflito e você na gandaia bebendo. Eu vim para descansar só hoje, pois como a minha queri
-Não Claro que não.. - Clara negou ao mesmo tempo com a cabeça. -E então? -Então é que não era isso que eu sonhava para a minha vida. -Eu também não sonhava que minha empresa iria enfrentar essa crise tão grave e aqui estamos nós, temos razões diferentes porém objetivos iguais e a prioridade agora seria resolvermos nossos problemas. - Alberto se sentia impotente. Qualquer outra mulher daria pulos de alegria com o seu pedido de casamento. Mas Clara, esta mulher parada a sua frente relutava e arrumava desculpas para não fazê-lo. Clara permaneceu calada. Alberto vendo que ela não tinha nenhuma intenção de pronunciar o simples "sim” e seguia relutante em aceitar, ele deu um ultimato. -Muito bem senhorita Clara Mendez, me dê a sua mão em casamento e hoje mesmo o dinheiro estará disponível para você. Caso contrário não haverá acordo nenhum. Clara hesitou por alguns segundos. Isso é uma chantagem audaciosa. No final, sem opções ela acabou concordando. -Sim, tudo bem, eu aceito ser
Assim que Clara entrou no quarto os olhos de Barbara se encheram de lágrimas. Seu pai que estava sentado ao lado dela se levantou para observar o homem diferente que entrou também. -Filha… -Oii mamãe .. não faça esforço - Clara a impediu de tentar se levantar - Como você está? Está se sentindo bem? -Oh minha filha, estou melhor agora com a minha família pertinho de mim, só faltava você. - Barbara parou de falar e fitou o bonito rapaz atrás de Clara. Clara percebeu que eles o olhavam intrigados. -Papai e mamãe esse é o Alberto. Ele é meu… Clara mal conseguiu falar e Alberto a interrompeu rapidamente estendendo as mãos para Arthur. -Olá Sr e Sra Méndez, sou Alberto Aranttes o namorado de sua filha Clara. Eles ficaram boquiabertos se entreolhando. -Filha , o que significa isso? Porque nunca nos disse nada? - Arthur olhava para Clara com uma expressão interrogativa. -Papai eu estava esperando o momento adequado, as coisas foram acontecendo naturalmente, porém com o acú
Clara tinha sido pega de surpresa. Ninguém falou que ela teria que viajar e com ele, seu noivo. -Bahamas, é o nosso paraíso fiscal escolhido, você vai comigo. -Só nós dois? .-Clara começou a corar. -É. - Alberto logo tratou de explicar -Mas calma você vai gostar de lá, não precisa ter medo.- Ele fez uma pausa e colocou as duas mãos em seus bolsos. -Olha Clara, eu preciso resolver isso rápido, os Cortesi estão me pressionando, você me entende? -Sim , claro senhor… - ela se corrigiu - digo Alberto. -Ja conversei com o Fernando e ele já está providenciando tudo! … e você tem passaporte? -Tenho sim. -Ótimo , melhor ainda . Poupa o nosso tempo. Quando voltarmos dessa viagem, aí já será o nosso casamento. Tudo estava acontecendo muito rápido e Clara sentia uma onda de adrenalina aumentava no interior dela. Por um momento ela se sentiu lisonjeada por está casando com um bom partido, atraente e que ainda fora totalmente atencioso com a sua família. Mas depois uma angústia
No dia seguinte a família Méndez estava em clima de comemoração. Dona Barbara receberia alta do hospital. Clara estava com um sorriso de orelha a orelha. Ao chegarem e se acomodarem em casa , ouviram o barulho da campainha e Clara foi atender. -Ah oi?! É você?- O sorriso de Clara se desfez no momento em que viu Alberto parado ali na frente dela, e seu coração acelerou. - O que faz aqui? -Como o que faço aqui? - Alberto deu de ombros já entrando e avistando todos reunidos na salda e sentados no sofá. - Vim ver a minha amada noiva e ver como está a minha querida sogra. - se dirigiu até eles. -Bom Dia? Espero não estar interrompendo! Mas eu só passei aqui para ver de perto como a senhora estava.- Alberto olhou sorridente para Bárbara se aproximando dela e tomando as suas mãos. Todos esboçaram um enorme sorriso quando avistaram Alberto, que foi recíproco também. -Oh! Meu filho venha cá. Você não está interrompendo nada, sinta-se em sua casa, por favor. E eu estou melhor agora qu
A postura de Alberto fez com que ganhasse a simpatia e confiança de seus futuros sogros. Ele emitia uma imagem cuidadora, protetora, provedora e emanava muita segurança e isso influenciou para que a mentira soasse convincente. Ele planejava dar a notícia do casamento assim que voltasse. Primeiro ele queria resolver a questão da abertura de uma nova firma em nome de Clara. -Eu sei que minha filha estará em boas mãos. - Sr Arthur concordou, mal sabendo que estava entregando o cordeiro para o lobo. -O senhor pode confiar em mim, eu amo a sua filha e jamais permitiria que qualquer coisa a acontecesse. Será uma viagem rápida, em três dias estaremos retornando. Clara trazia o café que preparava enquanto os outros conversavam na sala. -Aqui está um cafezinho pronto na hora.- Clara se aproximou com a bandeja servindo Alberto primero e logo em seguida seus pais. -Seu café está delicioso. - Alberto elogiou olhando para Clara com um olhar sedutor, lambendo os lábios. Essa ação fez com que