Mesmo ficando até tarde juntos, Renato sentia falta dela e se acostumou a bater na porta de seu quarto e chamá-la para ver o nascer do sol. Ela não reclamava, embora estivesse sonolenta. Era o amor chamando o amor. Tudo o que sempre quis. Ele achava graça nos pijamas da garota, com motivos de frutas ou legumes e comentou com ela. Uns eram de melancia, outros de abacate ou laranja. As pequenas estampas coloridas o surpreendiam e ele olhava para ela intrigado.
— Minha mãe que comprou, acho que ela tem uma preferência por frutas — ela explicava divertida.
A partir daí foram só correrias. A cerimônia de casamento foi linda. Dona Cida, de tão feliz, só chorava. O buquê, a Lu nem jogou, entregou direto nas mãos da Marina, que seria de fato, a próxima a se casar, pois tinha marcado com Olavo para dali a seis meses. E neste instante, Luciana corria pelos corredores do aeroporto. Ia pegar um voo para Fernando de Noronha, para sua lua de mel. A. C. Mabrano escreve romances para os românticos, poemas para os poéticos e canções para todos. Gosta de pessoas. Gosta do sol, da lua e de estrelinhas brilhantes. Do mar, montanhas, animaizinhos...Autora e dedicatória
Luciana corria pelo longo corredor do aeroporto. Puxando sua mão e rindo, um homem moreno, com sorriso travesso e olhar apaixonado. Não queriam perder o voo, então se apressavam muito. Mas de repente ele parava para que ela recuperasse o fôlego. E beijava seus lábios, o que só servia para que ficasse mais ofegante ainda.— Luciana, você vai chegar atrasada.— Eu sei, mãe, estou correndo... Luciana tinha tudo planejado. Ia aproveitar cada minuto de seu tempo para estar mais preparada para a viagem ao Pantanal. Era a realização de um sonho, não ia desperdiçar.Muita gente, até mesmo trabalhando na área de turismo, passava a vida toda atrás de uma escrivaninha, lidando com reservas, documentos, reclamações. Poucos tinham oportunidade de viajar para um destino de sonho, como este.Achou que o melhor para estar em boa forma, como o Helinho tinha sugeriCapítulo 2
Luciana entrou apressada na academia. Estivera estudando a lista de passageiros inscritos para a viagem ao Pantanal e o tempo voara.Era um grupo de trinta pessoas e Luciana tinha que tomar as providências para solicitações especiais. Dois casais, por exemplo, viajavam com os filhos. Ela ia levar alguns lápis de cor e livrinhos de colorir, para distraí-los na longa viagem rodoviária. Como estavam programadas paradas longas, em restaurantes de estrada, valia a pena levar também jogos como dominó e damas. Embora as crianças tivessem seus próprios entretenimentos, como jogos no celular, sempre havia a chance de
Luciana mudou seu procedimento na academia. Não procurava mais oportunidades de estar perto do Renato. Passou mesmo a evita-lo. Concentrou-se em si e nas suas metas. Marina ficara furiosa e queria ir xingar todo mundo na academia. Mas Luciana não deixou. Afinal, aquele grupo de tiradores de sarro nem a conhecia. Ela agora notava que eles também implicavam com outras pessoas. Tudo para dar risada à toa. Perdera o interesse totalmente, por eles e pelo Renato, que afinal, era do grupo.Marina agora tinha ódio dele, queria que Luciana deixasse a academia. Mas ela tinha feito o pacote de plano semestral e não ia jogar dinheiro no lixo. Quan
E enfim chega o dia da viagem. O grupo interage desde o início. Surgem novas amizades que poderão durar pelo resto de suas vidas. As pessoas trocam informações e expectativas. O casal André e Marta estava indo ao Pantanal pela terceira vez. Contagiavam a todos com suas histórias maravilhosas de contatos com os povos ribeirinhos daquela região. Já o Jorge era pescador profissional; enquanto os outros iam fazer passeios turísticos diversos, ele tinha alugado um barco com guia local e ia se dedicar à sua paixão, a pesca.Luciana foi conhecendo cada uma destas pessoas e se sentindo próxima a eles.
Já estavam há doze dias na excursão. Durante o dia exploravam trilhas longas em meio a uma vegetação exuberante. As árvores tinham tantos pássaros, que parecia a Luciana que elas mesmas é que cantavam. Chegavam a grutas misteriosas e refrescantes, onde descansavam na sombra e usufruíam de fontes naturais de água mineral. Além disso, visitavam baías, salinas, lagoas e cordilheiras que compõe um mundo único em sons, formas e cores, no coração pulsante do Brasil. A localização do Pantanal no território do Brasil, é de fato bem central, como se a natureza facilitasse uma visita a esse paraíso natural, às pessoas das outas regiões do país.