Ela não respondeu, só me olhou, não gostei de ver a desconfiança e o medo nos seus olhos, ela também está ainda mais magra do que eu achei quando a olhei de longe. — Você é muito cara de pau! — Marina diz, colocando-se entre nós. — Então, vamos conversar aqui, ou você prefere evitar uma cena e ir conversar em outro lugar? — falei em tom de ameaça. Eu sei que se não for assim ela não vai aceitar. — Jules, você não precisa ir com ele. Nós não temos medo de escândalo, se quiser pode fazer sua cena à vontade! — outra vez é a Marina quem fala, a Jules continua calada e só suspira, mostrando cansaço. — Tem certeza disso, Jules? — Perguntei, aproximando-me dela, que se afasta. — Eu recebi a visita do seu advogado, não quer mesmo falar comigo? — mais uma vez falei com um tom ameaçador. Ela me encara com tristeza. — Tudo bem, Marina. Eu vou falar com ele. — Jules, não seja idiota! Ele quer ameaçar você, não está vendo?! Olha aqui seu…— O que está acontecendo aqui? — O Léo apareceu na po
JULES MONTEZ— Não… — tento ser firme, mas minha voz sai arrastada. Eu não posso fazer isso. Não posso deixar isso acontecer ou vai ser mais difícil, ou para ser sincera, já é impossível esquecer isso, esse sentimento. Mas com ele aqui, falando desse jeito.— Jules, olha só pra você — sua mão, que acabou de largar o copo, segura firme minha cintura — você está sentindo minha falta também. Não precisa fingir que não — diz confiante. — Nós vamos nos divorciar, Samuel, eu não vou continuar com isso…— murmurei fracamente, fazendo-o sorrir. — Tem certeza que é isso mesmo que você quer, Jules? — S-sim… — sussurrei lenta quando ele beijou meu pescoço. Como eu sou fraca, não consigo nem mesmo falar com firmeza das decisões que tomei quando ele está perto, quando ele me toca. — Foi um erro eu ter vindo aqui! — Digo, agora mais firme, enquanto tento empurrá-lo. Ele se afasta, mas sem tirar suas mãos de mim. — Um erro? Por quê? — Sorri novamente daquele jeito que eu odeio, ele sabe como m
Ele faz mais alguns movimentos fortes e depois sai de dentro de mim, fazendo-me soltar um gemido decepcionado. — Você fica linda assim, sabia— diz, acariciando meu rosto com a ponta dos dedos, que ele em seguida, desce fazendo um caminho lento pelo meu pescoço e seios… — é linda essa carinha implorando por um orgasmo— aproxima sua boca da minha— e eu vou te dar, Jules, quantos você quiser. Sinto minha virilha pulsar quando ele fala com a voz rouca e depois me beija forte. Tento segurar seus ombros, mas ele me impede, prendendo minhas mãos.— Você não tem noção do quanto eu senti sua falta, Jules — beija meu pescoço e vai descendo com a língua na minha pele— senti falta falta do seu cheiro, do seu gosto— beija minha barriga e segue até virilha, morde a pele por cima da calcinha e eu sinto como se uma corrente elétrica estivesse percorrendo meu corpo. Ele levanta o rosto, encarando-me e fala rouco— vamos na cama, eu quero sentir você inteira.Não posso negar que eu estou me sentindo m
SAMUEL ADAMS Eu olho a mulher na minha frente, me acusando de querer comprá-la e minha vontade é fazê-la engolir suas palavras. Que porra! A empresa não é dela, como eu posso querer comprá-la com algo que já é dela?! — A empresa é sua! Como eu vou usar algo seu para te comprar? — Digo entredentes e ela ri. — Você é muito cínico! Você me enxotou de lá, me colocou pra fora e deu a presidência para sua amante e agora diz que é minha e quer que eu volte? — Ri irônica— como você espera que eu responda isso? Que eu te abrace e agradeça por sua bondade? Samuel, eu não quero mais voltar. Eu quero o divórcio! Tudo bem, ela não vai facilitar as coisas. Eu respiro fundo e sorrio de volta, mas é de nervoso. Essa mulher acha mesmo que se fazer de difícil e desapegada vai mudar alguma coisa? Não vai mesmo. — Jules, eu não vou dar o divórcio. Eu não quero e não vou. Desista. — Afirmo, com meu rosto a centímetros do seu.— Por quê?— Porque eu não quero. — Não quer, só isso? — Questiona, irrita
— Anda, fala logo e para com esse suspense! — Exigi, preocupado.— Segundo as informações que tivemos, o Marcos Montreal, ou Marcos Montez, morreu há três anos, certo? — Balancei a cabeça, confirmando e ele continuou: — Mas segundo a investigação que eu fiz esses últimos dias essa informação não é correta não. — Como assim? Você não está querendo dizer que ele… — Exatamente! — Diz, interrompendo minhas últimas palavras. — Mas isso é impossível. Segundo as investigações, ele morreu no acidente. Como ele está vivo? Como você chegou a essa conclusão?— Perguntei, com um misto de surpresa e descrença. — Você me mandou investigar a Famat e limpar o nome da Jules dos contratos, pois bem, eu fiz isso. Enquanto estava investigando, eu descobri algumas informações que não estavam batendo. — Como assim? Vá direto ao ponto, Daniel! — Digo, ansioso. Não estou conseguindo assimilar essa informação. O Marcos Montreal, vivo? Isso não pode ser. — Calma aí, nervosinho! Eu estou contando as minhas
— Eu não tenho nada para falar com você! — Ela responde, irritada, e, pelo tom alterado, está pronta para desligar, mas eu sou mais rápido. — Tem certeza? É sobre o seu marido e umas descobertas que fiz — falei rápido, impedindo-a. — Janete, eu sei que você não gosta de mim e pode ter seus motivos para isso, mas eu realmente preciso falar com você. Ouço seu suspiro pesado. Ela não responde por um bom tempo, mas só de estar pensando já é um bom sinal. — Sobre o que é? Você por acaso descobriu algum podre do Marcos e está pensando em usar isso para ameaçar a Jules? — Pergunta sarcástica. É, toda aquela simpatia que ela tem por mim, aparentemente já não existe mais. — Não, eu não estou querendo usar nada para ameaçar a Jules, os problemas que eu tinha com ela não existem mais. — Mesmo? Então agora você gosta dela? — Fala irônica. — Janete, eu estou falando sério. Além do mais, você pode ter ficado com raiva e tudo mais, mas sua filha foi quem começou isso tudo, não eu e muito menos
— Pronto, já terminamos o nosso jantar, podemos começar logo o que viemos fazer aqui? — Diz, depois de terminar o prato principal. Eu já terminei faz um tempo. Depois que os garçons limpam nossa mesa, eu pego o notebook na minha bolsa e também os arquivos que trouxe. — Janete, antes de começar, eu quero pedir que esteja preparada — aviso e ela me olha com preocupação. Acho que ela não era assim tão inocente, deve saber que o marido não era muito correto. — O que você descobriu é assim tão grave? — Questiona olhando os arquivos na minha mão. — Sim, é bastante grave. — faço uma pausa enquanto arrumo os papéis na mesa e ela se ajeita na cadeira demonstrando ansiedade— Bom, vamos começar do começo. Quando eu decidi tirar a Jules da presidência, eu investiguei todos os investimentos, contratos assinados e todas as contas, a minha intenção era comprar as dívidas e assim tomar o controle pagando os processos e foi isso que eu fiz inicialmente.— Você é muito calculista! — Fala entredent
— Você não sabe mesmo qual é o meu objetivo? — Perguntei e ela negou com a cabeça. — Sinceramente, eu não faço ideia. Eu acho que se sua intenção fosse prejudicar minha filha para continuar com sua vingança, você teria ido direto pra ela, com essas informações, certo? Apesar do seu semblante estar acabado, essas descobertas realmente fizeram um estrago nela, mas ainda assim, sua voz está firme agora. Eu balanço minha cabeça concordando e ela ergue a sobrancelha. — Então desembucha, o que você quer com isso? E por quê vir falar comigo? — Para a primeira pergunta, a minha resposta é que eu quero proteger a Jules— assim que ouve minhas palavras ela ri sarcástica—, você pode não acreditar, mas é exatamente esse o meu objetivo, o que nos leva à resposta da sua segunda pergunta. Janete, você sabe e já me contou que a Jules guarda até hoje as cicatrizes por ter brigado com o pai e ele ter morrido— faço aspas com os dedos— sem falar com ela, então você pode imaginar que esse homem está vi