— A Jules está procurando um emprego? — Encaro-o e o desgraçado ri da minha cara, que deve ser a expressão mais horrível possível. Eu não acredito que a Jules procurou um emprego, o que ela acha que é?— Você deveria ver a sua cara agora — continua rindo — A resposta é sim, a Jules está procurando um emprego e já encontrou, eu acho.— Você está curtindo com a minha cara, não é? — Não, eu estou falando sério — pegou o telefone e me mostrou a tela — olha, esse é o currículo dela. — Como você conseguiu isso? — Questionei, tirando o telefone dele. Eu olho e mesmo assim não acredito, a Jules está mesmo procurando um emprego? E de secretária? — Você me disse para ficar de olho nas ações dela e eu estou. Coloquei uma pessoa para me passar as informações.— Que pessoa? — Um dos seguranças que trabalha na casa dela e ele disse que a Jules já recebeu uma resposta, na verdade ela acabou de receber, por isso estou aqui.— Resposta de quem, qual empresa? — Perguntei, um pouco ansioso demais.
Ela não respondeu, só me olhou, não gostei de ver a desconfiança e o medo nos seus olhos, ela também está ainda mais magra do que eu achei quando a olhei de longe. — Você é muito cara de pau! — Marina diz, colocando-se entre nós. — Então, vamos conversar aqui, ou você prefere evitar uma cena e ir conversar em outro lugar? — falei em tom de ameaça. Eu sei que se não for assim ela não vai aceitar. — Jules, você não precisa ir com ele. Nós não temos medo de escândalo, se quiser pode fazer sua cena à vontade! — outra vez é a Marina quem fala, a Jules continua calada e só suspira, mostrando cansaço. — Tem certeza disso, Jules? — Perguntei, aproximando-me dela, que se afasta. — Eu recebi a visita do seu advogado, não quer mesmo falar comigo? — mais uma vez falei com um tom ameaçador. Ela me encara com tristeza. — Tudo bem, Marina. Eu vou falar com ele. — Jules, não seja idiota! Ele quer ameaçar você, não está vendo?! Olha aqui seu…— O que está acontecendo aqui? — O Léo apareceu na po
JULES MONTEZ— Não… — tento ser firme, mas minha voz sai arrastada. Eu não posso fazer isso. Não posso deixar isso acontecer ou vai ser mais difícil, ou para ser sincera, já é impossível esquecer isso, esse sentimento. Mas com ele aqui, falando desse jeito.— Jules, olha só pra você — sua mão, que acabou de largar o copo, segura firme minha cintura — você está sentindo minha falta também. Não precisa fingir que não — diz confiante. — Nós vamos nos divorciar, Samuel, eu não vou continuar com isso…— murmurei fracamente, fazendo-o sorrir. — Tem certeza que é isso mesmo que você quer, Jules? — S-sim… — sussurrei lenta quando ele beijou meu pescoço. Como eu sou fraca, não consigo nem mesmo falar com firmeza das decisões que tomei quando ele está perto, quando ele me toca. — Foi um erro eu ter vindo aqui! — Digo, agora mais firme, enquanto tento empurrá-lo. Ele se afasta, mas sem tirar suas mãos de mim. — Um erro? Por quê? — Sorri novamente daquele jeito que eu odeio, ele sabe como m
Ele faz mais alguns movimentos fortes e depois sai de dentro de mim, fazendo-me soltar um gemido decepcionado. — Você fica linda assim, sabia— diz, acariciando meu rosto com a ponta dos dedos, que ele em seguida, desce fazendo um caminho lento pelo meu pescoço e seios… — é linda essa carinha implorando por um orgasmo— aproxima sua boca da minha— e eu vou te dar, Jules, quantos você quiser. Sinto minha virilha pulsar quando ele fala com a voz rouca e depois me beija forte. Tento segurar seus ombros, mas ele me impede, prendendo minhas mãos.— Você não tem noção do quanto eu senti sua falta, Jules — beija meu pescoço e vai descendo com a língua na minha pele— senti falta falta do seu cheiro, do seu gosto— beija minha barriga e segue até virilha, morde a pele por cima da calcinha e eu sinto como se uma corrente elétrica estivesse percorrendo meu corpo. Ele levanta o rosto, encarando-me e fala rouco— vamos na cama, eu quero sentir você inteira.Não posso negar que eu estou me sentindo m
SAMUEL ADAMS Eu olho a mulher na minha frente, me acusando de querer comprá-la e minha vontade é fazê-la engolir suas palavras. Que porra! A empresa não é dela, como eu posso querer comprá-la com algo que já é dela?! — A empresa é sua! Como eu vou usar algo seu para te comprar? — Digo entredentes e ela ri. — Você é muito cínico! Você me enxotou de lá, me colocou pra fora e deu a presidência para sua amante e agora diz que é minha e quer que eu volte? — Ri irônica— como você espera que eu responda isso? Que eu te abrace e agradeça por sua bondade? Samuel, eu não quero mais voltar. Eu quero o divórcio! Tudo bem, ela não vai facilitar as coisas. Eu respiro fundo e sorrio de volta, mas é de nervoso. Essa mulher acha mesmo que se fazer de difícil e desapegada vai mudar alguma coisa? Não vai mesmo. — Jules, eu não vou dar o divórcio. Eu não quero e não vou. Desista. — Afirmo, com meu rosto a centímetros do seu.— Por quê?— Porque eu não quero. — Não quer, só isso? — Questiona, irrita
— Anda, fala logo e para com esse suspense! — Exigi, preocupado.— Segundo as informações que tivemos, o Marcos Montreal, ou Marcos Montez, morreu há três anos, certo? — Balancei a cabeça, confirmando e ele continuou: — Mas segundo a investigação que eu fiz esses últimos dias essa informação não é correta não. — Como assim? Você não está querendo dizer que ele… — Exatamente! — Diz, interrompendo minhas últimas palavras. — Mas isso é impossível. Segundo as investigações, ele morreu no acidente. Como ele está vivo? Como você chegou a essa conclusão?— Perguntei, com um misto de surpresa e descrença. — Você me mandou investigar a Famat e limpar o nome da Jules dos contratos, pois bem, eu fiz isso. Enquanto estava investigando, eu descobri algumas informações que não estavam batendo. — Como assim? Vá direto ao ponto, Daniel! — Digo, ansioso. Não estou conseguindo assimilar essa informação. O Marcos Montreal, vivo? Isso não pode ser. — Calma aí, nervosinho! Eu estou contando as minhas
— Eu não tenho nada para falar com você! — Ela responde, irritada, e, pelo tom alterado, está pronta para desligar, mas eu sou mais rápido. — Tem certeza? É sobre o seu marido e umas descobertas que fiz — falei rápido, impedindo-a. — Janete, eu sei que você não gosta de mim e pode ter seus motivos para isso, mas eu realmente preciso falar com você. Ouço seu suspiro pesado. Ela não responde por um bom tempo, mas só de estar pensando já é um bom sinal. — Sobre o que é? Você por acaso descobriu algum podre do Marcos e está pensando em usar isso para ameaçar a Jules? — Pergunta sarcástica. É, toda aquela simpatia que ela tem por mim, aparentemente já não existe mais. — Não, eu não estou querendo usar nada para ameaçar a Jules, os problemas que eu tinha com ela não existem mais. — Mesmo? Então agora você gosta dela? — Fala irônica. — Janete, eu estou falando sério. Além do mais, você pode ter ficado com raiva e tudo mais, mas sua filha foi quem começou isso tudo, não eu e muito menos
— Pronto, já terminamos o nosso jantar, podemos começar logo o que viemos fazer aqui? — Diz, depois de terminar o prato principal. Eu já terminei faz um tempo. Depois que os garçons limpam nossa mesa, eu pego o notebook na minha bolsa e também os arquivos que trouxe. — Janete, antes de começar, eu quero pedir que esteja preparada — aviso e ela me olha com preocupação. Acho que ela não era assim tão inocente, deve saber que o marido não era muito correto. — O que você descobriu é assim tão grave? — Questiona olhando os arquivos na minha mão. — Sim, é bastante grave. — faço uma pausa enquanto arrumo os papéis na mesa e ela se ajeita na cadeira demonstrando ansiedade— Bom, vamos começar do começo. Quando eu decidi tirar a Jules da presidência, eu investiguei todos os investimentos, contratos assinados e todas as contas, a minha intenção era comprar as dívidas e assim tomar o controle pagando os processos e foi isso que eu fiz inicialmente.— Você é muito calculista! — Fala entredent