Capítulo 11 - Veneno
Fabiana Medeiros

Está bem, não vou mais negar... Marcos e eu nos tornamos amigos. A leitura nos aproximou. Desde a primeira vez que lemos a luz do celular que todas as noites nos encontramos para ler um pouco mais.

Ou talvez não sejamos amigos... Estou confusa com meus sentimentos por ele.

Não conversamos sobre coisas pessoais, apenas livros e coisas da fazenda e da escola.

Eu não me abro com ele sobre minha vida pessoal e nem ele se abre. Inclusive tenho uma curiosidade que estou sem jeito de perguntar. Percebi isso desde o primeiro dia que o vi, Marcos usa perfume caro e roupas de marcas. Ele age diferente das pessoas daqui, onde a maioria tem dialeto característico e sotaque, ele parece alguém que foi educado em uma cidade grande, alguém com condições financeiras.

Eu queria saber de onde ele tira isso.

Ou seria melhor não saber?

Resposta: seria melhor não saber.

Eu realmente quis apagar do meu cérebro quando a pessoa menos indicada veio me responder essa questão.

― Eu te vi conversa
Chloe Reymond

Oie! Espero que estejam gostando. Passando para esclarecer sobre a fala dos personagens. Apesar da história se passar no interior, decidi não utilizar linguajar característico. Optei por escrever sem usar gírias ou dialetos. Obrigada e boa leitura.

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