EDGAR.
Foi uma bela hora para aquela mulher me ligar, a dona da kitnet, aquela senhora irritante. Droga, agora uma garota vai se mudar para o andar de baixo, eu moro no terceiro, e a inquilina ficará no segundo. Já não suporto aqueles velhos do primeiro andar perturbando a minha paz, e agora mais uma para estragar a diversão. Puta merda!Desligo o celular com raiva e o jogo na cama. Puxo os cabelos com frustração, mas assim que me acalmo, o celular toca de novo. Pego o aparelho com irritação e vejo que é meu amigo Felipe. Trabalhamos juntos na mesma máfia há alguns anos, então decidi atender.– E aí, meu camarada. - saúdo meu amigo.Do outro lado, Felipe parece estranhamente alegre para tão cedo de manhã, algo atípico para ele. Cerro os olhos curioso para saber o que ele tem para me contar no começo do dia.– Oi, cara. Como está indo?Tento não pensar na nova inquilina que vai se mudar hoje, e respondo, tentando ignorar essa preocupação.– Estou indo bem, e você, meu chapa? Tenho que ir para a faculdade, sabe como é, só apareço nas aulas quando me dá na telha.Dou uma risada e Felipe comenta.– Estou bem, só tomando umas cedo. Eu entendo, eu nem me dou ao trabalho de ir, é uma furada, né? Enfim, tenho algo para te contar. Nossos parceiros querem que você ajude na distribuição de algumas mercadorias, tanto drogas quanto armas. Às vezes, tenho que te cobrir, mano, mas isso não pode continuar assim, se o chefe descobrir, estamos ferrados, sacou?Porra... é verdade, não quero problemas com o chefe.Faço uma careta e respondo.– Tudo bem, me envia o endereço, e eu cuidarei disso. Manda logo porque tenho que passar na faculdade. Tem umas garotas que quero conquistar, sacou?Felipe ri do outro lado da chamada e responde.– Claro, meu camarada, vou te mandar o endereço. Depois, marcamos de beber neste fim de semana, o que acha?– Com certeza, cara. É nóis. Até. E valeu.Encerramos a ligação, e tento fazer um sanduíche para mim antes de cumprir minha tarefa do dia. Não gosto disso, mas é meu trabalho, é como sobrevivo. Vou até os armários, pego os pães e já começo a escolher os ingredientes.Deixe o capítulo mais intenso, não formal, mais adulto.Seguindo o estilo do texto, sem remover nenhuma frase.Horas depois...Agora vou encontrar a Geovana, buscá-la em sua casa e teremos uma noite incrível. A nova inquilina do andar de baixo, que eu não pedi, está mexendo com meus planos, então vou tornar sua noite um verdadeiro caos. Dou uma risadinha maliciosa enquanto vou até o estacionamento para pegar minha moto. Adoro aquela máquina, ela me leva aonde quero, e agora, com Geovana no horizonte, sei que teremos uma noite incrivelmente selvagem e gostosa. Espero que a vizinha enlouqueça com nossos momentos e nossos gemidos. Mal posso esperar pela chegada da noite.***Já de noite...Assim que eu e Geovana compartilhamos um momento intenso juntos, a inquilina debaixo grita pedindo silêncio, e nós rimos da situação. Até mesmo convidei-a para se juntar a nós, caso ela fosse interessante...Mas ela negou e se calou, e eu não me contive e comecei a rir da cena.Eu e Geovana continuamos a nos divertir na cama de maneira mais selvagem possível. A virei em todas as posições possíveis e deixei a gostosa toda cansada e bamba.Exploramos nossa intimidade de todas as formas possíveis, e ela demonstrou grande satisfação, claro que eu sou o mestre na cama, deixo qualquer mulher mas alturas.Admirei pela última vez o seu corpo que estava sobre o meu e apertei com meus dedos os seus seios rosados, e ela gemeu me olhando com luxúria nos olhos. Os olhos dela ardiam em prazer.Mordo seu pescoço e ela crava suas unhas nas minhas costas nuas. Que delícia!Ela se afasta rebolando para mim dizendo.— Nos vemos depois, gostoso.Eu assenti movendo a cabeça dizendo.— Mal posso esperar, sua delícia.Ela riu, vestiu suas roupas e saiu, fechando a porta com força. Caí na cama, tomei um gole de uísque e percebi que estava tudo girando.Que loucura! Mal conseguia acreditar no que tinha acontecido esta noite, dado o meu estado. Estou um caco, rio baixinho e decidi apagar as luzes e a música, mas o sono teimava em não vir. Droga!Saio da cama e caminho até a varanda, acendo a luz e olho para o céu, está uma noite até bonita.Passo as mãos sobre meus cabelos que estão unidos e suados e me apoio sobre o muro da varanda.Então, decidi acender um cigarro e fico na varanda, apreciando a vista. A sensação de tranquilidade tomou conta de mim enquanto soltava suavemente a fumaça do cigarro pela boca. Fechei os olhos e respirei profundamente, deixando-me envolver pelo gosto do cigarro, que me trouxe um relaxamento bem-vindo. Tudo o que eu precisava era tentar dormir por pelo menos uma hora, para descansar um pouco.Mas, uma parte dentro de mim está bem acordada, e não sei quando finalmente o sono virá.***DIA SEGUINTE...Quando já terminei minhas tarefas diárias, dei uma passada na faculdade, só para relaxar um pouco. Estou usando óculos escuros e uma blusa de frio, meu estilo favorito, me sinto à vontade assim.Ao passar perto das calouras, percebi que uma delas estava me observando. Quando olhei para ela, vi uma loira de cabelos escuros e olhos castanhos esverdeados, uma novata pelo que parecia. Ela era linda... Incrível.Ela abriu sua lata de refrigerante e olhou na minha direção antes de desviar o olhar. Fiquei intrigado, ela está flertando? Comecei a sorrir e não parei de olhar para ela. Claramente, era novata na faculdade. E bem atraente.Ela então abanou o rosto e começou a se afastar rapidamente. O que havia acontecido? Será que ela era tímida? Ri disso, mas a vi saindo às pressas em direção à saída. Estranho...Será que ela está me seguindo? Não quero lidar com garotas que começam a perseguir caras logo de cara, isso me irrita. Garotas assim me deixam furioso.Enquanto penso nisso, tiro meus óculos e os coloco no bolso. Viro à esquina e percebi que ela segue em frente. Decidi segui-la e, de repente, a agarrei, prendendo suas mãos e empurrando-a contra a parede. Ela ficou assustada, e percebi o quanto é baixinha e linda. Na verdade, ela é muito atraente.Continuei segurando-a e perguntei por que ela está me seguindo. Ela negou e disse que está indo para casa, mas eu sei que estava me observando na faculdade.Ela afirmou ser nova lá, o que eu já havia percebido, mas continuei fingindo que não sabia e, justo quando estávamos conversando, meus amigos apareceram, querendo fazer graça. Justo na hora em que estava prestes a ter um momento com essa garota. De amedrontar, ou flertar com ela.Eles estão vestindo roupas de praia estranhas e até tiraram uma arma para assustá-la. Funcionou, ela ficou com medo. Olhei para o rosto dela e via seus lábios tremerem de medo, e sua respiração acelerada, merda. Só falta essa garota desmaiar de medo.Afrouxei minhas mãos nas dela e disse a ela para fazer o que dissesse. Ainda confiava um pouco no que ela havia dito.— Só confie em mim, entre no jogo. - digo a ela com a voz baixa, bem próxima ao rosto dela.Me aproximo mais dela, abaixo minha cabeça e a beijo de forma intensa, minha língua encontrando a dela. Seu gosto é incrível, e eu só quero tê-la completamente. Nossas bocas continuam a dançar, abraço sua cintura enquanto a beijo, e suas mãos encostam no meu peito, percebo que ela está sem jeito, mas sua boca se move na minha, retribuindo ao beijo de modo doce.Continuamos nos beijando, e pude sentir a tensão crescendo em minhas calças. Acredito que ela tenha sentido também. Essa garota está me deixando louco. Ela tem um gosto tão bom, que é quase impossível de lhe beijar, mas não tenho escolha.Separei nossos lábios, e ela está sem fôlego e confusa.— Agora corra. — digo com a voz rouca e clara para que ela obedeça. Olho para ela com os olhos sérios, demonstrando que não sou como os homens que ela já conheceu.Ela quase caiu e começou a fugir rapidamente, sem olhar para trás. Um sorriso travesso aparece em meus lábios, ver ela assim desesperada e com medo, é hilário.Entretanto, me viro para encarar meus amigos, que estam agindo como idiotas. Eles tem uma aparência estranha, vestidos daquela forma. Um deles chegou a disparar a arma acidentalmente, e gritei para que parassem com aquilo, alertando sobre a polícia. O que estavam fazendo ali?Os levei até um bar próximo para conversarmos. Eles disseram que só queriam me assustar, mas eu os repreendi por terem assustado a garota que estava comigo. Relaxei e disse que cuidaria das coisas agora.Só faltava isso, lidar com esses idiotas. Agora, não consigo tirar aquela loira da cabeça. Mal posso esperar para vê-la na faculdade amanhã. Mas, enquanto isso não acontece, talvez eu deva ligar para Geovana de novo para aliviar a tensão que aquele beijo me deixou.Nicole.Acordei cedo no outro dia, mal consegui dormir na noite anterior... Tenho certeza de que dormi apenas duas ou três horas, meu corpo está um caco, me sinto ainda mais cansada, tudo por causa daquele sem vergonha.Não acredito que aquele maldito vizinho fez aquilo na noite passada, e ainda por cima daquela altura. Fico com raiva só de lembrar...— É melhor eu me levantar, tenho muitas coisas para resolver hoje... — Pensei alto comigo mesma, dei um pulo da cama e a arrumei, deixando tudo dobrado.Fui até o banheiro, lavei meu rosto e escovei os dentes. Ao olhar no espelho, pude ver que estou com olheiras e o rosto bem cansado.— Maldito! — Eu dei um grito baixinho. — Eu vou matar esse idiota! Fico com raiva só de pensar nele. Deve ser um babaca, certeza. Respiro fundo e tento me acalmar. Tenho que focar em organizar minhas coisas hoje.Após lavar meu rosto, vou até a cozinha para arrumar algo para comer. Tudo que tenho no momento é café! Não comprei nada para comer hoje...Suspi
Estou fazendo de novo! Céus….— Tenho que focar!Falo pra mim mesma balançando a cabeça tentando mudar de pensamentos.Abro as batatinhas e o refri, o som da lata de refrigerante faz o garoto notar minha presença.Eu tento não fazer contato visual com ele, mas ele olha diretamente pra mim.Começo a ficar vermelha de vergonha, ainda mais depois de ter pensado nessas coisas.Por um momento quase me engasgo.Dou umas tossidinhas e me levanto.— É melhor eu sair daqui, está muito quente!Penso alto enquanto me abano com a mão.Acho que irei ao banheiro, e depois quando tocar o sinal irei embora, tenho coisas para resolver em casa…Aparentemente a aula de hoje acaba no horário do almoço, então irei embora junto dos outros estudantes.Vou ao banheiro, limpo meu rosto com água, estou vermelha… melhor me acalmar um pouco antes de sair..Após alguns minutos, sai e posso ouvir o sinal tocar, todos estão saindo de suas salas.É melhor eu sair antes, não quero ser atropelada por eles…Fico na ent
Respiro profundamente, buscando acalmar-me. Dou tapinhas no meu rosto, aguardando minha consciência retornar. Todos observam minhas reações, e é melhor eu me levantar.— Tudo bem, Nicole… apenas relaxe... — Digo a mim mesma enquanto me ergo lentamente, minhas pernas ainda trêmulas.É preferível voltar para casa agora, onde posso refletir sobre o que fazer. Olho nervosamente em todas as direções, preocupada com a possibilidade de alguém ter me seguido. Tenho que ser cautelosa, evitando qualquer encrenca. Seguro minha bolsa junto ao peito, fecho os olhos, conto até três e começo a caminhar. Preciso chegar em casa rapidamente e opto por percorrer trajetos mais movimentados, acreditando que isso reduzirá as chances de perigo.Verifico o relógio e percebo que já são cerca de 14:30. Ainda é cedo, mas após o incidente, acho melhor seguir diretamente para casa, deixando as compras para um momento mais tranquilo.Após alguns minutos, chego ao prédio do kit-net e vejo o senhor Lúcio tentando co
NicoleIsso está passando dos limites! Juro que assim que resolver a questão da escola amanhã, vou lá em cima pedir satisfação. Ele não pode fazer esse tipo de coisa!Respiro fundo e sinto meu rosto secar. Começo a me sentir melhor, mas a ira do vizinho toma conta de mim. Após algum tempo, quase explodindo de estresse, percebo que estou apenas de blusa longa e calcinha. Eu congelo e sinto uma vergonha intensa. — E... ele me viu assim? - Fico paralisada, pensando no que ele poderia ter visto. Eu com as pernas expostas — Se ele tivesse visto algo, teria falado, certo? Ou talvez não.Talvez só tenha sido imaginação minha e o cheiro de cigarro também! De qualquer forma, é bom eu tomar mais cuidado. Não quero um tarado doido igual ele enchendo meu saco. Arrepio de medo só de imaginar. Volto para dentro de casa novamente e coloco um short. O dia foi bem quente, a noite parece que não vai ser tão diferente.Por um momento, havia esquecido que estava chorando. De qualquer forma, tenho que
NICOLEComeço a comer, e está simplesmente delicioso. Não sei se é a fome ou se eles estão bem feitos. Preciso voltar lá depois e comprar mais...Enquanto como, vejo que algumas garotas se aproximam, parecem estudar aqui há bastante tempo. Elas se sentam em um banco um pouco distante e acendem cigarros.— Todo mundo fuma? — pergunto a mim mesma enquanto como. Não acredito que todo mundo aqui fuma!Eram três garotas. Vejo que elas olham para mim e começam a cochichar e rir. Não sei o que estão falando, mas com certeza devem estar me zoando. Tento não olhar para elas. Já tenho problemas demais para resolver.Uma delas então vem até mim enquanto as outras ainda cochicham sentadas no banco. Ela chega com o cigarro entre os dedos, parece meio nervosa. Ela para na minha frente e fica me encarando.— Oi? — pergunto confusa, sem entender o que ela quer comigo.— É melhor você entender seu lugar. Sei que você é nova, mas quero você longe de mim e das minhas amigas, entendeu?Quê? Ela é louca?
Nicole Mesmo após o sinal tocar, havia pessoas entrando na sala, e elas não pareciam se importar muito com o horário. Por coincidência ou não, o garoto com quem me encontrei na lanchonete perto da universidade estava ali. Ele passou pela porta e rapidamente me viu, mesmo estando longe. Foi estranho, mas tentei ignorar.Ele veio na minha direção com um sorriso no rosto.— Posso me sentar aqui? — Ele pergunta, olhando para as cadeiras vagas.— Sim — respondi, tentando não fazer muito contato visual com ele. Tudo o que eu queria era estudar e sair logo dali. Estava impaciente com todos esses acontecimentos.— Que coincidência, quem diria que seríamos colegas de classe! — Ele fala enquanto se sentava ao meu lado, apesar de haver outros lugares vagos. Que droga! — Pois é... — Respondi sem muito entusiasmo, esperando que ele entendesse que não estava com vontade de conversar.O professor então entrou na sala, um homem já de idade com cabelos brancos e quase calvo. Ele usava roupa social e
Nicole Entro diretamente no banheiro, onde lavo o meu rosto diante do espelho. Tento acalmar-me e organizar as ideias. Certo! O que devo fazer agora? Devo voltar para a sala de aula ou esperar até o próximo horário?Olho para o espelho por um momento e ouço passos do lado de fora do banheiro. Só eu estava no corredor, será que é alguma aluna? De qualquer forma, é melhor entrar em um dos compartimentos dos sanitários e esperar até que ela saia. Entro e fecho a porta, lamentavelmente não há tranca onde estou. Droga! Seguro a porta com as mãos, esperando que a pessoa que estava entrando, saia rapidamente.Ouço os passos caminhando lentamente no banheiro. Tento fazer o mínimo de barulho possível, quanto menos contato eu tiver com as pessoas, melhor! Os passos então param, e ouço a voz de alguém. — Está fugindo de mim? - Espera… essa voz? É a voz do Edgar?Ele está no banheiro feminino atrás de mim? Qual é o problema dele? Ouço então o som dele abrindo a primeira porta dos compartimento
Nicole Após o acontecimento no banheiro, volto para a sala, e espero a hora do intervalo. Minha cabeça fica a mil, lembrando e imaginando tudo aquilo, e quase que no automático, eu não consigo controlar. Permaneço calada o tempo inteiro na sala depois de voltar, não consigo nem mesmo olhar para as pessoas em minha volta. Que droga! Edgar, não voltou comigo para a sala, não sei o que aconteceu, mas ele teve que sair às pressas. Fico até o final do horário, e assim que o sinal toca eu pego minhas coisas e saio correndo da sala, o garoto que ficou puxando assunto no início da aula, tenta me seguir, mas eu não dou bola, tentando o ignorar. Esse garoto é insuportável. — Ei! Estou falando com você! - Ouço ele dizer, sem nem mesmo ter ouvido ele antes, estou realmente ignorando totalmente esse cara. — Oi? - Respondo andando mais rápido tentando o despistar, mas ele aperta o passo e tenta andar na mesma velocidade que eu. — Aquele garoto. Você conhece ele? Quando ele fala de Edgar,