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05 - Beijo roubado no beco.

Estou fazendo de novo! Céus….

— Tenho que focar!

Falo pra mim mesma balançando a cabeça tentando mudar de pensamentos.

Abro as batatinhas e o refri, o som da lata de refrigerante faz o garoto notar minha presença.

Eu tento não fazer contato visual com ele, mas ele olha diretamente pra mim.

Começo a ficar vermelha de vergonha, ainda mais depois de ter pensado nessas coisas.

Por um momento quase me engasgo.

Dou umas tossidinhas e me levanto.

— É melhor eu sair daqui, está muito quente!

Penso alto enquanto me abano com a mão.

Acho que irei ao banheiro, e depois quando tocar o sinal irei embora, tenho coisas para resolver em casa…

Aparentemente a aula de hoje acaba no horário do almoço, então irei embora junto dos outros estudantes.

Vou ao banheiro, limpo meu rosto com água, estou vermelha… melhor me acalmar um pouco antes de sair..

Após alguns minutos, sai e posso ouvir o sinal tocar, todos estão saindo de suas salas.

É melhor eu sair antes, não quero ser atropelada por eles…

Fico na entrada escorada na parede, vendo a movimentação e o pessoal saindo.

A partir de amanhã essa será minha rotina.

Fico lá por um tempo, olhando e imaginando minha futura rotina, e então aquele garoto vem a minha mente… e no mesmo instante ele passa por mim, tão perto que posso sentir seu cheiro.

Eu então olho para ele e ele olha para mim, em simultâneo.

Ele tem um cheiro muito bom…

Eu volto a mim e vejo que estou ficando vermelha novamente.

É melhor eu ir logo, não quero passar vergonha aqui… estou até parecendo uma tarada, meu Deus.

Eu então começo a andar, em direção a minha casa.

Vou suspirando tentando controlar minha respiração.

A cada dia nesse lugar as coisas ficam mais estranhas.. Ontem foi aquilo no prédio, e agora na faculdade…

Espero que amanhã não veja esse garoto de novo! Estou ficando doida com isso.

Quando penso em atravessar a rua e olho para frente vejo que o garoto está andando no mesmo caminho que o meu…

Eu tento ver melhor, mas realmente é ele..

E agora? Ele não vai achar estranho eu andando assim, logo atrás dele? Será que devo parar? Esperar um pouco ?

Enquanto penso continuar a pensar.

Ele então vira e me vê, com certeza ele deve saber que era eu na faculdade…

Tento desviar o olhar e fingir que não estou o vendo..

Após alguns passos ele virá em um beco.

Graças a Deus!

Penso..

Estava ficando nervosa já!

Continuo a andar, sem dar importância para o que aconteceu, melhor esquecer e tentar ignorar esse garoto..

Quando de repente quando passo ao lado do beco, algo me puxa me prendendo na parede..

— Ai! O que é isso?

Falo enquanto o garoto me pressiona, me prendendo na parede segurando meus pulsos..

— Quem mandou você ficar me seguindo?

Diz ele com seu rosto perto do meu, quase sussurrando em meu ouvido. Ele diz ríspido me olhando.

Não sei o que senti na hora, uma mistura de raiva, medo, vergonha, por ele estar tão perto assim de mim.

— Eu não estou te seguindo! Eu sou aluna da faculdade!

Falo pra ele tentando mostrar que ele estava enganado. Como se eu fosse seguir alguém assim, até parece, ele responde ainda sério.

— Eu nunca te vi lá..

Ele fala mais perto do meu ouvido, apertando cada vez mais meus pulsos.

— Me inscrevi hoje! Começo a estudar amanhã… Está doendo, me solta!

Falo com a voz firme olhando diretamente para seus olhos o enfrentando, eu não vou deixar ele fazer o que quiser!

- É mesmo é?

Ele sorri, se aproximando de mim com um olhar misterioso, quase encostando seu corpo no meu. Aquela sensação intrigante toma conta de mim. Nossos olhos estão tão próximos, consigo ver a cor deles. Esse homem é tão lindo e sexy.

No beco, o som das motos ecoa ao longe. O garoto se volta para eles, e eu tento espiar. Dois homens, cada um em sua moto, se aproximam. Eles sacam revólveres de suas calças...

Um deles com uma roupa que parece saída da praia, nada combinando. O outro, com olhos famintos, passa a língua pelos lábios, tentando provocar o garoto. Ele grita chamando o homem que está comigo, eu não sei o que vai acontecer agora.

O pânico toma conta de mim quando vejo as armas. Tento sair, empurrando o garoto, que agora sei que se chama Edgar.

— Por favor, me solta! - Grito, desesperada. Ele afrouxa a pegada e sussurra em meu ouvido, me fazendo questionar o que está acontecendo.

— Por enquanto, é melhor seguir meu plano. Para sua segurança, entre no jogo.

O quê? Fico confusa, mas antes que eu possa reagir, ele me beija. Congelo, meu rosto fica vermelho e meu corpo se incendeia. Aceito o beijo, mesmo sabendo que não deveria. As mãos dele abraçam minha cintura e toco o peitoral dele, e sinto como ele está quente e como seu coração b**e freneticamente.

Sua língua na minha boca, seu corpo colado ao meu... é tão envolvente, e meu corpo parece não resistir. Eu retribuo ao beijo quente e selvagem dele, mesmo sabendo que não deveria.

Ele me solta e sussurra: — Agora, corra!

Olho em seus olhos, vejo que ele está sério agora, mais sombrio do que antes, esse homem é estranho, mas o que vejo em seu olhar é um homem sério e perigoso, e isso me apavora, desvio o olhar dele e obedeço sua ordem sem pensar duas vezes.

Corro o mais rápido que posso, sem olhar para trás. Chego à praça do outro lado da entrada do prédio, ofegante, com todos os olhares em mim.

Minha mente está em turbilhão. Quem eram aqueles homens? O que queriam? Nunca passei por nada parecido.

Tento controlar a respiração e pensar. Amanhã, tenho que voltar à universidade, mas como eles me reconheceram? E se eles me perseguirem?

Preciso falar com aquele garoto, Edgar. Temos que descobrir o que aconteceu. Meu segundo dia aqui está sendo mais agitado do que imaginei.

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