Nicole Mesmo após o sinal tocar, havia pessoas entrando na sala, e elas não pareciam se importar muito com o horário. Por coincidência ou não, o garoto com quem me encontrei na lanchonete perto da universidade estava ali. Ele passou pela porta e rapidamente me viu, mesmo estando longe. Foi estranho, mas tentei ignorar.Ele veio na minha direção com um sorriso no rosto.— Posso me sentar aqui? — Ele pergunta, olhando para as cadeiras vagas.— Sim — respondi, tentando não fazer muito contato visual com ele. Tudo o que eu queria era estudar e sair logo dali. Estava impaciente com todos esses acontecimentos.— Que coincidência, quem diria que seríamos colegas de classe! — Ele fala enquanto se sentava ao meu lado, apesar de haver outros lugares vagos. Que droga! — Pois é... — Respondi sem muito entusiasmo, esperando que ele entendesse que não estava com vontade de conversar.O professor então entrou na sala, um homem já de idade com cabelos brancos e quase calvo. Ele usava roupa social e
Nicole Entro diretamente no banheiro, onde lavo o meu rosto diante do espelho. Tento acalmar-me e organizar as ideias. Certo! O que devo fazer agora? Devo voltar para a sala de aula ou esperar até o próximo horário?Olho para o espelho por um momento e ouço passos do lado de fora do banheiro. Só eu estava no corredor, será que é alguma aluna? De qualquer forma, é melhor entrar em um dos compartimentos dos sanitários e esperar até que ela saia. Entro e fecho a porta, lamentavelmente não há tranca onde estou. Droga! Seguro a porta com as mãos, esperando que a pessoa que estava entrando, saia rapidamente.Ouço os passos caminhando lentamente no banheiro. Tento fazer o mínimo de barulho possível, quanto menos contato eu tiver com as pessoas, melhor! Os passos então param, e ouço a voz de alguém. — Está fugindo de mim? - Espera… essa voz? É a voz do Edgar?Ele está no banheiro feminino atrás de mim? Qual é o problema dele? Ouço então o som dele abrindo a primeira porta dos compartimento
Nicole Após o acontecimento no banheiro, volto para a sala, e espero a hora do intervalo. Minha cabeça fica a mil, lembrando e imaginando tudo aquilo, e quase que no automático, eu não consigo controlar. Permaneço calada o tempo inteiro na sala depois de voltar, não consigo nem mesmo olhar para as pessoas em minha volta. Que droga! Edgar, não voltou comigo para a sala, não sei o que aconteceu, mas ele teve que sair às pressas. Fico até o final do horário, e assim que o sinal toca eu pego minhas coisas e saio correndo da sala, o garoto que ficou puxando assunto no início da aula, tenta me seguir, mas eu não dou bola, tentando o ignorar. Esse garoto é insuportável. — Ei! Estou falando com você! - Ouço ele dizer, sem nem mesmo ter ouvido ele antes, estou realmente ignorando totalmente esse cara. — Oi? - Respondo andando mais rápido tentando o despistar, mas ele aperta o passo e tenta andar na mesma velocidade que eu. — Aquele garoto. Você conhece ele? Quando ele fala de Edgar,
Nicole— Quero uma Tortilha, por favor.Disse rapidamente, tentando não parecer intrometida. O atendente voltou a ignorar Edgar e dirigiu sua atenção a mim.— Uma Tortilha com batatas saindo para a garota.O atendente saiu sem registrar o pedido de Edgar, deixando-o em silêncio e claramente irritado. Decidi chamar sua atenção.— E então, sobre o beco...Edgar voltou seu olhar para mim, parecendo atordoado pela conversa confusa com o atendente.— O beco... o que você quer saber?Ele perguntou, recuperando seu sorriso malicioso rapidamente, como se pudesse mudar de expressão instantaneamente. Esse cara é mesmo maluco. — Sobre os ladrões?Respondi com outra pergunta para manter o foco. Ele começou a gargalhar, sem se importar com as pessoas ao redor.— Aqueles "ladrões" eram colegas meus... - ele faz aspas no ar quando diz ladrões e me olha, atentamente, querendo ver minha reação. O que? Colegas? Aquelas pessoas com armas? Será que ele tem ideia do que está falando? A polícia está inve
Nicole. Depois que ele saiu, respiro fundo. Olho para os lados e fico pensativa. Estou ansiosa para comprar algumas coisas para cozinhar em casa. Simplesmente amo cozinhar; meu sonho é abrir meu restaurante e preparar uma variedade de pratos. Só de pensar nisso, meus olhos brilham. Levanto-me e me dirijo ao balcão, onde o atendente recebe os pagamentos. Entrego a comanda do pedido para ele, que a registra em uma planilha em seguida. — Obrigado, moça. Volte sempre! — ele diz, devolvendo o troco pela manhã. Olho para ele, confusa, e pergunto: — Qual é o valor do prato? Pergunto enquanto abro minha bolsa e pego minha carteira. — O garoto pagou antes de sair. Maldito! Não é como se ele tivesse que me pagar, já que estamos apenas fingindo ser namorados... — Certo... obrigada... — digo ao atendente como se estivesse falando comigo mesma. Preciso passar o dinheiro para ele depois. Odeio dever, especialmente a pessoas que não conheço. Está quase na hora de voltar para
Nicole:Tenho que ser mais cuidadosa; quem sabe ele não aparece na minha porta querendo brigar... ou algo assim.— Entendo... — responde o policial enquanto faz anotações.— Iremos passar na sua casa em alguns dias para verificar a situação. Iremos intimá-lo para que pare com a bagunça. Caso isso não ocorra, ele terá que ir ao juiz.Amém! Finalmente ele terá que parar. Não vejo a hora de ter paz, pelo menos em casa.— Certo! Irei aguardar vocês! — digo alegremente. Finalmente, as coisas estão começando a dar certo!— Pode ir. Pegue um dos nossos cartões. Nos ligue caso algo aconteça.Ele me entrega um cartão com um número, é bom tê-lo por segurança. Irei guardá-lo no bolso.– Obrigada, estarei indo agora.Me levanto e saio pela porta da secretaria. Enquanto mexo no celular, posso ver de relance que algumas pessoas me olham saindo da sala com os policiais. Espero que não comecem a pensar besteiras. Já imaginou se eles pensam que sou alguma delinquente!Ignoro os olhares e sigo em frent
Nicole Enquanto as roupas lavam, vou tomar um banho quente, o dia foi muito exaustivo , aconteceram muitas coisas, preciso descansar e me distrair um pouco. Não acredito que a polícia foi em causa através do meu vizinho, espero que ele saia daqui logo, não aguento mais esse cara no meu pé.. Não estou ouvindo nenhum som, então acho que ele não está em casa agora, ainda bem! não iria conseguir relaxar com aquela barulheira toda. Tomo banho, vagarosamente, lavo meus cabelos com calma, tinha tempo que não tirava um tempo só pra mim. Assim que termino o banho, me enrolei na toalha e sai para a sala,pude ver que a máquina de lavar já tinha terminado , então fui até ela para verificar. Pego algumas peças e estendo no varalzinho que fica na área de serviço, porém não coube tudo,precisarei estender o resto em outro lugar. Ouço uma movimentação estranha em frente a porta, talvez seja o vizinho que chegou e está subindo as escadas.. Não sei o que pode ser, mas irei ignorar,ainda preciso
— Olha, nada de gracinhas! Quero respostas sobre o que está acontecendo! - digo me esquivando dele. Ele me deve muitas explicações sobre tudo isso que está acontecendo. — Tive um problema com alguns amigos meus! Ele diz enquanto começa a andar pela casa, olhando tudo em volta, parece curioso com minhas coisas. Ele se dirige então até o pequeno varal que fica perto da máquina de lavar e pega uma das minhas peças íntimas que eu havia colocado para secar. Rapidamente corro até ele, tomando-a de sua mão. Não acredito que ele acha que pode botar a mão nas coisas dos outros assim! — Primeiramente! Como você sabe onde eu moro? Ele sorri e volta a mexer no varal, me ignorando. — Eu estou falando com você! Anda me seguindo? — Foi apenas coincidência... Ele diz enquanto tira sua jaqueta rasgada ensanguentada e começa a se aproximar de mim, segurando outra peça íntima minha, uma calcinha vermelha que eu havia comprado há pouco tempo. Ele a balança em seus dedos, a cor dela se mistura c