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Reencontros e Preparações: Uma Luta de Emoções

No dia seguinte, acordei e desci para tomar café. Quando cheguei, encontrei todos na mesa.

"Bom dia, meus amores", cumprimentei, beijando minha mãe e meu cunhado, e me sentei à mesa. "Onde estão as crianças?", perguntei, vendo que seus lugares estavam vazios.

"Elas ainda estão dormindo", avisou minha irmã.

"Fui buscar seu pão preferido", disse meu cunhado.

"Você é o melhor de todos", eu disse, levantando-me para dar-lhe um beijo.

"O que você vai fazer hoje, meu amor?", perguntou Vero.

"Vou para casa trabalhar um pouquinho e depois assistir a uma luta de MMA", respondi.

"Só você mesmo para gostar dessas coisas de luta", torceu o nariz minha irmã.

"Deixa a menina, Veronica. A luta é um ótimo esporte. Se precisar de companhia, já sabe onde me encontrar", ofereceu meu cunhado.

"Eu vou com a Rafa, minha vaca favorita, já que o Pedro vai estar em um jantar com os pais", acrescentei.

"Não sei se é uma boa ideia vocês duas juntas", comentou minha irmã.

Eu disse a ela que não precisava se preocupar, que minha amiga e eu nos comportaríamos muito bem no octógono. Espero muito que a Rafa e eu consigamos nos comportar no meio daqueles lutadores gostosos. Me despedi da minha família e fui para casa. Assim que coloquei o pé em casa, Rafa me ligou e começou a contar como foi seu dia. Coloquei o celular no viva-voz enquanto tentava vestir uma roupa confortável, que consistia em uma bermuda curta e uma camiseta velha.

"Amiga, tenho uma novidade para te contar", ela estava animada demais pelo telefone.

"Já sei, você largou seus dois ficantes e escolheu um só?", ela bufou do outro lado, me fazendo rir.

"Cala a boca e escuta. Adivinha com quem o Júlio trabalha?"

"Se eu fosse adivinha, meu bem, estaria milionária", ela soltou uma lufada de ar.

"Nossa, que péssimo humor", ela reclamou por um tempo e logo se animou quando perguntei com quem seu segundo ficante trabalhava. "Com o Léo", ela respondeu. Pensei por um momento.

"Que Léo?", perguntei, pois não me lembrava quem era.

"Pelo amor de Nereus, Léo, nosso amigo. Lembra que Pedro e Léo disputavam sua atenção?" Depois de um tempo, me lembrei dele.

"Nossa! Se não me engano, ele foi morar na Suécia. Ele sempre foi bonito, deve estar um gato agora, não é?"

"Ai Sammy, nem me fale. Também estou curiosa para rever aquele gato." Ficamos em silêncio por um tempo. "Amiga, vou te deixar descansar para vermos a luta à noite."

"Gatos de shortinho e sem camiseta", eu disse. "Eu amo as lutas, mas não resisto a um corpinho suado de um lutador."

Rafa desligou o celular e peguei o processo para dar mais uma olhada e fazer um pré-relatório para ajudar no processo depois de tudo pronto. Abri meu e-mail, já que também trabalho por conta própria e sempre tem alguém me pedindo conselhos. Mas para minha surpresa, recebi um e-mail.

De: Samuel Lucatto

Para: Sammya Maciel

Assunto:  Processo. 

Boa tarde! 

Sammya, recebi novas informações sobre o processo, lhe enviarei um anexo, para que dê uma olhada e na segunda nos falaremos. Precisarei do seu contato, por favor, enviar. 

De: Sammya Maciel

Para: Samuel Lucatto

Assunto:  Processo. 

Boa tarde! 

Darei uma olhada nas novas informações ainda hoje. Meu contato é (21) 98265-6389.

                            Até Segunda!

Fiz tudo o que precisava e depois fui para a sala assistir um pouco de televisão. Nem acredito que meu amigo voltou, Léo era um fofo nos tempos da escola. Me lembro também que os caras da escola ficavam no nosso pé pedindo para ficar conosco. Sinto muita saudade disso.

Minha barriga fez um som alto e eu não queria comer nada congelado, então liguei e pedi comida. Não demorou muito para chegar e o entregador ficou fazendo várias perguntas.

"Não sabia que a comida estava em promoção?", o homem me olhou confuso. "Compro um macarrão à bolonhesa e ganho um cadastro no bolsa família?"

Ele me entregou o troco e saiu todo sem graça. Essa mania que esse povo tem de querer saber da vida alheia. Meu celular apitou e vi uma mensagem de um número desconhecido.

"Sammy, voltei. Anota meu número aí, gata." Será que é o Léo?

"Léo, é você?"

"Claro que sou eu, o cara mais gostoso que você já conheceu." Ele me mandou emojis com foguinhos.

"Se não fosse sua amiga, te pegava com certeza." Tenho certeza que ele está gargalhando agora.

"Pode me pegar, estou solteiro na pista e você também."

"Eita! Foi morar na Suécia e voltou saidinho. Lembro que você era tímido. Quem te deu o meu número?"

"As pessoas mudam, meu bem. Estou louco para vê-la pessoalmente. Peguei seu número com Pedro, encontrei com ele e pedi."

Conversamos por mais um tempo e travei o celular para poder comer. Escolhi uma série e assisti até pegar no sono. Fui acordada por alguém esmurrando minha porta e só então percebi que tinha dormido na sala.

"O que faz aqui tão cedo?", perguntei coçando os olhos.

"Boa noite para você também safada. Vamos gata, os gostosos de shortinho e corpo malhado nos espera."

"Se veio aqui para ficar gritando no meu ouvido as… que horas são?"

"Dezenove horas, levanta daí e se arruma."

"Se veio aqui para ficar gritando às dezenove horas, pode ir embora."

"Adoro o seu humor depois que acorda." - Ela diz indo para o meu quarto.

"Preciso escolher uma roupa que seja sensual, mas ao mesmo tempo confortável," fico pensando no que vestir e me desligo.

"Terra chamando vaca!" - Minha amiga estala os dedos na frente do meu rosto.

"A maturidade te mandou lembrança."

"Palhaça, trouxe maquiagem e roupas. Vamos ficar lindas e gatas, os caras vão babar."

"Não vou vestir as suas roupas de quengas, porque eu tenho as minhas próprias."

Ela gargalha e fomos nos arrumar, depois de prontas decidimos em que carro iríamos e decidimos que não beberíamos para aproveitar.

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