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Emoções na Arena: Lutas, Desejos e Surpresas Inesperadas

Chegamos ao local da luta e estava repleto de pessoas, tinha muitos caras gatos e muitas mulheres também, mas eu estava encantada pelos caras de peitoral deliciosos sem camisa, era a perfeição na terra.

"Menina tá cheio de gente gostosa aqui", ela disse olhando para as pessoas que passavam, enquanto eu sou heterossexual minha amiga é pansexual, ela pega literalmente todo mundo sem distinção alguma.

"Tem uns gatos sem camisa que são um tesão, espero que algum deles queira parar em minha cama mais tarde."

"Amiga, eu amo a sua relação de liberdade com o Pedro", ela disse sorrindo.

"A nossa relação é de amizade, nós somos apenas melhores amigos que transam, não tem compromisso e nem cobranças e o melhor, sem traições também."

"Vocês formam um casalzão da porra, deveria cogitar aprofundar a relação com ele."

"Não dá amiga e olha que já tentamos, preferimos apenas a amizade mesmo, pois ela é mais importante que relacionamentos."

"Falou e disse minha quenga preferida, vamos caçar um lugar na frente de preferência um com uma visão privilegiada", minha amiga me deu uma piscadela e sorri.

Nós duas rodamos um pouco e embora o local esteja cheio, muitos preferiam ainda não sentar, o que nos deu uma vantagem, conseguimos um local com uma visão maravilhosa, daqui poderei ver todos os sarados e gostosos. Tiramos algumas fotos e postamos em nossas redes sociais, logo a minha irmã mandou uma mensagem pedindo para termos juízo. Esse é um apelido carinhoso que a trato na maioria das vezes, já que ela é a minha irmã que cuidou de mim como uma mãe, sou muito grata por tê-la, pois sem Vero, eu não sei o que seria de mim.

Quando anunciaram que a luta iria começar, eu fiquei logo empolgada, Rafa e eu começamos a bater palmas.

A primeira luta foi uma porcaria, o cara chegou cheio de marra e foi nocauteado em segundos, fiquei tão puta que me juntei às pessoas que vaiavam o palhaço, que saiu todo sem graça. As próximas lutas foram perfeitas, aqueles homens musculosos e sarados me deram uma vontade de subir e lamber o peitoral deles. 'Se controla, mulher', meu subconsciente ralhou comigo. Minha amiga olhou para mim e perguntou se havia acontecido alguma coisa, e eu neguei, dizendo que me lembrei de algo engraçado. Tinha um casal ao meu lado e o cara passou a mão em minha coxa com a desculpa de que havia esbarrado, o canalha não respeita nem a mulher que está grudada nele. Quando ele fez a segunda vez, dei um beliscão em seu braço e ele gritou. A mulher perguntou se ele estava bem, e o cara disse que estava com um pouco de dor nas costas e precisava caminhar. Minha amiga, que estava olhando a cena, olhou para mim e sorriu, fazendo um sinal de positivo.

“Amiga, já está nos preparativos para a última luta, sei que prometi não beber, mas eu preciso de um pouco de álcool”, eu sabia que Rafaela não iria suportar ficar sem encher a cara.

"Pode ir que eu guardo o seu lugar e já sabe, nada de aceitar bebidas de estranhos", ela olhou para mim e bufou.

"Tá bom, mamãe", dei um tapa em sua bunda e ela protestou.

Já estava para anunciar os competidores quando minha amiga apareceu com os lábios inchados, nem preciso perguntar o que aconteceu, já que é visível.

"Já caçou alguém nesse meio tempo? Depois eu que sou a quenga."

"Toda mulher é um pouco vadia, só que nós somos acima da média."

"Fale por você, eu sou uma santa", ela olhou para mim de maneira séria e começamos a gargalhar, minha amiga deixa o ambiente muito mais leve, na verdade somos duas palhaças, aí quando nos juntamos só sai palhaçada.

O primeiro competidor foi anunciado e quando ele tirou o capuz revelou ser um cara que eu desejei nunca mais ver na minha vida.

"Amiga, aquele ali não é o Henzo?", ela pergunta e eu afirmo. Aquele é o meu ex, responsável por me fazer jamais apostar em outro relacionamento. "Já estou torcendo para o outro cara."

"Eu estou torcendo duas vezes mais que você", ela sorriu para mim e fizemos o nosso toque.

Estava esperando o outro desafiante e quando ele foi revelado, eu fiquei em choque, simplesmente era o meu chefe, nunca poderia imaginar que Saulo Lucatto um advogado sério é um lutador nas horas vagas. Ele olhou para a plateia, mas não notou a minha presença, e acho até bom, pois duvido que ele irá querer ver uma de suas funcionárias babando por ele. Na verdade, eu que não queria que ele me visse babando naquele corpo perfeito, como nunca havia reparado naquela definição? ‘Sammy, mulher segura.’ Meu subconsciente ralha comigo mais uma vez. 

"Miga, está escorrendo uma babinha aí", minha amiga brincou comigo. "Quem sabe você não consegue uma visitinha na cama dele depois? Tenho certeza de que o cara vai querer descarregar toda a energia."

"Está louca! Rafa, esse é o meu chefe", ela olhou para mim e começou a gargalhar, acho que a bebida já está fazendo efeito em seu organismo.

"Amiga do céu, vou torcer para o seu chefe gostoso baixar a porrada no Henzo", minha amiga conseguia estar mais animada que eu.

A luta começou e a cada soco que o Henzo levava eu batia palmas, Saulo deu uma sequência de socos nele e eu comemorei muito, estava parecendo até uma tiete.

"Se quer ser notada pelo bonitão, tira a blusa", uma mulher tocou o meu ombro.

"E se eu quisesse a sua opinião eu pediria, vai pra casa do caralho e me deixa assistir a melhor luta da noite", a garota voltou para o lugar dela toda sem graça e eu voltei a torcer.

O rosto de Henzo estava acabado e eu estava adorando, Saulo deu mais um golpe nele e o juiz fez a contagem, minha amiga e eu comemoramos mais que todos ali. Como o mal perdedor que é Henzo saiu sem cumprimentar o vencedor e eu puxei vaias para ele.

Com o fim das lutas, fomos para a área do bar que tem próximo, como iria dirigir comprei uma água para tomar.

"Amiga, você me perdoa?", quando Rafa faz biquinho sei que boa coisa não é.

"O que houve, amiga?"

"Quando vim pegar uma bebida, encontrei com um gostoso e marcamos de nos encontrarmos em frente ao bar" - estava me preparando para responder quando um cara aparece e nos oferece bebida, o sorriso dele me deixou um pouco desconfiada, Rafa pegou logo um dos copos de sua mão e antes que ela pudesse pôr na boca analisei o líquido e o fundo e lá estava quase imperceptível.

"Se eu fosse você sairia daqui imediatamente", o cara olhou para mim de cenho franzido.

"Que isso gata é apenas uma bebida."

"Sim, seria apenas uma bebida se ao fundo você não tivesse posto uma substância para nos aplicar um boa noite cinderela. Você se enquadraria no Artigo 215 -A e poderia ficar recluso, o que quer dizer que você será preso de um a cinco anos e como sou uma advogada tenha em mente que conseguirei a maior pena para você", o cara ficou vermelho e saiu correndo."

"Amiga, o que eu faria sem você." Rafa me abraça.

"Provavelmente estaria sendo violentada, amiga, o que eu digo a você para não aceitar bebidas de estranhos. Você confia em todo mundo e isso é um erro grave."

"Mas o bom é que tenho a minha super amiga ao meu lado para me defender."

"Não estarei aqui para sempre, gata. Promete pra mim que será cuidadosa?" – Ela balança a cabeça afirmando. Um tempo depois, o cara que ela marcou aparece e aparentemente não vejo perigo, mas peço a ela que mantenha o celular ligado e me envie a sua localização, e assim ela o faz. Estava me preparando para ir ao estacionamento quando alguém toca o meu braço.

"Linda, nós precisamos conversar." – Quando me virei, era Henzo com a cara toda arrebentada."

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