No dia seguinte chego à empresa e sou recepcionada por Alice, que se tornou uma amiga de trabalho.
— Bom dia, Sammy. Como está? E o bonitão do Pedro, como está? – Ela pergunta com um sorrisinho de canto.
— Está no trabalho, mas não nos vimos direito ontem.
— E por que? – Ela pergunta.
— Eu estava na casa da minha irmã, jantei com ela, meus sobrinhos e com meu cunhado. – Ela franze o cenho.
— Acho tão estranho você chamar a sua irmã assim.
— Mas é o que ela é para mim.
Alice se despede e vou para minha sala. Minha cabeça começa a doer e eu sei que é falta do meu café.
Alguém b**e em minha porta e peço para entrar. Saulo aparece com um copo de café.
— Obrigada, minha cabeça está latejando e eu sei bem que é falta desse líquido. – Sorvo um pouco de café e sorrio. Isso é uma maravilha.
— Que bom que gostou. – Saulo olha para mim e eu retribuo o olhar, sem entender o que ele ainda quer comigo. Ele se toca e sai.
Ligo o computador e começo meus trabalhos. No horário do almoço, Alice me arrasta para comer com ela, Samuel e Luís. Quando nós duas chegamos, vejo uma mulher sentada à mesa com os meninos e nos aproximamos.
— Virginia, finalmente você voltou. – As duas se abraçaram e Alice me puxou para perto dela e nos apresentou.
— Muito prazer, Sammya, ouvi falar muito a seu respeito. – Ela exibia um sorriso amigável e nos cumprimentamos com dois beijos.
— E então pessoal, vamos fazer os nossos pedidos, pois daqui a pouco teremos que voltar para o trabalho. – Luís nos diz e assentimos.
— Então pessoal, vamos fazer os nossos pedidos, pois daqui a pouco teremos que voltar – Samuel nos diz.
Enquanto esperávamos, descobri que Virginia é advogada urbanista e achei bastante interessante. Até que o almoço foi muito bom, nos divertimos e contamos histórias sobre nossos casos no tribunal. Quando vimos, já estava na hora de voltarmos ao trabalho. Já em minha sala, meu celular tocou e vi que era Leonardo.
— Oi moça bonita. – Ele me cumprimenta.
— Oi meu gato, o que precisa de mim? – Perguntei e ele sorriu.
— Eu quero muito que vá à festa na sexta, estou com saudades de você. – Tenho certeza que a Rafa o mandou me convidar.
— Isso tem dedo da minha amiga, não é? – Perguntei a ele, que suspirou.
— É muito difícil enganar você, Rafa me mandou te convencer. – Sabia, só não ganho na loteria. — Eu quero muito que vá, o seu amigo mais gato tá implorando.
— Deixa Pedro ouvir isso. – Avisei a ele que precisava desligar e nos despedimos.
Finalmente, o trabalho foi encerrado e fomos para casa. Samuel e Alice me deram uma carona e os agradeci. Liguei para a oficina e me avisaram que precisavam fechar por hoje, mas me disseram que amanhã poderia pegá-lo sem problemas.
Imagina o que é para uma pessoa que vai à padaria dirigindo ficar sem carro? No dia seguinte, já estava arrumada quando ouvi alguém buzinar embaixo da minha janela e, quando fui olhar quem era, me surpreendi ao ver Saulo à minha espera. Desci para me encontrar com ele.
— Bom dia, senhorita, precisa de uma carona? – Ele me pergunta com um sorriso.
— Bom dia, senhor, como soube que eu ainda estava sem carro? – Samuel me deu um sorrisinho de lado.
— Apenas sei das coisas, entra logo e aproveitamos para tomar café.
Paramos em uma Starbucks e tomamos café. Assim que terminamos, voltamos para o carro e fomos para a empresa. Quando entramos, Veronica, que estava na recepção, me olhou com olhos julgadores, mas não dei importância, pois não havia feito nada de errado.
Fui direto para a minha sala e na hora do almoço, quando Alice veio me convidar, avisei a ela que não comeria, pois precisava sair mais cedo para buscar o meu carro na oficina. Ela ainda insistiu algumas vezes, e eu disse que estava tudo bem. Voltei ao meu trabalho e estava completamente distraída lendo o meu novo livro, que me assustei quando ouvi as batidas na porta. Dei permissão para a pessoa entrar, e Saulo se revelou em minha frente.
— Fiquei sabendo que você pulou o almoço, então trouxe um lanche para você. – Saulo é uma pessoa solicita. Tive alguns chefes bondosos, mas ele é o melhor de todos. Sempre percebo ele preocupado com os funcionários, e isso é muito bom. — Por que não quis almoçar com o pessoal? – Expliquei a ele o motivo e disse que me deixaria na oficina.
— Não acho muito prudente. Você já fez muito por mim. – Saulo estava prestes a abrir a boca quando Wesley chegou esbaforido.
— Você estava certo, meu amigo. A tal da Thereza acabou de confessar. – Olho para ele sem entender. — Me desculpe, nem falei com você. – Ele me cumprimenta e volta a falar com Saulo.
— Não sou eu que devo os parabéns. Quem descobriu tudo foi a Sammya. – Os dois me olham, e eu os agradeço.
— Apenas fiz o meu trabalho. – Digo a eles, que se entreolham.
— Muito modesta. Ninguém se atentou aos mínimos detalhes. – Wesley me disse, e eu o agradeci.
Os dois se retiram, e eu voltei ao trabalho às quatro horas. Avisei a Saulo que estava indo embora, e Wesley, que estava em sua sala, me ofereceu uma carona. Eu rejeitei, mas ambos insistiram, e eu acabei aceitando. Wesley era um cara bacana, e durante todo o trajeto, conversamos. Minha irmã sempre diz que eu tenho uma facilidade muito grande de fazer amizades, e isso é verdade, mesmo com meu humor negro. Ele me deixou na oficina, e nos despedimos.
Peguei o meu "bebezinho" e fui para casa feliz da vida, ouvindo Beyoncé. Assim que cheguei, tirei minha roupa e tomei um banho relaxante. Em seguida, pus uma marmita para esquentar e me sentei no sofá. Estava prestes a comer quando a campainha tocou, e mesmo reclamando, fui atender. Quando abri a porta, dei de cara com a minha amiga e reclamei com ela.
— Criatura, cadê a cópia da chave que te dei? – Pergunto a ela enquanto voltava a me sentar.
— Está em casa. Na verdade, eu nem ia passar aqui, mas aí pensei que você talvez quisesse uma companhia que não fosse masculina. – Ela sorria para mim, e tenho certeza de que tem mais coisa aí no meio.
— Anda, para de enrolar e conta a verdade. Que merda você aprontou dessa vez? – Perguntei a ela, que respirou fundo.
— Não dá para mentir pra você. Vou te contar. É que um cara quase me atropelou e aí fiquei com raiva e taquei uma pedra no carro dele. Juro que não era minha intenção.
— E? – Perguntei, já abandonando a comida por um tempo.
— O vidro do cara quebrou. Aí, quando ele estava prestes a sair do carro, eu vi um táxi e me joguei dentro, parando aqui. – Se eu sou impulsiva, Rafa é muito mais do que eu.
— E por que não ficou lá para esclarecer as coisas? – Perguntei, e ela me olhou como se eu fosse burra.
— Se esqueceu que eu já sou fichada pela polícia por agressão? Se eu parar lá novamente pelo mesmo motivo, meu pai vai pirar. – Ela sentou apreensiva. — Eu não tenho um pai postiço com conexões suficientes para poder fazer a minha ficha sumir.
— Em primeiro lugar: eu agredi o meu ex-namorado, e isso porque ele estava me traindo. Já você, minha cara amiga, bateu em uma colega da faculdade na frente da classe inteira e, em menos de dois meses, agrediu um segurança em uma loja.
— Mas o filho da puta estava atrás de mim, me seguindo como se eu fosse roubar alguma coisa.
— Ele não estava achando que você estava querendo furtar nada. O rapaz apenas estava cumprindo o seu dever.
Ela ficou emburrada, e eu disse a ela que, se o cara a encontrasse, era para me chamar, que iria resolver.
— Por isso que é bom ter uma amiga advogada. – Ela me beijou, e eu dei o dedo do meio a ela.
Como Rafa já estava mais relaxada, ela resolveu ir para a cozinha esquentar uma das minhas marmitas. Quando ela retornou, colocamos um filme e assistimos enquanto comíamos.
No dia seguinte, acordei cedo e fui até o outro quarto chamar a minha amiga. Ela acordou rapidamente e eu já estava completamente arrumada, mas esperei que ela se arrumasse para poder levá-la até o seu carro. Assim que a deixei partir para a empresa, quando cheguei, vi Wesley de cara amarrada e perguntei o motivo de sua irritação.— Uma maluca quebrou o meu vidro ontem, estou possesso de raiva. – Ele disse, e eu sabia que se tratava da minha amiga, o que não era nada bom.— E em que altura foi isso? – Perguntei para poder ter certeza. Quando ele diz, eu tenho certeza que é ela.— Quando eu puser as minhas mãos naquela maluca, ela vai ver! Como ela pode fazer isso? Mais tarde vou fazer tudo para conseguir as gravações da câmera de segurança da rua, e a mulher está fodida na minha mão.Todos olharam para ele falando palavrão, mas o cara estava tão nervoso que nem percebeu. Preciso conversar com a minha amiga para que ela resolva isso o quanto antes. Será bem melhor para todos nós. Saude
Saulo Lucatto. Estava em casa sozinho, apreciando a minha paz, quando recebo a ligação que acaba com toda a minha paz.— Amorzinho, peraí, meninas. Saulinho, irei ficar um pouco mais aqui, o dinheiro que você me mandou não é suficiente. – Se eu soubesse que a minha vida iria acabar naquele maldito dia em que eu disse sim, com certeza eu teria saído daquele maldito altar e chamaria meu amigo para tomarmos uma cerveja.— Eu já lhe dei dinheiro, Marina, o suficiente para passar mais de um ano na França – ouço ela falar algo com as meninas e se afasta.— Saulo, você sabe muito bem que sua carreira está em minhas mãos, não é? Você seria preso e o seu império iria ruir num estalar de dedos. – Que desgraçada.— Tudo bem, eu te mandarei o dinheiro necessário e, se quiser, pode viver aí para sempre. – Ela dá uma gargalhada.— Depois que eu me cansar daqui, voltarei para casa ou, quem sabe, viajarei para algum outro lugar e te deixarei em paz para trepar com quem quiser. – Se eu pudesse, a mat
Sammya MacielApós um dia longo e estressante de trabalho, fui para casa. Quando cheguei, Pedro e Rafa estavam à minha espera. Assim que cheguei, meus amigos me mandaram me arrumar.— Hei, a tal festa não irá começar às dez, por que temos que ir cedo? – Perguntei a eles, que sorriram.— Na verdade, nós iremos nos divertir antes, sua chata. Você foca muito no trabalho, está na hora de se divertir também. – Minha amiga disse, e meu amigo concordou.Fui para o quarto me arrumar e, quando cheguei, ouvi as vozes dos meus amigos animados conversando com alguém. Me pergunto por que sempre a minha casa é um ponto de encontro.Depois de arrumada, desci e encontrei Leo à nossa espera.— Você está uma gata, Sammy. – Ele me disse, e eu fui ao seu encontro e lhe dei um beijo no canto da boca.— Você também não está nada mal. – Disse a ele, que me abraçou.— Por que você não me cumprimentou assim quando chegou? – Rafa perguntou, e ele deu de ombros.— Até onde eu saiba, você tem vários ficantes, vá
Quando cheguei em casa liguei para Saulo e avisei do meu retorno para ele que pareceu bem contente e me explicou do que precisava e eu perguntei se ele poderia me encontrar em minha casa. — Chego aí em meia hora. – Ele me diz. — Não esqueça de trazer as pastas. – Desligamos o celular e eu aproveitei para tomar um banho porque estou suada. Estou muito cansada, mas quando o assunto é trabalho eu não recuso, estava na cozinha me servindo de uma taça de vinho quando minha campainha tocou e eu sabia que era meu chefe. Abri a porta e fiz menção para ele entrar. — Desculpe vir assim, mas estava trabalhando em casa e temos um novo caso que me lembrou muito você. – Ele diz e eu me animo. — Não tem problema, quando o negócio é trabalho eu fico eufórica, pareço uma louca não é? – Pergunto a ele que negou. — Eu também sou assim,quando fazemos algo por amor é desse jeito. Será que pode me servir um pouco desse vinho? – Ele pede, então vou até a cozinha e pego uma taça e a garrafa de vinho q
— Não nos conhecemos. Como se chama, querida? – A senhora me perguntou.— Mãe essa é minha amiga Sammya, ela é a mais nova advogada lá do escritório.– Saulo e depois olha para mim — Sammya, essa é Luciana Lucatto, minha mãe.— É um prazer conhecê-la, senhora Luciana. – Estendo a minha mão, mas ela me surpreende e me abraça.— Não me chame de senhora,não tão velha assim querido pode me chamar de você, como vi que você adorou as minhas petúnias eu vou te fazer um tour com você mais tarde, agora vem quero que conheça a minha filha, vocês são muito parecidas.Ela me arrastou deixando o filho para trás, eu estava um pouco sem jeito, mas por que eu não conhecia as pessoas, Luciana me puxou e me levou até uma mulher que era idêntica a Saulo, será que eles são gêmeos? Estava muito curiosa para saber.— Vem querida. Filha essa aqui é uma amiga de trabalho de Saulo, Sammya. – Ele me apresentou.— Muito prazer, eu sou Sophia Lucatto, a irmã mais linda e gata de Saulo. – Ela me puxou para um abra
Saulo LucattoO almoço com meus pais foi muito bom, até mesmo minha irmã cooperou e não encheu o meu saco deve ser porque ela não queria demonstrar ao namorado quem era de verdade ou será que realmente Sophia amadureceu? Cheguei em casa e Marina me liga pedindo mais dinheiro como eu queria que ela ficasse longe de mim, dei até além do que ela pediu. Minha mãe me ligou e quando atendi ela começou a falar.— Meu filho, sua amiga é fantástica, por favor, a traga mais vezes. – Eu sabia que minha mãe gostaria dela.— Sammya é muito legal mesmo, mas já sei o que está pensando dona Luciana e nem tente, pois como eu disse somos amigos. – Ouvi o sorriso de minha mãe.— Tudo bem meu filho, mas quero que saiba que eu gostaria de tê-la como nora, Sam é uma apreciadora de petúnias e só por isso eu sei que ela é perfeita.— Ok, mãe, estou um pouco cansado e preciso dormir. – Nós nos despedimos e eu me servi de uma dose de uísque e fiquei ali pensando na vida minha vida.No dia seguinte acordei co
Rafaela Nunes Sammya e eu nos conhecemos a alguns anos, na verdade nós éramos um trio composto por Sammya, Jéssica e eu. Quando nos conhecemos, tínhamos seis anos e rapidamente nos tornamos melhores amigas de cara, Jéssica entrou para o grupo quando todas estavam com nove anos, nesse meio tempo os pais de Sammy faleceram deixando ela e Vero órfãs. Nossa amizade só se fortaleceu e Jéssica e eu ajudamos nossa amiga a passar por esse difícil processo. Meus se divorciaram muito cedo e então minha mãe cuidou de mim, na fase da adolescência, minhas amigas e eu começamos a sair, nós tínhamos dezesseis anos e Raul, um amigo nosso nos convidou para uma festa de seu primo todas estávamos animadas, mas para a nossa tristeza a Vero irmãe de Sammy não a deixou ir, ela disse que sentiu algo estranho, eu até incentivei a minha amiga a ir escondida, mas ela é muito obediente e acabou ficando em casa. No dia da festa Jéssica e eu nos arrumamos e quando estávamos saindo minha mãe pediu para termos c
Sophia LucattoPassei alguns anos fora do Brasil, mas estava sempre sendo atualizada sobre a minha família e principalmente meu irmão e confesso que quando minha mãe me confidenciou sobre a tristeza de Saulo fiquei preocupada, meu irmão gêmeo é um idiota as vezes é um cara muito bacana que não merece sofrer, mas desde que conheceu Marina o jeito dele se modificou. Quando conheci minha cunhada percebi que ela não era a mulher certa para ele, mas sabe com homem é idiota principalmente quando toma um chá bem dado. Ao anunciar meu retorno para o Brasil, meus pais ficaram eufóricos e queriam fazer uma grande festa, o que precisei intervir para não acabar se tornando apenas uma festa de negócios igual os meus aniversários, avisei que levaria meu namorado e todos ficaram curiosos já que eles sabiam que eu não namorava ninguém, meus pais embora sejam liberais prezam por algumas tradicionalidades e o casamento é uma delas, eles sempre me cobram que para que eu case logo e dê netos a eles, dá u