Sammya Maciel
Após um dia longo e estressante de trabalho, fui para casa. Quando cheguei, Pedro e Rafa estavam à minha espera. Assim que cheguei, meus amigos me mandaram me arrumar.
— Hei, a tal festa não irá começar às dez, por que temos que ir cedo? – Perguntei a eles, que sorriram.
— Na verdade, nós iremos nos divertir antes, sua chata. Você foca muito no trabalho, está na hora de se divertir também. – Minha amiga disse, e meu amigo concordou.
Fui para o quarto me arrumar e, quando cheguei, ouvi as vozes dos meus amigos animados conversando com alguém. Me pergunto por que sempre a minha casa é um ponto de encontro.
Depois de arrumada, desci e encontrei Leo à nossa espera.
— Você está uma gata, Sammy. – Ele me disse, e eu fui ao seu encontro e lhe dei um beijo no canto da boca.
— Você também não está nada mal. – Disse a ele, que me abraçou.
— Por que você não me cumprimentou assim quando chegou? – Rafa perguntou, e ele deu de ombros.
— Até onde eu saiba, você tem vários ficantes, vários que podem te beijar quando quiser, e eu não sou de distribuir beijos a qualquer um. – Ela o olhou e deu o dedo do meio, nos fazendo rir.
Quem não estava gostando da minha proximidade com Leo era Pedro, que não estava muito à vontade. Minha amiga nos chamou para comer, e quando eles queriam tirar na sorte para ver quem dirigiria, eu disse que todos nós deveríamos ir de táxi, que seria mais seguro, e eles concordaram.
— No final, vamos nos encontrar na casa de Sam. – Olhei para ela de soslaio.
— Minha casa não é albergue, e duvido que vocês encontraram alguém melhor para ficarem.
Pegamos o táxi e fomos comer. Assim que nos alimentamos, fomos para a festa. Quando chegamos, logo encontramos amigos de longa data e nos juntamos a eles. Max estava gato, mas sempre foi pura encrenca, e eu sabia disso. Minha amiga sem noção estava encantada por ele, e eu a chamei.
— Amiga, cuidado, sabe que ele é perigoso. Max sempre andou com um povo estranho no passado. Não beba nada que ele oferecer a você.
— Eu sei, amiga. Relaxa, vou ficar do seu lado, mesmo o cara sendo um pedaço de mal caminho.
— Toma jeito, Rafa. – Digo a ela.
— Para as minhas meninas favoritas. – Pedro traz bebidas, e mesmo ele sendo confiável, eu verifico a bebida, já que não confio em ninguém além da minha irmã, do Rogério e da Rafa.
A festa começou a todo vapor, e comecei a dançar alegremente. Até que esbarrei em alguém e pedi desculpas. Quando me virei, era Wesley. Ele sorriu para mim, e ficamos conversando por um tempo. Até que Leo e Pedro apareceram, e eu precisei me revezar para dançar com os dois. Esse negócio já estava ficando muito chato, os dois não largavam do meu pé. Quando consegui me desvencilhar dos idiotas, fui para fora e encontrei Wesley parado em um carro fumando.
— Oi pra você de novo, não sabia que fumava. – Digo a ele que sorriu.
— Eu fumo socialmente e você aceita? – Ele me oferece um cigarro e eu neguei.
Expliquei a ele que se minha irmãe souber que eu voltei a fumar ela me matará e ele riu e depois olhou para mim confuso, ele me perguntou sobre o uso da palavra que uso para me referir a minha irmã, depois que expliquei a ele, Wesley sorriu e perguntou se meus pais trabalhavam muito e por isso minha imãe tomava conta de mim.
— Na verdade a minha irmã me criou assim que meus pais morreram, eu tinha apenas nove anos quando eles vieram a óbito. – Wesley olhou para mim pesaroso e eu pedi para que não me olhasse daquela forma e ele se desculpou.
Rapidamente mudamos de assunto e do nada começamos a falar sobre Saulo, Wes me contou coisas básicas e de como os dois começaram a amizade deles, achei bem fofo a amizade dos dois começaram.
— Agora eu entendi sobre a amizade de vocês, a minha com meus amigos também começou de forma engraçada.
— Mas pelo que vi, seus dois amigos brigam por você, quer dizer, para chamar a sua atenção.
— Está falando de quem do Leo e do Pedro? – Perguntei e ele confirmou — os dois são apenas dois idiotas, eles disputam pela minha atenção a anos, mas fazem isso porque sabem que o que sinto por eles é apenas amizade.
— E o seu namorado? Deve ficar com ciúmes.
— Eu não tenho namorado a muito tempo, Pedro e eu temos um relação de amizade colorida, mas não passa de amizade com sexo, meu coração não b**e forte por ninguém a muito tempo, conversamos por um bom tempo e resolvemos voltar.
Quando voltei para a festa minha amiga estava fazendo completamente ao contrário do que havia me dito, ela estava completamente bêbada e dançava agarrada a Max, Wesley ficou ao meu lado e logo em seguida meus amigos se juntaram a nós e ficamos conversando mais eu não tirava os olhos de Rafa até que a vi engolir um comprimido e eu sabia exatamente do que se tratava.
— Meninos, vou tirar a Rafa dali e levá-la para casa, estou com medo de que aconteça, vocês sabem o que? – Pedro e Leo olharam para mim preocupados enquanto Wesley olhou para mim sem entender.
Consegui tirar minha amiga do meio de Max e a levei para casa, durante o trajeto ela reclamou que eu acabei com sua diversão, mas eu sei que no dia seguinte ela me agradecerá, o que foi dito e feito no dia seguinte Rafa acordou sem lembrar de nada que havia feito e quando contei a ela me agradeceu por tê-la tirado de lá.
— Ai amiga, eu disse tanto que você deveria ir para se divertir, mas o que acabou fazendo foi virando babá de uma idiota aqui – ela me diz e eu digo que não há problema — claro que tem Sammy, eu preciso parar de me deixar influenciar pelas pessoas, eu poderia ter tido o mesmo fim de Jéssica.
— Não gosto de lembrar disso, a culpa também é minha, se eu tivesse ido com vocês talvez eu pudesse ter evitado a fatalidade.
— Você é a menos culpada de todas, pois você não foi e ainda nos alertou para não irmos, mas não te escutamos e ainda zombamos de você pelas costas – minha amiga me revela — Nós iremos sair e eu serei a sua escrava. – Ela brinca comigo. Vero ficará muito feliz com isso e ela concordou.
Quando avisei a Vero que Rafa e eu estávamos indo para sua casa passar o dia com ela, minha irmãe ficou muito contente e disse que faria strogonoff para nós, pois ela sabe que Rafa e eu adoramos. Assim que cheguei meus monstrinhos pularam em mim e me arrastaram para brincar com eles. Precisei me dividir entre brincar de boneca com Gabi e brincar de bola no quintal com Bernardo, esses dois dão um trabalhão e parece que a "bateria" não acaba nunca, quando o almoço ficou pronto Bernardo, Gabriela e eu estávamos completamente sujos de terra, pois ficamos rolando no gramado.
— Os três já, pro banho, estão imundos. Vão tomar banho seus leitõezinhos. – Vero pois a mão na cintura e ficou batendo o pé.
— Quem chegar por último é a mulher do padre. – Subimos as escadas correndo e enquanto Veronica gritava conosco.
Assim que desci as crianças estavam completamente limpas e sentadas à mesa, minha irmãe ralhou comigo por correr as escadas e incentivar os meu sobrinhos, mas mesmo estando um pouquinho irritada ela sorria contente, Vero sempre gostou da casa cheia.
— Nossa parece que voltamos aos velhos tempos, eu quero um beijo duplo. – Rogério chegou e virou a bochecha para que beijássemos. — Minhas primeiras filhas.
— Na verdade, com nós duas você aprendeu o que fazer para não criar pessoas como nós. – Rafa debochou e ele a olhou sem entender.
— Rafaela, você e Sam, são lindas talentosas, têm excelentes empregos e são meninas maravilhosas, o que mais Veronica e eu poderíamos pedir.
Rafa e eu o abraçamos bem apertado, minha amiga não tem um bom relacionamento com seu pai, então ela ficava horas aqui e Rogério a tratava com filha igual a mim. Ele sempre nos defendia de Vero e várias vezes me dava dinheiro escondido, além de me tirar de algumas enrascadas quando mais nova.
O Sábado foi perfeito, me despedi de todos e deixei Rafa em casa, no meio do caminho estava indo para minha casa quando Saulo me ligou, aproveitei o sinal vermelho e atendi.
— Aconteceu alguma coisa, Saulo, algum caso de última hora? – Perguntei colocando no viva-voz e voltando a dirigir.
— Você está na rua? Está dirigindo? – Ele perguntou e eu afirmei. — Quando chegar em casa me ligue, pois preciso conversar com você.
Pelo tom da sua voz eu sabia que tinha algum caso novo e complicado para resolvermos e eu estava muito empolgada com isso.
Quando cheguei em casa liguei para Saulo e avisei do meu retorno para ele que pareceu bem contente e me explicou do que precisava e eu perguntei se ele poderia me encontrar em minha casa. — Chego aí em meia hora. – Ele me diz. — Não esqueça de trazer as pastas. – Desligamos o celular e eu aproveitei para tomar um banho porque estou suada. Estou muito cansada, mas quando o assunto é trabalho eu não recuso, estava na cozinha me servindo de uma taça de vinho quando minha campainha tocou e eu sabia que era meu chefe. Abri a porta e fiz menção para ele entrar. — Desculpe vir assim, mas estava trabalhando em casa e temos um novo caso que me lembrou muito você. – Ele diz e eu me animo. — Não tem problema, quando o negócio é trabalho eu fico eufórica, pareço uma louca não é? – Pergunto a ele que negou. — Eu também sou assim,quando fazemos algo por amor é desse jeito. Será que pode me servir um pouco desse vinho? – Ele pede, então vou até a cozinha e pego uma taça e a garrafa de vinho q
— Não nos conhecemos. Como se chama, querida? – A senhora me perguntou.— Mãe essa é minha amiga Sammya, ela é a mais nova advogada lá do escritório.– Saulo e depois olha para mim — Sammya, essa é Luciana Lucatto, minha mãe.— É um prazer conhecê-la, senhora Luciana. – Estendo a minha mão, mas ela me surpreende e me abraça.— Não me chame de senhora,não tão velha assim querido pode me chamar de você, como vi que você adorou as minhas petúnias eu vou te fazer um tour com você mais tarde, agora vem quero que conheça a minha filha, vocês são muito parecidas.Ela me arrastou deixando o filho para trás, eu estava um pouco sem jeito, mas por que eu não conhecia as pessoas, Luciana me puxou e me levou até uma mulher que era idêntica a Saulo, será que eles são gêmeos? Estava muito curiosa para saber.— Vem querida. Filha essa aqui é uma amiga de trabalho de Saulo, Sammya. – Ele me apresentou.— Muito prazer, eu sou Sophia Lucatto, a irmã mais linda e gata de Saulo. – Ela me puxou para um abra
Saulo LucattoO almoço com meus pais foi muito bom, até mesmo minha irmã cooperou e não encheu o meu saco deve ser porque ela não queria demonstrar ao namorado quem era de verdade ou será que realmente Sophia amadureceu? Cheguei em casa e Marina me liga pedindo mais dinheiro como eu queria que ela ficasse longe de mim, dei até além do que ela pediu. Minha mãe me ligou e quando atendi ela começou a falar.— Meu filho, sua amiga é fantástica, por favor, a traga mais vezes. – Eu sabia que minha mãe gostaria dela.— Sammya é muito legal mesmo, mas já sei o que está pensando dona Luciana e nem tente, pois como eu disse somos amigos. – Ouvi o sorriso de minha mãe.— Tudo bem meu filho, mas quero que saiba que eu gostaria de tê-la como nora, Sam é uma apreciadora de petúnias e só por isso eu sei que ela é perfeita.— Ok, mãe, estou um pouco cansado e preciso dormir. – Nós nos despedimos e eu me servi de uma dose de uísque e fiquei ali pensando na vida minha vida.No dia seguinte acordei co
Rafaela Nunes Sammya e eu nos conhecemos a alguns anos, na verdade nós éramos um trio composto por Sammya, Jéssica e eu. Quando nos conhecemos, tínhamos seis anos e rapidamente nos tornamos melhores amigas de cara, Jéssica entrou para o grupo quando todas estavam com nove anos, nesse meio tempo os pais de Sammy faleceram deixando ela e Vero órfãs. Nossa amizade só se fortaleceu e Jéssica e eu ajudamos nossa amiga a passar por esse difícil processo. Meus se divorciaram muito cedo e então minha mãe cuidou de mim, na fase da adolescência, minhas amigas e eu começamos a sair, nós tínhamos dezesseis anos e Raul, um amigo nosso nos convidou para uma festa de seu primo todas estávamos animadas, mas para a nossa tristeza a Vero irmãe de Sammy não a deixou ir, ela disse que sentiu algo estranho, eu até incentivei a minha amiga a ir escondida, mas ela é muito obediente e acabou ficando em casa. No dia da festa Jéssica e eu nos arrumamos e quando estávamos saindo minha mãe pediu para termos c
Sophia LucattoPassei alguns anos fora do Brasil, mas estava sempre sendo atualizada sobre a minha família e principalmente meu irmão e confesso que quando minha mãe me confidenciou sobre a tristeza de Saulo fiquei preocupada, meu irmão gêmeo é um idiota as vezes é um cara muito bacana que não merece sofrer, mas desde que conheceu Marina o jeito dele se modificou. Quando conheci minha cunhada percebi que ela não era a mulher certa para ele, mas sabe com homem é idiota principalmente quando toma um chá bem dado. Ao anunciar meu retorno para o Brasil, meus pais ficaram eufóricos e queriam fazer uma grande festa, o que precisei intervir para não acabar se tornando apenas uma festa de negócios igual os meus aniversários, avisei que levaria meu namorado e todos ficaram curiosos já que eles sabiam que eu não namorava ninguém, meus pais embora sejam liberais prezam por algumas tradicionalidades e o casamento é uma delas, eles sempre me cobram que para que eu case logo e dê netos a eles, dá u
Sammya Maciel Hoje é o dia em que eu vou me reencontrar com Benjamin nem acredito nisso, não o vejo desde o dia em que minha amiga e eu brigamos com ele e o Victor. Helena chegou ao meu escritório acompanhada de seus pais, ela estava reprimida e eu sabia o que ela estava sentindo, mas como advogada eu preciso analisar tudo com cautela e nada de emoção. Peço a ela que me conte sobre tudo novamente e repassamos tudo para que o júri de instrução funcionasse e que o acusado fosse a júri popular. Chegamos lá e mesmo estando velho eu consegui reconhecer aquele cara. "Sem sentimentalismo Sam." Disse a mim mesma e respirei fundo.— Oi, Sammy, você está linda como sempre. – Nunca tivemos intimidade no passado, agora, então muito menos só que eu sabia que precisava ser profissional.— Benjamin, enfim nos reencontramos. – Disse a ele que me estendeu a mão e eu apertei.Um calafrio percorreu a minha espinha e senti muito medo naquele momento só não podia demonstrar.— Uma pena que estamos em la
Saulo LucattoAcordei na manhã seguinte os flashes da noite passada me vieram a mente e me lembrei que beijei Sammya, eu estava louco para fazer isso a muito tempo, mas não sabia como, não posso usar a bebida como desculpa e nem quero, quando fui tomar banho me lembrei do toque de Sammya durante o nosso beijo e só de pensar nela meu amiguinho deu sinal de vida e precisei me aliviar. Já a caminho do trabalho parei em um starbucks e comprei dois cafés, tomei o meu e o de outro guardei para Sammy, quando cheguei na empresa meu amigo quis tomar a bebida mais dei um tapa em sua mão e disse que ele já tinha dona, o que o fez sorrir. Fui para a sala de Sam e bati na porta.— Bom dia. – Digo a ela que retribui. — Lhe trouxe café.— Muito obrigada. – Depositei o copo em sua mesa e ela me agradeceu novamente.— Será que podemos conversar? – Peço a ela que tira os olhos do documento que está lendo e olha para mim.— Acho que esse não é o lugar, mas se você tiver tempo podemos almoçar o que acha?
Assim que cheguei em casa, vi que ela estava completamente limpa e vi minha ‘irmãe’ saindo do meu quarto com um cesto de roupa na mão.— O que foi? Parece que viu um fantasma. – Ela diz, e eu sorri sem jeito.— Não sabia que você estava aqui, por isso estou surpresa. – Digo a ela, que olhou para mim e soltou uma lufada de ar.— Alguém precisa te ajudar com a bagunça que é a sua casa. Já pensou em contratar alguém para limpeza, mesmo que seja esporadicamente? – Ela me perguntou, e eu neguei.— Você sabe que não confio em pessoas estranhas dentro da minha casa.— Mas deveria saber por quê. Olha como este lugar parece um chiqueiro. Credo!— Já entendi, Vero? – Ela me mandou tomar banho, e corri para o chuveiro. Aff! A casa nem estava tão bagunçada assim. Ela realmente tomou o lugar da nossa mãe até na hora de encher o saco.Depois do banho, voltei à sala e perguntei pelas crianças, e ela me avisou que elas estão com Rogério.— Como você tira tempo para trabalhar, cuidar da sua casa, das