THEODORODepois que saímos de casa, notei que Zah estava curiosa para saber para onde estávamos indo, mas não fez perguntas, apenas olhava pela janela para tentar ver se reconhecia o caminho. Durante todo o percurso, fiz questão de manter uma de minhas mãos em sua perna, pois precisava senti-la para saber se aquilo era mesmo real. Quando estacionei o carro em frente ao restaurante, ela sorriu ao reconhecer o local. Depois de olhar ao redor e perceber que o estacionamento estava vazio, pareceu ficar preocupada e quis saber:— Tem certeza de que está funcionando hoje?— Sim, eu tenho uma reserva.— Não vai me dizer que...— Sim, eu pedi que fechassem o restaurante só para nós dois.— Theo!— Eu não queria que fossemos incomodados porque essa é uma noite especial para nós.— E o que tem de tão especial?Para não ter que responder sua pergunta e correr o risco de acabar estragando a surpresa, saí e dei a volta no carro para abrir a porta dela. Entrelacei nossos dedos e começamos a caminh
ZAHARADepois do jantar surpresa que Theo armou para nós dois, tivemos uma noite quente, regada a muito sexo, acabei adormecendo em seus braços. Pela manhã, quando abri os olhos, percebi que estava sozinha na cama, mas logo o cheiro de café recém coado entrou pelo quarto.Ao olhar na direção da porta, vi quando Theo entrou no quarto, trazia uma bela bandeja de café da manhã e logo que ele colocou sobre a cama, pude ver que tinha frutas frescas cortadas, suco de laranja natural, torradas, ovos mexidos, geleia e um jarrinho com uma única rosa vermelha.— Bom dia, bela adormecida. — Ele depositou um beijo na minha testa antes de se sentar ao meu lado.— Bom dia! — peguei um morango suculento do pote. — Adoro ser mimada com café na cama.— Achei que você merecia se alimentar depois da noite agitada que tivemos.— Obrigada por ser tão atencioso.— Ansiosa para contar para nossas famílias que estamos juntos?— Sim — mordi o morango. — Só estou preocupada com a repercursão que isso terá quan
THEODOROTrês anos depois...Encontrei Zahara sentada no sofá quando entrei no apartamento, estava assistindo um documentário de true crime, segundo ela para ficar mais por dentro do universo do próximo personagem que interpretaria em um filme.— Já chegou, querido? — Ela perguntou assim que notou que eu tinha chegado. — Como foi seu dia?— Muito estressante — Ela curvou a cabeça para trás e aproveitei para dar um beijo nela. — Acredita que um cliente quer que mude o projeto todo depois de ter aprovado o anterior só porque se separou da esposa?— Nossa, que merda.Dei a volta no sofá e me joguei ao seu lado, puxei suas belas pernas para cima do meu colo e comecei a fazer uma massagem.— Nem me fale. Como foi a sua reunião com o diretor do filme?— Tive que recusar o papel.— Mas você estava tão empolgada com a personagem. O que fez você mudar de ideia?— Bom... Digamos que pelos próximos nove meses estarei ocupada com outra coisa.— Algum outro filme?— Não!— Teatro?— Também não.—
THEODOROEu estava em meu escritório analisando umas planilhas da empresa para a reunião do dia seguinte. Olhava o relógio em meu pulso a cada cinco minutos, mas os ponteiros pareciam se arrastar em câmera lenta. Mal podia esperar que o dia terminasse para ficar livre de tudo aquilo e poder começar a curtir o final de semana.As sete em ponto, comecei a guardar minhas coisas, mas fui interrompido quando meu celular começou a tocar em algum canto da sala. Depois de remexer nos papéis, acabei encontrando-o. Era Isaac, meu melhor amigo.— Onde você está, Theo?— Ainda estou na empresa. Por quê?— Você vai na festa do Gabriel?— Claro. Você sabe que não rejeito uma festa por nada nesse mundo.— Te encontro lá às 20h.Logo que terminei de guardar tudo, peguei o paletó pendurado na cadeira, apaguei as luzes da minha sala e entrei no elevador. Passando pela recepção, cumprimentei o segurança e a recepcionista e fui para o estacionamento ao encontro do meu Jaguar Sport preto.Assim que estaci
ZAHARAChiara me atentou o juízo desde o momento que soube que estava na cidade, ela queria que eu a acompanhasse numa festa, que acabei cedendo. Ela não me deu muito detalhes, mas eu sabia que seria uma festa para pessoas ricas e influentes e tinha cara de que seria muito chata.Quando meu celular começou a tocar em cima da cama, já sabia que era minha melhor amiga, mas dei uma espiada só para confirmar e acabei atendendo.— Oi, Chiara.— Estou aqui parada na frente do seu hotel tem uns cinco minutos.— Já estou saindo — respondi enquanto trancava a porta e me dirigia ao elevador.Assim que o motorista dela abriu a porta do carro, pude perceber o olhar de surpresa de Chiara. Não sei se por causa do tempo que não nos víamos ou se era por conta do vestido vermelho ou os brincos de diamantes que balançavam a cada passo que eu dava.— Chiara, você está tão linda.— Não tanto quanto você, Zah.— Mas ainda assim, muito bonita.Como já era de se esperar, assim que a porta traseira foi abert
THEODOROQuando Zahara me chamou para sair daquela festa, não pensei duas vezes e aceitei. Primeiro porque já estava querendo ir embora dali mesmo e segundo porque não perderia a chance de ficar a sós com ela. Tínhamos muito o que conversar, precisava saber mais da vida dela, se estava realmente com aquele ator.Depois que o manobrista trouxe o meu carro, abri a porta para que ela entrasse e rapidamente dei a volta, entrando no lado do motorista. Acabamos decidindo ir para o Lucky's, um bar que costumávamos frequentar quando éramos adolescentes, que mais parecia uma taverna viking e Bjorn, o dono, tinha muito orgulho. Logo que passamos pela porta, um recepcionista colocou sobre nossas cabeça chapéus vikings.— O que você vai querer beber? — perguntei, mas já sabia que o que ela pediria.— Não posso voltar para casa e deixar de tomar o chopp local.Depois de fazer sinal, um barman anotou nossos pedidos e em seguida deslizou por cima do balcão duas enormes canecas de chopp. Depois de um
ZAHARAPela manhã quando acordei, de imediato não reconheci o lugar onde estava. Me sentei na cama e, por um momento, fiquei preocupada. Não conseguia me lembrar de nada da noite anterior, mas quando Theo entrou no quarto, me senti mais aliviada.— Bom dia, dorminhoca.— Bom dia.— Está melhor?— Só com um pouco de dor de cabeça.— Foi por isso que te trouxe um copo de água e uma aspirina. — Ele colocou ambos na mesinha de cabeceira ao lado da cama.— Obrigada, Theo.— Não é nada.— Ei! — chamei-o antes que saísse do quarto. — Pode me contar o que aconteceu ontem?— Não consegue se lembrar de nada?— Nadinha.— E o que acha de tomarmos café enquanto refresco sua memória?— Uma ótima ideia.Me levantei da cama num pulo e acompanhei ele até a cozinha, o balcão estava repleto de opções para um café da manhã bem farto. Tnha muito mais comida do que duas pessoas conseguem comer, mas era o suficiente para alimentar um batalhão.— Bom dia, dona Ana. — Theo cumprimentou a mulher que terminava
THEODOROConfesso que, quando liguei para Zahara, uma centelha de preocupação surgiu quando notei o seu tom de voz, mas tentei deixar de lado, afinal, poderia ser só algum aborrecimento do trabalho dela. Depois de me certificar de que tinha escolhido os melhores seguranças para Zahara, passei no escritório e peguei alguns papéis que tinha esquecido na noite anterior.Quando estava saindo do meu escritório, ouvi meu celular começar a tocar e então resgatei o aparelho do bolso da calça e vi que era uma ligação de minha mãe. Eu precisava atender, pois poderia ser algo importante.— Oi, mãe!— Theo, você vai no almoço na casa dos Milani?— Sim.— Já está sabendo que Zahara está na cidade?— Fiquei sabendo.— Ansioso para reencontrar sua melhor amiga de infância depois de tantos anos?— Sim, mãe — menti, porque já tinha me reencontrado com Zah, mas ninguém sabia ainda.— O que você está fazendo, filho?— Passei aqui na empresa, mas já estou a caminho de casa.— Vou te deixar prestar atençã