THEODORO
Confesso que, quando liguei para Zahara, uma centelha de preocupação surgiu quando notei o seu tom de voz, mas tentei deixar de lado, afinal, poderia ser só algum aborrecimento do trabalho dela. Depois de me certificar de que tinha escolhido os melhores seguranças para Zahara, passei no escritório e peguei alguns papéis que tinha esquecido na noite anterior.
Quando estava saindo do meu escritório, ouvi meu celular começar a tocar e então resgatei o aparelho do bolso da calça e vi que era uma ligação de minha mãe. Eu precisava atender, pois poderia ser algo importante.
— Oi, mãe!
— Theo, você vai no almoço na casa dos Milani?
— Sim.
— Já está sabendo que Zahara está na cidade?
— Fiquei sabendo.
— Ansioso para reencontrar sua melhor amiga de infância depois de tantos anos?
— Sim, mãe — menti, porque já tinha me reencontrado com Zah, mas ninguém sabia ainda.
— O que você está fazendo, filho?
— Passei aqui na empresa, mas já estou a caminho de casa.
— Vou te deixar prestar atenção no trânsito, te vejo no almoço na casa dos Milani.
— Até daqui a pouco, filho.
— Te amo, mãe!
Encerrei a ligação e deixei o celular no porta-copos do carro, dei partida no carro e tomei o caminho para casa. Assim que cheguei em casa, deixei a chave junto com os papéis sobre a mesa e fui ao quarto, não sem antes encontrar Ana arrumando o quarto de hóspedes.
— Ah, Theodoro, que bom que o senhor está de volta.
— Aconteceu alguma coisa, dona Ana?
— A sua amiga acabou esquecendo isso aqui. — Ela estendeu uma pulseira em minha direção. — Estava caída debaixo da cama.
— Obrigado, dona Ana. Vou entregar a ela quando nos encontrarmos para o almoço.
— Você está namorando ela, Theo?
— Quem me dera. Zahara é só uma amiga mesmo.
— Se você está dizendo.
Deixei dona Ana terminando de limpar o quarto de hóspedes e fui para o meu. Me joguei na cama e me peguei pensando em Zahara, a imagem dela vestindo apenas aquela lingerie, seria o meu tormento por muito tempo. Ela tinha ficado atraente até mesmo usando a minha blusa.
Alguns minutos depois do horário marcado, eu estava estacionando o carro em frente à casa dos Milani, dei uma última conferida na aparência no retrovisor do carro e segui até a entrada. Logo que toquei a campainha, uma das empregadas veio atender e me acompanhou até a varanda dos fundos, onde todos já estavam reunidos, mas não vi Zahara.
— Olá a todos.
— Theodoro! — Madalena levantou-se e veio me cumprimentar. — Que bom que veio.
— Desculpe pelo atraso.
— Cinco minutos não pode nem ser considerado um atraso.
Retribui o aperto de mãos do pai de Zahara, em seguida dei a volta na mesa e cumprimentei meus pais com um beijo no rosto de cada um e um tapa de leve no ombro de minha irmã. Me sentei na cadeira vazia ao lado de Chiara e de frente para onde Zahara provavelmente se sentaria.
— E como andam as coisas a empresa, Theo?
— Não poderiam estar melhores, Sr. Antônio.
Zahara apareceu, interrompendo a conversa. Ela estava linda naquele vestido longo de alças finas na cor azul bebê estampado com algumas flores brancas discretas, seus cabelos levemente ondulados caíam por sobre os ombros como uma farta cascata castanha.
— Filha! — Madalena e Antônio se levantaram e deram um abraço apertado na filha. — Que bom que você conseguiu vir.
— É bom estar de volta em casa.
— Estávamos morrendo de saudades suas.
— Eu também, mãe.
— Venha sentar-se com a gente. — O pai dela a convidou.
Zahara cumprimentou meus pais, minha irmã, me deixando por último e depois sentou-se ao lado da mãe. Fiquei surpreso por Chiara não ter comentado nada, talvez elas tivessem combinado antes.
— É um prazer revê-los, Sr e Sra. Castro.
— Você se tornou uma mulher bonita, Zah. — Minha mãe elogiou.
— Obrigada! A senhora também está linda.
— E as namoradas, Theo? — Aí estava a pergunta que mais temia e a mais ouvida atualmente.
— No momento não tenho nenhuma, Sra. Madalena.
— Se cansou delas? — Sr. Antônio perguntou.
— Na verdade, eu me cansei de sair com várias e agora quero encontrar alguém certo para casar.
Miha querida irmãzinha começou a rir, mas disfarçou com uma tosse.
— Faz bem, meu filho. — Minha mãe apoiou a mão direita em meu ombro. — E você, Zahara, ainda está solteira?
— Eu cansei de ser usada como degrau para alavancar a carreira dos outros.
— Está certa.
— Eu sempre digo a ela que ela merece alguém que goste verdadeiramente dela e respeite o trabalho que ela faz. — Foi a vez de Madalena defender a filha.
Depois do almoço, meus pais entraram para a sala de estar com os Milani para ficarem no ar condicionado, minha irmã informou que tinha um compromisso e, por isso, foi embora, já eu preferi ficar com Zahara a beira da piscina.
— Obrigada pelos seguranças. — Zah me agradeceu enquanto puxava a barra do vestido e colocava os pés na água.
— Imagina, não foi nada. — Tirei os tênis e também coloquei os pés na água morna da piscina.
— Mesmo assim você conseguiu os melhores e em tão pouco tempo.
— Digamos que dei uma mexida nos palitinhos.
— Aquilo que você falou no almoço é verdade?
— Sobre o quê?
— Sobre estar esperando a pessoa certa para se casar?
— Digamos que foi a coisa certa a se dizer naquele momento.
— Então você estava mentindo descaradamente para todos, Theo?
— E você falou sério?
— Falei.
— Então Zahara Milani está a procura de um marido.
— Pode-se dizer que sim.
— E já tem alguém em vista?
— Mais ou menos.
— E o sortudo já sabe?
— Na verdade, ainda não falei com ele.
— E por que não fala?
— Porque ele está bem na minha frente, mas é um tremendo de um playboy pegador.
— Zah.
— Relaxe, eu estava só brincando com você.
— Por um momento achei que estivesse falando sério.
— Você é meu amigo, mas poderíamos ser amigos com benefícios, não acha?
— Está falando sério?
A tentação era grande então aproximei minha boca de sua orelha, precisava beijá-la novamente, mas tinha consciência de que tinham oito pares de olhos nos observando pela parede de vidro da sala de estar dos Milani.
— Sabe que nossos pais estão nos observando e provavelmente comentando, né?
— Sim, eu sei. Podemos nos encontrar hoje a noite no Lucky's?
— Claro! Que horas prefere?
— Umas 20h?
— Ótimo. Combinado.
ZAHARADepois que terminamos de almoçar, nossos pais foram para dentro de casa e convidei Theodoro para sentar na beira da piscina. Por causa do calor, coloquei os pés para dentro da água, quando na verdade eu queria mesmo era dar um mergulho. A temperatura da água estava extremamente convidativa.— Aquilo que você falou no almoço é verdade? — perguntei despretenciosamente.— Sobre o quê?— Sobre estar esperando a pessoa certa para se casar?— Digamos que foi a coisa certa a se dizer naquele momento para que não continuassem a me importunar.— Então você estava mentindo descaradamente para todos nós, Theo?— Mentir é uma palavra muito pesada, digamos só que enganei. E você falou sério?— Falei.— Então Zahara Milani, a grande atriz, está à procura de um marido?— Pode-se dizer que sim.— E já tem alguém em vista?— Mais ou menos.— E o sortudo já sabe?— Na verdade, ainda não falei com ele.— E por que não fala?— Porque ele está bem na minha frente, mas é um tremendo de um playboy pe
THEODOROCheguei ao restaurante um pouco antes do horário combinado com Zahara, eu precisava me certificar com o dono de que nada e nem ninguém incomodaria a minha acompanhante só porque ela era uma atriz muito famosa.— Não se preocupe senhor Castro, vocês não serão incomodados. — O dono me garantiu.— Obrigado.Depois de me garantirem que Zah teria uma noite como qualquer pessoa normal, dei uma olhada no relógio e estava na hora dela chegar. Me sentei à mesa e fiquei aguardando a minha companhia. Sair com Zahara pela segunda vez em dois dias seguidos estava superando qualquer limite que impus a mim mesmo, mas ela era minha amiga e não as vagabundas que eu costumo pegar por uma noite só.Quando ergui os olhos da tela do celular, vi Zah caminhando em direção a nossa mesa, rapidamente fiquei de pé e a cumprimentei com um abraço e depositei, gentilmente, um beijo em sua bochecha direita.— Você está linda, Zah.— Obrigada! — Aproveitei para puxar a cadeira para que ela se sentasse. — Vo
ZAHARA Aqui estou eu, dentro do avião, a caminho de Nova York para gravar mais um filme quando, na verdade, eu queria era estar nos braços de Theo. Theodoro Castro. A simples menção ao seu nome me traz lembranças maravihosas da noite anterior. Eu confesso que tinha planejado toda aquela noite com ele, mas não esperava que meu melhor amigo fosse me surpreender com um sexo tão intenso.Nossa despedida pela manhã foi um pouco estranha, parecia que ele estava fazendo de tudo para que eu não fosse embora, mas infelizmente eu sabia que tinha que partir.No aeroporto, foi ainda mais estranho porque meus pais estavam presentes e não pude me despedir dele da maneira como eu queria, com um abraço apertado, um beijo desejoso e a promessa de que manteríamos contato.Tentei distrair a mente, mas nem o livro que trouxe na bolsa e nem os filmes disponíveis no catálogo da companhia aérea prenderam a minha atenção.Enquanto saía da área de desembarque privado com os meus guarda-costas, fui até a saíd
THEODOROOs lençóis já estavam frios quando acordei. Frios demais que nem parecia que havíamos feito sexo a noite toda. Estiquei o braço e só encontrei um espaço vazio, e meu coração se apertou. Achei que Zahara já tivesse ido embora, mas depois de apurar os ouvidos, respirei um pouco mais aliviado quando ouvi o barulho do chuveiro.Passamos a noite toda nos braços um do outro, nos esgotamos fazendo uma despedida quente. Metade do tempo foi ela que dominou. Fui feliz, mas posso ser ainda mais.Quando ela saiu do banheiro, veio nas pontas dos pés em minha direção, parou a poucos centímetros do meu rosto, consigo sentir sua respiração. Há um magnetismo nela que me faz perder a capacidade de controlar meus impulsos. Não sei o que dizer, estou completamente tomado pelo desejo de puxá-la para cama.— Você está com o cheiro do meu shampoo.— Era o único que tinha disponível no seu banheiro.— Bom que você fica com o meu cheiro.— É como se eu tivesse dono?— Pode se dizer que sim, mas depen
ZAHARAEu estava quase pegando no sono quando senti meu celular vibrar. Já era tarde, mas eu não precisava nem olhar para saber que era Theo, afinal, ele ficou de mandar mensagem quando retornasse da casa dos pais. Peguei o aparelho e abri a mensagem."Já está dormindo?""Ainda não. Estava esperando pela sua mensagem.""Desculpa pela demora. Minha mãe me prendeu mais do que o esperado.""Sei exatamente como é.""Fazendo o que de bom?""Estou deitada, sozinha nessa cama grande.""Não tem ninguém para te fazer companhia? Nenhuma amiga?""Ninguém. Essa é a parte ruim de ser uma pessoa famosa, não se tem muitos amigos verdadeiros.""Queria estar aí com você, não ia se sentir sozinha com todas as coisas que faria.""Ia ser maravilhoso.""Quando eu for te visitar, você vai se sentir a mulher mais bem acompanhada do mundo.""Não duvido."Estava tão cansada por conta da noite mal dormida e por não conseguir dormir no avião que nem percebi quando caí no sono e deixei Theo falando sozinho. Pela
THEODORONa segunda-feira de manhã, acordei com o despertador tocando, levantei e fui até a cozinha. Encontrei dona Ana já preparando o café da manhã, cumprimentei-a com um abraço, como sempre fazia e depois me servi de uma generosa xícara de café.— Está tudo bem, Theo?— Tô sim, dona Ana.— Mas não parece.— Por que está dizendo isso?— O senhor está parecendo que não dormiu direito.— Isso é verdade. Fiquei rolando na cama por um tempão.— Preocupação?— Sei lá. A cama parecia grande demais esta noite.— Desaprendeu a dormir sozinho, foi?Meu celular vibrou ao meu lado e quando olhei a tela, havia um lembrete. Tinha uma reunião dentro de dez minutos com um cliente muito importante. Deixei a mesa e segui para o quarto para começar a me arrumar. Depois de um banho gelado rápido, vesti uma calça cinza, a camisa social branca impecável e o terno também cinza.Quando cheguei à empresa, encontrei minha secretária em sua mesa e ela me acompanhou até a sala de reuniões, onde o cliente já e
ZAHARA Depois de um dia intenso, fui para casa cansada, porém feliz com o primeiro dia de gravações. Estava saindo do banho quando escutei a campainha soar pela segunda vez, quem quer que fosse estava com pressa. Fiquei com receio de abrir a port, afinal, não estava esperando ninguém e o porteiro não tinha me avisado que tinha alguém subindo. Quando decidi finalmente abrir a porta, quase caí dura para trás. Theo estava mesmo na minha frente ou eu estava tendo uma alucinação? — Theo? — Quase que minha voz não sai e num ato invountário abracei o meu próprio corpo. — O que está fazendo aqui? — Posso entrar? O encarei por mais um curto tempo, ainda sem acreditar e ele pareceu perceber a minha hesitação, então apenas me afastei da porta e permiti sua entrada no meu apartamento. — Zah, seria melhor você se vestir ou eu não serei capaz de me controlar por muito tempo. — Já volto. — Saí da sala em direção ao meu quarto, deixando-o sozinho.Quando entrei no quarto e fechei a porta, enco
THEODORONão consegui me segurar por muito tempo, eu precisava sentir o calor dos lábios dela então beijei-a com ousadia, minha língua procurando a sua, minhas mãos segurarando firme sua cabeça e agarrando os seus cabelos sedosos.— Eu poderia fazer isso o dia inteiro, Zah.Pisquei algumas vezes, era impossível desgrudar os olhos dos belos seios sustentados pelo sutiã. Peguei a barra da blusa e puxei, tirando pela cabeça e arremessando-a no chão. Levei a mão até as suas costas e, consegui soltar o fecho do seu sutiã. Quando a peça se juntou a camisa no chão, ela não recuou. Meu pau resolveu dar sinais de vida e endureceu dentro da calça apertada.A deitei no sofá e me ajeitei ao lado dela, sem parar de me beijá-la, tocando levemente um dos seus seios com a ponta dos dedos e percebi quando os pelos de seu braço se arrepiaram com o contato. Ela era a coisa mais preciosa e delicada do mundo. Deslizei a boca por sua pele, indo de encontro aos mamilos e os chupei.— Sempre desejei você, Th