ZAHARA
Depois que terminamos de almoçar, nossos pais foram para dentro de casa e convidei Theodoro para sentar na beira da piscina. Por causa do calor, coloquei os pés para dentro da água, quando na verdade eu queria mesmo era dar um mergulho. A temperatura da água estava extremamente convidativa.
— Aquilo que você falou no almoço é verdade? — perguntei despretenciosamente.
— Sobre o quê?
— Sobre estar esperando a pessoa certa para se casar?
— Digamos que foi a coisa certa a se dizer naquele momento para que não continuassem a me importunar.
— Então você estava mentindo descaradamente para todos nós, Theo?
— Mentir é uma palavra muito pesada, digamos só que enganei. E você falou sério?
— Falei.
— Então Zahara Milani, a grande atriz, está à procura de um marido?
— Pode-se dizer que sim.
— E já tem alguém em vista?
— Mais ou menos.
— E o sortudo já sabe?
— Na verdade, ainda não falei com ele.
— E por que não fala?
— Porque ele está bem na minha frente, mas é um tremendo de um playboy pegador. — Resolvi arriscar para ver a reação que ele teria.
— Zah. — Seus olhos arregalados e a cara de espanto foram o suficiente para que eu entedesse.
— Relaxe, eu estava só brincando com você.
— Por um momento achei que estivesse falando sério.
— Você é meu amigo, mas poderíamos ser amigos com benefícios, não acha?
— Está falando sério? Essa é uma proposta muito indecente.
— E por que não? Eu sei que você está doidinho para me beijar.
Quando Theo aproximou a boca da minha orelha, achei que ele iria me beijar, mas ele apenas sussurrou:
— Sabe que nossos pais estão nos observando e provavelmente comentando, né?
— Sim, eu sei. Podemos nos encontrar hoje à noite? — sugeri.
— Claro! — Um sorriso surgiu em seu rosto carrancudo. — Onde prefere ir?
— Pode ser aquele restaurante famosinho do centro?
— Que horas?
— Umas 20h?
— Ótimo. Combinado.
Ficamos sentados na beira da piscina por mais algum tempo até que ele pareceu se lembrar de alguma coisa e começou a procurar no bolso da calça jeans.
— Aqui está. — Ele estendeu a mão com a minha pulseira. — Dona Ana achou caída debaixo da cama.
— Obrigada! Eu nem tinha percebido que tinha perdido minha pulseira.
Meu celular começou a tocar interrompendo nosso momento, tirei os pés da água e fui até a minha bolsa, peguei o aparelho e vi que tinha chegado uma mensagem do novo número que o infeliz do meu ex estava usando.
— Aconteceu alguma coisa, Zah? — Theo perguntou da beira da piscina.
— Era só uma mensagem de trabalho.
Guardei o celular de volta na bolsa e voltei a me sentar ao lado de Theo, mas estava me sentindo tensa. Eu teria que pedir ajuda a minha agente para resolver esse problema.
— Animada para gravar o próximo filme?
— Mais ou menos.
— É sobre o que?
— Um romance em que uma garota acaba sendo ajudada por um mafioso e eles acabam se apaixonando.
— Parece interessante. Você prefere fazer esses tipos de filme ou filmes de ação?
— Ambos, mas os filmes de ação tem uma carga de adrenalina maior e os romances, geralmente são mais calmos.
— Entendo. E já sabe quem vai ser o seu par no filme?
— Ainda não sei ao certo, mas parece que vai ser o Arthur Rolland. Conhece ele?
— Já devo ter visto algum filme com ele, mas, no momento, não me recordo.
Depois que saí da casa dos meus pais, os seguranças me acompanharam de volta ao hotel. No silêncio do quarto, liguei para Jenna e expliquei tudo para ela, enviei para ela tudo o que ele tinha me enviado e pedi que notificasse a equipe para irem atrás de Giovanni.
Eu estava animada de poder voltar a sair com Theodoro de novo, já que tínhamos perdido esse costume depois que terminamos a faculdade e fui morar no exterior. Nas poucas vezes em que tive um descanso entre uma gravação e outra, eu quase não voltei para casa, havia sempre algum um jantar, um soirée com algum patrocinador, alguma sessão de fotos para marcas famosas para me impedir.
Passei a tarde toda buscando informações sobre Theo, mas as poucas notícias relacionadas a Theodoro Castro que apareciam na internet era sempre relacionado a empresa e a sua família. Ele tinha fama de playboy pegador, mas não vi nenhuma dessas mulheres ao lado dele, talvez fosse porque ele nunca as levou a sério ou nunca viu um futuro com elas.
Quando a noite finalmente chegou, optei por um vestido vermelho, era um pouco mais justo do que eu gostaria, mas era o único que era fresco o suficiente para se usar na noite brasileira. Um pouco de maquiagem era o suficiente, só para o caso de ser flagrada por algum paparazzi que possa estar me seguindo e um par de saltos altos.
Conrad e Lucila me ajudaram a sair do hotel sem ser notada. Assim que cheguei à porta do restaurante, informei ao maître que Theodoro Castro estava a minha espera e ela rapidamente me levou até a mesa reservada. Logo que Theo notou minha presença, ele se levantou e me cumprimentou com um abraço e depositou um beijo na minha bochecha.
— Você está linda, Zah.
— Obrigada! — Ele puxou a cadeira para que eu me sentasse.
— O que vai querer beber?
— Um vinho seria bom.
Theo fez sinal para um dos garçons, que rapidamente se aproximou e nos entregou a carta de vinhos. Acabei deixando que ele escolhesse, afinal ele estava mais familiarizado com esse restaurante do que eu. Dei uma olhada ao redor, talvez esperando ser surpreendida por um paparazzi indesejado.
— Não precisa se preocupar porque aqui você não será incomodada.
— Como pode ter certeza?
— O dono daqui é um amigo meu e eu tomei a liberdade de informá-lo que a minha companhia da noite era uma mulher fantástica e famosa e ele se encarregou de tomar as precauções para a sua segurança.
— Não precisava fazer isso.
— A sua segurança é importante, Zah.
O garçom, primeiro serviu um pouco do vinho na taça de Theo e depois que ele aprovou, o homem encheu nossas taças.
THEODOROCheguei ao restaurante um pouco antes do horário combinado com Zahara, eu precisava me certificar com o dono de que nada e nem ninguém incomodaria a minha acompanhante só porque ela era uma atriz muito famosa.— Não se preocupe senhor Castro, vocês não serão incomodados. — O dono me garantiu.— Obrigado.Depois de me garantirem que Zah teria uma noite como qualquer pessoa normal, dei uma olhada no relógio e estava na hora dela chegar. Me sentei à mesa e fiquei aguardando a minha companhia. Sair com Zahara pela segunda vez em dois dias seguidos estava superando qualquer limite que impus a mim mesmo, mas ela era minha amiga e não as vagabundas que eu costumo pegar por uma noite só.Quando ergui os olhos da tela do celular, vi Zah caminhando em direção a nossa mesa, rapidamente fiquei de pé e a cumprimentei com um abraço e depositei, gentilmente, um beijo em sua bochecha direita.— Você está linda, Zah.— Obrigada! — Aproveitei para puxar a cadeira para que ela se sentasse. — Vo
ZAHARA Aqui estou eu, dentro do avião, a caminho de Nova York para gravar mais um filme quando, na verdade, eu queria era estar nos braços de Theo. Theodoro Castro. A simples menção ao seu nome me traz lembranças maravihosas da noite anterior. Eu confesso que tinha planejado toda aquela noite com ele, mas não esperava que meu melhor amigo fosse me surpreender com um sexo tão intenso.Nossa despedida pela manhã foi um pouco estranha, parecia que ele estava fazendo de tudo para que eu não fosse embora, mas infelizmente eu sabia que tinha que partir.No aeroporto, foi ainda mais estranho porque meus pais estavam presentes e não pude me despedir dele da maneira como eu queria, com um abraço apertado, um beijo desejoso e a promessa de que manteríamos contato.Tentei distrair a mente, mas nem o livro que trouxe na bolsa e nem os filmes disponíveis no catálogo da companhia aérea prenderam a minha atenção.Enquanto saía da área de desembarque privado com os meus guarda-costas, fui até a saíd
THEODOROOs lençóis já estavam frios quando acordei. Frios demais que nem parecia que havíamos feito sexo a noite toda. Estiquei o braço e só encontrei um espaço vazio, e meu coração se apertou. Achei que Zahara já tivesse ido embora, mas depois de apurar os ouvidos, respirei um pouco mais aliviado quando ouvi o barulho do chuveiro.Passamos a noite toda nos braços um do outro, nos esgotamos fazendo uma despedida quente. Metade do tempo foi ela que dominou. Fui feliz, mas posso ser ainda mais.Quando ela saiu do banheiro, veio nas pontas dos pés em minha direção, parou a poucos centímetros do meu rosto, consigo sentir sua respiração. Há um magnetismo nela que me faz perder a capacidade de controlar meus impulsos. Não sei o que dizer, estou completamente tomado pelo desejo de puxá-la para cama.— Você está com o cheiro do meu shampoo.— Era o único que tinha disponível no seu banheiro.— Bom que você fica com o meu cheiro.— É como se eu tivesse dono?— Pode se dizer que sim, mas depen
ZAHARAEu estava quase pegando no sono quando senti meu celular vibrar. Já era tarde, mas eu não precisava nem olhar para saber que era Theo, afinal, ele ficou de mandar mensagem quando retornasse da casa dos pais. Peguei o aparelho e abri a mensagem."Já está dormindo?""Ainda não. Estava esperando pela sua mensagem.""Desculpa pela demora. Minha mãe me prendeu mais do que o esperado.""Sei exatamente como é.""Fazendo o que de bom?""Estou deitada, sozinha nessa cama grande.""Não tem ninguém para te fazer companhia? Nenhuma amiga?""Ninguém. Essa é a parte ruim de ser uma pessoa famosa, não se tem muitos amigos verdadeiros.""Queria estar aí com você, não ia se sentir sozinha com todas as coisas que faria.""Ia ser maravilhoso.""Quando eu for te visitar, você vai se sentir a mulher mais bem acompanhada do mundo.""Não duvido."Estava tão cansada por conta da noite mal dormida e por não conseguir dormir no avião que nem percebi quando caí no sono e deixei Theo falando sozinho. Pela
THEODORONa segunda-feira de manhã, acordei com o despertador tocando, levantei e fui até a cozinha. Encontrei dona Ana já preparando o café da manhã, cumprimentei-a com um abraço, como sempre fazia e depois me servi de uma generosa xícara de café.— Está tudo bem, Theo?— Tô sim, dona Ana.— Mas não parece.— Por que está dizendo isso?— O senhor está parecendo que não dormiu direito.— Isso é verdade. Fiquei rolando na cama por um tempão.— Preocupação?— Sei lá. A cama parecia grande demais esta noite.— Desaprendeu a dormir sozinho, foi?Meu celular vibrou ao meu lado e quando olhei a tela, havia um lembrete. Tinha uma reunião dentro de dez minutos com um cliente muito importante. Deixei a mesa e segui para o quarto para começar a me arrumar. Depois de um banho gelado rápido, vesti uma calça cinza, a camisa social branca impecável e o terno também cinza.Quando cheguei à empresa, encontrei minha secretária em sua mesa e ela me acompanhou até a sala de reuniões, onde o cliente já e
ZAHARA Depois de um dia intenso, fui para casa cansada, porém feliz com o primeiro dia de gravações. Estava saindo do banho quando escutei a campainha soar pela segunda vez, quem quer que fosse estava com pressa. Fiquei com receio de abrir a port, afinal, não estava esperando ninguém e o porteiro não tinha me avisado que tinha alguém subindo. Quando decidi finalmente abrir a porta, quase caí dura para trás. Theo estava mesmo na minha frente ou eu estava tendo uma alucinação? — Theo? — Quase que minha voz não sai e num ato invountário abracei o meu próprio corpo. — O que está fazendo aqui? — Posso entrar? O encarei por mais um curto tempo, ainda sem acreditar e ele pareceu perceber a minha hesitação, então apenas me afastei da porta e permiti sua entrada no meu apartamento. — Zah, seria melhor você se vestir ou eu não serei capaz de me controlar por muito tempo. — Já volto. — Saí da sala em direção ao meu quarto, deixando-o sozinho.Quando entrei no quarto e fechei a porta, enco
THEODORONão consegui me segurar por muito tempo, eu precisava sentir o calor dos lábios dela então beijei-a com ousadia, minha língua procurando a sua, minhas mãos segurarando firme sua cabeça e agarrando os seus cabelos sedosos.— Eu poderia fazer isso o dia inteiro, Zah.Pisquei algumas vezes, era impossível desgrudar os olhos dos belos seios sustentados pelo sutiã. Peguei a barra da blusa e puxei, tirando pela cabeça e arremessando-a no chão. Levei a mão até as suas costas e, consegui soltar o fecho do seu sutiã. Quando a peça se juntou a camisa no chão, ela não recuou. Meu pau resolveu dar sinais de vida e endureceu dentro da calça apertada.A deitei no sofá e me ajeitei ao lado dela, sem parar de me beijá-la, tocando levemente um dos seus seios com a ponta dos dedos e percebi quando os pelos de seu braço se arrepiaram com o contato. Ela era a coisa mais preciosa e delicada do mundo. Deslizei a boca por sua pele, indo de encontro aos mamilos e os chupei.— Sempre desejei você, Th
ZAHARA Quando voltei ao quarto, vi que Theo estava escondido no banheiro, achei engraçado, mas também fiquei curiosa: — O que está fazendo escondido aí no banheiro? — Não queria que aqueles homens me vissem nú. — Ele saiu do banheiro enquanto falava. — A propósito, quem eram os homens lá na porta? — Meus dois seguranças. Eles só estavam checando se eu estava bem. — Já que estou na cidade, o que acha de sairmos para turistar um pouco no final de semana? — Você está falando sério? Isso não tem como dar certo. — Por que não? — Porque eu sou uma atriz famosa e é impossível sair de casa sem chamar a atenção das pessoas, sem contar que os paparazzis ficam de plantão na porta do meu prédio. — E se você usar um disfarce e usarmos seu acesso privado para sairmos direto pela garagem? — Ainda continuo achando que vai dar errado. — Não custa tentar. — Tudo bem, estou disposta a correr esse risco para sair com você. — Fico feliz por você confiar em mim — Ele me abraçou pelos ombros e