THEODORODepois de uma visita inesperada da minha irmã, ela conseguiu me deixar com a pulga atrás da orelha e fiquei pensando em como poderia procurá-la, mesmo sem saber se ela me aceitaria de volta em sua vida. Peguei o celular e procurei a rede social dela, mas não tinha nada de novo postado, resolvi então pesquisar na internet porque sempre havia uma fofoca.Cliquei no primeiro link e o site de fofocas abriu, era o mesmo que tinha publicado a foto do restaurante e a primeira matéria era sobre Zahara. A fofoca trazia uma foto bem grande dela pagando o maior mico em um bar cercada por alguns homens, sem usar nenhum disfarce. Uma mistura de ódio e proteção tomou conta de mim.— Se eu tivesse ficado lá com ela nada disso teria acontecido. O sono acabou me vencendo e quando voltei a abrir os olhos, o dia já tinha amanhecido e eu nem sabia mais qual era o dia da semana, também nem fazia muita diferença porque eu tinha pedido folga do trabalho e nem tinha que sair de casa para nada.Fui
ZAHARAEu não esperava que o encontro com Theo fosse ser tão explosivo, uma colisão de corpos, membros e bocas. Era como se a saudade que sentia dele fosse uma febre que só aumentava, se intensificava, trazendo de volta a química entre nós dois.Depois de termos feito um sexo maravilhoso, Theo permaneceu deitado ao meu lado por alguns minutos, sem dizer uma palavra, mas senti que apesar de tudo ainda tínhamos muito o que conversar. Quando ele se levantou e foi em direção ao banheiro, enrolei meu corpo no lençol e fui até a sala, onde peguei meu celular e pedi aos meus guarda-costas que subissem com as minhas malas.No momento em que a campainha tocou, Theodoro apareceu na sala, vestido apenas com uma bermuda. Ele se adiantou para atender a porta e quando tentei argumentar dizendo que eram as minhas malas, ele me encarou e disparou:— Você não vai atender a porta enrolada no lençol, né?— Qual o problema? São só os meus guarda-costas.— Porque eu acho que você não vai querer que um dos
THEODOROA conversa com Zahara foi muito melhor do que imaginei que seria e, saber que estávamos bem de novo, foi como se tivesse tirado um peso enorme das minhas costas. Poder falar e explicar, verdadeiramente, para ela sobre os meus sentimentos foi tão libertador. Zah me pegou de surpresa quando disse que tinha uma condição para que ficássemos juntos dali em diante, por um momento cheguei a pensar que seria algo absurdo.— Que condição seria essa? — perguntei curioso.— Assumir para nossas famílias o nosso namoro, não quero viver um relacionamento escondido.Depois de ouvir o que ela tinha falado, respirei até um pouco mais aliviado, o que ela estava pedindo era muito fácil de resolver. Não tinha dúvidas de que nossas famílias ficariam muito felizes quando recebessem a notícia, afinal, eles sempre acharam que acabaríamos ficando juntos desde que éramos crianças.— Zah... eu preciso te falar que não sei se estou preparado para ter minha privacidade invadida por um bando de desconheci
ZAHARAMeus pais me prenderam na casa deles por mais tempo do que eu estava esperando, mas ainda sim quando cheguei em casa, procurei Theo pela casa toda, mas não o encontrei em lugar nenhum. Achei um pouco estranho já que ele tinha me falado que estaria me esperando, mas deduzi que poderia ter acontecido alguma coisa na empresa.Quando meu celular vibrou, peguei rapidamente o aparelho dentro da bolsa e vi que era uma mensagem de Theo apenas informando que a gente sairia a noite. Curiosa, respondi pedindo mais detalhes, mas ele não quis me contar."Como devo me vestir?""Do jeito que você quiser, linda."Aproveitei que estava sozinha e fui tomar um relaxante banho de banheira, acompanhada da leitura do livro que sempre carregava dentro da bolsa. Não sei por quanto tempo fiquei distraída, mas quando meus dedos começaram a ficar enrugados, saí da água.Estava terminando de me arrumar quando ouvi barulho da porta sendo destrancada e então coloquei a cabeça para fora do quarto para me cer
THEODORODepois que saímos de casa, notei que Zah estava curiosa para saber para onde estávamos indo, mas não fez perguntas, apenas olhava pela janela para tentar ver se reconhecia o caminho. Durante todo o percurso, fiz questão de manter uma de minhas mãos em sua perna, pois precisava senti-la para saber se aquilo era mesmo real. Quando estacionei o carro em frente ao restaurante, ela sorriu ao reconhecer o local. Depois de olhar ao redor e perceber que o estacionamento estava vazio, pareceu ficar preocupada e quis saber:— Tem certeza de que está funcionando hoje?— Sim, eu tenho uma reserva.— Não vai me dizer que...— Sim, eu pedi que fechassem o restaurante só para nós dois.— Theo!— Eu não queria que fossemos incomodados porque essa é uma noite especial para nós.— E o que tem de tão especial?Para não ter que responder sua pergunta e correr o risco de acabar estragando a surpresa, saí e dei a volta no carro para abrir a porta dela. Entrelacei nossos dedos e começamos a caminh
ZAHARADepois do jantar surpresa que Theo armou para nós dois, tivemos uma noite quente, regada a muito sexo, acabei adormecendo em seus braços. Pela manhã, quando abri os olhos, percebi que estava sozinha na cama, mas logo o cheiro de café recém coado entrou pelo quarto.Ao olhar na direção da porta, vi quando Theo entrou no quarto, trazia uma bela bandeja de café da manhã e logo que ele colocou sobre a cama, pude ver que tinha frutas frescas cortadas, suco de laranja natural, torradas, ovos mexidos, geleia e um jarrinho com uma única rosa vermelha.— Bom dia, bela adormecida. — Ele depositou um beijo na minha testa antes de se sentar ao meu lado.— Bom dia! — peguei um morango suculento do pote. — Adoro ser mimada com café na cama.— Achei que você merecia se alimentar depois da noite agitada que tivemos.— Obrigada por ser tão atencioso.— Ansiosa para contar para nossas famílias que estamos juntos?— Sim — mordi o morango. — Só estou preocupada com a repercursão que isso terá quan
THEODOROTrês anos depois...Encontrei Zahara sentada no sofá quando entrei no apartamento, estava assistindo um documentário de true crime, segundo ela para ficar mais por dentro do universo do próximo personagem que interpretaria em um filme.— Já chegou, querido? — Ela perguntou assim que notou que eu tinha chegado. — Como foi seu dia?— Muito estressante — Ela curvou a cabeça para trás e aproveitei para dar um beijo nela. — Acredita que um cliente quer que mude o projeto todo depois de ter aprovado o anterior só porque se separou da esposa?— Nossa, que merda.Dei a volta no sofá e me joguei ao seu lado, puxei suas belas pernas para cima do meu colo e comecei a fazer uma massagem.— Nem me fale. Como foi a sua reunião com o diretor do filme?— Tive que recusar o papel.— Mas você estava tão empolgada com a personagem. O que fez você mudar de ideia?— Bom... Digamos que pelos próximos nove meses estarei ocupada com outra coisa.— Algum outro filme?— Não!— Teatro?— Também não.—
THEODOROEu estava em meu escritório analisando umas planilhas da empresa para a reunião do dia seguinte. Olhava o relógio em meu pulso a cada cinco minutos, mas os ponteiros pareciam se arrastar em câmera lenta. Mal podia esperar que o dia terminasse para ficar livre de tudo aquilo e poder começar a curtir o final de semana.As sete em ponto, comecei a guardar minhas coisas, mas fui interrompido quando meu celular começou a tocar em algum canto da sala. Depois de remexer nos papéis, acabei encontrando-o. Era Isaac, meu melhor amigo.— Onde você está, Theo?— Ainda estou na empresa. Por quê?— Você vai na festa do Gabriel?— Claro. Você sabe que não rejeito uma festa por nada nesse mundo.— Te encontro lá às 20h.Logo que terminei de guardar tudo, peguei o paletó pendurado na cadeira, apaguei as luzes da minha sala e entrei no elevador. Passando pela recepção, cumprimentei o segurança e a recepcionista e fui para o estacionamento ao encontro do meu Jaguar Sport preto.Assim que estaci