ZAHARA
Pela manhã quando acordei, de imediato não reconheci o lugar onde estava. Me sentei na cama e, por um momento, fiquei preocupada. Não conseguia me lembrar de nada da noite anterior, mas quando Theo entrou no quarto, me senti mais aliviada.
— Bom dia, dorminhoca.
— Bom dia.
— Está melhor?
— Só com um pouco de dor de cabeça.
— Foi por isso que te trouxe um copo de água e uma aspirina. — Ele colocou ambos na mesinha de cabeceira ao lado da cama.
— Obrigada, Theo.
— Não é nada.
— Ei! — chamei-o antes que saísse do quarto. — Pode me contar o que aconteceu ontem?
— Não consegue se lembrar de nada?
— Nadinha.
— E o que acha de tomarmos café enquanto refresco sua memória?
— Uma ótima ideia.
Me levantei da cama num pulo e acompanhei ele até a cozinha, o balcão estava repleto de opções para um café da manhã bem farto. Tnha muito mais comida do que duas pessoas conseguem comer, mas era o suficiente para alimentar um batalhão.
— Bom dia, dona Ana. — Theo cumprimentou a mulher que terminava de passar o café.
— Bom dia, filho. — Ela olhou em nossa direção. — Quem é a moça?
— Zahara Milani, minha melhor amiga de infância.
— Aquela atriz famosa?
— Eu mesmo. — Me apressei em responder e estender a mão para cumprimentá-la. — É um prazer conhecê-la dona Ana.
— O prazer é todo meu, senhorita.
Depois que dona Ana se retirou da cozinha, nos deixando a sós para tomar o café da manhã, sentei-me num banco ao lado de Theo e ele me passou uma enorme tigela de leite com cereal.
— Se ainda me lembro bem, essa era a única coisa que você comia pela manhã.
— Até que você não está com a memória tão ruim, Theo.
— Eu sempre prestei atenção aos pequenos detalhes e seria capaz de escrever um livro com a sua biografia.
— Então pode começar a me contar sobre ontem a noite depois que saímos do Lucky’s?
— A versão resumida?
— Por favor.
— Basicamente você ficou bêbada, tentei te levar para o hotel, mas tinha um bando de paparazzis na porta, pensei em te levar para a casa dos seus pais, mas desisti e então te trouxe para minha casa.
— E como eu amanheci com uma blusa sua?
— Você passou um pouco de mal ontem e achei que uma blusa minha seria mais confortável do que aquele vestido.
— Ai meu Deus. Que vergonha.
— Zah — alcancei sua mão por cima do balcão. — Já te vi em estado pior até porque éramos dois adolescentes bem encrenqueiros.
Continuamos a tomar o café e assim que terminei minha tigela de leite com cereal, voltei ao quarto de hóspedes e troquei a camisa dele pelo meu vestido vermelho, peguei os brincos sobre a mesinha de cabeceira e os sapatos ao lado da cama.
— Aonde você vai com a roupa de ontem?
Theodoro perguntou recostado no batente da porta e acabei tomando um susto, pois não estava esperando que ele aparecesse de repente. Quando olhei em sua direção, percebi que ele já havia se trocado, agora usava uma calça jeans e uma camisa branca, que evidenciava os músculos rijos de seu braço. Bem diferente do tempo que ficamos afastados, quando ele mais parecia um graveto.
— Para casa. — Tratei de desviar os olhos do corpo dele. — Tenho um almoço marcado com meus pais hoje.
— Se quiser posso te levar.
— Não vai te atrapalhar?
— Eu já vou para aquele lado da cidade, posso te deixar no hotel.
— Sem querer abusar da sua boa vontade, mas vou aceitar a carona.
Era bom estar de volta a essa cidade, eu podia ser a Zahara de antes da fama, sair com amigos, ficar bêbada e ninguém se importaria, mas infelizmente os sanguessugas descobriram meu refúgio. A prova disso foi quando chegamos em frente ao hotel e nos deparamos com um grupo de paparazzis acampados na calçada em frente a entrada do hotel.
— Acho melhor eu entrar pelo fundos.
— Zah, você já pensou em contratar seguranças particulares?
— Eu tenho seguranças, mas é que aqui, eu nunca precisei deles.
— Mas alguma coisa mudou e é melhor que esteja protegida, Zah. Não se pode brincar com a sua segurança.
— Eu sei.
— Se quiser posso ligar para a agência e escolher dois seguranças para você enquanto estiver aqui.
— Você faria isso por mim?
— Claro.
— Obrigada. — Ia depositar um beijo em sua bochecha, mas ele acabou virando o rosto e o beijo foi no canto da boca.
— Vai confiar sua segurança a mim?
— Sei que você nunca me faria mal.
— Não saia do hotel antes que eu consiga os seguranças, ok?
— Tudo bem, mas como vou saber?
— Eu te ligo.
— Mas você nem tem o número do meu telefone.
— É por isso que você vai passar agora.
Theo me passou o seu celular e então digitei o meu número, dei uma piscada de olho para ele e em seguida saí do carro correndo para a porta dos fundos do hotel. Eu sabia que não deveria me envolver com ele por conta do pouco tempo que ficaria na cidade, mas a minha atração por ele ainda falava mais forte. Uma coisa estranha de se explicar, mas desde a brincadeira do casamento falso, sinto que ele sempre foi o homem da minha vida.
Já na segurança do meu quarto, peguei meu celular dentro da bolsa e dei uma olhada nas mensagens, mas desisti e fui ao banheiro, decidindo encher a banheira com água morna e colocar alguns sais de banho. Precisava relaxar. A aspirina já começava a fazer efeito e a dor de cabeça começava a sumir e em vários momentos me peguei pensando em Luca, em como seria fazer sexo com ele.
De repente meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular, praguejei e estiquei o braço para tentar alcançar o aparelho. Pensei que fosse Theo e corri para atender, mas para a minha decepção, era só minha mãe.
— Oi, mãe.
— Filha! Onde você está? Já chegou na cidade?
— Sim, estou no hotel.
— Você não vai ficar aqui em casa?
— Não quero incomodá-los e ficarei por poucos dias.
— Mas você não incomoda, filha.
— Os malditos paparazzis estão atrás de mim e não quero que eles descubram a casa de vocês para não incomodar o pessoal do condomínio.
— Tudo bem, eu entendo. Você virá para o almoço?
— Sim, eu vou.
— Convidamos os Castro. Tem algum problema?
— Claro que não, será um prazer revê-los.
Mal sabia minha mãe que eu já tinha reencontrado Chiara e até mesmo dormido na casa de Luca na noite anterior. Francesca ficaria louca se soubesse da última informação, afinal sempre torcera secretamente para que eu e Luca ficássemos juntos, afinal, temos muito em comum. Além de melhores amigos, ambos viemos de famílias italianas e nossos pais eram muito amigos.
Saí da banheira e vesti o roupão que estava cuidadosamente dobrado num canto. Caminhando até as minhas malas, escolhi vestir algo um pouco mais simples, afinal era só um almoço em família. Estava me vestindo quando meu celular começou a tocar novamente. O número era desconhecido então hesitei em atender, mas depois de alguns segundos, me lembrei que não tinha salvado o número de Theo e poderia ser ele.
— Alô?
— Oi, boneca. — Eu congelei no lugar, só existia uma pessoa que me chamava assim e eu só queria distância dela.
— O que você quer, Giovanni?
— Você, é claro.
— Eu já mandei você ficar longe de mim e não me ligar nunca mais.
— Até mandou, mas não obedeço as suas ordens.
— Me deixe em paz.
— Tenho algo em minha posse que você gostaria de saber.
— Me deixe em paz.
— Tenho algo sob minha posso que você não gostaria que vazasse para a mídia.
— Não me interessa — falei ríspida.
— Tem certeza? Acho que a imprensa adoraria saber que você é uma puta na cama.
— Do que está falando?
— Eu tenho um vídeo nosso fazendo sexo.
— É mentira.
— Se eu fosse você não teria tanta certeza. Vou te enviar um pequeno trecho.
Logo que a ligação foi encerrada, meu celular vibrou indicando o recebimento de uma mensagem, cliquei para abrir e constatei que o filho da puta tinha gravado um vídeo sem a minha autorização e agora estava me ameaçando. Eu precisava fazer alguma coisa, agir rápido para não correr o risco desse vídeo vazar.
Terminei de me arrumar para o almoço com meus pais e quando o celular tocou novamente, dei um sobressalto, mas ao olhar a tela, vi que era um número diferente e resolvi atender.
— Alô?
— Zah, é o Theo.
— Ah, ainda bem.
— Está tudo bem com você? Tem algo diferente em sua voz.
— Sim, estou bem — menti.
— Consegui os seguranças para você e eles já devem estar chegando aí no hotel.
— Obrigada, Theo.
— Não foi nada.
— A propósito te vejo no almoço na casa dos meus pais.
— Sim, parece que você terá que me aturar por mais um pouco de tempo.
— Como se fosse um grande sacrifício.
— Te vejo daqui a pouco então, Zah.
Encerrei a ligação e me aproximei do espelho do banheiro para passar um pouco de maquiagem no rosto, eu nunca saía de casa sem passar um pouco de maquiagem, afinal, já tinha entendido que em todo lugar poderia haver um paparazzi pronto para pegar qualquer flagra e eu não queria correr o risco de aparecer feia.
Uma batida firme na porta do quarto chamou minha atenção, provavelmente eram os seguranças que Luca tinha selecionado para mim. Assim que abri a porta, me deparei com um casal de armários, ambos vestindo terno preto, de óculos escuros e um ponto no ouvido.
— Bom dia, senhorita Milani. Meu nome é Conrad e esta é minha esposa Lucila, fomos contratados para cuidar da sua segurança.
— Prazer em conhecê-los.
— O prazer é nosso em cuidar da sua segurança. — A mulher finalmente falou e pude notar como sua voz era grossa.
— Já que vocês já chegaram, viram aqueles sanguessugas lá na porta de entrada?
— Sim, senhorita.
— Preciso sair para um almoço na casa dos meus pais e gostaria de sair sem que eles me vissem então se puderem me esperar com o carro na porta dos funcionários nos fundos.
— Cuidarei disso. — Conrad falou enquanto pegava a chave do carro que eu tinha alugado. — Lucila te acompanhará até a saída para garantir que nada aconteça no caminho.
— Muito obrigada.
Depois que Conrad se afastou, convidei Lucila para entrar, mas a mulher preferiu esperar do lado de fora para não atrapalhar e não invadir minha privacidade. Salvei o número de Luca na agenda e em seguida lhe enviei uma mensagem, só para informar que os dois seguranças já tinham chegado. Uma batida na porta e em seguida Lucila colocou a cabeça para dentro do quarto, informando que Conrad já estava nos esperando nos fundos do hotel. Consegui sair dali sem levantar muitas suspeitas.
THEODOROConfesso que, quando liguei para Zahara, uma centelha de preocupação surgiu quando notei o seu tom de voz, mas tentei deixar de lado, afinal, poderia ser só algum aborrecimento do trabalho dela. Depois de me certificar de que tinha escolhido os melhores seguranças para Zahara, passei no escritório e peguei alguns papéis que tinha esquecido na noite anterior.Quando estava saindo do meu escritório, ouvi meu celular começar a tocar e então resgatei o aparelho do bolso da calça e vi que era uma ligação de minha mãe. Eu precisava atender, pois poderia ser algo importante.— Oi, mãe!— Theo, você vai no almoço na casa dos Milani?— Sim.— Já está sabendo que Zahara está na cidade?— Fiquei sabendo.— Ansioso para reencontrar sua melhor amiga de infância depois de tantos anos?— Sim, mãe — menti, porque já tinha me reencontrado com Zah, mas ninguém sabia ainda.— O que você está fazendo, filho?— Passei aqui na empresa, mas já estou a caminho de casa.— Vou te deixar prestar atençã
ZAHARADepois que terminamos de almoçar, nossos pais foram para dentro de casa e convidei Theodoro para sentar na beira da piscina. Por causa do calor, coloquei os pés para dentro da água, quando na verdade eu queria mesmo era dar um mergulho. A temperatura da água estava extremamente convidativa.— Aquilo que você falou no almoço é verdade? — perguntei despretenciosamente.— Sobre o quê?— Sobre estar esperando a pessoa certa para se casar?— Digamos que foi a coisa certa a se dizer naquele momento para que não continuassem a me importunar.— Então você estava mentindo descaradamente para todos nós, Theo?— Mentir é uma palavra muito pesada, digamos só que enganei. E você falou sério?— Falei.— Então Zahara Milani, a grande atriz, está à procura de um marido?— Pode-se dizer que sim.— E já tem alguém em vista?— Mais ou menos.— E o sortudo já sabe?— Na verdade, ainda não falei com ele.— E por que não fala?— Porque ele está bem na minha frente, mas é um tremendo de um playboy pe
THEODOROCheguei ao restaurante um pouco antes do horário combinado com Zahara, eu precisava me certificar com o dono de que nada e nem ninguém incomodaria a minha acompanhante só porque ela era uma atriz muito famosa.— Não se preocupe senhor Castro, vocês não serão incomodados. — O dono me garantiu.— Obrigado.Depois de me garantirem que Zah teria uma noite como qualquer pessoa normal, dei uma olhada no relógio e estava na hora dela chegar. Me sentei à mesa e fiquei aguardando a minha companhia. Sair com Zahara pela segunda vez em dois dias seguidos estava superando qualquer limite que impus a mim mesmo, mas ela era minha amiga e não as vagabundas que eu costumo pegar por uma noite só.Quando ergui os olhos da tela do celular, vi Zah caminhando em direção a nossa mesa, rapidamente fiquei de pé e a cumprimentei com um abraço e depositei, gentilmente, um beijo em sua bochecha direita.— Você está linda, Zah.— Obrigada! — Aproveitei para puxar a cadeira para que ela se sentasse. — Vo
ZAHARA Aqui estou eu, dentro do avião, a caminho de Nova York para gravar mais um filme quando, na verdade, eu queria era estar nos braços de Theo. Theodoro Castro. A simples menção ao seu nome me traz lembranças maravihosas da noite anterior. Eu confesso que tinha planejado toda aquela noite com ele, mas não esperava que meu melhor amigo fosse me surpreender com um sexo tão intenso.Nossa despedida pela manhã foi um pouco estranha, parecia que ele estava fazendo de tudo para que eu não fosse embora, mas infelizmente eu sabia que tinha que partir.No aeroporto, foi ainda mais estranho porque meus pais estavam presentes e não pude me despedir dele da maneira como eu queria, com um abraço apertado, um beijo desejoso e a promessa de que manteríamos contato.Tentei distrair a mente, mas nem o livro que trouxe na bolsa e nem os filmes disponíveis no catálogo da companhia aérea prenderam a minha atenção.Enquanto saía da área de desembarque privado com os meus guarda-costas, fui até a saíd
THEODOROOs lençóis já estavam frios quando acordei. Frios demais que nem parecia que havíamos feito sexo a noite toda. Estiquei o braço e só encontrei um espaço vazio, e meu coração se apertou. Achei que Zahara já tivesse ido embora, mas depois de apurar os ouvidos, respirei um pouco mais aliviado quando ouvi o barulho do chuveiro.Passamos a noite toda nos braços um do outro, nos esgotamos fazendo uma despedida quente. Metade do tempo foi ela que dominou. Fui feliz, mas posso ser ainda mais.Quando ela saiu do banheiro, veio nas pontas dos pés em minha direção, parou a poucos centímetros do meu rosto, consigo sentir sua respiração. Há um magnetismo nela que me faz perder a capacidade de controlar meus impulsos. Não sei o que dizer, estou completamente tomado pelo desejo de puxá-la para cama.— Você está com o cheiro do meu shampoo.— Era o único que tinha disponível no seu banheiro.— Bom que você fica com o meu cheiro.— É como se eu tivesse dono?— Pode se dizer que sim, mas depen
ZAHARAEu estava quase pegando no sono quando senti meu celular vibrar. Já era tarde, mas eu não precisava nem olhar para saber que era Theo, afinal, ele ficou de mandar mensagem quando retornasse da casa dos pais. Peguei o aparelho e abri a mensagem."Já está dormindo?""Ainda não. Estava esperando pela sua mensagem.""Desculpa pela demora. Minha mãe me prendeu mais do que o esperado.""Sei exatamente como é.""Fazendo o que de bom?""Estou deitada, sozinha nessa cama grande.""Não tem ninguém para te fazer companhia? Nenhuma amiga?""Ninguém. Essa é a parte ruim de ser uma pessoa famosa, não se tem muitos amigos verdadeiros.""Queria estar aí com você, não ia se sentir sozinha com todas as coisas que faria.""Ia ser maravilhoso.""Quando eu for te visitar, você vai se sentir a mulher mais bem acompanhada do mundo.""Não duvido."Estava tão cansada por conta da noite mal dormida e por não conseguir dormir no avião que nem percebi quando caí no sono e deixei Theo falando sozinho. Pela
THEODORONa segunda-feira de manhã, acordei com o despertador tocando, levantei e fui até a cozinha. Encontrei dona Ana já preparando o café da manhã, cumprimentei-a com um abraço, como sempre fazia e depois me servi de uma generosa xícara de café.— Está tudo bem, Theo?— Tô sim, dona Ana.— Mas não parece.— Por que está dizendo isso?— O senhor está parecendo que não dormiu direito.— Isso é verdade. Fiquei rolando na cama por um tempão.— Preocupação?— Sei lá. A cama parecia grande demais esta noite.— Desaprendeu a dormir sozinho, foi?Meu celular vibrou ao meu lado e quando olhei a tela, havia um lembrete. Tinha uma reunião dentro de dez minutos com um cliente muito importante. Deixei a mesa e segui para o quarto para começar a me arrumar. Depois de um banho gelado rápido, vesti uma calça cinza, a camisa social branca impecável e o terno também cinza.Quando cheguei à empresa, encontrei minha secretária em sua mesa e ela me acompanhou até a sala de reuniões, onde o cliente já e
ZAHARA Depois de um dia intenso, fui para casa cansada, porém feliz com o primeiro dia de gravações. Estava saindo do banho quando escutei a campainha soar pela segunda vez, quem quer que fosse estava com pressa. Fiquei com receio de abrir a port, afinal, não estava esperando ninguém e o porteiro não tinha me avisado que tinha alguém subindo. Quando decidi finalmente abrir a porta, quase caí dura para trás. Theo estava mesmo na minha frente ou eu estava tendo uma alucinação? — Theo? — Quase que minha voz não sai e num ato invountário abracei o meu próprio corpo. — O que está fazendo aqui? — Posso entrar? O encarei por mais um curto tempo, ainda sem acreditar e ele pareceu perceber a minha hesitação, então apenas me afastei da porta e permiti sua entrada no meu apartamento. — Zah, seria melhor você se vestir ou eu não serei capaz de me controlar por muito tempo. — Já volto. — Saí da sala em direção ao meu quarto, deixando-o sozinho.Quando entrei no quarto e fechei a porta, enco